MVC - Capítulo 2

POV Bella

Acordei suada não era nem 6:30 e já estava fervendo! Me vesti sem pressa após um banho demorado, meu café hoje foi reforçado. Não poderia ficar fraca e de forma alguma ter tortura. Hoje será a primeira apresentação das lideres, após o jogo de abertura da copa estudantil de Phoenix.

– Como mais filha!

– Calma Renée, a Bells já comeu ate de mais! – dizia Phil, meu paidrastro, minha mãe casou a dois anos com ele, ele é legal e o principal:não força ou tenta dar uma de pai, ele tenta ser meu amigo.

Meus pais são divorciados, minha mãe engravidou cedo e detesta Forks, cidade que meu pai cresceu e adora viver. Confesso que Forks seria minha ultima opção, mas fui forçada a passar as férias por lá até meus 14 anos quando finquei os pés, me recusando a voltar para aquele lugar, com pessoas ridículas que não fazem nada alem de cuidar da vida dos outros.

– Eu te levo ou... – começou minha mãe.

– NÃO! – grito – eu vou sozinha, já concertei minha moto.

– Não gosto de você andando com aquilo.

– Eu piloto perfeitamente minha kawazaki.

– Ela fala como se fosse uma bicicleta!

– Relaxa Renée! Eu a ensinei esqueceu?

– Ok ok! Fui! – digo pegando minha mochila e a chave, claro que perto da minha mãe piloto feito lesma, mas assim que eu pego uma distancia segura acelerei, gastei vinte minutos ate o colégio por causa dos policias.

Quando cheguei estava apenas o carro de Alex e a bike da Pámela, eu sabia que eles sempre chegavam cedo para se pegarem no carro dele. Eu? Eu fico com meu fone ouvindo prestando atenção se os carros estão chegando e aviso a eles que sempre demoram a sair!

– Céus você esta marcada de mais!

– Nos empolgamos! Vamos ao banheiro? - quando chegamos fingi não vê-la amarrar a camisinha feminina em uma sacola e depois trancá-la em um caixinha com cadeado.

– Como você consegue? – pergunto realmente interessada.

– O que?

– Vocês transaram! Eu não sei nada sobre isso, mas dizem que o cheiro fica na pele.....

– É por isso que tenho um perfume potente e ficamos no carro com ar ligado e sem roupas! – disse sorrindo maliciosa.

– Sem detalhes adicionais, por favor!

As aulas foram tranquilas, mas na hora da apresentação tivemos que aguentar o piti de Cameron e sua trupe que exigiam ficar na frente da apresentação. Assim que terminou o jogo nos posicionamos e a batida começou, nos últimos passos Cameron me empurrou e outra empurrou Pamela e fizeram nossos passos finais. Eu voaria no pescoço dela, mas Pamela me segurou.

– Calma Bells!

– Eu estou calma! Ela é que não terão calma quando eu acabar com elas – segui para o vestiário e quando estávamos terminando de nos arrumar as biscas chegaram.

– Meninas se não querem participar se retirem e sem palavras, vou ter uma conversa com as meninas! – Pamela retirou as meninas e impediu a bisca dois de pedir por ajuda.

– Gostaram da apresentação meninas?

– Vai nos agredir? Estamos em números iguais! – disse Cameron.

– Não estamos! Pamela só vigiará a porta e quanto a você? – digo apontando pra outra – não chega nem ao inicio.

– Olha Bella... – começou a segunda bisca.

– Para você é Isabella, mas de preferência lati quando me chamar, cachorrinha. Agora cale a boca que minha conversa é com essa bisca da Cameron.

Me aproximei e segurei em sua nuca a puxei para perto e para baixo – sem um grito entendeu? – digo apertando seu maxilar – você me empurrou e roubou meu lugar na apresentação, sabe Cameron eu estou seguindo os conselhos de minha mãe desde a primeira serie, quando você me trancou no vestiário masculino, fiquei calado em todas as suas maldades comigo quando comprovam que sou superior a você. E eu realmente me arrependo de ter sido a única que acreditou que estava realmente se afogando! Mas você levou isso em conta? Claro que não! Só passou a arrumar novas formas de me atacar, mas eu estou cansada. Não tenho minha mãe pra me impedir e sabe o que mais.... – fiz uma pausa dramática– seu cabelo esta grande de mais! – sorri ao ver sua cara de pavor quando viu Pamela me entregar uma tesoura.

– Não, isso não! – começou a gritar

– Imagina se vou deixar passar! – a imobilizei e comecei a cortar seu cabelo – se continuar gritando e sacudindo a cabeça eu posso acabar cortando sua cara ou pescoço!

