sábado, 22 de junho de 2013

EVEOM - Capítulo 17

– Então é hoje? – perguntou Renée terminando de trançar os cabelos de Bella.



– Sim, Charlie já o levou, devem estar chegando ao clube agora.
– Será que Edward reagirá bem à presença de Emmett?
– Eu espero que sim, apesar de tudo... eles serão como irmãos, ao menos devem se respeitar...
– Será que a mãe não estragou esse garoto?
– Essa não é uma situação para crianças, claro que ele iria se rebelar... agora que tal vermos o futuro de Bella – digo para desconversar ao ver que nossa princesa prestava muita atenção em nossa conversa.


– Quando sairá o resultado dos seus exames?
– Daqui a alguns dias...
– E Tony?
– O que tem ele? – digo levantando e ajudando a guardar algumas roupas de Bella.
– Vocês combinaram de se verem hoje a noite. Vai dar o fora nele?
– Eu não sei porque aceitei...
– Porque ele mexe com você, mesmo que não goste, alem do mais ele é encantador. – suas palavras fizeram-me lembrar de tudo o que ela passou por minha culpa, Charlie se negou a dormir com ela por uma semana.


– Devo lhe pedir desculpas novamente...
– Pare com isso Esme, eu já o tenho em minhas mãos novamente, não há nada que uma esposa dedicada não consiga de seu marido apaixonado – disse piscando. – lembre meu bebê, ao adoçar a boca do marido, nos é que ficaremos meladas.
– Mas... como se ele que como o doce? – perguntou franzindo a testa.
– Renée! Espere ao menos que ela tenha mais de dez anos para ensinar isso!
– Faça-me o favor Esme! É de pequeno que se aprende! E com esse rostinho? Não precisará muito. Modéstia parte, soubemos como fazer filhas lindas! Escolha logo o que vestir, Bella e eu iremos buscar Emmett e Débora.
– Eu só vou para por um fim nesta história. Se eu estiver mesmo... – não terminei ao olhar para Bella – bom, caso ele tenha acertado no que disse, não poderia, nem se eu quisesse, me envolver com Tony.
Renée resmungou baixinho, fez um bico e depois começou a brincar com as mãozinhas de Isabella. Eu segui para meu quarto e procurei o que vestir, após desconversar por alguns dias, Tony foi ate o hospital, com ajuda de Ruth e Kate, ele conseguiu minha agenda, assim que terminei fui para a sala, Renée lia para Bella.


– Ta linda titia.
– Obrigada meu anjo... – antes que eu pudesse pronunciar outra frase, a campainha toca.
– Nossa que pontual, ou apressado? – brincou Renée. Olhei para ela e logo se calou.


Tony estava deslumbrante com sua roupa casual, os cabelos indisciplinares e o sorriso torto. Sorri em retribuição, fiz um gesto para que entrasse.
– Boa noite senhoras?
– Boa!
– Esta princesa é a sua filha? – disse Tony me olhando.


– Oh não! Minha sobrinha caçula, Isabella venha conhecer Tony. – Bella levantou no sofá, olhava atentamente para Tony, sua testa enrugando. – eu tenho um menino, ele esta com o pai e os irmãos!
– Então vamos? – perguntou após fazer um carinho em Bella que sorriu e escondeu o rostinho em meu colo.


– Tchau meu amorzinho – digo pegando-a nos meus braços e dando um beijo em sua testa.
– Tchau titia, tchau moço bunito! – disse dando tchau.
Seguimos para seu carro, muito confortável, não sou uma entendedora, mas este certamente era um lançamento internacional. O banco de corou novinho estava aconchegante. O caminho foi curto, contamos sobre o meu dia e ele sobre as mecânicas.


– Chegamos! – disse e saímos.


Claro que ele abriu a porta e me estendeu a mão, por sorte estava devidamente vestida para a ocasião. Um belo prédio, decorado a moda italiana e um lindo letreiro em gesso escrito “La Bella Italia” muitos carros de caros e pessoas extremamente importantes desfilavam pelo vão de entrada. Tony passou seus braços em volta do meu corpo, sua mão enorme ocupava toda a lateral da minha cintura. Onde deu um leve aperto, me impulsionando a andar.
– Não gostou da minha escolha? – perguntou enquanto me guiava para a entrada.


– Não! Eu... só estou achando que estou inadequada para o local!
– Fique tranquila Esme, todas essas pessoas só vieram prestigiar o chefe! Que alias é o dono e meu amigo. Afinal é uma inauguração!
– Convite e nome senhor – pediu um recepcionista, extremamente alto e musculoso, acredito que o escolheram por acovardar qualquer arruaceiro com seu porte avantajado.


– John Antony Masen e acompanhante.
– Sim! – disse sorrindo, pegando o convite e rasgando, devolvendo em seguida.


