sábado, 22 de junho de 2013

EVEOM - Capítulo 5

Os dias passavam com rapidez, Renée aprendeu rapidamente a costurar e passamos a nos revezar nas tarefas, deixamos as aulas de língua portuguesa para três vezes por semana. Charlie precisou voltar para seu trabalho, deixando Sarah em nossa casa para nos auxiliar.

Eu evitei sair, cumprindo o Chabad-Lubavitch*, ficando aos cuidados da primeira roupa, quase pronta e lendo os salmos, contando as histórias dos meus ancestrais para Renée, que se mostrava atenta sobre nossa cultura, ela ficou encarregada da comida quando o cheiro passou a me enjoar, ela fazia com amor, também deixou de comer os produtos que estava acostumada.
Chegando a separar os alimentos com perfeição, Charlie não é um ortodóxico como nossos pais, mas mesmo assim, foi comprado um refrigerador apenas para as carnes, um pequeno, afinal a carne que mais comemos é a de peixe. Renée até arriscava a ler alguns salmos, trocando uma palavra e outra, mas estava melhorando rapidamente.
Não foi difícil perceber a mudança de Charlie, ele passou a evitar ficar sozinho com Renée, apesar de sempre acompanha-la nas compras, ele sempre levava uma das gêmeas com eles, voltava sempre carregando a criança desmaiada em seu colo e algumas sacolas e Renée as mais leves!
Mas sempre que estávamos juntos e principalmente quando via Renée ler para Rebecca, um sorriso enorme rompia sua fachada, ele a queria como esposa, mas não se aproximava, lutava contra por serem de “mundos diferentes”. Enquanto isso ela mostrava seu empenho, ela não descansaria ate que se cassassem.
Eu já não queria pensar nisso, no que minha vida poderia ter sido, casar não estava mais em meu futuro, evitava pensar, removendo as lembranças sempre que elas encontravam uma brecha, mas nem sempre estou em alerta para calá-las e é nesses momentos de descontrole, nas horas em que durmo, é que sinto minha dor. Minha magoa, minha solidão.
Tentava evitar pensar no que seria desta criança, o que aconteceria comigo, mas o pior ficaria com meu irmão, eu arruinaria sua vida e futura família. Não conseguiríamos entrar em uma sinagoga de cabeça erguida, eu não o quero apontado por ter uma irmã que desonrou seu nome, que será mãe solteira. Privando todos. E por esse motivo terei de fazer vários planos com antecedência, pensar e pesar prós e contras e me afastar!
Com o passar dos meses, a roupinha estava pronta, Charlie sempre lia salmos antes que eu dormisse, Renée se encarregava da alegria, assim como as gêmeas, não foi surpresa quando Renée pediu para ser convertida, Charlie fingiu não aceitar, impondo que ela se formasse, afinal nosso ultimo ano foi interrompido. Assim quando minha barriga já estava visível, passei a acompanhar Sarah em suas compras.
Era o momento de festejar, compramos tudo para o chá, assim quando a tarde caiu tudo estava preparado, Billy e sua família, Amum e seus filhos, Garret patrão de Charlie e sua irmã vieram festejar meu bebê. Charlie já havia comentado do interesse de Amum por mim, mas não levamos a serio e só agora com o choque passando por seu rosto ao finalmente ver minha barriga de cinco meses que acreditei em seu interesse.
Passamos a o final da tarde e boa parte da noite, entre conversas sobre infância, sobre o futuro, conversando e brincando com as gêmeas. Quando o sol se põs interrompemos para que Amun e Mohamed fizessem suas saudações, Mohamed é o filho de Amun, que passou o tempo todo ao lado dele, Radja permaneceu ao meu lado, brincando com as gêmeas. Uma senhora também nos acompanhou, ela parecia uma babá, apesar de Radja não precisar, ela não falava e evitava olhar para os meu irmão e os amigos, que ficaram do outro lado da pequena sala.