Com ela parada foi mais fácil e rápido, seu corte foi menor que Chanel – ficou lindinho – digo a soltando, ela levanta receosa e esbugalha os olhos ao ver o tamanho da mecha em minha mão. Obvio que deixei um caminho de rato em seu cabelo, com partes minúsculas e outras maiores. Começa a gritar feito louca.

– Da próxima vez eu faço muito pior! – digo sendo interrompida por batidas exigentes na porta e destranco, a supervisora entra desenfreada.

– Mas o que se passa? – pergunta agarrando em meu braço, mas assim que vê o estado de Cameron me solta e a socorre. É obvio que não fiquei por ali! Sai com a mexa ainda em minha mão.

– Isso é o que acontece com quem tenta me humilhar! – digo apontando para a mexa e entrego para a bisca dois.

– Bella, vamos logo! – disse Pamela me arrastando – se os pais dela nos denunciarem estaremos ferradas!

– Relaxa pan! – digo ligando minha moto – que tal uma voltinha?

– É pra já! – disse buscando o capacete reserva – dessa vez você se descuidou Bella! – disse quando estacionei no pontal, caminhamos pela praia.

– Pamela essa foi a primeira vez que apronto no colégio! Levarei uma suspensão e no máximo uma ordem judicial para manter distancia da puta.

– Mas eles podem usar essa vez como desculpa, nosso histórico na sociedade não é o melhor! – sentei na beira das pedras onde as ondas quebravam.

– Você esta preocupada com seus pais! Me desculpe? Eu deveria ter me lembrado disso!

– Não tem problema! Estava louca por esse dia!

– Pelo menos agora ela pensara duas vezes antes de mexer conosco!

– Alex esta me ligando – disse já atendendo – oi amor? Estamos na praia... por isso que saímos sabe, passar o flagrante... serio?.. duvido... –disse olhando-me – esta bem! – desligou e senti meu celular vibrar.

– É a minha mãe! O que o Alex queria?

– Os pais da Cameron chamaram a policia, nossos pais foram chamados para uma reunião de emergência!

– E querem nossa presença, vamos? – digo levantando e respondendo uma sms para minha mãe.

Quando chegamos havia uma viatura e o carro dos nossos pais e o dos pais da Cameron – não se preocupe – digo apertando a mão de pan, Alex chegou ate nos em poucos segundos, abraçou pan e nos acompanhou ate a diretoria.

Todos que estavam nos corredores seguindo para suas salas pararam para nos ver, quando chegamos a diretoria os pais de Cameron já estavam com ela calma e que nos olhava com deboche que é claro retribui e ainda elogiei.

– Bom dia senhor e senhora Mclay, lindo corte Cameron! – quando a senhora Mclay se preparava para retrucar seu marido a corta.

– Nada de discussões, ambas estão erradas – bate 3 vezes na porta e a voz de égua no cio da diretor se fez presente.

– Com licença – digo entrando com pan ao meu lado tremendo de mais.

– Finalmente senhorita Swan e MacCartney

– Sua moleca! – disse a mãe de Pamela a puxando para o seu lado, eu apenas me joguei na cadeira ao lado da minha mãe sem olhá-la, ela gostaria de um pedido de desculpas e veria que não seria verdadeiro.

– Imagino que não preciso contar o motivo para esta reunião –começou a diretora.

– Não senhora diretora, desde já digo que pamela não fez nada, ela estava apenas terminando o banho quando aconteceu tudo – digo seria de uma forma que tudo soasse verdadeiro. É de conhecimento publico meu dom para não conseguir mentir!

– Então nos diga o que aconteceu naquele vestiário! – disse minha mãe muito seria.

Comecei a relatar tudo o que ocorreu para eles com Renée fazendo sons de indignação e incredulidade a cada palavra – eu estava cansada, a senhora e testemunha das incontáveis sabotagens que ela me fez durante esse inicio de ano!

– Isso não é desculpa senhorita Swan!

– Serei expulsa?

– Ainda vou pensar em seu castigo, preciso conversar com os pais da aluna Cameron, desta vez deixarei passar senhorita MacCartney, espero que seja a primeira e única vez – disse encarando pamela que mantinha a cabeça baixa desde que entrou.

– Obrigada senhora diretora – disse baixo.

– Com suas licenças – respondeu a diretora nos convidando a nos retirar de sua sala, minha mãe não disse nada, apenas manteve as mãos em minhas costas ditando meus passos. Entramos em seu, Phil já havia levado minha moto, não trocamos frase alguma ate estarmos em casa.

