segunda-feira, 29 de abril de 2013

E - Capitulo - 42

E - Capitulo - Fase 2: Chegou a hora


Pov Bella

Ainda me recuperava do susto com o "olhos podres". Despertar e ver Edward... foi inexplicável, me senti segura, completa com seus carinhos. Meu corpo continuava dolorido pela caminhada excessiva da noite anterior. Minha garganta doía um pouco, nada que os remédios que Carlisle receitou não resolvessem.

Alice tentava me animar com a decoração, mas minha mente esquecia da dor assim que o sonho voltava, eu não conseguia me lembrar perfeitamente, apenas lembro de seus olhos verdes, triste e ainda assim com um lindo brilho. E as palavras, como eu queria ter a certeza, como eu queria que não tivesse sido um sonho provocado pela febre alta!

Eu também te amo...

Sua voz rouca soando nitidamente em minha mente, era real demais, perfeita demais. seus toques... sei que tudo o que senti não foi imaginação, edward me tomou em meio a febre, senti seu corpo moldado ao meus, meu corpo sobre o seu, mas com a forma que estão cuidando de mim, me tratando como cristal... deixam-me a pensar que a febre estava tão forte que tudo não passou de uma alucinação... Olhei novamente o relógio, quase meio dia, o barulho do portão da garagem foi o que me bastou para levantar e correr até a janela, mas era apenas Demetri e Santiago, ambos sorrindo, enquanto passavam com o carro.

Olhei em busca do Volvo e nada, nem mesmo o carro da empresa. Minha alegria morrendo naquele momento, voltei para o sofá com os olhos de Alice e Esme pousados em mim, tentei não corar e ignorar isso, escolhi de qualquer forma o que Alice pedia e lhe entreguei.

– Assim não dá Bella! Preste atenção... – chiou irritada – ele está na empresa, só falta à área de lazer e logo chamaremos a equipe de montagem...

– Desculpe Alice, vamos deixar essa parte com Edward? Ele saberá o que aproveitaremos mais...

– Acho melhor deixar desta forma Alie... Bella precisa descansar!

...

Após o pessoal da mudança ir embora, meu pai Samuel chegou, sua expressão cansada, nos abraçamos com força, sorriu e me deu um beijo na testa, Esme já havia ido embora e Alice terminava com a equipe. Seguimos para a sala, sentou confortável e me puxou para um abraço.

– Como está se sentindo?

– Minha garganta dói um pouco, mas já tomei os remédios. Para a alegria geral os antitérmicos foram rápidos... – sorri me deitando em seu colo.

Passamos horas conversando, até que meu pai chegou com o assunto de que não moraria comigo na casa, que agora que sou casada e que todos aceitaram minha decisão não há motivos para continuar comigo. Não adiantou brigar, gritar e xingar. Ele não reconsiderou, deixando claro que voltaria para nosso apartamento.

Me deu a desculpa que era mais próximo do trabalho, que ele estava subindo de cargo após auxiliar minha mãe com problemas na fabrica da metalúrgica. Seria auxiliar de vendas, passaria a fazer pequenas viagens quando fosse resolvido o problema com alguns funcionários.

Sem escolhas e vendo que o olhinho pidão não funcionou, preferi buscar cada mínimo detalhe. Assim quando a noite chegou, trazendo Edward, estávamos na cozinha conversando com Greta, preparando o jantar e uma sobremesa com meu pai, meu coração galopou em meu peito ao ver seu sorriso e me contive para não correr até ele.

Como se estivesse em câmera lenta Edward caminhou se pondo em minha frente, me deu um beijo e seguiu para o escritório com meu pai, por lá ficaram quase duas horas. Pensei seriamente em invadir, mas sabia que isso irritaria Edward. Quando saíram o jantar estava servido e meu pai... estava um pouco pálido?

Jantamos com conversas amenas, já que na quinta cortada de assunto, Edward começou a conversar sobre futebol com meu pai e incrivelmente o assunto rendeu e me deixou excluída, mas feliz. Afinal era a primeira conversa de homens, brothers. Meu pai foi embora logo após a sobremesa.

Edward pediu para Santiago levá-lo e realmente não perguntei o motivo, só agradeci internamente. Sem meu pai por perto, me sentia menos segura, eu sentia que ele estava menos seguro. Mesmo que o possível perigo pudesse estar em Santiago que dirige feito um lunático, como se fosse um piloto da F1!