Fiquei com Rachel em meu colo ouvindo histórias sobre o deserto, sobre os primeiros dias de Charlie e Billy, como conheceram Amun e Garret. Quando se fez tarde, todos se foram, permaneci ainda Celebrando com meu irmão Renée. Nos próximos dias Charlie ficou encarregado de levar Renée para a leitura da Tora**
Nos outros dias Sarah me indicou orfanatos e lares para idosos onde levaríamos alimentos e agasalhos, espalharmos o bem, trazendo o bem e prosperidade para meu pequeno, sendo impossível não chorar com tamanha alegria ao sentir o primeiro chute, assim que terminei de entregar uma das vasilhas com a sopa para um menino português,que sorria lindo e doce.
Seguindo assim por mais alguns meses, servindo em frente a nossa casa a melhor carne de carneiro, pão e sopa a cada termino e inicio do ciclo lunar. Me sentia bem, saudável, meu bebê sempre elétrico em meu ventre. Subi devagar pelas ruelas, recebendo afagos carinhosos das senhoras durante minha passagem.
– Não deveria andar por ai a esta altura Naamã! – disse Amun se aproximando e pegando a pequena caixa com tecidos dos meus braços. Ele não voltou a me chamar de Esme após ouvir Charlie dizer meu nome hebraico. Sorri corando e agradeci por me ajudar com a caixa, ela realmente estava começando a pesar.
– Fui ao orfanato, senti falta dos pequenos – digo pondo meu cabelo atrás da orelha, estava realmente quente apoiei a mão em minha barriga, recebendo um chute certeiro.
– Sei que será abençoada com um menino! – disse convicto, me pedindo com um aceno que prosseguisse em sua frente.
– Só quero que nasça abençoado com saúde – sorri ao receber outro chute.
– Sei que irá – seguimos em silencio ate minha casa.
No caminho alguns conhecidos de Amun me olharam de forma reprovadora. Me acusando silenciosamente e andar com ele, um homem e viúvo só estava alimentando as más línguas. Quando chegamos na entrada sorri em agradecimento, abrindo o pequeno portão que dava acesso ao corredor antes da escada e peguei a caixa, mas antes que eu pudesse me virar, Amun me segurou.
– Eu... – começou, mas eu fiquei nervosa. A intensidade de seus olhos negros sobre mim, me amedrontava – sei que estamos em situações complicadas e diferentes, mas... tenho um enorme apreço por ti, se me deres um sim conversarei agora mesmo com seu irmão, ele tem conhecimento de minhas intenções...
– Eu... jamais fiz ou dei a entender que...
– Eu sei, por isso que estou aqui. Lhe darei um lar, uma família. Serei um pai para seu filho, seu marido – meus olhos arderam e pisquei freneticamente para contê-las.
Amun ofereceu tudo o que eu queria, tudo que me foi arrancado. As lagrimas desceram gordas, porque ele fez isso comigo? Porque mentir? Ouvi o baque da caixa no degrau e os braços de Amun contornaram meu corpo. Meu rosto batendo em seu abdômen. Ele sussurrava em sua língua palavras que deveriam ser de consolo. Senti seus beijos em minha cabeça, enquanto afagava minha nuca. Eu não queria destruir outra vida.
– Me desculpe Amun, eu não posso aceitar, não posso aceitar e lhe desonrar – digo me afastando.
– Eu sei de seu estado Naamã, acredite, eu sei exatamente o que irá passar, o que podemos passar.
– Então sabe que não seriamos os principais alvos, que quem sofreria com as consequencias seriam nossos filhos, meu bebê não seria aceito por sua família da mesma forma que isso atrapalharia o futuro de seu filho, destruiria seu prestigio e respeito.
– A desejo como minha esposa, gazela – disse secando meu rosto.
– Nem se eu quisesse, eu poderia Amun, meu... coração esta destruído, foi destruído, eu não conseguiria amar novamente, mas... o importante.... eu não ficarei por aqui Amun, eu pretendo me mudar – seu rosto modificou.
– Seu irmão?
– Ele não sabe, estou contando só para você, pretendo me formar, assim que eles se casarem, como sei que irão, me mudarei. Não vou atrapalhar mais do que já atrapalhei.
– Naamã eu...
– Fico lisonjeada por ter sido sua escolhida, mas não posso e não devo aceitar e peço que guarde minhas palavras, não quero que saibam – suplico.
