sábado, 22 de junho de 2013

EVEOM - Capítulo 11

– Vamos logo mamãe! – chamou Emmett apontando da janela.
– Mamãe? – repetiu olhando fixo para meu filho. – Então vocês...

– O que quer? – digo me assustando com o tom raivoso que escapou quando o vi caminhar, olhando fixo para Emmett e eu.
– Eu não...
– Estou viva, assim como meu filho. Agora sabe. Ate nunca mais, senhor! – digo entrando o quanto antes, acelerando sem cuidado algum.
– Quem era mamãe?
– Depois explico amor!
– Ele não...? – começou Sarah.
– Não exatamente... não entramos em contato após me expulsar. – rangi tentando manter minha voz o mais baixa possível.
– Imaginei que ele conhecesse, sabe... pra terem reagido...
– Ele nunca conheceu, mas sabia, por isso me expulsou.
– Estou começando a achar que fez uma péssima escolha de mudança...
– Eu tambem... – voltou meus olhos para Emmett pelo retrovisor – eu também, mas tenho assuntos a resolver. – digo voltando minha atenção para a estrada convidativa.
– Parece uma bola de neve...
– Exatamente. É melhor eu resolver tudo, antes que eu seja esmagada pela gravidade. Literalmente e em duplo sentido. – digo pensando pela força das verdades que desmoronariam minha realidade e por ser realmente grave, afinal... eu posso me enganar por pensamento, mas a verdade é que o medo de me arrancarem Emmett, fez com que eu me tornasse uma fracassada, medrosa.
Achei melhor seguirmos para minha casa do que me expor em algum restaurante. Quando chegamos deixei o carro na frente mesmo, teria que voltar para a clinica, não furaria com Milena novamente. Almoçamos com o som das crianças. Emmett e Jacob estavam se dando bem e não demorou para que corressem ate o quarto para brincarem com os bonecos e outros brinquedos dele.
Conversei um pouco mais com Sarah, eu precisava falar com Carlisle, mas... não ter o domínio do meu próprio corpo dificultava tudo. Eu simplesmente não conseguia mantê-lo longe. Eu tenho a consciência de que se ele me pedisse para ser dele, sempre, da forma que for, eu cederia, eu seria, mesmo passando por cima dos meus princípios.
Eu nunca me neguei a ele antes, mesmo agora após tudo que ocorreu, eu me entreguei plenamente para ele lá em Lisboa, aqui. Chegamos em uma única e conclusiva decisão. Não importa como, eu deveria conversar e nos mantermos durante a conversa em um local publico. Um local que nos obrigasse a nos comportarmos e me impelisse a mantê-lo longe das minhas pernas.
– Acho que a pracinha de Forks seria de mais, exposição de mais, talvez uma praça ou um parque de Seattle fosse mais adequado e seguro, para ambos – disse Sarah, dando ótimas sugestões. Enquanto secava as vasilhas que eu ia lavando.
– Sim, Seatlle seria bom, eu vou marcar o quanto antes. - digo terminando com o ultimo garfo e seguindo para o armário – eu tenho os telefones na ficha da Alice. Servirão. – digo guardando os pratos.
– Eu sei que precisa voltar para o hospital... que tal eu ficar com Emmett por aqui? Jacob já perdeu a aula de toda forma, isso te ajudaria, quem sabe não conversão hoje mesmo?
– Desculpe atarefa-la. Estou atrapalhando mais que tudo.
– Amigas servem pra isso. – brincou com um sorriso perfeito, um traço herdado por Jacob.
– Prometo não demorar...
– Vá tranquila, minhas princesas cuidam do pai, elas fazem tudo o que ele pedir e precisar. Fique tranquila.
Despedi-me dos meninos e segui de volta para o hospital, após é claro, de dar instruções para Emmett sobre o machucado e que ele deveria continuar obedecendo Sarah. O caminho de volta foi abaixo de chuva. Tive a sensação angustiante de estar sendo observada. Quando entrei no prédio, me senti melhor, mais segura.