...

– Eu estou bem Ed... só a garganta que continua doendo, mas estou tomando o xarope que Carlisle indicou, no horário certo – digo quando insiste em medir minha temperatura.

– Você tremia tanto ontem – disse suavemente, tocando minha bochecha. Sorri com seus cuidados.

– Estou sentindo algo mais crucial neste momento... – digo beijando sua mão a segurando em seguida.

– E o que seria? – sorri me arrastando pela cama ate subir em seu colo.

– Estou sentindo falta de você... – digo me arrumando em seu colo, beijando seu pescoço em seguida – de você dentro de mim – sussurro mordendo seu lóbulo – me foda Ed... – digo olhando em seus mares verdes.

Isso foi o bastante para que um som rompesse sua garganta e sorrisse torto, me tomando com voracidade, rasgando outra calcinha e me possuindo sem cuidado algum, permanecemos assim boa parte da noite, a lua crescente iluminando nosso quarto. Dando um brilho prateado para os cachos de seu peito, ainda estávamos suados, cansados e com preguiça de levantar.

Sua mão escorrendo por minha pele úmida, em uma gostosa caricia, senti seus lábios por minha testa e me ergui mais, Edward nos girou me deixando ser banhada pela lua. Seus dedos tocando superficialmente minha pele, isso deixou-me ainda mais úmida, tocando meus mamilos, sugando meus lábios....

...

E nossas noites eram mal dormidas, na realidade dormíamos só após a exaustão. Os dias eram passados como flashes, Edward na empresa e resolvendo assuntos com meus pais, os meus foram entre a faculdade, trabalhos, saídas entre as garotas, convivendo ainda mais com Kate e Lauren. Curtindo a gestação de Rose que agora tinha uma perfeita barriguinha.

Eu e todos tivemos que abaixar a cabeça para Alice novamente, eu serei tia de gêmeos. Alice até pensou que com esta noticia convenceria Rose e Emmett a casarem no mesmo dia, um casamento duplo, mas Rosalie foi categórica. Não iria casar com barriga. Emmett também insistiu, mas como Rose se alterou, desistiu.

Meu aniversário seria daqui há algumas semanas, todos programavam uma festa surpresa, que descobri por acaso ao ver um dos convites na bolsa de Rose, como não quis estragar a surpresa, me fiz de desentendida quando resolveram me dar vários perdidos.

Terminei de guardar as pranchetas no armário no fundo da sala e segui para a saída com Kate e Lauren, esta estava cada dia mais arisca e aérea. Sempre levando sustos, tentei diversas vezes descobrir o que há com ela, mas ela só sorria assustada e sem graça e sumia até que a aula recomeçasse.

– Bella? – ouvi me chamarem na porta e virei. Jacob estava encostado, todos os alunos já haviam saído.

– Tem certeza Jake? – perguntou Kate. Ele apenas acenou. Peguei minha mochila e segui para a porta.

– Oi? – disse receoso.

– Oi.

– Eu... queria conversar com você, numa boa – olhei bem para Jacob, ele parecia normal. Sem indícios que daria uma crise.

– Ah... tudo bem, vamos - acenei para o pátio.

– Sim. – caminhamos até perto do pátio em silêncio, olhei para ele e pareceu indeciso. Segui para o banco perto do estacionamento e acenei para que sentasse.

– Eu não leio mente Jacob... – digo quando continuou em silêncio.

– Eu... estou pensando em como dizer... não quero brigar com você...

– Eu não vou brigar – lembrei da promeça que fiz para mim.

– É... sobre a Irina. – disse e estudou minhas expressões.

– Diga? – Jacob ainda persistiu em estudar minhas expressões e sorri para mostrar que não estou abalada. Jacob respirou fundo e soltou uma lufada.

– Irina... vem tentando há alguns meses falar com você... – essa é nova – é, você não sabe porque estamos boicotando... – permaneci em silencio – ela já esta na reta final da gestação, a Drª não quer que ela passe por estresse, ela acha que pode nascer antes do tempo. Nathan é forte! – disse com um grande sorriso no rosto.

– Eu não iria agredi-la, além do mais, ela está grávida...

– Ela quer começar do zero, sem magoas... por isso... – Jacob ficou tenso novamente – ela quer conversar, tentar o perdão...