– Eu guardarei – disse pondo as mãos em meu rosto – sempre estarei ao seu lado – disse beijando minha testa– devo ir – disse se afastando – já me demorei aqui e não quero mais maledicência com seu nome.
– Obrigada – digo vendo-o sair e fechar o portão.
Respirei fundo contendo as novas lagrimas, virei para as escadas, secando meu rosto, tentando remover os vestígios do choro, peguei a caixa e subi devagar as escadas, abri a porta devagar, pondo a caixa de lado para que não me machucasse. Coloquei a chave pendurada. Apoiei na bancada da cozinha e quando me virei Charlie e Renée me olhavam assustados, cada um em uma lateral da mesa, Charlie extremamente vermelho, virou indo para varanda.
Renée seguiu ate a bancada abrindo a caixa, guardando tudo, enquanto me perguntava sobre o meu dia no orfanato. Olhei para Charlie e ele ainda estava de costas, sentado no pequeno banco de madeira, as mãos dos lados da cabeça. Segui Renée para meu quarto, sinto que atrapalhei ou impedi que algo acontecesse. Entrei e fechei a porta. Trancando e guardando a chave no meu vestido.
– Conte? – Renée me olhou.
– Contar o que? Você que ainda não me contou, eu quero saber mais das crianças!
– Fale logo Renée, o que eu interrompi quando entrei.
– Não interrompeu nada. Estávamos só conversando – ergui minha sobrancelha, ela bufou e levantou, erguendo as mãos, sentamos em minha cama, ela respirou fundo – seu irmão disse que iria viajar, que iria com um amigo conhecer uma família judaica, que iria ver uma noiva.
– Ele não tinha comentado nada...
– Eu não podia deixar – disse tremendo – você pode ate pensar que é um capricho por ele nunca ter me dado bola, mas eu o amo Esme e em hipótese alguma permitirei que ele se case com outra.
– O que você fez? – sussurrei.
– Me declarei e o beijei.
– Como? Você não podia ter feito isso!
– Serio? Queria que eu fizesse o que, sentasse e ficasse olhando enquanto outra ocupava o meu lugar, tomava o meu sonho? Serio mesmo? Eu nunc....
– Não disse isso, agora ele só vai acelerar... – digo destrancando a porta e indo atrás dele, Charlie não estava em lugar algum – Pai eterno...
– O que foi?
– Vai atrás dele – Renée me olhava confusa – ande Swan! Pegue a bicicleta e corra atrás do seu sonho, Charlie esta indo atrás dessa noiva, então voe por essas ruelas antes que seja tarde, seja você Renée! – digo empurrando-a porta a fora – e volte como minha futura cunhada!
Não demorou um segundo para que Renée reagisse e disparasse escada abaixo, pegasse a bicicleta no canto entre a parede e a escada e desaparecesse pelas ruelas, ouvia seus gritos de desculpas enquanto passava como um vendável pelos mercadinhos.
– Vamos orar por seus tios? – digo alisando minha barriga – e que nossas preces sejam ouvidas!
Tomei banho sem pressa, mesmo que eles voltassem, eles precisavam conversar. Meu bebê não deixou de mexer um momento se quer, me sequei e pude ouvi-los, estavam um pouco alterados, coloquei o roupão após secar e pentear meu cabelos, olhei discretamente para sala, Charlie passava algodão nos joelhos de Renée.
– Eu faria tudo de novo – disse com a voz embargada.
– Você... você podia ter morrido! – disse Charlie perplexo. O que será que ela fez?
– Que diferença faria, você me mataria depois – choramingou puxando a perna quando ele voltou com um algodão manchado com um remédio escuro – eu não poderia viver vendo o homem que amo com outra, conviver com isso – disse chorando.
Ele parou o que fazia e a olhou, profundamente. Essa era minha deixa. Segui para meu quarto, girando delicadamente a maçaneta para que eles não me ouvissem. Entrei e liguei o toca fita, ouvindo canções em hebraico. Cantando junto enquanto faço massagem por meu ventre, coloquei meu pijama e deitei em um ângulo de 100º, levantei a blusa e continuei com a massagem.
