sábado, 22 de junho de 2013

MVE - Capítulo 2

Seus pés protegidos por uma bota grossa, batiam no piso de madeira da pequena varanda, os olhos varriam sua volta. A insistência dos vizinhos desocupados em vigiar cada mínimo movimento seu, estava tirando sua paciência e a demora dele em chegar também. Os dedos correndo pela tela touch screen, com as pernas
cansadas, pôs-se a sentar nos degraus.



Sorrindo uma vez a outra para alguns jovens que passavam, mais alguns segundos e seu celular apitou, sorriu ao ver a mensagem que esperava, desceu os poucos degraus, entrando em um carro alugado. Ligando o GPS seguiu para La Push, sua curiosidade era maior do que a pressa por ter sido incumbida de resolver tudo em poucos dias.



Admirando a paisagem, as praias de areia negra e águas escuras e revoltas que chegou a pequena estrada que levava ao possível paradeiro de Charlie Swan. Soltando leves resmungos pelo lugar ser frio, tão frio quanto é em sua casa nos dias de invernos rigorosos.



Com a estrada se tornando pedregosa, preferiu estacionar e seguir a pé. Assim que desligou o motor sentiu olhares em direção ao carro de vidro fume. Sem se sentir intimidade pelos vários homens altos e morenos que passavam e muitos adolescentes, peculiarmente desenvolvidos, que desceu do carro.



Tão leve como uma pluma, seguiu com sua bota de salto agulha pela estrada irregular. Mantendo o rosto firme, enquanto ouvia das mais discretas ate as mais descaradas cantadas e indiretas sopradas, algumas, perto demais de seu ouvido.



Voltou os olhos para um grupo, onde um garoto, um pouco menor e magro que os outros era circulado por maiores, que aparentemente estavam brincando com ele. Andou despreocupada ate os garotos que pararam de dar tapas na cabeça do menor.



– Bom dia? Com licença, você poderia me informar onde fica a residência dos Black?



– É comigo? – perguntou o menor.



– Sim!



– Ah – disse corado apesar da pele bronzeada e foi impossível não sorrir para a vergonha do rapaz, enquanto os outros amigos a secavam, descaradamente e tentavam chamar sua atenção ao tentarem inflar os músculos, tudo o que fazia o garoto franzino ficar ainda mais minúsculo perto deles. – Billy Black esta pescando com um amigo...



– Este amigo é Charlie Swan? – diz jogando os cabelos para um ombro.



– Si... sim!



– Poderia me levar ate a casa?



– Se você quiser eu te levo, é só escolher o lugar? – disse um dos rapazes se aproximando.



– Obrigada pela cortesia, mas prefiro massa cinzenta á muscular – diz sorrindo debochada.



– Eu a levo! – disse saltando do meio dos garotos, estendendo uma mão para a direção que tomariam.



– A propósito, sou Laura.



– Pra..prazer, Seth! – disse sorrindo aberto, derretido pela mulher em sua frente.



O caminho foi curto, caminho pelo qual Seth tentou arrancar informações de Laura que as driblou com facilidade. Estavam quase chegando quando vislumbraram um movimento na mata, Jacob saia com cara de sono, seus pés simplesmente se arrastavam pelo chão úmido e gramado.



– Ei jake? – gritou Seth, Jacob olhou um pouco irritado, consigo mesmo, por te que remover Seth de sua casa novamente, mas sua expressão mudou ao ver uma mulher ao lado do garoto.



– O que aconteceu? – disse com a voz arrastando e sentindo uma leve inclinação pela mulher ao lado, sacudiu a cabeça, achando ser apenas excesso de dias sem Bella, sem alivio.



– Eu encontrei a Laura no caminho, ela quer falar com seu pai...



– Na verdade, venho atrás de Charlie Swan, soube que ele esta pescando com seu pai, mas é um pouco urgente.



– Aconteceu alguma coisa com a Bella? – perguntou jake aflito, se aproximando de Laura que instintivamente se afastou.