Fiquei em silencio após esclarecer o pedido. Eu conseguiria olhá-la novamente? Eu queria isso? Eu me comprometi a esquecer o passado, mas entre dizer e fazer, há uma enorme diferença... eu conseguiria ser verdadeira comigo mesma? Dúvidas que só poderiam se resolver quando estivesse de frente com ela...

– Eu... – Jacob estava tenso esperando minha resposta – eu vou procurá-la. – Jacob sorriu.

...

Isso me corroeu por horas, eu não sabia se estava tomando uma boa decisão, se conseguiria ser justa comigo e com ela, com a situação, eu jamais voltaria a confiar em Irina, ainda decidia enquanto o carro seguia para a casa dos meus padrinhos. Tentei encarar isso como mais um ciclo completo em minha vida, talvez isso me desse a certeza de que estou fazendo a coisa certa.

Afinal, eu estou com Edward, eu o amo, não quero resentimento algum atrapalhando, manchando a minha felicidade. Eu estou magoada com Irina? ...Sim, muito, não pela traição em si, mas pela quebra de confiança, por ter a carne rasgada, o sangue dissolvido. Mas eu estou tão resentida a ponto de atrapalhar sua felicidade? De não querer sua felicidade? ...Não, nunca. Essas poucas palavras me trouxeram a certeza.

– Chegamos senhorinha – avisou Demetri.

– Obrigada, espere aqui. Não pretendo demorar – digo seguindo para a casa. Toquei a campainha e a própria me atendeu.

– Bella? – disse sorrindo.

– Podemos conversar?

– Claro, por favor, entre? – disse me dando passagem.

A casa continuava da mesma forma, a diferença era alguns tecidos espalhados pelo sofá e agulhas de crochê ao lado, me voltei para Irina que terminava de fechar a porta, sua barriga estava enorme, bem pontuda, seu rosto cansado, a bochecha extremamente corada, sua pele reluzia com uma pequena camada de suor que removeu com as costas da mão, pondo o cabelo para trás da orelha em seguida.

– Eu... – não estava me sentindo a vontade, muito constrangedor – vocês estão bem? – comecei.

– Ah... – arfou – sim. Estamos bem – disse sorrindo – e você, Edward te faz bem, está linda, está com um brilho diferente! – disse sorrindo – eu queria tanto falar com você, uma conversa normal – disse enxugando algumas lágrimas – pedir seu perdão... eu... vamos sentar? Quer algo? Suco? Biscoito? Chocolate? – disse sorrindo entre o choro.

– Agora não... – digo sentando na poltrona – eu... Jacob foi conversar comigo... - seu rosto empalideceu e sentou rapidamente.

– Eles não me deixaram lhe procurar...

– Ele me falou...

– Se veio... já tomou uma decisão...

– Sim.

– Então...

– O que me fez... não que seja imperdoável, mas sim inesquecível... por muito tempo... por muito tempo eu não cogitei a ideia de olhar pra você, saber que você me traiu desta forma e não digo por Jacob, ele não era o amor da minha vida, mas digo por nos, éramos a dupla dinâmica, éramos o quarteto, mas tão importantes quanto as outras. Um pouco de cada uma... e imaginar – ri amargamente – ter a certeza do que fez... aquilo foi vil, covarde... humilhante, e ver que partiu de você.... – as malditas lágrimas começaram a descer.

–Eu.... não pensei nas consequencias.... eu nutri essa amor desde pequena Bella...

– E não poderia ter me dito?

– Não... eu nunca influenciaria alguém a se afastar de Jake... e... ele estava tão confiante no que sentia por você. Ele nunca se envolveu sentimentalmente com alguém... quando vi que ele realmente estava inclinado a você, que ele poderia te amar...

– Tanta coisa seria evitada se tivesse me contado...

– Me perdoe por isso, mas... eu já não sabia o que fazer, ser sutil nunca funcionou, ele não me via como mulher, me vi sem opções, mas sei que isso não é desculpa para fazer o que fiz. Espero que me dê a chance de me redimir, de mostrar a cada dia...

– Eu não sei Irina, eu vou tentar, vou buscar me acostumar com isso!

– É só o que eu peço! – sorriu suavemente, contendo lágrimas.

