sábado, 22 de junho de 2013

EVEOM - Capítulo 15

Já havia feito alguns pares de dias que Charlie voltou para Lisboa, a casa esta barulhenta, viva com as crianças fazendo todos os tipos de estripulias, por sorte conseguimos matricular Deborah na mesma escola de Emmett. Isabella ainda permaneceria conosco em casa. Tive outra conversa com Emmett e com a ajuda de Renée contamos editada sobre meus pais.



Que a avó já esteve conosco, mas gostaria de voltar a vê-lo, assim como quer conhecer as meninas, Renée não viu problema nisso, desde que seja apenas ela, ainda não suportava ouvir falar do meu pai. Marquei uma visita para essa semana. Eu tinha muitos assuntos para resolver, sem contar que o aniversario de Emmett estava chegando.


Preciso ter uma conversa seria e de preferência, definitiva com Carlisle. Isso estava me desgastando, começando a atingir minha saúde e atrapalhar meu desempenho no trabalho. Minha decisão estava tomada. Tenho que por as cartas na mesa, não consigo entender como ele pode ser tão... como pode me tratar de tal forma e depois... depois agir como se não houvesse nada alem dele e da esposa.


Sai da sala de reuniões sentindo que minha cabeça explodiria a qualquer momento. Não consegui me alimentar e meu estomago protestava por alimento ao mesmo tempo que parecia não querer nada. Segui de volta ao prédio principal do hospital, já não tinha mais consultas marcadas, peguei minha bolsa, guardando a agenda e algumas anotações feitas durante a palestra.


– Esme? – ouvi assim que sai de minha sala. – podemos conversar agora, se quiser – disse Carlisle terminando com a distancia entre nos.


– Na verdade tenho que buscar Emmett, podemos conversar em algum restaurante ou café.


– Eu gostaria de ir com você, estou devendo uma explicação a Emmett...


– Não. Eu vou sozinha, temos que conversar seriamente e quanto a suas explicações, não se preocupe, estou preparando Emmett para que possa conversar com ele, mas por enquanto não.


Enquanto eu dizia, deu mais dois passos, ficando a centímetros de mim, pode sentir sua respiração em minha face. Sua mão tocando discretamente a ponta dos meus dedos, ergui meus olhos para os seus, estavam tristes, apesar das diversas emoções, tristeza era a que se sobressaia.


– Tudo bem - disse apertando minha mão, causando calafrios terrivelmente deliciosos.
Removi minha mão com certa brutalidade de entre seus dedos. Será possível que minha mente e meu coração nunca chegarão a uma conclusão idêntica? Eu preciso afastá-lo de mim, remover o que eu sinto, mas meu corpo e coração não obedecem, nunca.


– Eu tenho que ir, ate mais tarde – digo começando a me afastar.


Segui para o estacionamento, ouvi seus passos ecoando junto aos meus, ele me seguia de perto, minha nuca se arrepiando, mas o pior foi entrar no elevador e ele também entrar, meu nervosismo crescendo. Senti-me acuada quando veio para meu lado, pulei assustada e por sentir meu corpo vibrar quando me abraçou por trás.


Só pode estar querendo me enlouquecer! Suas mãos se tornaram garras, se espalmando por minha barriga, seu nariz deslizando pela pele exposta no pescoço, sua mão subiu afastando meu cabelo, minha respiração acelerada, pulsando em meus tímpanos, eu já hiperventilava, seus lábios trêmulos tocando minha nuca, enquanto me apertava mais ao seu corpo. Eu tremia, muito.


– Te espero no café a duas quadras daqui! – disse depositando um beijo em minha nuca, libertando-me de seu abraço de urso, sua voz estava tremula também. Mesmo assim não me atrevi a olhá-lo ou toda minha resolução iria por água a baixo, segui a passos cambaleantes quando a porta se abriu.


Fiquei alguns minutos sentada, esperando meus batimentos se acalmarem. Após me recuperar segui para o colégio de Emmett, ele já estava a minha espera, conversando com o mesmo garoto das outras vezes. Seguimos em silencio para casa, Renée já estava a nosso espera com Débora e Isabella.