– Bella esta bem. Meu assunto é com Charlie! – disse rápido, ainda assustada com o movimento rápido de mais do garoto alto. Jacob se quer percebeu seu descuido, com o movimento.



Laura não consegui ligar o fato do garoto alto ser, para todos os efeitos, o namorado de Bella. Se encararam por um tempo ate que Jacob sorriu levemente e finalmente ela pode ver porque Bella se encantou pelo grande índio.



– Eles costumam ficar o dia inteiro pescando, é folga de Charlie, então...



– Eles pescam em alto mar?



– Não. É uma represa ou em uma cachoeira pela redondeza...



Laura não queria esperar por muito tempo, mas voltar para Forks e ficar sentada do lado de fora da casa dos Swans seria estranho. Mas ficar com esses dois também não estava em seus planos.



– Você pode esperar na minha casa?! – diz Seth, Laura volta seus olhos descrentes para o garoto que cora fervorosamente.



– Minha... minha mãe esta em casa, eles costumam passar lá, deixar alguns peixes para ela... depois que meu pai morreu, eles cuidam da gente – completa rapidamente.



– Sinto muito pelo seu pai! – diz Laura sem graça por pensar mal do garoto.



– Leva ela então Seth! Vou ver o que posso fazer para apresá-los. – diz jake se afastando.



Seguiram em silencio para a casa, Seth ficou constrangido por suas palavras e evitou conversas, Laura já não se importava, estava apenas apreciando a vista linda. Após uma pequena caminhada, chegaram a casa dos Clewalters. Sue estava no jardim e viu quando seu filho se aproximou.



– Oi mãe, esta é Laura, ela veio pra falar com Charlie, mas ele ainda não chegou da pescaria...



– Olá senhora? – diz estendendo a mão que Sue aceita de prontidão.



Os minutos passando, o tempo ficando ainda mais fechado, o frio ficando insuportável, levantou do pequeno sofá, sua intenção era sair e avisar sobre buscar o seu terceiro casaco no carro, mas assim que cruzou a porta para seguir pelo jardim, bateu com força em Charlie.



– Opa! Cuidado ai! – disse a segurando quando a viu voltar para trás com a pancada. – machucou?



– Não... – diz um pouco assustada, sentiu o rosto corar ao perceber que suas unhas faltavam rasgar a jaqueta de Charlie e soltou-se dele como se tivesse levado um choque ao ver sua outra mão espalmada pela abertura da jaqueta, tocando na blusa xadrez.



– Já se conheceram?! – interrompe Seth.



– Não exatamente – diz ajudando o garoto com o cesto carregado de peixes e outros crustáceos.



– Charlie Swan?



– Eu mesmo!



– Vim a mando dos senhores Lefévres. Sou afilhada deles, sim, Bella esta muito bem! – diz rapidamente, antes que ele perguntasse.



– Vamos levar isso aqui pra cozinha, venha se exercitar, precisar crescer esses braços se quiser fazer o que Charlie fez! – disse Billy dando um tapa nos pulsos fraquinhos de Seth. – Bom dia moça, sou Billy Black, caso se interesse?



– Vá tomar seus remédios, velho assanhadiço. – rebateu Charlie, empurrando a cadeira de rodas de Billy.



– Primeiro terá que aprender a se virar com uma cadeira de rodas tio! – brincou Laura piscando e rindo logo em seguida quando viu Billy corar.



– Oras! Se faz uma brincadeira é porque aguenta o retorno Black! – diz Charlie rindo.



– Desculpe, foi mais forte! – disse para Charlie após vê-los caminharem para a cozinha.



– Ok! Ele precisava disso! – riu e estendeu a mão para o sofá, Laura sentou-se logo em seguida – o que aconteceu?



– Bom... meus padrinhos, são os bisavós do Ale. Eles adoraram Bella, alias devo dizer que ela é incrível! Parabéns!



– Obrigado!



– Eles veem o quanto Bella cuida de Ale, eles querem que não falte nada para eles. Principalmente que a responsabilidade por Ale não prejudique Bella de forma alguma e claro, que vocês compartilhem de um conforto...