Espero realmente conseguir... – ah... eu posso começar com... minha festa surpresa. Daqui há algumas semanas farão uma festa no meu aniversário.... eles pensam que não sei de nada e vou fingir assim... – digo me pondo de pé – apareçam.

– Claro... se ele não se apressar acho que consigo ir! – disse risonha, alisando a barriga enorme.

...

Tomei meu banho devagar e quando sai da ducha Edward ainda fazia a barba. Me sequei em meu canto e voltei-me para o espelho, girei de um lado ao outro, eu tenho certeza que há algo errado comigo, me sinto inchada, mais que o normal, mas não havia gordura alguma, passei a mão em minha barriga e parecia tudo ok, meus seios estavam com o mamilo dolorido, mas isso é culpa de Edward.

– O que tanto procura? – perguntou o próprio ao finalizar a barba.

– Eu estou gorda? – Edward me olha com a sobrancelha erguida e confuso.

– Pra mim está tudo na mais perfeita ordem, gostosa como sempre... – disse se aproximando e apalpando minha bunda.

– É serio Edward, já perdi dois jeans, eles até que entram perfeitamente, mas o fecho aperta... – digo tristonha, vendo minha calça jeans novinha, tendo que ficar guardada, é tão linda, queria usar na festa...

– Se está tão incomodada... eu sei de um exercício ótimo para perder gordura localizada – disse me erguendo e grudando na parede.

– Não seja apressado... não podemos esquecer, tenho que fazer novos exames! E você me exige antes das 18hs... – digo para distraí-lo, Edward e meus pais fingiram um jantar de negócios hoje, assim me prenderiam em casa, enquanto os outros preparavam a festa. Edward resmungou e me pôs no chão.

Passar a tarde do meu aniversário trancada com Drª Emily não era minha melhor opção, mas como me sentia estranha nos últimos dias preferi fazer logo vários exames, assim Edward não surtaria. Já foi difícil esconder minha tontura da manhã.... preferi não comentar isso com Emily. Ela é minha médica, mas uma excelente fofoqueira com Edward.

Quero os exames em minha mão, antes de contar algo para Edward. Não pedi urgência por não querer me estressar tão perto do casamento de Alice, que seria em três semanas. Voltei para casa, cansada e me sentindo um pano de chão, todo rasgado. Até um pedacinho da pele do meu mamilo Emily removeu! Pra que ela removeu isso? Edward é um exagerado...

...

– O que é isso?

– Sua roupa! – disse Alice.

– Não era um jantar de negócios – digo sorrindo.

– Fala serio Isabella, acha mesmo que me enganou? Eu sei que você descobriu e agradeço por nos permitir continuar com o teatro. – sorri.

– De nada minha fadinha vidente! Me ajuda?

– Pergunta besta! – resmungou me puxando para o banheiro.

– Você esta diferente... – disse Alice após horas cuidando de mim.

– Estou parecendo uma peneira? Culpa da Emily...

– Não sua boba... você esta... com um brilho diferente.

– São as horas caminhando com Kate e Lauren de manhã... me sinto gorda e resolvi esticar as pernas....

– Acho que não é isso – sorriu boba, piscando freneticamente.

Após mais algumas horas e me senti renovada, coloquei o vestido justo e confortável, que combinavam com a bota de cano extra longo. Meus cabelos foram presos em uma rica e detalhada trança, sobreposta por varias outras pequenas. Alice põs pequenas flores em cada entrelaço, deixando tudo ainda mais perfeito.

– Só de pensar que Edward estragará tudo no fim da noite! – disse Alice gargalhando – pra quê eu fui caprichar?

– Podemos descer?

– Sim.

Seguimos pelas escadas e a casa estava em um silencio, luzes ambientais fracas, Alice tagarelava para informar que nos aproximávamos. Edward se aproximou do pé da escada e meu sorriso poderia rasgar meu rosto, seus olhos gulosos varreram meu corpo e desejei finalizar essa festa antes dela começar e devorá-lo.

– De nada...- disse Alice para Edward e toquei seu rosto quando se inclinou beijando minha testa.

– Surpresa! – foi gritado em coro, uma iluminação forte e chuviscos eram acesos de varias direções.

