segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

S - Capítulo 10

Edward me encarava e eu pude sentir não só expectativa como também um pouco de angustia. Não gosto de vê-lo assim, mas ele tem que aprender a confiar em mim. Eu o amo, será que ele não vê isso? De repente, senti uma de suas mãos acariciar toda a extensão do meu braço como que me encorajando a continuar.


— Como Jasper disse no bar, nos tornamos mais próximos depois de nos encontrarmos todos os dias no laboratório de música da universidade. Eu gostava muito de conversar com ele, e pelo que parecia ele também gostava de conversar comigo porque conversávamos sobre qualquer coisa sem tabus. Mas então, eu percebi que ele estava ficando cada vez mais carinhoso, se aproximando mais, sempre me tocando e eu fui cedendo porque parte de mim, queria sentir por ele mais do que afinidade e amizade, mas por outro lado, eu ainda estava relutante em me envolver com alguém então fui deixando as coisas desse jeito. Um dia, Jasper me beijou e eu não o impedi. Eu o beijei também. — eu olhei para Edward que estava atendo me olhando porém seu olhar estava longe como se estivesse ouvindo e avaliando o que ouvia. — Eu estava meio carente nessa época, me sentindo insegura quanto a minha aparência e com baixo auto-estima porque meu ex tinha me quebrado, partido o meu coração e me colocado pra baixo. Então eu não resisti a ideia de ter um cara tão bonito feito o Jasper me desejando, tentando me conquistar. Então os beijos se tornaram frequentes, porém eu fui sincera desde o início com ele. Eu expliquei minha situação, contei todo o meu passado, e o porque de eu não conseguir me apegar ou gostar de outra pessoa. Ele também foi sincero e disse que me daria tempo, mas que ele queria mais do que ser apenas meu amigo. Então teve uma de uma das classes de Jasper e ele me chamou. Ia ser num clube perto da universidade e eu fui. Jasper ficou o tempo todo o comigo, isso quando não tinha alguma garota, ou pendurada nele ou tentando seduzi-lo. E eu ri tanto com a situação. Nós bebemos, nos beijamos e fomos debaixo de chuva para seu apartamento e passamos a noite juntos. — vi Edward engolir a seco. — Mas você precisa entender que para mim, aquilo pesou muito no dia seguinte. Eu sentia carinho, carência e curiosidade e por isso cedi. Eu estava há mais de um ano sem sentir o corpo de outra pessoa próximo do meu, e eu nunca tinha transado com alguém que realmente gostasse de mim. Meu ex nunca me amou de verdade. Sentir o carinho com que Jasper me tratou, todo o seu desejo e paixão projetados de forma de tão intensa, aquilo foi incrível. Mas mesmo assim, eu me dei conta de que eu não sentia aquilo de verdade, que eu não poderia continuar naquele tipo de amizade colorida quando eu sentia que Jasper estava começando a gostar de mim de verdade e eu não conseguia retribuir. Eu tive alguns meses para tentar sentir algo, mas nada mudou.

— E onde Alice entra nessa história? Você disse que vocês tiveram meses... — Edward parecia mesmo confuso.