Fomos guiados para uma mesa com o nome dele. Havia poucas mesas vazias, todo o lugar é aconchegante, algumas obras de artes nas paredes ou pelos espaços entre as mesas, quadros e estatuas lindas.


Após nos sentarmos e sermos servidos algumas pessoas cumprimentaram Tony, que pareceu conhecer a todos e sempre me puxava para seus braços para me apresentar. Alguns deixavam a sensação de plenitude ao nos verem juntos. Como se não acreditassem que eu estava com ele ou algo assim, mas como não recebi nenhum olhar enervado ou de desdém, não me importei.


– Finalmente meu amigo! – disse Tony levantando pela enésima vez.


– Finalmente digo eu, quantos anos? Cinco? – disse um homem tão alto quanto Tony, olhos cinzas intensos.


– Vamos lá Vladimir, sabe que estive ocupado!
– Claro que sei! O olhar do dono que engorda o rebanho! – disse e se abraçaram. – e esta belíssima dama?
– Tire os olhos! Ainda estou lutando por ela – disse Tony, estendendo a mão que aceitei e me puxou para ficar ao seu lado, apertando um pouco abaixo da minha cintura e me deu um beijo na fronte.
– Ola! Prazer em conhecê-lo.
– O prazer é todo meu! A muito que espero um sorriso como este no rosto de meu amigo.
Após algumas frases, Vladimir se despediu, seguindo para a cozinha, ele iria preparar diversos dos pratos, só voltaríamos a nos ver no final do jantar. Antony foi encantador, me senti mal por isso! Se não houvesse possibilidades de que eu esteja grávida, pela segunda vez, de Carlisle, eu ate poderia tentar me envolver com ele, mas não posso. E não é só isso que nos separa, a duvida sobre Edward me atormenta, mas não sei se tenho o direito de me intrometer nesse assunto.


Emmett não será afetado, por tanto acredito que possa me manter afastada deste assunto, mas por outro lado, Antony é incrível e acredito que tudo que ouvi sobre ele ser fechado - apesar de ser quase inacreditável – certamente é por culpa de Elizabeth, por que assim como eu, ele também perdeu seu grande amor e um possível filho.
– Porque esta me olhando assim? – sussurrou perto do meu rosto. Dando um beijo no canto da minha boca.
– Eu estava pensando...
– Você esta triste – afirmou enrugando a sobrancelha – não quer o que se sinta triste, desculpe se estou sendo rápido demais...
– Não é isso – interrompi. – eu tive um motivo pra ser tão... negativa... quanto a aceitar seu pedido...
– Eu diria difícil! – brincou. – então resolveu me contar?
– Quase isso... eu...eu fui imprudente, você é incrível, mas eu aconteceram coisas antes que eu te conhecesse, eu... eu tive uma recaída com o pai do meu filho – seu corpo reteceu, pude ver as veias de seu pescoço e testa saltarem. – eu me odeio por isso, por Sr tão... dele! Acontece que isso pode ter consequências...


– Você esta grávida. – afirmou novamente.


– Estou esperando os exames ficarem prontos.
Tony permaneceu em silencio por um tempo, seus olhos estavam perdidos, desfocados, da forma que alguém fica quando esta com a mente muito longe, suas mãos estavam em punho, sua respiração um pouco alta, mas nada que deixasse transparecer que estava nervoso, irritado ou irritado.


Então seus olhos voltaram ao foco, a focar em mim. Inclinou-se roçando seus lábios sobre os meus, puxando com seus lábios os meus, sua língua deslizou levemente sobre meu lábio inferior, dei permissão para aprofundar o beijo, onde sua mão cobria um lado do meu rosto e eu cobria o seu, ele escondia o beijo audacioso que estávamos trocando na frente de tantos convidados.


Afastou-se lentamente, suas esmeraldas me olhavam intensamente, permaneceu assim por muito tempo, nossos pratos e sobremesas já haviam sido removidos. Quando seus lábios se moveram, dizendo meu nome com certo temor, fomos interrompidos.
– A senhora também veio mamãe? – Emmett gritou chegando ao meu lado.


– Porque num veio com a gente tia? – Deborah disse.


– Vocês não ficariam com Carlisle? – perguntei após encontrar minha voz.


– Papai tá ali mamãe! – disse Emmett apontando para a mesa em que Carlisle estava com Elizabeth, Alice e Edward.


Os quatro olhavam em nossa direção, Carlisle parecia raivoso e ao mesmo tempo triste, Elizabeth parecia pálida ou talvez fosse a iluminação, Edward nos olhava interrogativo, uma das sobrancelhas erguida, Alice sorria de canto, mexeu a mãozinha em um tchau.