Sorri para a arrumação e agradeci por ser aqui e não no salão de festas. Meus pais estavam um pouco atrás de Edward, Emmett estava ao lado abraçado a rose que usava uma blusa que expõe sua barriguinha. Sorri me aconchegando em Edward e seguindo aos convidados. Havia muitos conhecidos da faculdade. Meus padrinhos, amigos em comum, bem no fundo estavam Jacob e Irina. Ele a ajudava a levantar. Braços me ergueram.

– Parabéns pimentinha! – ouvi e não acreditei.

– Eric?

– E por acaso autorizou mais alguém lhe chamar de pimentinha, sem me consultar? – disse me pondo no chão.

– Que saudade – digo o abraçando, mas logo o afasto e lhe dou um soco – como se atreveu a me dar tantos perdidos. Não me ama? Não ama a Tanya? Seu ingrato!

– Hei... – chiou puxando minhas mãos – é realmente isso que eu ganho após me matar de estudar para conseguir uma vaga na faculdade daqui?

– Serio? – pergunto e busco por Tanya. Ela surgiu em minha visão, seus olhos estavam vermelhos e um grande sorriso rasgava sua face. Sorrimos entre lagrimas.

– Alguém precisa vigiar esse Cullen – disse serio para Edward que estava rabugento e me puxou para seus braços.

– Esse Cullen aqui, pode te dar uma surra e nem saberá de onde vem o golpe, da minha mulher cuido eu! – disse rindo para Eric. Este ergueu a sobrancelha.

– Ele acha que me Poe medo! – disse beijando Tanya.

Obvio que a presença de Eric me sugou por um tempo, sentamos entre conversas divertidas e ele contou sobre o batalhão de provas que passou, contou sobre como anda o Brasil. Explicamos as novidades, foi uma conversa agradável para todos, ele tambem queria saber de todas as novidades.

– Mas não poso esquecer de algo importante... pode se corroer de inveja pimentinha, mas viajei acompanhado da pimenta mãe!

– Não... tá tirando com minha cara? – não acreditei.

– Sim, ela sentou ao meu lado. Tem noção do que é passar todo o voo conversando com a Laura?

– Me desculpem, mas isso eu preciso ouvir, os mínimos detalhes – digo me jogando na poltrona ao lado de Eric, deixando todos sem entender e Tanya tentando disfarçar o ciúme. Todos voltaram os olhos para nossa conversa de maluco.

– Tantos anos lutando por ela...

– E como ela esta?

– A mesma, não envelheceu nada, desculpe amor, mas tenho que ser sincero – disse para Tanya apertando a mão dela – Laura esta ainda mais gostosa e maluca!

– Já que não me respeita a ponto de chamar outra de gostosa na minha frente, pode explicar quem é essa Laura – sibilou dizendo o nome com nojo. Não me contive e gargalhei!

– Laura foi nossa professora! – digo para Tanya que não acreditou – é serio Tanya, nos fomos os primeiros alunos dela...

– Como esquecer aquele ano, oitava serie inesquecível! – disse Eric.

– E porque pimenta mãe? – perguntou meu pai Samuel.

– Ao contrario da Bella que cora o tempo todo, Laura é esquentada mesmo, desmiolada quando quer e principalmente, cabeça dura!

– E o que ela fazia? – pergunto.

– A maluca disse que cansou de ter que guardar suas garras com pinceis, bastões e quadros, agora ela irá viver a história...

– Como assim?

– Ela foi passar uma temporada com uma tribo indígena, ela vai ajudá-los e aprender a cultura deles. Ela falou o local... – parou pensando – Reserva Olimpic. Ficará na mata fechada, mas nos primeiros dias ficará em um povoado ou algo assim, La Push se não me engano...

– Meus avós moram lá! – disse Jacob – tenho algumas fotos de lá se quiser? – disse estendendo o celular, Eric olhou por um bom tempo para ele, cutuquei seu braço para ele parar e pegou o celular, o lugar é rústico e lindo.

– Eu gostaria de conhecer, principalmente se encontrar com ela – digo sorrindo.

– O Edward pode resolver isso! – disse Alice.

Começamos a conversar sobre assuntos que união todos, sobre bebês, sobre festas futuras ate que chegou a hora do parabéns. Já havia passado da meia-noite e ainda estávamos inteiros, bom... a maioria dos convidados, Jasper, Rosalie e Emmett eram os sóbrios, ate Carlisle, que havia pedido alguns dias de férias, como ele gosta de falar, sendo que ele que manda, também bebeu!