O que tornava a situação estranha, afinal aqui eu corria o risco de encontrar com ele. Estapeei-me mentalmente ao perceber que era isso que queria. Meu corpo aquecendo e um leve comichão em meu baixo ventre. Céus... o que há de errado comigo? Ele me rejeitou, esta casado e com dois filhos, Esme! Desista, esqueça e siga em frente.
Após me vestir adequadamente, segui para a sala de Milena. Ela folheava um livro em Braille, sua mãe ressonava na poltrona ao seu lado, a bandeja com o almoço estava intacta e certamente fria ao seu lado, parou de folhear assim que eu terminei de fechar a porta. Sua atenção voltada para onde eu estava.
Caminhei silenciosa ate seu lado e sorri ao ver o seu sorriso de reconhecimento surgir assim que me aproximei o suficiente para que pudesse sentir meu cheiro.
– A senhora demorou! – sussurrou.
– Desculpe querida, tive alguns assuntos para serem concluídos... sua audição e olfato estão melhores – elogio boba por ver que estava dando resultados os exercícios.
– Mamãe falou... – suspirou fechando o livro. – eu estou fazendo como disse que eu deveria.
– Como esta se sentindo? – pergunto olhando seu prontuário. Ela estava sendo devidamente medica, mesmo contra a vontade. – vou testar seu reflexo, posso?
– Eu sinto minhas pernas direitinho, só meus olhos que não... – suspirou coçando a cabeça com uma mão e com a outra afastou o lençol e mexeu de leva a perna. Como meus olhos estavam em seu rosto, pude ver que ela não sentia dor alguma.
Permanecemos conversando aos sussurros, perguntei da casa nova, se ela estava gostando do quarto aqui da clinica. De como ela estava se saindo com as aulas de Braille. Enquanto conversávamos, comecei a anotar atividades que poderiam lhe ajudar. Passei boa parte da tarde com ela, assim que ficou cansada e sua mãe despertou, expliquei as atividades que ela teria amanhã ás 08hs.
Voltei minha atenção para os outros pacientes, conferindo o funcionamento de toda a clinica. Conversei com alguns pacientes e funcionários, tentei absorver tudo o que podia para um segundo dia. Acabará de atender uma turma de hiperativos com outros profissionais e pais. Voltei exausta para minha sala, eles sabem mesmo como esgotar um adulto.
Removi meu jaleco, guardei meu estetoscópio e peguei minha bolsa, o papel com o numero de Carlisle já estava anotado e devidamente guardado. Virei-me para ir embora quando a porta do meu consultório foi aberta, pensei que se tratava de Ruth, trazendo alguma ficha para o dia de amanhã, mas quando voltei meus olhos para a porta, agora escancarada, uma mulher, talvez um pouco mais alta do que eu, passava.
Seus cabelos mognos com reflexos cobres me parecia conhecido, talvez. Voltou as costas, fechando e trancando a porta. Preparei-me para explicá-la que estava de saída, quando seus olhos pousaram nos meus. Seus olhos esverdeados tinham a mistura tangível de doçura e força. A postura altiva também me era familiar, era algo que poderia ser, tanto biológica como um costume herdados por décadas de convivência.
Foi impossível não reconhecê-la, mesmo sem sua fala. Mesmo se estivesse sem o colar com o brasão. Eu jamais conseguiria esquecer seu rosto, e tudo o que significa. Elizabeth encurtou a distancia entre nos, estando agora alguns centímetros longe. Pousou sua bolsa sobre as cadeiras a frente da minha mesa, assumindo uma postura de dona do mundo.
– Vejo que cheguei em uma ótima hora, assim conversaremos sem sermos interrompidas, Drª Esme Swan, digo, Naamã Rosental. – disse meu nome com um tom diferente, não conseguia entender se era asco ou pesar.
Ficamos nos encarando, um silencio estranho e completamente desconfortável, ate porque podia ver em seu olhar que ela tinha conhecimento de tudo, e com tudo me refiro às vezes em que Carlisle me tomou, traindo-a. seu olhar era difícil de enfrentar, nele não havia raiva, ódio, ciúmes ou qualquer outro sentimento. Apenas conhecimento e certezas, apenas isso. Mais nada.