— Meu mestrado é de um ano e oito meses, quase dois anos para ser mais exata, e durante seis meses eu me tornei amiga de Jasper, que na verdade, foi meu primeiro amigo na Alemanha. Alice e eu eramos somente colegas de quarto no alojamento da universidade, e paralelamente também construímos uma amizade e isso foi antes de nos mudarmos para o nosso próprio apartamento. Voltando àquela manhã depois da festa, ao acordarmos Jasper me pediu em namoro. E eu não aceitei, tentando fazê-lo enxergar que ele achava que tava apaixonado por mim mas eu era apenas a primeira garota com que ele transou sentindo algo além de tesão. Ele não acreditou em mim, me disse que eu estava partindo seu coração. Eu disse a ele que eu nunca menti para ele, que eu nunca o iludi, e que na verdade, eu me iludi quando pensei que seria possível mandar no coração, escolher por quem me apaixonar mas não é assim que as coisas acontecem. Nós tivemos uma briga feia e eu o deixei falando sozinho ao sair de ser apartamento. Ficamos mais de um mês sem nos falarmos. Eu tentei algumas vezes entrar em contato mas ele nunca respondia minhas mensagens no Whatsapp, Skype ou mesmo meus telefonemas. Então, logo depois que Alice e eu finalmente nos mudamos para o nosso atual apartamento, Jasper me ligou pedindo para me encontrar num café próximo a universidade e eu fui. Nos abraçamos por longos minutos, fizemos as pazes e eu o fiz prometer que esqueceria aquela noite. Ele aceitou ser somente meu amigo e foi quando Alice me seguiu e nos encontrou. E ali eu percebi que eles podiam fazer um casal legal. Achoque Alice é tudo que Jasper precisa e vice e versa. Eu estava certa afinal. Quando eles começaram a namorar quatro meses depois, foi como sempre estivessem destinados a ser um casal. E então Jasper finalmente admitiu que o que sentia por mim era apenas uma paixonite, pois eu tinha sido a primeira garota pela qual ele tinha se interessado passar mais tempo do que apenas uma noite, que talvez ele até namorasse. Mas com Alice, ele é completamente apaixonado. Nossa amizade floresceu mais uma vez, mas dessa vez, eu posso afirmar que somos amigos de verdade. Porém Jasper tem essa mania de querer me proteger de tudo e todos. Ele sabe o que eu já passei na vida então ele tem essa ideia torta de que os caras que se aproximam devem passar por seu crivo. Mas você não precisa se preocupar, é só isso mesmo. Ele é meu amigo e me vê assim. Alice é uma mulher tão ciumenta quanto eu, ela não confiaria em nós dois se ela visse algo errado na nossa amizade. — eu olhei bem fundo nos olhos de Edward segurando sua cabeça entre minhas mãos. — Acredite meu amor, ele não é uma ameaça.

— Se você diz, eu acredito! Mas vou ser sincero com você, não gosto muito dele, não. E me desculpe se eu não confio nele de olhos fechados, afinal você o conhece há mais tempo que eu. Eu vou aturá-lo por você mas só por você mesmo.

— OK, então! Não vou pedir mais do que isso a você! Que tal se dormirmos um pouquinho, meu bem? Eu estou mesmo cansada e amanhã tem esse festival que a gente tem que tocar e sábado o show solo da banda de Jasper e que eu só vou porque somos a banda de abertura, se não eu ficava nessa cama mesmo.

— O que você pode fazer é vir direto para casa depois da apresentação de amanhã e de sábado. Rose não virá mesmo de qualquer forma, pois está envolvida com uma campanha de um perfume da Dior, então você não vai precisa fazer sala para ninguém.

— Você tem razão! — eu levantei da cama com rapidez, fui despindo minhas roupas a caminho da cômoda, peguei uma camiseta velha e vesti. Tudo isso sob o olhar atento de um boque-aberto Edward. — Ué, vai ficar aí olhando ou vai se despir também? Você dorme comigo hoje. — coloquei um short largo e velho que eu tinha. — vou lá em baixo avisar minha avó que você dormirá aqui.

Desci as escadas e encontrei minha avó ainda sentada no sofá, estava quase cochilando. E quando ela me viu, se endireitou no sofá.

— E então, acertou tudo com seu namorado? — ela mal disfarçava a ansiedade.

— Sim, ele já sabe e assim que eu voltar para a Alemanha, ele está pensando em morar comigo. Ele exagerou com uma história maluca de comprar um casa lá mas isso, nós ainda vamos ver isso direitinho. Por enquanto, está tudo bem com a gente.

— Fico feliz em saber, Bella! — vovó parecia realmente feliz mas também surpresa. — Já que temos o posicionamento de Edward, agora você precisa consultar um médico pois ele vai te passar vitaminas e ver se está tudo bem.

— Mas eu pensei que pudesse fazer isso quando fosse para a Alemanha.

— Você ainda tem uma semana ainda por aqui, então sugiro que pense um pouco mais no seu bebe e tome providências para assegurar a saúde do meu bisneto. Você não anda comendo bem e por isso é necessário consultar um especialista para ele faças os exames necessários e veja se está tudo bem, Bella. Não seja teimosa. — vovó me olhava séria.

— Tudo bem! Falarei com Edward sobre isso. A propósito, ele dormirá aqui pois não queremos ficar longe um do outro. — eu sorri para ela, sorri porque era verdade.