As horas foram passando e alguns foram indo, me despedia de meus padrinhos que seriam levados por Eric, já que tanto Tanya como Kate tambem haviam bebido, mas um grito nos assustou. Seguimos procurando a fonte.

– Irina! – disse Jacob correndo para o corredor de acesso ao banheiro social – vai nascer.

Gritou branco, trançando as pernas de nervoso, olhei para Carlisle. Ele tambem estava branco, mas triste olhando o copo com vinho, ele estava fora de cogitação. Segui com minhas primas e madrinha ate Irina, ela vinha a passos pequenos, com um Jacob tremendo ao seu lado, seu vestido com as barras úmidas.

– Emily esta ocupada – disse meu padrinho ainda mais branco – esta com uma paciente na sala de parto.

– Carlisle não pode fazer... – disse minha madrinha sendo cortada por um grito de Irina.

– Qual o intervalo entre uma contração e outra?

– Não sei ao certo – disse Irina sendo deitada no sofá por Jacob.

– O carro já esta na frente – ouvi Demetri dizer, Carlisle estava com uma luva. E Irina gritou novamente.

– Você esta bastante dilata ou estou muito bêbado! Você já chegou aqui sentindo as contrações? – perguntou autoritário.

– Acho que sim, mas não pensei que fosse algo serio, mas quando fui ao banheiro e meu xixi não acabava nunca eu fiquei com medo... – disse chorosa.

– Esquece o carro...

– Bella tem razão, a criança nasceria no carro... – disse Carlisle levantando e tirando a luva – Irina? Terá que ser a moda antiga!

– Tudo bem, eu aguento....

– Liguem para Emily para avisá-la, liguem para uma ambulância, ela precisa estar aqui com enfermeiros capacitados quando a criança nascer.

– Me desculpe por isso Bella, se eu soubesse, estraguei tudo....

– Que isso Irina, uma festa em família sem momentos constrangedores ou barraco não é festa em família – tentei brincar, todos estavam nervosos.

– Vou precisar de voluntarias! – começou Carlisle a disparando ordens – vamos levá-la para um quarto. Quero lençóis limpos e água morna. Tesoura esterilizada...

No final, eu rose, Esme estávamos puras de álcool e teríamos que ajudar. Jacob levou Irina para um dos quartos de hospedes que Edward indicou, os outros permaneceram na sala, subi com Esme carregando os lençóis limpos e a tesoura, embrulhada em um lenço limpo. Rose foi descartada nos primeiros gritos de Irina. Então Carlisle só contou comigo e Esme.

– Eu to com medo... eu to com muito medo – dizia apavorada, eu estava tremendo. E essa bendita ambulância que não chega. Jacob apareceu na porta, seus roso apavorado e enquanto Carlisle explicava o que fazer para Esme, eu segui ate ele.

– O que houve? - Jacob estava suando, seus rosto e corpo tremulo.

– Houve um acidente no centro... – sua voz não passava de um sussurro – foi batida de ônibus... – foi o bastante para entender.

– Sem chances?

– Tudo bloqueado... só amanhã...

– Nenhum helicóptero? – Jacob sacudiu a cabeça. Edward vinha pelo corredor.

– Já liguei para o heliporto. Chegará em 1hs, ate o transito aereo esta congestionada, estão dando prioridade ao acidente...

– Só pra tirar uma duvida estúpida diante do momento, mas onde esse helicóptero pousaria? – perguntei pra me distrair, eu estou ficando apavorada.

– No jardim, é grande e seguro o suficiente – disse meu amor.

– Bella? – Jacob começou ao se apavorar com o grito de Irina – ajude-a? Trás o meu filho? Eu te imploro!

– Espere lá embaixo.

– JACOB!!!!!! – exigiu Irina.

– Ou entre e segure na mão dela! – digo abrindo espaço.

– Ficará bem com isso? – sussurrou Edward enquanto víamos Jacob se por ao lado de Irina, sentando em suas costas. Ele estava tão ou mais apavorado que ela, mas esta forte o suficiente para passar segurança para ela.

– Vou, toda criança é uma benção – digo e o beijo – me espero com os outros, vamos aguardar o chorinho.– Edward sorriu e seguiU para o andar de baixo.