– Sente-se Doutora, não tomarei muito do meu tempo com você. Obvio que sei de tudo. Não me agrada nem um pouco, Carlisle é importante em minha vida, é o pai dos meus filhos, não sou de escândalos e não arruinaria meu casamento e o sobrenome do meu marido por causa de um ”caso mal resolvido” ...
Ouvi essas palavras foi doloroso, caso mal resolvido? Minhas pernas fraquejaram por segundos, sem opção e merecendo cada palavra, sentei em minha cadeira mecanicamente. Minha atenção voltada apenas para ela, me esforçando para retribuir o olhar vazio e inexpressivo que recebi.
– Eu conheço Carlisle como conheço eu mesma, sei tudo o que se passa com ele, assim como ele conhece o se passa comigo. Não temos segredos. Nunca me intrometi quando ele se preocupava com o que teria acontecido com você, principalmente quando a noticia que você e seu irmão teriam morrido em um acidente de carro, como os seus pais fizeram boa parte da cidade acreditar...
– ...Não sei porque esta aqui, como mulher, não gosto e nem desgosto de você, não importância alguma em minha vida, como mãe, fico feliz por minha filha esta recebendo um acompanhamento de uma medica tão promissora quanto você. É uma excelente profissional. Como esposa do Carlisle, sei reconhecer um perigo ao meu casamento, já lidei com muitas enfermeiras descaradas...
– Eu já deixei uma pequena explicação – disse pegando sua bolsa – agora irei direto ao ponto – disse levantando. – não sei o que aconteceu depois que desapareceu naquele dia, mas sei o que eu passei, o que Carlisle passou. O que passamos juntos, ate hoje. A felicidade dele é muito importante, mas há um ponto que nos uni, nossos filhos. Nunca discordamos em nada sobre Alice e Edward!
– ...Não vou permitir que você volte e destruía minha família, que afete meus filhos. Não me interessa quem procura quem, se é sexo que procura , o que não faltará é homem para possuí-la, não tolerarei que afete meus filhos. Se esta esperando uma separação, esqueça. Isso não vai acontecer, não enquanto meus filhos não tiverem mentalidade para isso. – pousou suas mãos abertas sobre minha mesa. – fique longe do meu marido. Carlisle esta comigo, com nossos filhos.
Dito isso, me deu o olhar que reconheci como um desafio, seguiu para a porta, saindo sem se dar ao trabalho de olhar-me novamente. Não rebati nenhuma palavra, ate por estar atônica. Carlisle contou tudo? Ela não... eles... como eu sou idiota. Não acredito que eu tive que passar por isso, minha cabeça começou a latejar ao imaginar que isso era só o começo.
Após me recompor, peguei minhas coisas e segui para casa, quando cheguei Emmett e Jacob estavam esparramados no sofá assistindo um desenho, enquanto Sarah dormia no outro sofá, com certeza ela cansou de mais ao cuidar do meu tsunami. Entrei silenciosa, seguindo para meu quarto. Tomei um banho reforçado e voltei para a sala.
Sarah acordou um pouco depois, conversamos mais e me encarreguei de levá-la para a reserva. O caminho todo foi à base da conversa de Emmett com Jacob, planejavam muitas brincadeiras. Sarah percebeu minha mudança, mas não disse nada, sabia que eu falaria, quando me senti bem. Como estava tarde preferi não entrar, voltaria outro dia.
Emmett precisava de um banho, trocar o curativo, comer algo e dormir, o caminho de volta fiz com muita prudência. Chegamos e o ajudei a descer, levei uma cadeira para seu boxer, expliquei o que ele teria que fazer, já que recusou veemente que eu lhe desse banho, alegando ser grande o bastante para fazer isso sozinho, mesmo estando machucado.
Coloquei a toalha perto e outra cadeira onde ele se apoiaria, voltei para a cozinha e preparei nosso jantar. Assim que coloquei tudo no fogo, ouvi me chamar, segui de volta, passando por meu quarto e pegando minha maleta de primeiros socorros. Quando cheguei ao seu banheiro, Emmett estava sentado já de blusa, segurava a calça na mão. O pé machucado estava apoiado sobre o sanitário. Troquei seu curativo e o ajudei a por a calça, peguei a muleta para que ele tivesse um apoio.