– Porque não contou sobre essa garota?

– Como? – fiquei na duvida se ouvi errado, era nessa hora que levo um esporro?!

– Porque não contou que essa garota praticava bulling em você?

– Falar sobre a adorável Cameron, a amiga que você deveria ter? –digo sem conter o deboche.

– Ela sempre foi educada e generosa! Eu não poderia imaginar!

– Pois é, ela era. Ate descobrir que os rapazes se aproximavam por minha causa.

– Você extrapolou filha! Eu imagino como deve ter sido, mas decepar os cabelos dela não resolverá o problema!

– Pelo menos se eu for expulsa ela não voltara a atormentar Pamela.

– Então é assim que você pensa? Pois eu vejo um histórico escolar esplendidamente invejável ir descarga abaixo com uma expulsão! –merda tinha esquecido essa parte – eu espero que eles não facão um B.O.

– Eu sinto muito pelo que lhe causei e por destruir meu histórico...

– Mas não se arrepende?

– Ah... não!

– Vá para seu quarto Isabella! Eu a chamarei quando o almoço estiver pronto.

Depois almoçamos no mais absoluto silencio e voltei para meu quarto, conversei baixinho com pan, seus pais a deixaram de castigo por duas semanas, sem shopping e saídas adicionais e sem os programas que ela gosta. Não sei quanto tempo passou, mas acordei com vozes alteradas, abri a porta devagar, era Renée com meu pai? Merda! Essa diretora tem a mania irritante de relatar aos pais.

– Eu sei disso Charlie! Oras, como se atreve a duvidar da minha capacidade?... não! Bella não irá para esse fim de mundo! – eca, Deus me guarde! – se quiser venha visitá-la, mas não irá para Forks! – a conversa seguiu em voz baixa, então eu sai na ponta dos pés e fiquei quieta encostada a parede no topo da escada onde pude ver Renée conversando com Phil.

– Eu sei amor desculpe?

– Será rápido Renée! Eu sei que a Bella é responsável e não fará nada errado!

– Eu não posso deixá-la sozinha! Isso seria como um premio, sei que Bella não fará uma festa enquanto viajamos, mas esta fora de cogitação deixá-la fora do alcance dos meus olhos.

– Pena que ela ainda esta estudando! Tenho certeza que ela adoraria ir a Oklahoma e Jacksonville!

– Desta vez eu realmente não posso, ainda mais com Charlie pressionando para levá-la a Forks – a expressão de ambos era pesar, não queria prender ainda mais minha mãe.

Meu relógio marcava 23h, tarde de mais para falar com pan, apenas lhe enviei uma sms e me virei com um pacote de bolachas, no dia seguindo madruguei, bebi um suco e parti para o colégio. Pan chegou poucos minutos depois!

– O que aconteceu Bells!

– Eu ouvi uma conversa dos meus pais e queria seu conselho

– Diga então! Sua cara esta me assustando.

Expliquei tudo para pan que ouvia atentamente – É isso! Eu não queria deixar vocês, mas eu...

– Não quero empatar a vida da minha mãe!

– Isso!

– Olha Bells, não vou mentir dizendo que não esperava por isso. Você sempre teve esse complexo de “eu nasci pra ferrar com a vida da minha mãe” esse dia logo chegaria! Eu não consigo me imaginar sem você! Mas não serei egoísta dizendo que em seu lugar faria o mesmo. Tudo por dona Renée! – disse segurando o choro.

– Sua vaca! Me fez chorar

– BFF?

– Pela eternidade! – nos abraçamos aos prantos.

– Garotas? Adoro meninas se pegando, mas curto mais quando eu participo – disse Alex nos abraçando e recebendo um tapa de pan – ai porque tanto choro?

– Bells nos deixará

– O QUE?

– Eu vou morar com meu pai, vou contar pra eles quando voltar pra casa - nem preciso dizer que fui paparicada por eles o tempo todo. O difícil agora era falar com dona Renée.

– Mãe? – chamo deixando minha bolsa na sala.

– Aqui na cozinha querida.

– Eu queria falar com a senhora!

– Eu já estou terminando, pode falar

– Eu... Estive pensando... e acho que esta na hora de passar um tempo de qualidade com Charlie – Renée bateu a faca com força na tabua.

– Como Bella? – perguntou virando com a faca ainda em mãos.

– Eu quero passar um tempo com Charlie! – reformulei a pergunta para que ela visse a verdade– só nos vemos nas férias e Charlie nunca fica a vontade em sua frente...

– Bella você odeia Forks tanto quanto eu – dizia sacudindo a faca.