– Como assim, eu não quero o dinheiro...



– Não é dinheiro, nem para você ou para Bella.



– Então o que quer dizer, porque o que eu entendi foi recebermos para cuidar do garoto – disse Charlie se alterando. Levantando e andando pela pequena sala.



– Deixa de ser orgulho, ate porque ninguém aqui esta te comprando, então faça o favor de sentar! – diz puxando-o pelo braço. – eu ainda não terminei de falar.



– Então diga – diz ainda de pé, olhando irritado para a mulher pequena em sua frente.



– Eles querem que eu e o chato do Gerald adequemos sua casa para a educação de um bebê, sabe – diz cruzando os braços – isso me faz lembrar que me deixou mofar na varanda da sua casa, durante boa parte da manhã e ainda estou sem almoço, sorte sua que ainda estou no horário Frances! – Charlie cora sem graça pela bronca, coça a cabeça e sorri sem graça.



Bom, gosta de peixe?



...



– É tão aconchegante! E simples. O que é fundamental – diz Laura literalmente invadindo a casa dos Swans. – enquanto vocês tricotam, vou olhar os cômodos.



– Essa não é sua casa peste! – diz Gerald e Laura lhe da língua.



– Preciso saber como ela é, e para isso preciso bisbilhotar! Posso ver a casa Charlie? – pediu com doçura. Já com os pés sobre o primeiro degrau.



– Cla... claro! – diz Charlie, desconcertado com o jeito de Laura.



– Obrigada, prometo que não vou invadir seu quarto! – disse erguendo as mãos e começando a subir.



– Cuidado com essa Sereia, Charlie. Elas cantam para enfeitiçar, mas quando menos se espera, destroem você!



– Eu ouvi isso! Marçupilandia! – gritou irritada.



– Vocês são tão íntimos assim?! – diz caminhando para a sala, ligando a TV em um canal de esportes.



– Apenas implicamos um com o outro, praticamente a vi crescer! – diz dando de ombros – ela esta sobre os cuidados dos padrinhos desde os 15 anos.



– Fala como se ela fosse muito velha! – brinca Charlie, curioso por saber a idade dela.



– Eu to te falando que ela é uma Sereia Charlie – diz Gerald em um tom baixo. – Ela não envelhece, sempre com um rostinho de 18, mas já esta com seus 26 por ai! – diz e Charlie ri.



– Isso não é velha! Quem me dera meus 26! – diz Charlie se esparramando na poltrona.



– Que coisa feia! Suas mães não lhes ensinou que é falta de educação perguntar ou fofocar a idade de uma dama?!



– Essa foi boa mostrenga, vamos ao que interessa?



– Vamos pantera cor de rosa! Charlie, vamos chamar um arquiteto, remanejamento de cômodos, uma reforma, as mudanças básicas para uma casa que terá uma criança saltitando por todos os cômodos!



– Tudo bem! – suspirou Carlie por sobre a respiração.



...



Os próximos dias foram um pandemônio, Charlie já estava arrependido de ter permitido que Laura invadisse sua casa. Ela era indomável, inflexível, persistente e as vezes irritante. Charlie começava a entender porque Gerald a tratava daquela forma!



Não ouve um dia que ele dormisse sem acordar com um estrondo, antes das seis da manhã, Laura já estava de pé, começando a pesquisar decoração. Mal sabia ele que o pior estava por vir. Havia voltado de uma incursão. Estava pesquisando alguns desaparecimentos, sentou cansado em sua cadeira na delegacia quando a viu.



Laura entrava como se fosse a dona do mundo. Seu andar firme e inocentemente provocativo chamava a atenção de todos, homens e mulheres. Algo que poderia ser visto a quilômetros era sua alto confiança. Os olhos castanhos vistoriavam cada centímetro da jovem.



As pernas torneadas, escondidas pela segurança do jeans escuro, em conjunto com uma bota de couro vermelho escuro, uma blusa branca social, segura por um espartilho, os cabelos presos, o decote escondido por uma scharpi, entrou sorrindo para os que lhe cumprimentavam e isso deixou Charlie desconfortável.