Essa posição deixava bastante espaço para meu bebê que mexia sem parar, quem olhasse acharia que estou sentindo dor, mas só sorria olhando as ondulações fortes que ele faz. Não demorou muito para que ouvisse batidas suaves em minha porta. Charlie entrou após segundos, sorri para ele, estendendo a mão para que sentasse e tocasse em minha barriga.
Ele sorriu vendo a ondulação, tocando suavemente. Segurei sua mão e esperei para que me contasse, seus olhos vermelhos, bochecha corada, suspirou olhando para a porta entre aberta, podíamos ouvir o barulho do chuveiro. Respirou fundo voltando a me olhar e gaguejou em fracas tentativas de fala, acariciei sua mão para que entendesse que estou com ele.
– Quando você chegou... eu estava explicando a Renée que iria viajar. Eu iria ate uma família conhecida, eles tem uma filha já adulta, para casar – disse e voltou a tocar minha barriga – Renée...
– Ela te ama – seus olhos voltaram para os meus.
– Será mesmo? Talvez seja por que eu não me derreto por ela...
– O que ela fez quando foi atrás de você?
– Ela se jogou na frente do carro, me impedindo de seguir estrada e eu quase a atropelei!
– E qual foi sua decisão? Pretende ir escondido ate essa família?
– Não... eu... eu a amo, sei que não daremos certos juntos, somos diferentes, mas... – afaguei seu rosto, compreendendo sua agonia!
– Serão felizes Charlie, eu sei que serão – nos abraçamos fortes, recebendo chutes do meu bebê.
...
As próximas semanas foram para os preparativos para o casamento de Renée e Charlie. Ele não admitiu ficarem nem mais um dia morando com Renée sem que ela fosse sua esposa, então ficaríamos com Sarah, cuidando do vestido para a cerimônia.
Charlie cuidou dos preparativos para a cerimônia, não havia uma sinagoga por perto, ambos faziam questão de minha presença, então não poderíamos viajar.
Após tudo acertado, passamos o dia com Renée, a preparamos adequadamente. O vestido rico em seda e renda, feita por mim. Como Renée não parava de chorar e agradecer pelos cuidados, Sarah teve que passar um produto que não mancharia seu vestido e a acompanhante de Radja cuidou da maquiagem.
– Esta preparada minha irmã? – perguntei ao contemplar Renée. Ela sorria abertamente e acenou – vamos para o cortejo – digo a ajudando a sair da casa.
Billy, Amun e dois conhecidos de Charlie a levaram, seguimos com as outras mulheres atrás. Alguns metros depois encontramos com o cortejo de Charlie, seguimos para o jardim na casa de um amigo de Charlie onde o Chupá*** estava arrumado perfeitamente.
O Rabino começou a cerimônia, ambos concentrados em cada frase, tomaram do cálice, na ausências de nossa mãe e na de Renée que não pode vir por estar trabalhando, eu e uma senhora ficamos encarregadas de quebrarmos o copo. Lagrimas gordas desciam molhando o sorriso de Renée.
– Obrigada minha irmã – disse me abraçando apertado – somos cunhadas? Eu sou esposa do seu irmão? – sussurrava entre o riso e o choro.
– Sim, cuide bem dele! – digo secando seu rosto.
Passamos o restante do dia festejando, aquele era o momento do meu irmão e não recebi olhares por minha gravidez e agradeci por isto, minha barriga de quase sete meses chamava muita atenção, não queria magoa-los me retirando da festa. Passei a cuidar das gêmeas quando o cansaço me encontrou. Rebecca foi a primeira a cansar. Nos despedimos, eu ficaria uma semana com Sarah e Billy para que Charlie e Renée ficassem a vontade em nossa casa.
Não queria passar por momentos constrangedores e isso é o mínimo que poderia fazer por eles. Seguimos em silencio, eu dormiria no quarto das gêmeas, ajudei Sarah a trocá-las e a por para dormir. Dormi um pouco incomodada, já não tinha posição confortável.
Acabei desistindo de dormir e segui para a sala, liguei a TV, estava em um canal de noticias americanas.