– Meu amor, eu vou dar uma saída, mas não demoro. Cuide delas ok?


– Pode deixar mamãe, não demora tá?


– Leva eu titia?


– O emm não vai, você também não vai! – rebateu Débora.


– Outro dia eu prometo que sairemos todos tá? – digo pegando-a no colo. Bella me olhou com olhinhos brilhantes, deixando-me culpada por não atender seu pedido.


– Céus! Esse menina será um perigo para os homens! Coitado do Charlie! – Renée praticamente grita ao meu lado, pegando Bella do meu colo.


– Eu já percebi isso! Alias é assim desde do dia que nasceu! – digo rindo, dando um beijo em sua mãozinha, vou ate Débora e lhe dou um beijo, indo eu meu grandinho e lhe dando um abraço.


Tomei um banho rápido, tentando acalmar meus nervos, coloquei um vestido longo, peguei minha jaqueta e voltei para a sala, Emmett já estava de banho tomado e fazia uma das lições, Bella estava ao seu lado, olhando os movimentos do primo, enquanto comia uma maça cortada em cubos.


– Renée? Eu vou tentar não demorar, mas a conversa é importante – digo dando ênfase para que entendesse o que irei fazer.


– Tudo bem, ficara tudo em ordem aqui!


Liguei o carro e segui para o café perto do hospital, quando cheguei Carlisle já estava em uma mesa, tomando um suco. Segui ate sua mesa, estendeu a mão quando fiz menção de me sentar no banco a sua frente. Um pouco contrariada me sentei ao seu lado, tentando ficar o mais afastada que o banco permitia.


– Precisamos ter uma conversa seria começando sobre Emmett...


– Deixe-me explicar primeiro o motivo do meu sumiço naquele dia, do porque não estive em sua casa para me explicar com Emmett...


– Não precisa Carlisle, eu entendo e tentei explicar para Emmett, apesar dele não ter reagido bem a minha explicação. Charlie tem me ajudado.


– Charlie esta de volta? – disse realmente surpreso e feliz, mas seu sorriso murchou logo em seguida – ele deve me odiar! – disse e coçou a cabeça – não vai permitir que me aproxime de Emmett – disse levando as duas mãos aos cabelos loiros, bagunçando o fios e minha mão pinicou de desejo de fazer os caminhos de sua mão. – que eu me aproxime... de você – sussurrou se aproximando do meu rosto.


Meu coração acelerou, suas ações me desarmando com facilidade, não quero ser tão vulnerável como sou, porque não posso resistir a ele?


– Porque faz isso? porque me trata com tantos cuidados e amor, pra logo depois me tratar como um nada?


– Eu jamais lhe tratei assim... me perdoe se algum dia...


– Eu vi vocês... na praia... você e Elizabeth... seus filhos, a perfeita família feliz! Como acha que eu me senti Carlisle?


Seu corpo reteceu... deslizou com certa força suas mãos por seu rosto, virou no banco, deixando seu corpo um pouco de frente para mim. Sua mão indo para a minha em meu colo, apertou meus dedos, apertando minha mão. Sua boca abriu varias vezes, antes que algum som escapasse.


– Eu tive problemas para resolver, aquilo foi um momento preciso. Elizabeth e eu somos muito amigos...


– Percebi!


– Não é isso – soltou sobre a respiração. – nos... – respirou fundo algumas vezes. – eu quero contar tudo o que aconteceu para que chegasse ao momento em que nos viu na faculdade. Ouça-me?


– Vou tentar...
– Após te deixar em casa, eu segui de volta pra faculdade, eram as provas finais e eu não poderia voltar, teve uma festa, eu fui com alguns amigos, voltei cedo, não bebi na festa, pelo contrario. Um dos meus colegas de quarto estava comemorando uma oferta de emprego, bebemos muito no quarto... quando acordei, eu estava... nu, com Elizabeth sobre meu corpo, também nua.


As lagrimas já corriam soltas por meu rosto, levava minha mão para removê-las sem pressa, ouvir cada palavra esta me surpreendendo e me machucando, ter detalhes da noite deles não é agradável, me corta.