Então o barulho de taça se partindo chegou ao meu ouvido, Tony estava com os restos do que antes era uma taça de vinho, sua mão manchada de vinho e sangue, quando voltei meus olhos para sue rosto, ele parecia transtornado, uma mistura de horror com descrença.


Segui seus olhos e ele olhava de Edward para Elizabeth, sua respiração alto. Um chiado raivoso escapou entre seus lábios, quando voltei meus olhos para os seus, seu rosto estava lívido, tamanho poder do odeio que transbordava em sues olhos, não precisei seguir seu olhar para saber que ele olhava para Elizabeth e Carlisle.
Ele não sabia sobre Edward.... Ou sobre Elizabeth?
– Venha cuidar da sua mão – digo segurando-o quando ameaçou levantar. – meus amores? Fiquem com Carlisle enquanto eu cuido do machucado tá?
Emmett olhou desconfiado para Tony, já se preparava par retrucar quando Débora o puxa e seguem de volta a mesa. Assim que levantamos, Elizabeth também levantou. Seu rosto pálido nos encarava e entrou rápido para o banheiro feminino, enquanto segui para um escritório, com ajuda de um garçom.


– Venha Tony, preciso lavar sua mão! – seu corpo tremia, seus olhos estavam vagos.


Não me deixou cuidar de sua mão, apenas me puxou, apertando em seu peito largo, com certa força, enterrando sua mão boa em meus cabelos. Sua respiração descompassada. Deitou a testa na curva do meu pescoço, sua respiração idêntica a de uma pessoa raivosa.


Eu poderia entender -não com perfeição, mas entendo – sua dor. Uma descoberta de uma forma tão... inoportuna. Levei minhas mãos para sua nuca e fiz o possível para acalma-lo, preferi não dizer nada, talvez isso só piorasse a situação. Apenas nos separamos quando já estava calmo.


Deixou que eu cuidasse de seus cortes, seus olhos estavam em mim, mas me mantive focada em limpar e tratar do ferimento com a maleta de primeiros socorros que o garçom deixou ao nosso lado.


– Eu preciso falar com você...
– Você não parece bem. Deixe para falar depois!
– Não! Isso é sobre nos, aquele verme é o pai do seu filho... aquela mulher... o garoto – dizia ficando nervoso novamente.


– Eu não quero falar de Carlisle e Elizabeth e quanto às crianças, bom Edward e Alice...
– O que disse?
– Ah que eu não quero falar...
– Não! O nome do garoto?
– Ah Edward... Porque?
– Ele... – começou a rir – ele é meu filho! – disse com olhos brilhantes. – eu sou pai! – gritou me pegando no colo, com mão enfaixada e tudo.


Antes que eu pudesse entender o que acontecia, Antony já havia me sentado na mesa do escritório e sua boca devorava a minha. Enlaçou minha cintura, fiquei surpresa com sua investida, sua língua invadiu minha boca, convidando a minha para uma dança.


Após a surpresa passar, consegui me mover ate ficar apenas encostada a mesa, deslizei minhas mãos por sua nuca, o beijo continuou voraz. Mesmo com tudo, com todas as revelações, eu simplesmente não me sentia inclinada a afastá-lo. A sensação de adrenalina ao fazer algo perigoso ou inadequado batia forte em mim, seus lábios se abriam em um sorriso.
– Eu não consegui me controlar – cantarolou arrumando nossas roupas, mas suas mãos voltaram para meu quadril.


– Tudo bem... – digo entre o beijo.
– Por favor, Masen! Não estamos na faculdade. – ouvimos seu amigo.
Tony girou rindo e me puxando para seus braços, Vladimir entrava sorrindo e... Carlisle entrava logo atrás. Seus olhos fixos na mão de Tony espalmada em minha barriga, não consegui olhar em seus olhos, permaneci olhando para todos os lados, menos para os três homens.


...
– Desculpe pela noite! – disse Antony após arrumar Débora na cadeirinha. Emmett já estava jogado no banco, quase dormindo.
– Não se preocupe com isso! Poderia ser pior – digo e segura minha mão, dando um leve beijo.


– Vamos marcar um outro dia? Eu quero muito conversar com você, sobre essa “noite”!
– Claro! Acredito que eu também tenha que conversar sobre essa “noite”...
Quando chegamos, Tony pegou Emmett no colo após me ajudar a pegar Débora, seguíamos para a porta, quando um Charlie carrancudo a abriu e nos encarou friamente. Não dei chances que dissesse algo, apenas entrei e meneei a cabeça para que Tony me seguisse, Renée tomou Débora de meus braços, então simplesmente levei Tony para o quarto de Emmett.
– Ele vai dormir assim mesmo? – perguntou, já que Emmett estava vestido com calça social e gravata, também tinha manchas de doces pela roupa e boca.