– Eu não vou conseguir Carlisle... tá doendo muito! – dizia chorosa, seu rosto todo molhado.

– Ta ok – digo tirando minha bota, segui para amarrar os cabelos dela e tirando o excesso de roupa – temos um medico aqui para nos auxiliar – digo segurando seus joelhos – você vai conseguir esta entendo Irina – digo rude – você me deve isso, não se atreva não ser forte o bastante – seus olhos vidraram nos meus.

– Me ajuda? – suplicou.

– É por isso que eu estou aqui. Mas ele esta dentro de você. Você deve empurra-lo. Eu exijo ver o rosto dessa criança, principalmente de você o segurando enquanto ele mama! Entendeu? – Irina sacudiu a cabeça trincando o dente quando outra contração chegou.

– 5 minutos – disse Carlisle.

– Ta ok... quanto de realidade há nessa cenas de filme Carlisle? – pergunto removendo minhas pulseiras e anéis.

– 60% no máximo.- segui para o banheiro onde Esme esterilizava para limpar o bebê, cortei minhas unhas e esfreguei meu braços, voltei para o quarto. Passei álcool por todo meu braço – quando eu disser você fará força – avisou para Irina.

– Eu posso fazer isso querida, não há necessidade! Afinal eu dei a ideia para Carl beber um pouco... – disse Esme.

– Não há necessidade... acredito que isso seja uma prova para nos – digo olhando no fundo dos olhos de Irina que sorriu fracamente acenando em confirmação. Carlisle afastou a barra de seu vestido, deixando suas pernas toda exposta, Irina já estava sem a calcinha, Carlisle e Esme puxavam suas pernas.

Assim que as contrações chegavam, Carlisle dava o sinal de quando ela deveria fazer força, estava concentrada e tinha o conhecimento suficiente para saber que deveria parecer a coroa da cabeça do bebê e não era isso que esta apontando, tentei disfarçar e chamei por Carlisle. Carlisle me olhou apavorado, me virei para que ele pudesse contar o que suspeitava.

– O bebê esta enrolado no cordão – sussurrou e fingiu prestar atenção se eu estava fazendo o certo – teremos que ser rápidos, não temos como resolver isso de outra forma, se agache e enfie uma das mãos, tente entender o padrão do cordão para afrouxar... – me agachei e comecei a fazer o que mandava.

– O que é isso? O que esta acontecendo? Carlisle? Bella? – começou Irina se desesperando ao sentir minha mão, eu estava tremendo, apavorada, mas um medo maior e angustiante por essa criança me deixava confiante e determinada.

– Se acalme Irina – grito para ela, já estou apavorada de mais para ter mais pressão!

Tentei entender, toquei o pescoço, estava enrolado, parecia ter duas voltas, virei meu rosto sibilando um duas voltas para Carlisle que não conseguiu disfarçar mais, seu rosto se contorceu.

– O que esta acontecendo com meu bebê? - gritou Irina e Jacob e Esme tentavam acalma-la.

– Preciso que não faça força Irina. Quero que respire e se acalme enquanto lhe explico, Bella esta com a mão dentro de você... – me desliguei deles, continuei tentando achar o ponto certo para afrouxar o cordão, após vários segundo acredito que achei e comecei lentamente a mover o cordão.

– Carlisle? Acho que estou conseguindo! – digo e logo depois desfaço uma volta – consegui desfazer uma! – grito novamente, uma volta foi mais rápido, senti a mãozinha tocar a minha – Oh meu Deus. - removi meu braço e me levantei com velocidade – seu bebê esta vivo, ele já esta há muito tempo ai dentro. Use todas as suas forças – digo rápido.

Quando Carlisle deu o sinal, não me importei se ela acharia ruim, simplesmente forcei sua barriga para baixo, os joelhinhos apareceram e me voltei para o bebê, puxando com cuidado, espalmei minhas mãos pelas costas do pequeno, seus braços estavam erguidos e neste momento Carlisle me ajudou, me assustei pro ele não ter chorado quando o tirei.

Carlisle me entregou um pano úmido, que passei no rosto do bebê, passei meu dedo enluvado na boca do pequeno, limpando superficialmente, foi o suficiente para que ele movesse as mãos rapidamente e gritou seu choro estridente. Carlisle voltou-se para Irina e começou a puxar a placenta, enquanto eu removia o máximo possível de placenta e sangue que estava grudada no pequeno.