– Não lembramos de nada, ela estava com algumas marcas... – contive um soluço – eu não tinha nenhuma, não queríamos isso, ela não sabia como parou no meu quarto. – tomei um gole do suco. – resolvemos esquecer isso, ela tinha uma pessoa, eu tinha você, apesar de tudo, eu iria lhe encontrar e explicar assim que voltasse a Forks.


– Então ela contou que estava grávida – suspirei!


– E tudo aquilo aconteceu... eu te procurei... quando cheguei ao aeroporto, todos os voos no horário que a mãe da Renée falou já havia decolado, o de Portugal já tinha 40 minutos... – disse alisando meu rosto, beijando minha mão.


Meu peito doía tanto, sem perceber eu já havia me encaixado em seu dorso, seus braços me apertando. É tão... tão patético o motivo da nossa separação, afundei meu rosto em seu pescoço, seus braços me puxando, deixando-me quase em seu colo.


– Eu te amo Esme, sempre te amei... meus cuidados com Elizabeth são...ela é importante pra mim, temos dois filhos... ela também tinha alguém que ama muito... a mesma dor que eu senti quando te perdi, foi a mesma dela. Abrimos mão do nossos amores para criarmos nossa própria família, para que Edward não pagasse por nossos erros!


– E... pela convivência tiveram Alice. – sussurro ainda com a cabeça escondida em seu ombro.


– Sim... vivíamos como irmão, mesmo dividindo a mesma cama. Resolvemos tentar... tornar real... – meu corpo sacudia com os soluços, que me atrapalhavam ate mesmo a respirar.


– Eu...não sei o que dizer.... o que pensar... tudo isso...


– Tudo bem senhora? Senhor? – chamou uma das garçonetes, meu estado estava pavoroso, certamente.


– Sim, obrigado pela preocupação... – disse Carlisle.


– Só estou com uma dor persistente querida, obrigada!


Assim que ela se afastou, voltei meus olhos para Carlisle, suas palavras, explicações tiraram minhas certezas, me confundiram mais e mais... ainda tinha aquele homem, homem ao qual Edward parecia tanto...será que... que Carlisle sabe sobre isso?


– O que aconteceu com a pessoa da Elizabeth? – pergunto sem conseguir travar minha língua.


– Desde a cerimônia de casamento, não voltamos a saber de Antony – disse Carlisle desconfortável, seus olhos crispados, não me olhou enquanto respondia, tomou uma boa parte de seu chá.


Tomei tudo e voltei meus olhos para minhas mãos em meu colo, deitei a cabeça sobre o encosto do banco. Minha dor vindo forte, meu estomago embrulhando. Não sei ao certo quanto tempo permaneci muda, com o olhar vago e muda, mas durante todo o tempo, Carlisle permaneceu silencioso ao meu lado, fazendo carinhos em minha mão e meu cabelo.


– Águas passada não movem moinhos! – solto sobre a respiração – decisões erradas já foram tomadas... temos que seguir...


– Como?


– Vamos começar daqui sim...? Volte pra casa, pra sua família, visite Emmett quando quiser, só me avise para que eu possa evitar de nos vermos...


– Esme...?


– É o melhor Carlisle, assim como Emmett precisa de você, seus filhos precisam. Alice precisa.


– Eu te amo.


– Eu também, mas só amor não será o bastante.


– O que você quer dizer com isso?


– Quero dizer que não vou construir minha felicidade à custa da infelicidade de crianças.


– Por Deus, Esme! Não estaríamos fazendo isso!


– Eu não vou discutir isso com você. Minha decisão esta tomada, vou preparar Emmett, o que temos que fazer agora e contar por alto para as crianças, explicar e apresentá-las, afinal eles são irmãos! – digo olhando pela janela, já estava plenamente escuro lá fora. – eu tenho que ir, prometi que não demoraria! – digo levantando.


– Esme espere? – deixei que me chamasse e segui para a saída, mas meus passos congelaram, assim como meu sangue.