— Na mesma cama? — vovó ás vezes podia ser absurda.

— Vovó, eu já estou grávida, então não há nada mais para acontecer além disso. E te garanto que só dormiremos pois estou cansada demais para pensar em qualquer outra coisa.

— Sei... cuidado com movimentos violentos ou bruscos. Pense no seu bebe, minha filha... — Vovó sacudia a cabeça de um lado a outro e eu tive que rir com isso enquanto subia as escadas. Ela não acreditava em mim mesmo.

Ao chegar no quarto, encontrei Edward usando somente uma boxer preta deitado na cama com os braços cruzados atrás da cabeça me esperando.

— Bella, eu acho que é justo que já que eu estou usando apenas uma peça de roupa, você use somente uma também.

— Ah tá, espertinho e depois você me ataca de diz que a culpa é minha por dormir seminua do seu lado.

— Não. Hoje eu não vou te atacar. Eu ainda não sei se isso seria bom para o bebe. Só faço amor com você novamente se tivermos o aval de um médico. Anda logo, mulher, vem pra cá me esquentar, estou com frio.

— Então vista mais roupas, oras... — eu ri da cara de decepção dele mas logo tirei meu shorts e minha camiseta velha ficando apenas de calcinha.

Deitei ao seu lado e ele puxou a colcha sobre nós. Ele deitou moldando-se atrás de mim de modo que uma de suas mão pudessem descansar em minha coxa. Porém essa mesma mão não parou na minha coxa. Ela passeava pela lateral do meu corpo e de repente agarrou um de meus seios, o mais exposto, e o acariciou com cuidado, mas logo ele esticou sua boca até meu mamilo e o acariciou, mas logo seus lábios foram para meu pescoço sugando e mordendo de leve.

— Edward. — eu suspirei seu nome para repreende-lo.

— Eu disse que não ia te agarrar hoje. — ele falava com a voz abafada contra o meu pescoço, mas ficou nítida e rouca quando seus lábios se aproximaram do meu ouvido. — Mas vou te ouvir gemer vai ser o suficiente para mim.

Ao dizer isso sua mão livre foi direto para minha calcinha, afastando-a para que seus dedos massageassem meu clitóris já molhado pela antecipação do prazer.

[…]

Eu estava me arrumando para o show, escolhendo entre dois tops em frente ao espelho ao lado da cama quando Edward sobe as escadas com uma xícara na mão. Ele depara comigo colocando uma peça por cima da roupa e tirando.

— Bella, você vai usar essa saia? — ele aponta para a única peça que coube em mim pois pelo que parece, meus quadris ficaram um pouco mais largos e a saia era mais larga antes disso.

— Sim! É a única peça que não me aperta. Agora estou escolhendo entre o top vermelho e o branco. Mas acho que vou usar os dois, o vermelho por cima do branco fazendo uma sobreposição.

— Nem a saia e nem os tops. Seus seios estão maiores e vão quase saltar para fora e essa saia está mais curta porque sua bunda está maior e mais redonda. Você está muito mais gostosa agora, meu amor, mas eu não quero que mais ninguém saiba disso.

— Edward, essas roupas são praticamente as roupas que usei quando nos reencontramos. A única diferença é que agora estão um pouco mais justas. Mas você está certo numa coisa, meus seios estão bem maiores, de forma que nem o soutien que você me deu está cabendo sem apertar.

— Bella, essa roupa é a responsável por eu ter perdido a cabeça. Quando eu te vi assim lá naquele bar, só vinha uma coisa na minha cabeça: muito gostosa! E tenho certeza que hoje, a maioria dos machos daquele show vai pensar a mesma coisa senão pior. Você sabe que sou cabeça quente, se algum engraçadinho disser alguma coisa pra você ou te tocar, que Deus me perdoe, mas vou matar o sujeito que se atrever.

— E eu te garanto que isso não ia ser necessário porque não tem coisa mais brochante do que dizer pro cara que está te cantando que você está grávida. Então, não vai ser necessário fazer um escândalo caso um babaca vier me importunar. Lembre-se de que você uma celebridade e que as pessoas sabem que você está em Seattle. — eu terminei de me vestir e me virei para Edward que estava me olhando de maneira estranha. — Acho que por enquanto, eu tenho que tomar cuidado é com você.