– Terminou? – perguntou encostando na lateral da mesa, perto dele.



– Não ainda!



– Falta muito? Temos que comprar algumas coisas.



– Já comprou de mais pro meu gosto – resmungou Charlie por sobe a respiração.



– Eu ouvi isso senhor Swan – disse Laura se inclinando e pegando a pasta de sua mão – esta cuidando de um desaparecimento? Pensei que sua ala fosse assaltantes e ataque de animais... – diz sentando de costas para ele, na beira da mesa.



A brisa que atravessava sua sala levou o perfume direto para suas narinas, que sugaram rapidamente, Charlie se repreendeu mentalmente ao perceber que não foi apenas suas narinas que inflaram com o perfume, após alguns minutos voltando ao controle, levantou e removeu a pasta das mãos pequenas.



– Vamos logo... – disse louco para se livrar das novas sensações, nem tão novas assim.



...



– Era só o que me faltava – resmungou Charlie ao ver os Cullens no inicio do corredor do mercado, principalmente por ver Emmett ajuda-la a pegar algo na prateleira mais alta.



– Tem certeza que esta é a melhor? – perguntou Laura com certo medo de Emmett.



– Pode confiar, esse é ótima! – Charlie não entendeu seu suspiro ao ouvir a voz de Rosalie que abraçou Emmett.



– Podemos te ajudar... – Charlie sorriu ao ouvir a voz de Alice, estava apenas triste por ela ter se afastado de sua filha, assim como os outros, mas aceitava por saber que ela é apegada de mais ao irmão e não faria o contrario de qualquer pedido seu ou pelo menos era isso que imaginava. – Charlie, como vai?



– Bem obrigado. Já temos o suficiente Laura.



– Estão juntos? – perguntou Alice com um sorriso inocente, que só fez aumentar ao ver que ambos coraram, apesar de que Laura foi levemente, podia saber por seu dom e por Jasper que ela é descarada de mais para corar fervorosamente de ante de um simples comentário.



– Mais ou menos! – respondeu Laura.



– Já encontrei tudo Alice, mamãe vai gostar – disse Edward aparecendo.



Todo sentiram a mudança de Charlie, Laura olhava para ele enquanto Edward falava, viu raiva, magoa e desprezo passarem pelas piscinas de chocolate. Quando voltou seus olhos para o rapaz, precisou afugentar um ofego, que obviamente não passou despercebido dos Cullens, por motivos óbvios.



Com licença, já esta na nossa hora – disse Charlie rudemente ao ver a forma com que Laura olhava para Edward. O que há com esse borra botas? Já chega minha filha! Seus pensamentos deixaram Edward e Jasper visivelmente desconfortáveis.



Sem perceber o que fazia, Charlie puxou Laura pelas mãos, levando para o caixa, durante o curto caminho, soltou resmungos, deixando Laura confusa, assim como o sorriso de lado de Alice e Edward. Laura olhou para a mão que segurava a sua com certa força, não disse nada, mas ficou confusa com o prazer que o simples toque lhe proporcionou.



– Quem diria em... – brincou Emmett dando um soquinho no ombro de Edward. – desse jeito vai ser difícil conquistar o sograo novamente...



– Eles são tão lindos juntos... – cantou Alice forçando para ter visões.



– Alice não... Charlie já é um adulto, essa estranha também – disse Edward de um forma levemente divertida.



– Eles estão interessados, mas não a esse ponto Alice... – disse Jasper contendo um sorriso.



– Mas não vai demorar... ela ainda não soltou a mão dela, nem ela reclamou... – disse Rosalie.



– Mas não vai demorar – diz Alice tento um pequena visão.



– Papai Swan vai tirar o atraso, bem tirado – diz Emmett fazendo um gesto obsceno, que foi ocultado por seus irmãos.



– Isso é só inicio... sei que tudo dará certo – diz Alice olhando para Edward – tudo será como deve ser.



– Assim espero Alice.



Assim espero....

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