– Então é verdade! – sua voz rouca e imperial me fez tremer. Senti uma mão espalmada no meio das minhas costas.


Foi como se eu estivesse petrificada, meu pai continuava o mesmo ou ainda mais temível! Não consegui encontrar minha voz, todas as lembranças daquela noite vinham frescas, vivas de mais.


– Com licença! – disse com certo asco e me voltou as costas.


– Esme?


– Me solte Carlisle – digo me virando para ele. – ate a próxima consulta de sua filha, caso apareça. Claro! – digo e praticamente saio correndo do café. Entro em meu caro sem olhar para lado algum.


Segui contendo as lagrimas e tentando não lembrar da dor irritante em minha fronte. O choro estava voltando, eu já não conseguia enxerga e preferi parar no acostamento, por sorte foi perto de uma casa, então não estaria em perigo. Tranquei o carro e voltei ao choro, não sei quanto tempo, mas foi tempo suficiente para que batessem em minha janela.


Era um homem, alto e branco, estava vestido de roupas de usar em casa e imaginei ser um dos moradores, liguei o carro e fiz sinal para que entendesse que já estava de saída, mas o que recebi foi uma coronhada no vidro que se espatifou rapidamente. Pulei no banco e gritei.


– Você vem comigo delicia! – cantarolou.


Seus olhos estavam vermelhos, o vento trouxe o fedor de bebida barata e entorpecentes para minhas narinas, fazendo meu estomago protestar. Com agilidade assustadora, destravou meu carro e me arrancou do banco. Um canivete espetando minha barriga, abriu a porta de trás do meu carro e me jogou, tentei correr para a outra porta, mas já estava sobre meu corpo, me puxando para ficar de frente, senti meu braço arder.


Choraminguei com a dor em meu antebraço, perdendo meu ar com seu peso que esmagava meu corpo, me debati tentando me livrar de sua boca asquerosa, puxei o ar tentando gritar com ímpeto, isso não poderia estar acontecendo! Suas mãos sujas e ásperas passavam por minhas pernas como raladores, apertando minha carne.


– Não! Por favor? Socorro!!! – gritei fazendo minha garganta arder, quando senti o elástico da minha calcinha protestar e rasgar quando puxou, certamente ferindo minha pele.


No outro segundo não senti seu peso e o ar voltou para os meus pulmões. Mesmo sem ver pude ouvir os barulhos típicos de uma surra, os resmungos e choramingos masculinos chegavam baixo de mais aos meus ouvidos.


– Leve-o daqui Scott ou eu matarei esse desgraçado! Seu verme! Nunca se toma uma mulher a força – ouvi o grito. – ei moça? Esta segura agora – ouvi quando uma sombra ficou em minha frente.
Eu ainda estava deitada e acuada no banco, agora eram três, na verdade dois. Quando o vi se inclinar para dentro do meu carro, soltei um resmungo de medo.


– Fica calma sim, eu não lhe farei mal! Vou levá-la pra casa ou na delegacia se preferir... – me encolhi quando estendeu a mão. – se eu fosse te fazer mal, já teria feito!


– É melhor chamar a policia Masen! Ela não vai sair, esta assustada de mais...


– Olha moça... eu moro nessa casa ai em frente, acabei de chagar do trabalho, meu amigo é um PM de licença, já ta chamando uma viatura. Quer esperar dentro da minha casa, aquecida ou ficar ai encolhida no frio e no escuro? Lembrando que o drogado esta ali ao lado...


Isso foi o suficiente para me fazer mover, eu não queria ficar perto desse monstro, então estendi minha mão, aceitando a mão do estranho que me salvou de ser estuprada. Com delicadeza me tirou do carro, mantive meus olhos baixos e arfei ao sentir meu vestido escorregar no meu corpo, minhas mãos seguraram firme o tecido, antes que eu ficasse exposta na frente desses homens.


– Tome – disse removendo seu casaco, cobrindo meu corpo – vai mantê-la aquecida, e coberta, vamos lá dentro, poderá ligar para sua família.


– Obrigada... – sussurro e ergo meus olhos, mais uma vez meu corpo congela, era ele.