Me aconcheguei no sofá, mostrava noticias ao vivo, a repórter estava empolgada com a inauguração de um hospital. As imagens pareciam de Seatlle. A repórter começou a entrevistar um empresário, mas não consegui ouvir nada quando o vi. Ele continuava lindo, enxuguei as lagrimas, seu rosto estava maduro, serio. Seus olhos azul safira estavam foscos?
Meu peito sacolejava com o trote de meu coração, martelando cada vez mais forte, meus tímpanos zumbiam, meu bebê começou a chutar freneticamente, isso me trouxe a realidade, desliguei a TV e tentei me acalmar. Encolhi-me o tanto que a barriga permitia. E chorei, chorei com toda força, com toda dor e desta forma amanheci.
Quando Sarah acordou, eu já havia me recuperado, já cuidava de Rachel que acordou primeiro, uma semana passou rápido e logo voltei para minha casa, Renée estava nas nuvens, como faltava poucos meses para o nascimento, permaneci em casa, evitando sair, com ajuda conseguimos encontrar um curso ao qual, eu e Renée fizemos em casa e recebemos nosso diploma.
...
Terminei de fazer uma salada de frutas e me voltei para a mesa, vi o vulto de Renée na varanda, ela estava diferente há alguns dias, como se escondesse algo. Coloquei a vasilha na mesa e me sentei olhando-a, sabia que não demoraria para ela explodir a verdade, assim que me visse a confrontando. Cinco minutos de um olhar firme foram o bastante.
– Eu sei que eu não deveria dizer isso, mas sinto como se estivesse mentindo pra você por não mostrar!
– É grave?
– Acho que sim...
– Me mostre.
– Como esta o bebê?
– Nervoso se não me mostrar logo! – digo estendendo a mão. Renée vai ate seu antigo quarto e volta com um jornal.
– É da semana passada, vi na banca do centro. Eu não soube o que fazer... – disse e me entregou uma revista americana.
A capa continha a foto de um bebê lindo, cabeludo em um tom diferente de ruivo, parecia cobre, os olhos bem abertos de um tom verde esmeralda, o titulo era, nasce um elo. Permaneci olhando para o bebê, eu já havia visto aquele tom de cobre e olhos esmeraldas antes, mas não conseguia lembrar de onde, desci meus olhos pela foto, o bebê usava um pimpão branco, com um brasão.
Fiquei estática, a revista escorregou para o meu colo, o mundo tremia há minha volta. Conseguia ouvir Renée me chamar, mas a dor em meu peito era tudo o que sentia, a sensação de seu coração estar sendo arrancado de seu corpo era tudo o que eu sentia com perfeição, minha alma parecia estar saindo do meu corpo.
Ainda com essa sensação corri os olhos pela revista que Renée removia de meu colo e pude ler o nome: Edward Masen Cullen.
Cullen...
Algo rompeu em meu corpo, meu grito me trouxe de volta, desci meus olhos e pude ver um liquido escorrer debaixo da mesa e meu bebê girar em meu ventre, olhei para Renée que estava apavorada, seus olhos vermelhos escarlates, amassando a revista em sua mão, era nítido que se corroia de culpa, sorri para mostrar que não a culpava.
– Preciso que se acalme, meu bebê resolveu nascer – digo levantando devagar e ela jogou a revista longe e veio me ajudar – não, pegue a revista e jogue fora, Charlie não pode saber dela. Depois ligue pra ele, vou me preparar – digo gritando em seguida com uma contração.
Notas finais do capítulo
* Costume para evitar chamar atenção desnecessária à criança ainda não nascida. Guardando a gravidez nos primeiros quatro a cinco meses, ate que não seja mais possível escondê-la.
** Refere-se às leis e mandamentos que o Criador revelou a Moises no monte Sinai.
*** Espécie de altar onde os noivos ficam enquanto as Sete bençãos são recitadas, também representa o conceito de harmonia conjugal.
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E ai, algumas me perguntaram sobre o Ed....
Para bom entendedor!
revisem os primeiros que já vão saber uma parte do futuro da fic!
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Therose: E aí gostaram? Muita emoções neste capítulo: Gostaram da atitude de Renée? Ela luta pelo que ama! E Esme sofrendo de amor! Estão curiosas para saber como vai ser o parto? Com quem será que o bebe vai se parecer? Bjs

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