– Veja TV aqui meu amor, vou trazer o jantar – digo lhe dando um beijo na testa.
– Ta bom mamãe. – sussurrou com a atenção voltada aos canais que ele passava rápido.
Voltei para a cozinha e preparei seu prato, logo depois o meu. Depositei em uma bandeja, onde também coloquei um chá e doces para a sobremesa, guardei o restante e já começava a segurar a bandeja quando a campainha tocou. A comida ainda estava muito quente, então não teria problema atender, mas quem alem de Sarah e Billy me procuraria?
Primeiro olhei pelo olho mágico. Meu coração disparou, isso já é de mais. Carlisle estava do outro lado. Tocou a campainha de novo, o que eu faço? Eu não conversei sobre Emmett, mas que droga! O pânico me dominando. Eu não poderia demorar a responder, isso chamaria a tenção de Emmett e ele viria saber quem esta na porta, mas ter Carlisle aqui? Com Emmett no quarto ao lado?
– Esme, eu sei que esta ai, abra a porta! – rugiu do outro lado. Droga! Seja o que tiver de ser!
Abri a porta de supetão, mas mantive minha mão no batente, seu rosto estava lívido, o sorriso presunçoso sumindo e o sorriso deslumbrante surgindo, senti meu corpo queimar quando seus mares azuis varreram por meu corpo. sua mão veio para minha cintura, me empurrando para que abrisse espaço para sua entrada.
– Não! O que você quer Carlisle? – digo empurrando seu peito e tentando tirar sua mão da minha cintura.
– Eu quero falar com você, saber quem é Emmett. – disse fechando a porta e me apertando mais – ele gostou de sentir meu cheiro em você? – perguntou levando sua mão por meu pescoço, segurando minha nuca. – ele gostou de saber que me pertence? – disse beijando meu pescoço, raspando os dentes por minha jugular.
– Não... me solta! – eu precisava mantê-lo longe, meus pensamentos estavam nublando, minha pele formigando onde sua mão tocava, me deixando ciente que fiz um péssima escolha de roupa, não devia ter posto esse vestido! – sai daqui Carlisle. Eu não o convidei, eu não o quero aqui!
Minhas palavras pareceram causar um efeito, suas mãos me soltaram, seus olhos voltaram para a casa, seus olhos pousaram na bandeja preparada na bancada da cozinha. Voltou para os meus, estremeci com o peso de seu olhar.
– Onde ele esta? No seu quarto? – sorriu macabro – vamos ver como ele reage ao vê-la tão entregue, tão minha. – disse extinguindo a distancia entre nos.
Seus lábios devoraram os meus, suas mãos foram para minha perna, me puxando para seu colo e apertando minha bunda. A todo instante eu tentava me livrar de suas mãos, tentando afastá-lo o mais longe possível. Gemi rendida ao sentir seu corpo sobre o meu, seu quadril de encontro ao meu, droga! Já estávamos no sofá.
Porque sou tão fraca? Porque não posso mantê-lo longe? Eu não... porque devo mantê-lo longe? É difícil manter o raciocínio com sua mão se infiltrando por meu vestido, apertando cada mínimo pedaço de minha coxa. Sua boca faminta, devorava a minha com volúpia. Eu tentava lembrar o que eu tinha que fazer, algo importante...
– Mamãe? – gritou Emmett do quarto.
No próximo segundo Carlisle era uma estatua sobre meu corpo. seus lábios pararam, nenhum mínimo movimento, ate que Emmett grita novamente, desta vez mais forte. Carlisle se afasta um pouco, voltando seus olhos sobre os meus. Inicialmente apenas incredulidade, mas com o passar dos segundos, tornou-se dor, raiva e se afastou.
– Mãe? – sussurrou – você...? – mexeu nos cabelos desgrenhando os poucos fios que minhas mãos não haviam alcançado.
Ainda nos encarávamos quando os baques da muleta de Emmett tornava-se mais alto, a medida que ele se aproximava. Minha cabeça latejando com ainda mais vigor, meus olhos marejados, meu peito em um turbilhão. Eu não queria que fosse assim, não desta forma, não sem uma conversa.