– Pelo visto virei um anjo da guarda – disse sorrindo torto, deslumbrante e meus sentidos somem.


Minha cabeça estava dolorida, apoiada em algo macio, um cheiro másculo em minhas narinas, eu estava quentinha, estava gostoso, com lentidão abro meus olhos. Não reconheci o local, mas estava deitada em uma cama gostosamente confortável. Uma blusa de moletom enorme cobria meu corpo, em uma cadeira ao lado estava meu vestido, rasgado e outro vestido.


– Vejo que acordou! – ouvi uma voz feminina melodiosa. Uma mulher com idade para ser minha mãe entrava com um grande sorriso.


– Onde estou?


– Meu filho a socorreu! Esta no quarto dele agora. Como se sente querida?


– Acho que bem – digo tentando levantar e senti meu braço latejar.


– Não se apoie nele querida, esta cortado – levantei e vi o corte, nada profundo, mas incomoda, muito.


– Vou preparar um lanche para você...


– Não obrigada, eu preciso ir para casa, meu filho me espera!


– Oh, é casada querida!


– Quase isso! – digo me sentando.


– Aqui esta querida, fique a vontade, vou prepara uma vitamina para você! – disse me estendendo um telefone, o fio era longo e me deixava livre para mover pelo cômodo.


– Oi? – Renée atendeu no primeiro toque.


– Renée, me desculpe.


Onde esta? Estou preocupada!


– Eu tive um problema e estou na casa de pessoas bondosas. Vou pra casa dentro de algumas horas.


– Espere, Emmett quer falar com você! – disse e ouvi o barulho da porta do quarto, me voltei e Ele estava entrando, com um policial atrás.


– Mamãe? Volta logo?


– Eu já vou meu amor! Assim que chegar eu vou para o seu quarto tá?


– Ta bom, mamãe! Tchau!


– Tchau amor, obedeça sua tia!


– Com licença senhora, viemos tomar seu depoimento. – disse um dos policias.


Começaram com as perguntas, viram os hematomas, o vestido rasgado, o testemunho deles foi o bastante para que eu não precisasse seguir para a delegacia. Eles continuaram a conversa com ele e a senhora veio para meu lado, me entregou uma vitamina de banana. Com seu quite e meu entendimento, fiz um curativo decente que suportasse ate que eu chegasse ao hospital.


– Esta melhor agora? – perguntou quando cheguei ao pé da escada.


– Ah... sim. Obrigada mais uma vez. – digo e sinto meu rosto corar com seu sorriso – eu tenho que ir, meu filho esta me esperando.


– Eu te levo. Um funcionário da minha mecânica levou seu carro para consertar o vidro do carro – fiquei sem graça, eu nem ao menos o conhecia.


– Não se preocupe querida, não é porque sou mãe, mas Tony é o melhor filho e homem que possa existir!


– Bom, Tony Masen, ao seu dispor! – disse se curvando, fazendo graça. Sorri de volta e apertei sua mão.


– Esme Swan!


O caminho ate a clinica foi calmo, Tony foi respeitador, como a própria mãe disse! Diferente do que deixou transparecer no encontrão que tivemos, ele é muito divertido e brincalhão, passamos em frente ao prédio de sua mecânica, que fica a menos de 1 km da clinica. Entrei com ele em meu encalço, os plantonistas estavam em uma conversa na recepção e se assustaram quando me viram.


– Dr Swan?


– Fiquem a vontade, Alistair poderia me ajudar? – digo erguendo o braço enfaixado.


Segui para o pronto socorro e Alistair foi rápido, conversamos sobre os pacientes rapidamente e voltamos para a recepção, já havia muitas enfermeiras por ali, ate Ruth estava de plantão e descaradamente se insinuava para Tony. Ele pareceu retribuir as investidas, voltou um sorriso largo e torto em minha direção que fez meus cabelos do braço arrepiarem.


– Então Doutora renomada, pronta? – todos voltaram os olhos para mim e me senti queimar de vergonha.


– Sim... – sussurrei sem jeito com tantos olhares e alguns sorrisos maliciosos.


