MVE - Capítulo 6

Notas iniciais do capítulo
Oi amores?
não me batam ok? A culpa do atraso na postagem foi minha.
Mas apos muito pensar e ouvir algumas playlists no kboing, eu consegui passar o capitulo para o word.
Agradeço a Carol por me auxiliar com o Edward - eu sou uma negação pra capitar a essência dele e todos sabemos que a Carol é perfeita - e não brigar comigo por atrasá-la com seu capitulo.
*
Sem mais delongas, preparem os lenços, segurem as lagrimas e espero que não estejam com nenhum objeto perigoso por perto.



Minha conversa com Jacob martelou em minha mente, durante boa parte do percurso de volta, assim como sabia que continuaria por um bom tempo, essa “coisa de lobo” estava espetando minha mente, criando novos medos. Eu queria parar de pensar sobre isso, de me acovardar, mas simplesmente não estava conseguindo.



Faltava pouco para chegar a minha casa, o céu tornando-se mais escuro com o crepúsculo que iniciava. Antes que eu fizesse a curva em frente a placa de bem-vindo a Forks, minha picape foi erguida, o pavor de ser Victoria me levando cresceu em meu peito.


Que droga! Eu não posso morrer! Ale e Charlie precisam de mim, atei-me a picape e ao meu cinto de segurança, eu preciso viver, tudo em mim gritava. Mentalizei Alice por segurança, implorando em pensamento que ela estivesse vendo isso.


O mundo lá fora estava borrado, eu não conseguia reconhecer a paisagem. Meu medo se tornando maior, então senti um solavanco, minha porta foi aberta, uma mão gélida tocou perto do meu pescoço, tirando meu cinto e gritei. Gritei com toda a força do pavor que corria em minhas veias, então senti.


Seus lábios gélidos tocando os meus, sua língua passando sorrateira por minha língua, me roubando o ar.


– Sou eu, Bella! – sua voz de sino e encantadora levou todos os medos embora, quando abri meus olhos, Edward me fitava com grandes e brilhantes olhos âmbares, estava em seu colo e ele me levava para dentro da casa Cullen.


– Não me assuste dessa forma! – pedi ainda tremendo, eu deveria estar incomodada por estar em seu colo, mas sinceramente, não sei se estava em condições de andar com minhas pernas tremendo.


– Foi minha culpa – ouvi Alice dizer – vi que se fosse sutil, não ouviria Edward. – completou sorrindo, um sorriso que não alcançou seus olhos dourados.


– O que esta acontecendo? – pergunto olhando para cada um, Alice parecia preocupada e resignada, assim como Edward, Esme parecia triste e frustrada, Emmett estava emburrado,Rosalie á suas costas, seus rosto em Carlisle, ele estava sentado, pensando, muito.


– Temos que lhe contar algo, sobre uma visão da Alice. – disse Carlisle se levantandoe apontando para o sofá ao nosso lado, tentei me mover, mas Edward me segurava firme, me impedindo de descer de seu colo.


–Pode me deixar sentada no sofá? – perguntei irritada, não com ele, mas comigo, droga de corpo imbecil! Visivelmente contrariado me deixou no sofá, mas para minha irritação, sentou-se ao meu lado. – que visão Carlisle?


–Sobre os Volturi... – meu corpo tremeu, meus olhos seguiram para Alice. Ainda me lembrava com clareza dos olhos de Aro para Alice. Ele a queria e se ficasse por perto...


–Isso não vai acontecer Bella. – respondeu antes que eu deixasse escapar.


–O que faremos?


–Eu farei. – retrucou Edward.


–Eu perguntei o que NÓS faremos – estava cansada dele sempre querer resolver tudo – o que foi exatamente essa visão Alice?


–Não... – resmungou Edward como se estivesse com dor e isso fez meu coração se apertar.


–Ela precisa saber, é sobre ela – disse Rosalie. – os Volturi estão vindo para Seattle, querem nos ver, lhe ver. Ficarão irritados ao saberem que não é uma de nós...


–Não Rosalie! – rosnou Edward e Emmett se pôs de pé.


–Eles descobriram sobre Ale, sobre Alex e Pamela...


–Eu disse não. – gritou me assustando com o poder em sua voz, Jasper estava ao meu lado, assim como Alice.Rosalie olhou para Edward com petulância, algo em seus olhos deixou claro que ela disse algo muito ofensivo, pois no outro segundo ele sentava resignado ao meu lado.


– Aro irá matá-la, assim como o bebê, depois irá atrás de Pamela e Alexander .


–Não! – sussurrei com a voz falha, eles não podem – Eles não podem, Ale não... – meu corpo tremia em pavor – eles não podem, Ale não! Por favor? Eles não podem ver o Ale, ele ainda é um bebê – digo aos prantos.


–Não temos muitas opções, Bella. – disse Carlisle ao sentar-se em minha frente. – Aro pode ler nossa mente, ele saberá sobre eles, sobre o que estamos aqui, conversando com você. Todos temos o cheiro dele conosco... o sei cheiro, seria impossível...