— Eu prometo que vou me controlar, apesar de eu querer te agarrar agora mesmo. — ele bebeu o que estava na xícara, que pelo cheiro era chá de frutas vermelhas. — Eu sou forte. — me aproximei dele um pouco mais quase encostando seu corpo no meu. — Mas estou com ciúmes. — ele disse me olhando nos olhos. — você está mais gostosa do que de costume.

Eu passei meus braços por seu pescoço enlaçando-o. Olhei diretamente em seus olhos.

— Eu sou sua. Eu vou ser mãe de um filho seu. Minha vida está ligada a sua para sempre. Será que isso não basta para acabar com a sua insegurança? — eu depositei um beijo leve em seus lábios, voltando a encará-lo logo em seguida.

— Basta, por enquanto.¹

Edward e eu saímos uma hora depois dessa conversa. E quando chegamos no local, Edward queria que entrássemos pelos fundos, direto para o camarim e foi o que fiz, pois o que eu achava que seria um evento pequeno, na verdade era um evento de porte médio, com algumas bandas ainda famosas no circuito underground dos anos 90 em Seattle. Bandas como Mudhoney, Puddle of Mudd, reunião dos antigos integrantes da banda Soundgarden, a nova formação da banda Alice in Chains, cujo o vocalista, Layne Stanley, que tinha morrido há alguns anos. O local era imenso e contava com sete camarins. A minha banda e da Jasper dividiriam um deles. Eu nem sei como uma banda como Ben tinha conseguido encaixar nossa banda num evento desses. Tinha algumas bandas famosas, mas a maioria era pouco conhecida ou estava começando a ficar conhecida. Talvez devido a influência de Jasper que estava ficando famosa ou até mesmo a amizade de Rick com Garrett. Era um tributo ao grunge, então todas as bandas ali reunidas tinham algo em comum.

Edward estava pasmo com o tamanho da estrutura por detrás do palco e com o número de bandas e músicos passeando pelos corredores. Enquanto andávamos, eu senti Edward ficar mais sério, e de repente meio taciturno. Eu apenas olhei para ele questionando sua atitude silenciosamente. Ele sibilou baixo mas alto bastante para que eu escutasse.

— Estão olhando a sua bunda! — ele bufou.

Caminhamos até acharmos o nosso camarim que era o último. Eu estava ofegante por ter andado tanto e Edward já estava com um humor melhor. Ao entrarmos encontramos o resto do pessoal e Alice veio me abraçar e me perguntar se estava tudo bem. Me puxou para um canto mais afastado dos meninos e perguntou num tom baixo.

— Bella, sua roupa está extremamente provocante. Está muito bonito, é claro, mas o seu namorado não deu chilique, não? — ela me olhava com algum divertimento em seu olhar.

— Sim! Se não fosse ciumento não seria o meu Edward. — eu disse de forma debochada e ambas rimos.

E então notei que Tom olhava para mim de forma insistente, mesmo quando tentava disfarçar. Seu rosto ficou levemente vermelho quando eu o fraguei olhando para meus seios. Eu inesperadamente sorri para ele, num leve cumprimento com minha cabeça. O baterista da banda de Jasper, Chris, estava me secando mesmo que discretamente. Eu não sei o que estava acontecendo com esses homens hoje. Eu toco com eles há um bom tempo e eu até já dormi no mesmo quarto que eles em N.Y, pelo amor de Deus. Sentindo o meu desconforto, Edward se aproximou de mim e me beijou. E o que começou com um beijo inocente, foi ficando cada vez mais quente. Suas mãos passeavam por todos os lugares. E então escutamos Jasper pigarrear e com relutância nos separamos, mas Edward me manteve em seus braços.

Jasper olhou para mim com uma de suas sobrancelhas levantadas e eu apenas sorri fazendo com que ele revirasse os olhos e fosse até uma pequena mesa com bebidas, pães e frutas que deixaram para nós. O resto dos rapazes pararam de olhar para mim depois disso. Finalmente sacaram que eu não estava sozinha. O telefone de Edward tocou, depois de olhar o visor e ele saiu do camarim, indo atender no corredor. Eu fiquei um tempo olhando para o caminho percorrido por ele até que senti um toque no meu ombro o que me fez olhar para quem estava me tocando. Era Jasper.