Arrastei-me pelo sofá, recompondo-me, antes que Emmett entrasse pela sala. Mas não consegui forças na perna para me manter em pé, prostrada no sofá, vi os olhos de Carlisle soltarem para nosso filho entrando na sala.
– Mamãe...? Quem é você?
Meus olhos permaneceram em Carlisle, ele tentava entender, quase pude ouvir as engrenagens em sua mente, tentava fazer os cálculos, tentando entender como eu poderia ter um filho e erroneamente, buscava entender como eu poderia ter um filho que parecia fisicamente mais velho que o seu.
– Mamãe? – exigiu. Sequei rápido minhas lagrimas e forcei minhas pernas, para levantar e seguir ate Emmett, sua carranca sendo destruída pelas covinhas insistentes em sua bochecha.
– Lembra que o doutor pediu pra não ficar andando...
– Quem é esse ai? – retrucou com o mesmo tom de Charlie.
– Emmett. – retruquei de volta, em um tom mais firme, onde já se viu, eu sou a mãe da história. Emmett abaixou os olhos, envergonhado, mas isso foi por poucos segundos, logo voltou seus olhos que conseguiram ficar ainda mais intensos com a luz clara do abajur ao seu lado, o arfar de Carlisle ao fundo.
– Desculpe mamãe, mas... seus olhos estão vermelhos e esse homem esta em nossa casa, tá tarde, da noite. – disse com os olhos em Carlisle.
– Exatamente, tarde e você já deveria estar dormindo de barriga cheia – Emmett fez um bico, idêntico ao pai. me aproximei ao ver que ele não voltaria sem uma explicação, me agachei perto de seu ouvido – lembra da nossa conversa? Sobre seu pai – sussurrei de uma forma que apenas Emmett ouviria e ele moveu a cabeça concordando – eu vou explicar agora, para ele.
Ergui-me novamente e Emmett voltou os olhos para o pai, então deu o mais estonteante sorriso para nos e voltou os olhos para a bandeja farta. Sorri e segui ate ela, sussurrei um “espere, por favor” para Carlisle que se jogou na poltrona as suas costa, deixando claro que não estava pensando em sair.
Levei apenas seu jantar, chá e sobremesa. Ajudei a se ajeitar sobre a cama e depois apoiei a comido em seu colo, deixando o chá e a sobremesa no criado mudo, bem ao seu alcance, seus olhos brilhavam, ele queria me encher de perguntas. Sorri fraco para ele, dando um beijo em sua testa e sentando ao seu lado.
– Pergunte querido!
– Ele gosta de mim?
– Quem não gosta de você meu amor...
– Ele não se aproximou... – disse triste – nem sorriu quando sorri pra ele...
– Ele ainda não sabe que é seu pai... eu vou explicar agora...
– E depois?
– Depois... tenho certeza que ele virá ate o quarto... – Emmett sorriu e voltou sua atenção para a comida, que por alguma sorte, ainda estava quente.
Com minhas pernas fracas, cabeça latejando e coração aos solavancos, caminhei de volta para a sala, para um discussão que poderia ser terrível, por sorte a porta de Emmett e grossa o bastante para que não nos ouvisse, caso nos alterássemos, como prevejo. Carlisle caminhava de um lado ao outro da sala, suas mãos sobre o cabelos, hora puxando hora bagunçando.
Parei um pouco afastada, não sabia como começar... mas não foi preciso muito, Carlisle girou, seus olhos sobre os meus, seu olhar banhava o ambiente com sua raiva, frustração e magoa, em poucos segundos estava ao meus lado, sua mão como aço em volta do meu braço, certamente deixaria marcas em minha pele clara, sacudiu-me.
– Você não tinha esse direito! Ele é nosso. É meu! – rugiu me socando no sofá.
Nunca o vi tão transtornado, suas narinas infladas de raiva, deixavam-me ver um lado dele que eu não conhecia, eu lado extremamente perigoso. Um homem magoado, uma fera ferida e acuada. E nem havíamos começado a conversar...

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