–Quais as opções? – quando perguntei, Carlisle olhou para Edward, ele se remexeu e senti sua mão involuntariamente sobre minhas costas, como se me puxasse tão lentamente que eu não perceberia quando estivesse em seu colo.


–Nós vamos até eles, impedindo que passem por aqui, faremos uma caçada, deixaremos Edward por aqui. – disse Carlisle.


–Assim Aro não terá acesso a todos os pensamentos, como ele costuma ter quando esta segurando a mão de Edward!– Alice completou.


–Porque eu sinto como se estivessem me enrolando ou me preparando para alguma notícia ainda mais desagradável?


Edward se remexeu ao meu lado, todos desviaram o olhar e depois vi os olhos de Carlisle e Esme em Edward. Voltei meus olhos para ele e vi seus lábios se mexiam, rápidos de mais. Ergui-me e olhei para ele, emburrada.


–Ande logo, o que você está me escondendo? – digo cruzando os braços.


–Vamos para o escritório.


–Eu não vou a lugar algum, sem que fale o que está acontecendo. – por minha visão periférica pude ver quando todos começaram a sair silenciosos.


–Boa sorte! – ou quase todos.


–Fale Edward!


Se remexeu, desviando os olhos por alguns segundos. Depois respirou fundo.


–Alice... Alice viu que nenhuma de nossas tentativas seriam boas soluções. Aro não irá desistir, não aceitará... a menos...


–A menos? – não gostei disso.


–Eu vou propor uma troca.


–Não há como ter uma troca, nada vale mais do que uma vida...


–Só outras vidas...


–O que esta querendo dizer com isso...?


–Eu vi as intenções de Aro, o quanto ele deseja Alice e eu. O quanto eu serei fundamental para seus planos... – ele não poderia estar falando sério, estava?


Não!


– Claro que não Edward! Eu espero que esteja brincando.


–É nossa única chance... – ele disse com dor, mas ainda assim decidido.


–Você não pode fazer isso!


– Não vou permitir que ele toque em vocês... – seu olhar brilhava em ódio e determinação.


–Não... Tem que haver outra solução. Você não pode simplesmente achar que indo em meu lugar modificará algo?!


–Vou fazer um trato com eles, eu vou por um tempo e você fica... Viva. Com Ale.


Mais que merda! Eu não posso acreditar nisso, minha cabeça começava a doer, comecei a andar de um lado para o outro na enorme sala, eu preciso pensar em algo. Porque ele tem que ser assim, tão protetor, tão intenso em sua forma idiota de me proteger?


Sei que não posso ser transformada agora, nem sei se quero ser transformada, Ale precisa de mim, eu preciso e prometi cuidar dele até que Alex e Pan estivessem em condições de cuidar dele, mas com tudo isso...


–Sabe que há outra opção, sabemos disso. Eu não posso admitir que faça isso.


–Eu não vou transformá-la.


–E quanto aos outros, quanto a Esme? – seu rosto perdeu um pouco da dureza.


–Ela me entende, entende minha decisão.


–Eu não quero. Isso também é uma decisão minha...


–Já não há mais o que decidir... Eu só não queria cometer novamente o erro de ir embora sem lhe dar uma explicação digna e verdadeira – disse se aproximando, determinado.


Tudo que vinha a minha mente era como aquele lugar pareceu horrível, aquilo não era lugar para ele, nunca será, ele é vegetariano – não – sussurrei, um bolo se formando em minha garganta.– aquilo não é lugar pra você...


–Vou fazer o possível para me enquadrar... – disse deslizando sua mão sobre minha bochecha, sua temperatura gélida foi bem vinda desta vez.


–Porque insiste em dificultar tudo?


– Porque nossa vida é complicada, Bella... Mais do que eu queria. – ele deu um meio sorriso – Dessa vez, só estou resolvendo as coisas, da forma certa... – tomou meu rosto entre suas palmas – eu não conseguiria viver em mundo que você não exista.


–Vamos conversar com eles? Eu dou minha palavra que daqui há alguns anos serei transformada, Alex e Pan nunca contarão nada, afinal eles são vampiros agora. – implorei. Eu não queria isso, e ele fosse para o covil, seria muito pior. – Eles vão te corromper, vão destruir quem você é.


–Só você tem poder para isso Bella, eu... ficarei b...


–Não diga isso! Não me diga que ficará bem. – digo removendo suas mãos de meu rosto. – aquele lugar me dá nojo, foi como estar no céu quando conseguimos sair, acha mesmo que ficará bem lá? Com aqueles monstros? Com Aro? Com todos aqueles sanguessugas? – minha voz estava começando a alterar, assim como o choro que começava a romper.


–Já esta falando como um Quileute... – disse amargo e deprimido.


–A questão aqui não é essa, sabe do que estou falando, eles se alimentam de humanos, você aguentará viver em lugar desses... Ouvindo as mentes em horror enquanto eles afundam as presas neles? Eles mataram crianças, Edward! – gritei em meio ao choro.