— Bem territorial o seu namorado. — ele olhava para meu rosto e não para outras partes pois eu juro que se ele olhasse eu ia dar um tapa nele. — mas também com essas roupas, eu também seria. — ele me olhou rapidamente de cima a baixo voltando a me encarar.

— E existe algum homem que não seja territorial? — eu sorri para ele. — Você está sempre perto de Alice. — eu ri ainda mais e ele ficou meio sem graça. Jasper sem graça era algo sem preço.

— Eu não gosto dele, Bella. Mas vou aturá-lo somente porque ele te faz feliz.

— Engraçado, vocês dois pensam parecido porque ele disse a mesma coisa.

— Mesmo assim, eu ainda acho que ele é um cara cheio de lábia. Seja cautelosa, Bella. — ele acariciou meu rosto e sorriu para mim.

Eu não disse nem uma palavra. Olhei para ele realmente emocionada de ter um amigo tão dedicado. Se Alice é uma pessoa que demonstra sua preocupação com os outros de forma sutil, Jasper não é nem um pouco sutil ao demonstrá-la. Eu nem me importei se Edward poderia surtar, eu apenas o abracei e ele me apertou em seus braços, beijando meus cabelos no topo de minha cabeça, mesmo que ele tendo que se curvar um pouquinho para isso. Ele dizia baixinho.

— Eu estarei aqui, querida. Sempre, sempre...

Quando nos separamos, Jasper foi procurar por Alice para encontrá-la comendo uma maçã e falando sem parar com Ben sobre alguma coisa que os fazia rir de forma quase convulsiva. Eu me virei em direção a porta para deparar com Edward em sua melhor expressão de neutralidade para disfarçar seu ciúme mas que falhou miseravelmente. Eu caminhei até ele e ele me beijou de forma possessiva, segurando meus pulsos em meus quadris nas costas. Não machucou mas me surpreendeu.

E eu pensei que ele fosse fazer um discurso anti Jasper mas não. Ele ficou calado enquanto me abraçava. Rick se aproximou de nós e começou a perguntar coisas sobre a saga Heróis e eu agradeci silenciosamente por isso. A tensão de esvaiu e Edward finalmente relaxou. Jasper estava abraçado em Alice como de costume, sussurrando algo em seu ouvido. Esses dois iam acabar se casando muito antes de mim. E eu me lembro de Alice me dizer que estava só esperando terminar o mestrado para pensar em algo como noivado ou casamento.

Logo fomos chamados para tocar e Edward se posicionou na entrada do palco ao lado de Alice de forma que pudessem ver o show sem aparecer para o público. E claro que sendo um festival de homenagem ao estilo “Grunge”, nós fizemos dois covers que sabíamos que agradaria as pessoas. Tocamos uma música do Nirvana, do álbum Incesticide, Aneurysm. Era justo porque era uma das bandas que não apareceriam naquele festival. Depois de três músicas nossas tocamos mais um cover, da banda Screaming Trees, Nearly lost you. Essa banda era outra que tinha acabado oficialmente em 2000 e não se reuniria novamente.

E depois do nosso show, estávamos, todos da banda, empolgados porque essa era um dia histórico para fãs como nós. Eu peguei Edward pela mão e o trouxe comigo para o meio do público para curtirmos a próxima banda que seria uma das minhas prediletas, Mudhoney. Edward estava sempre próximo de mim, mas em um certo momento ele me abraçou por trás para me proteger dos mais empolgados do nosso lado. E depois de quinze minutos, ele começou a beijar meu pescoço e eu comecei a me perguntar se ele não se importava se fossemos vistos ou se alguém fizer fotos. Mas acho que ele contava com o anonimato que estar no meio de um grande público nos traria. De repente ele me puxou, me guiando até um canto escuro do palco, perto da entrada para os bastidores mas longo o bastante dos fotógrafos independentes que sempre ficavam na ponta do palco ou abaixo dele. O canto era escuro o suficiente para o que ele pretendia fazer. Ele se escorou de costas contra a parede, agachando um pouco de forma que ficasse quase do meu tamanho, me posicionou entre suas pernas e começou a me beijar. E eu me lembrei dos tempos da adolescência quando eu costumava a beijar alguém assim, escondidos no escuro, num show qualquer. Era uma coisa tão comum que eu nunca pensei que eu poderia fazer com Edward, sendo ele tão visado pela imprensa.