– Mãe põe essa faca na pia? Você pode acabar se cortando! – ou atirá-la em mim!

– Eu sei que vocês não convivem como uma e filha devem conviver mas...

– Será ótimo mãe! E você pode viajar com Phil!

– Então é isso? É por isso? Bella você é minha filha, apesar de ser mais madurado que na maior parte do tempo,isso não quer dizer que tenha que se mudar, eu ficarei com os dois.

– Não mãe! – tentei criar em minha mente frases ditas por elas que fariam minhas respostas verdadeiras – eu quero morar... Charlie esta sem a filhinha por muito tempo.

– Bella...

– Eu quero...

– Já falou com seu pai?

– Ainda não preferi conversarmos antes

– Vem aqui? – disse estendendo o braço – vou fingir que acredito em você Bella, sei que não adianta discutir com você após se decidir!

Com meu pai foi mais fácil, ele nunca aceitou o fato de minha mãe ter ido embora e me levado. Ficou acertado que ele viria me buscar no fim de semana. Na sexta pan e Alex me trouxeram e almoçaram comigo e me ajudaram a empacotar minhas coisas, na verdade eu teria que ir ao shopping por não ter nada de inverno, mas Renée foi em meu lugar com a desculpa de estarmos de castigo.

A tarde a mãe de Pamela veio procurá-la, eu acredito que só veio ter a certeza que estou de mudança, ela não gosta de mim só me atura por causa do marido, digamos que quando mais nova eu tinha o dom de expulsar qualquer garoto de nosso convívio.

Renée pediu a senhora MacCartney para Pamela dormir comigo, ficamos ate tarde conversando e pesquisando sobre Forks. Pamela adorou La Push, principalmente os índios nas fotos, vimos cada detalhe da escola de Forks. Acordei com meu celular.

– Alexander desgraçado! Espero que tenha um bom motivo para me acordar!

– Eu só quero falar com você! Dar um bom dia para minha mulher!

– Ela ainda esta dormindo! – arranco os lençóis de Pamela e bato em seu rosto com o travesseiro.

– Ai porra!

– Seu amor! – digo colocando a ligação no viva voz

– Oi amor! – sussurrou melosa. Quase inaudível

– Apesar de as vezes agir igual a um, ele na é cachorro, fala mais alto

– Minha pan eu to com saudade. Vou buscá-las em 45 minutos

– Como?

– Estejam prontas e de biquíni, pois logo estou ai - disse desligando em seguida sem esperar por nossa resposta.

– Ele disse mesmo que sairemos como nos velhos tempo? –perguntou sonolenta

– Droga! Levanta logo essa bunda imensa daí e vamos arrumar o quarto e nos arrumar! - eles não ficaram de esfregação na minha frente pelo contrario. Me senti uma criança de dois anos se divertindo com os pais.

– Sentirei tanta falta! – digo chorando quando já estávamos de volta. Meu pai já havia colocado minhas malas no carro com a ajuda de Phil! Eu não gosto de despedidas, mas desde que me entendo por gente somos um trio, nada nem ninguém nos separava agora por ironia eu estou nos “separando”

– Assim como Renée, nos lhe proibimos de passar um dia se quer sem nos ligar ou mandar emails, sms ou pela webcam.

– Entendeu Isabella? – perguntou Alex engrossando a voz

– Sim papai! – digo rindo e chorando os abraçando. Após muito choro me despedi de minha mãe e meus amigo e embarcamos.

– Fico feliz que tenha amigos assim! – disse Charlie quando já estávamos no avião.

– Sim eles são minha vida! – digo sorrindo feliz e com lagrimas vazando. Olho pela janela o sol de uma tarde linda de Phoenix. Quando será que voltarei aqui? Com esse pensamento o avião decola!

A voo durou 2h e ainda teríamos mais 1h de carro ate o fim de mundo, mas a pior parte foi quando Charlie apontou para a viatura, pelo menos não estaria indo presa. A casa continuava a mesa coisa. Por dentro então, era como uma sessão nostalgia mais um pouco e seria preciso exorcizar!

– Espero que goste do moveis novos no seu quarto e coloquei mais prateleiras no banheiro

– Como conseguiu fazer isso em pouco tempo?

– Ah eu tive uma ajuda! Vou precisar ir a delegacia, o telefone esta anotado na porta da geladeira.

– Tudo bem, eu vou arrumar minhas coisas! – fui ate a janela afastando as cortina e vendo a vista que terem de suportar pelos próximos anos antes da faculdade – O filho prodigo a velha casa retorna.

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