–Me afastarei nesse momento.


–Me afastarei nesse momento – repeti em deboche. – é tudo o que tem pra me dizer?


–Não. – disse e no outro segundo estava prensada a parede. Seu corpo de gelo grudado ao meu. – Eu estou fazendo isso porque te amo. Porque quero vê-la feliz. Mesmo que eu morra a cada dia com tamanha inveja ou nojo de mim mesmo por ter cometido o erro de tomar decisões que não cabiam a mim, e que a levaram para outro. – sussurrou com sua respiração batendo em meu rosto.


–Essa também não cabe – falei de uma forma que pareceu uma súplica.


–Cabe, sim. Sabe melhor do que eu. Todos nós queremos o bem de Ale, eu quero o melhor pra você. No momento é o que temos...


–Eu não posso permitir que faça isso...


–Há momentos na vida em que não temos um caminho para onde seguir, sem que esse caminho nos leve para algo desastroso... Eu realmente queria que as coisas fossem diferentes, entre nós, entre tudo... Mas só nos resta seguir e lutar para manter o que há de melhor em nós vivo...


–Por favor? – supliquei.


Eu não vou deixar isso acontecer, tenho que ir junto, me entrego, mas não posso permitir que se destrua. Alguns segundos e seus olhos voltaram para os meus, havia algo ali, uma chama, seus dentes trincaram, suspirou abaixando seus lábios até meu pescoço, beijando em minha artéria.


–Você é o meu melhor, Bella. Tudo que há em mim, é seu. Sempre será, mesmo que não me queira nunca mais. – aquilo era uma despedida. Desta vez eu saberia onde estaria, mas seria ainda mais inalcançável. Era uma perda ainda maior.


Meu corpo começou a sacudir com o choro e desespero. Eu me sentia como uma garotinha, amedrontada com a tempestade e não tinha meu pai comigo, não tinha um porto seguro, me sentia sendo arrancada, como se algo fosse rasgado dentro de mim, eu me perderia novamente...


–Edward... – eu tentava dizer, mas o choro e a dor que crescia em minha garganta e peito, não deixavam.


–Só permita que leve uma parte comigo – sussurrou, aproximado seu rosto ainda mais, sua boca a centímetros da minha. Eu não poderia negar, quando tudo em mim, clamava por isso. Apenas meneei confirmando.


No outro segundo estava no céu, perdendo o ar com seus lábios, sua língua separando meus lábios, ao tocar minha boca. Espalmei minhas mãos por seu peito de mármore. Afundando minha unha, a ponto de tudo doer, em uma tentativa fracassada de mantê-lo comigo.


O beijo tornou-se urgente, suas mãos apertavam minha cintura, colando nossos corpos, como eu o queria, meu peito sangrava com desespero. Meus dedos enredaram por seus cabelos, suas mãos se infiltrando por minha blusa, apertando a pele de minhas costas, uma permaneceu ali, enquanto a outra subiu para meu rosto.


–Você não vai a lugar algum, minha Bella. – droga... Alice. – Eu te amo, lembre-se disso... – disse olhando em meus olhos e senti uma picada em minha cintura.


Mil vezes droga, ele estava me sedando. Assustada, olhei na direção da picada e Carlisle acenava triste, um pedido mudo de desculpa. NÃO! Consegui sentir as lágrimas escorrendo por meu rosto a medida que a consciência sumia, eu tentei encontrar minha voz. Eu precisava dizer, precisava gritar que ele não poderia fazer isso.


Meu corpo estava mole, ainda conseguia ver seu vulto, estava em seu colo, tentei mover minha mão agarrar sua blusa, EU TE AMO SEU IDIOTA! Tentei gritar, mas nada saiu. Eu o perderia, e desta vez era culpa minha. Só minha. Eu nunca vou me perdoar.


–Fique segura, minha vida – seu rosto estava próximo do meu, um gelinho em meus lábios? – meu amor... – foi a ultima coisa que ouvi, antes da escuridão me levar.



Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado, entendo o desejo de me matarem nesse exato momento, eu também ficaria.
*
Sorriam porque o próximo é sobre do Edward, vamos entender como será esse encontro com os Volturi.
*
Me despeço de todas e todos e espero encontrá-los aqui quando voltarmos, espero que eu não demore.
Não nos abandonem ok?
Ainda temos a continuação e conclusão desta fic, segunda temporada de Entre você e o mar e Impulsivos, fora as novas e se Deus permitir: Minha trilogia de House of night.
Mil beijos flores do meu coração
_________________________
Carol: É pessoal parece que esses dois vão se afastar mais uma vez.... mas agora as coisas serão um pouco diferentes, afinal Edward não está abandonando tudo, ele está apenas cumprindo a única opção que eles tem para se salvarem... Espero que tenham gostado dessa nova reviravolta da fic....
Apenas para lembrar que teremos mais um capítulo antes do hiatos... ok?
Bjs