– Então vamos... tchau pessoal, não esqueçam de passar na minha mecânica – disse piscando e pôs seu braço em volta do meu ombro me guiando para fora.


...


– Ainda não acredito que você recusou... – resmungou Ruth com Renée concordando ao lado.


– Francamente! Eu não quero mais discutir isso. – Ruth e Renée estavam me enlouquecendo por eu não ter aceito o convite de Tony de ir ao cinema.


Assim como as outras, Renée também se encantou por ele quando me deixou em casa. Eu preferi não contar sobre a tentativa de estupro, alias eu tento esquecer que aquilo aconteceu, sei por Tony que o rapaz continua preso e não tem direito de fiança por estar com uma grande continha de droga nos bolsos.


– Ele é um sonho! – disse Renée – depois do Charlie, claro! – bufei.


– Ele só me socorreu, eu não quero me envolver e não sou como as outras, só estou nos poupando tempo, ele desistiria rápido quando não conseguisse nada comigo!


– Pelo menos poderia aproveitar um pouco...


– Chega Ruth! Saia você com ele, finja um defeito no seu carro e vá a mecânica! – digo abrindo o carro. – vamos buscar as crianças, você vem?


– Não, estou pensando em sua ideia. Será que ele vai querer?


Seguimos para La Push após deixar Ruth com seus devaneios na porta da própria casa. Quando chegamos as meninas brincavam juntas e Bella não estava junto, encontramos ela brincando com lama do outro lado da casa, nos fundos do jardim, seu vestido verde claro estava todo manchado, descalça e com os cabelos soltos, Jake estava ainda pior, um lado de sua calça estava lama pura, como se tivesse escorregado. Ambos sorriram dando tchau quando nos viram, a palma das mãos também lama pura.


– Vamos crianças?


– Hoje é a vovó que virá nos visitar! – completou Renée.


Com isso, Bella correu para nosso lado, Emmett resmungou saindo sabe-se lá de onde e Deborah veio para meu lado. Limpinha e sorridente. Despedimos-nos de todos após tentarmos amenizar o estado de Bella e Emmett. Assim que chegamos os arrastamos para o banheiro, Emmett tinha lama ate na cueca, os cabelos eram terra pura.


– Ta bom mamãe! – dizia tentando se livrar das minhas mãos. – eu já sei tomar banho sozinho! – gritou irritado.


– Esta fedendo seu traquina, só sairá após estar perfumado e sem um grão de areia. – digo esfregando seus cabelos.


Deixei que se vestisse sozinho, segui para a cozinha e fiz alguns aperitivos, sucos e alguns biscoitos para as crianças, Renée não demorou a voltar com Bella já limpinha e cheirosa, Deborah já estava no sofá vendo desenho. Não demorou para a campainha tocar e corri para atender, quando abri minha mãe estava apoiada por ele, meu sangue gelou na veia.


– Cadê a vovó titia? – perguntou Bella segurando meu vestido. Ambos voltaram os olhos para minha pequena.


– Entrem logo! – disse Emmett aparecendo ao lado de Bella, segurando sua mão. Seus olhos voltaram para Emmett, meu pai pareceu surpreso, sua boca abriu varias vezes, parecia que sua cabeça estava lotada de engrenagens enferrujadas.


– Maldito Cullen. – rosnou baixo, seus olhos voltaram para os meus e por um instante imaginei que passaria por tudo aquilo de novo, para meu alivio ou pavor, ele voltou-me as costas, mais uma vez e seguiu para seu carro.


Algumas coisas não mudam! Principalmente pessoas.
Notas finais do capítulo
Então? Ajudei ou confundi mais ainda a cabecinha de vocês? Eu disse que golpe veio de quem vocês nem imaginam, eu acho!
*
Que susto esse da Esme em?! Não se pode parar o carro em qualquer lugar... nunca se sabe o que pode acontecer!
*
O que imaginam que irá acontecer? Tony Masen na área meu povo! O bicho vai pegar!
*
Preparem os corações porque pretendo esquentar as coisas no próximo! Para o bem e para o mal!

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