– Do jeito que esta... – digo tirando a gravata – sem a gravata, é melhor deixar assim! – digo e ele sorri.


– Então é melhor voltarmos para a sala, aquele raivoso é o seu irmão?
– Sim! Vamos.
Charlie estava sentado na poltrona, pacientemente nos esperando, sua carranca poderia assustar qualquer um, mas Tony não parecia abalado, tanto que atou sua mão a minha. Renée fez um sinal para que eu seguisse de volta ao quarto, mas permaneci.


– Eu quero conversar com seu irmão. A sós. – Tony disse de forma firme – esta tudo bem! – disse após ver que trocava olhar entre eles– por favor? – suspirei e me afastei.


– Será que você pode me explicar como Emmett e Débora voltaram com vocês e não com Carlisle? – pediu Renée sem esconder a curiosidade.


– Carlisle estava com toda a família no restaurante em que estávamos.
– Uau!
– Sabe que eles estão decidindo seu futuro?
– Sim, mas eles estão esquecendo de algo muito importante – digo deslizando minha mão por meu ventre. – amanhã terei meus exames, mas após tudo isso... não é necessário.
Os minutos passaram, não houve voz alterada, cheguei a duvidar que eles tivessem conversado, talvez Charlie tenha arremessado Antony pela janela aberta ou estejam brigando no meio da rua... quando cansei e segui para a porta do quarto, rumo a sala Charlie abriu a porta e me levou de volta a porta. Sem uma palavra, sem um sorriso, sem nenhuma pista.
– Eu realmente não sei o que fazer com você minha irmã, não conseguiu aprender nada com todos esses anos...
– Vai com calma... – começou Tony.


– É por ir com calma que ela esta gravida novamente.
– Eu...
– Nem adianta... ele conversou comigo, deixou claro suas pretensões. Quero deixar claro, esme. Ele a quer como esposa, ele quer assumir seus filhos. Eu no lugar dele não sei se faria o mesmo. – voltei meus olhos para Antony, ele sorria de lado.
– Eu não posso fazer isso com você... – sussurro.


– Você diz como se estive com uma arma apontada para minha cabeça – disse em tom de brincadeira.
– São dois filhos de outro homem...
– Serão meus também, pai também é quem cria, não sabia disso?
– São do homem que esta com a mulher que você ama...
– São biologicamente do homem que esta com a mulher que desistiu de mim na primeiro dificuldade.
Charlie limpou a garganta, chamando nossa atenção e só então percebi que estávamos sussurrando. Antony me olhou de uma forma terna e sincera, talvez esse não fosse o melhor pra mim, o que eu realmente quero, mas será o melhor para meus filhos. E como mãe, eles sempre virão em primeiro lugar.


– Posso ter alguns dias, é uma decisão grande – digo sem graça.
– Não há o que pensar esme! – rosnou Charlie.
– Com sua licença Charlie, é uma grande decisão sim, também temos Emmett – isso pareceu afetar Charlie, ele sempre pensaria em Emmett primeiro – são muitas coisas para um menino, inteligente, mas apenas um menino...
– Tudo bem! Sua resposta será após o aniversario dele.
– É daqui a uma semana! – digo assustada, eu não conseguiria explicar isso para ele...


– Uma semana é tempo suficiente, deixe que com Emmett eu me entendo, temos leituras da Tora para por em dia! E quanto a você – disse apontando para Tony – dê o fora daqui! – disse com um sorriso que foi retribuído por Tony com um sorriso zombeteiro.


– Não se sinta pressionada – sussurrou me arrastando ate a porta – eu a quero, mas a quero por completa, não por ter sido acuada.
– Tudo bem, eu entendi. Eu... eu não me sinto acuada ou pressionada... só... – digo sem olha-lo.


– Confusa?
– É! – digo meneando a cabeça e voltando meu olhos para os seus – foi tão rápido, você entrou em minha vida... - calou-me com seus lábios.
– E pretendo continuar nela... – disse quebrando o beijo. – boa noite Esme.
– Boa noite Antony.
– Te pego no trabalho amanhã – disse seguindo de volta para seu carro.
Permaneci na porta enquanto seu carro sumia pela estrada, tive a leve sensação de estar sendo observada, sacudi-me mentalmente e voltei para dentro de casa, Charlie estava bem atrás de mim e me assustou, mas não disse nada, apenas tomou meu rosto entre suas mãos e beijou minha testa.
Cuide de seu futuro minha irmã, cuide de seus filhos minha luz! – dito isso se afastou – ah... depois do aniversario de Emmett irei me mudar com Renée para La Push. – disse curvando o corredor.
E mais uma vez estou perdida em duvidas e decisões á serem tomadas, decisões que mudariam minha vida... só não sei se quer essa mudança.

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