– Venha cortar o cordão do seu filho Jacob? – chamei. Ele veio tremulo e Carlisle explicou onde deveria.

Jacob fez o corte e logo depois Carlisle levou o bebê para Irina conhecer, seu chorinho cessou assim que ela tocou seu rotinho com o nariz. Enquanto ambos ficaram perdidos admirando o pequeno. Carlisle, Esme e eu juntamos os panos sujos, amarrando em uma trouxa e jogando no cesto de roupa suja do banheiro, nos lavamos e banhamos com álcool e desci com Esme me ajudando a carregar o cesto.

Quando chegamos à sala todos estavam em pé emocionados, meus padrinhos choravam em meio a gargalhadas. Edward veio ao nosso lado e terminou de carregar o cesto para a lavanderia. Segui com ele e deixei que Esme explicasse tudo. Quando Edward voltou para meu lado me atei a ele. Toda a tensão me esgotou. Uma onda de alivio tirou meu equilíbrio.

Me pegou no colo e me levou para a cozinha, me entregando um pedaço de bolo e um copo enorme com Fanta laranja. Realmente preciso de açúcar, me abracei á ele. Me deu beijos e não demorei a devora-lo, essa noite acabou totalmente diferente do que esperávamos.

– O que há com os Cullens? Não conseguem ter um aniversario sem algo inusitado – sussurrei.

– Desta vez a culpa não é nossa... – disse rindo – bem vinda a realidade Cullen! Como foi lá?

– Angustiante... o bebê estava virado, com o cordão enrolado. Sua esposa enfiou o braço em uma vagina, como conseguem ficar excitados em enfiarem um membro dentro da vagina? – Edward gargalhou e me deu um beijo.

– Mais tarde eu te mostro como isso é possível! – disse com a voz rouca e deslizou a mão por dentro mo meu vestido, tocando minha coxa. Batidas na porta quebraram o nosso clima.

– Desculpe interromper... – disse Jacob entrando – Irina quer vê-la...

– Já vou! – digo me levantando devagar, ainda me sentia tonta, mas consegui disfarçar.

Seguimos pelo corredor e quando voltei a sala só havia nossa família, os outros convidados foram embora durante o parto. Subimos a escada juntos. Quando entrei no quarto Kate e Tanya se revezavam segurando o pequeno bebê. Nathan já estava devidamente limpo e vestido, a cabecinha cabeluda em um tom de mel.

Esme e tia Carmem traziam Irina recomposta, ela sorriu ao me ver e ajudaram ela a deitar. Logo em seguida pegando o pequeno Nathan, recebendo auxilio para dar de mama. O pequenino sacudiu os braços e mexia a cabeça com desespero ao sentir o seio. Espalmando a mãozinha sobre o seio. Irina fez caretas de dor durante o primeiro minuto. Depois esticou a mão em minha direção, me aproximei devagar e me sentei próxima a eles.

– Muito obrigada Bella, eu jamais conseguirei agradecer tudo que fez por mim. Sei que se não fosse por você provavelmente eu não teria meu pequeno comigo. – eu não soube o que falar.

Na verdade não havia o que falar, levei minha mão pelo pequeno cabeludo mamando como se o mundo fosse acabar a qualquer segundo. Os minutos foram passando e Nathan foi contendo a fome ate soltar o seio. Irina o fez arrotar, um som suave, baixinho.

– Você mal o segurou, agora dá pra ver o rostinho, pegue-o? - envergonhada e com muito medo de derrubá-lo, peguei o pequeno no colo. Nathan conseguiu ser ainda mais delicado em meu colo do que só em olhar. Piscou os olhos algumas vezes, deixando-me ver que era idênticos aos do pai. pequenas jabuticabas.

– Ele é lindo, a mistura perfeita dos dois... – sussurro admirando a pele branquinha, os cabelos em um tom de mel, me assustei ao sentir Irina me tocar, me abraçando.retribui como pude, sem remover meus braços do bebê.

– Sei que terá muitos, tão lindos e fortes como meu Nathan – disse tocando em minha barriga.

Com o pequenino espremido entre nos tive a certeza de mais um ciclo que se completava em minha vida. É não poderia ter terminado de melhor forma que esta!

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