— Você hoje está tão gostosa que eu tive que aproveitar pelo menos um pouquinho. E mostrar para esse bando de machos famintos que você já está comprometida.

― Ah é? ― ele concordou com cabeça antes de beijar me pegando pelos cabelos.

― Você é minha! Minha rainha!

Suas mãos passeavam pelo meu corpo livremente. Sem pudor algum. Ele mordia levemente meus mamilos por cima do tecido e logo em seguida me beijava com paixão. Suas mãos estavam pousadas, uma em cada coxa, logo abaixo da barra da minha saia jeans, de forma que seus polegares acariciavam levemente a poupa da minha bunda me causando arrepios de prazer. Eu ainda podia escutar a música da banda ao fundo. Ficamos assim até o show acabar. Logo uma outra banda entrou e nós nos movemos para o meio do público novamente.

Mais tarde, tivemos que voltar ao camarim pois eu faria uma apresentação especial junto com a banda de Jasper. Corremos para o palco, e agradecemos que a estrutura desse evento envolvia uma equipe competente de Roadies². Eles arrumaram todo o palco para nós. Alice, Edward e eu ficamos na entrada do palco esperando o momento em que eu entraria. Era primeira vez que tocaríamos juntos uma composição feita há mais de um ano, logo no princípio de nossa amizade. Jasper me chamou depois da terceira música. Tinha uma Epiphone Dot Studio² verde, que eu sabia que era de Jasper, esperando por mim ao lado do microfone principal. Eu coloquei a alça e ajustei para que a guitarra ficasse na altura certa. Quando começamos a tocar, a primeira estrofe da música ficou comigo e a segunda com Jasper, e no refrão fizemos um dueto. Sempre na minha vez de cantar, Jasper fazia umas caretas impossíveis de não achar graça. No meio do solo de guitarra, eu disse ao microfone.

— Alice, pelo amor de Deus, quer dar um jeito nesse seu namorado? — o público ficou louco com isso e Alice ria de chorar na entrada do palco. O público sabia que eu ela estava lá mas não podiam vê-la. Edward revirava os olhos.

Já passava das duas da manhã quando chegamos em casa. Edward tinha dirigido de volta pra casa. Não encontramos minha avó acordada. Fomos direto para o quarto, e Edward não respeitou a própria promessa de esperarmos até a primeira consulta com o médico. Ele me agarrou e eu não resisti. Fizemos amor para dormirmos instantaneamente em seguida.

[…]

Na segunda, Edward e eu decidimos que seria melhor eu consultar a minha médica na Alemanha pois em 3 dias eu voltaria pra lá mesmo. Combinamos que ele iria comigo para me ajudar a alugar uma casa que ficasse perto da universidade, assim eu não precisaria me esforçar tanto para chegar lá. Mas não contávamos com uma coisa: que Edward visse no jornal que minha avó tinha trazido da varanda quando foi lá molhar algumas plantas, uma foto nossa no meio da multidão, com um circulo vermelho destacando nós dois. E ao lado, uma foto minha no palco cantando com Jasper. Algum daqueles fotógrafos freelances tinha vendido fotos nossas. Que absurdo! Se ainda fosse algum fã ou alguém do público, tudo bem, mas dava pra ver que as fotos tinham qualidade. E o pior foi o que estava escrito. E que Edward fez questão de ler em voz alta fazendo com minha avó e eu parássemos o que estávamos fazendo.

— Ouçam isso. “A escapadinha de Edward Cullen: astro de Heroís, foi visto ontem aos beijos com uma morena num festival de música em Seattle. Logo depois, a mesma morena foi vista abraçada com Jasper Whitlock da banda, One thousand sins, numa atitude comprometedora. A morena é vocalista de uma banda desconhecida que também tocou no festival. Fontes ligadas aos bastidores, disseram que Edward circulava livremente pelos bastidores acompanhado da misteriosa morena o tempo todo. Será que temos um novo triângulo amoroso? Se cuide Rosalie Hale, pois tem gente de olho no seu namorado.”

— Eles nem se deram ao trabalho de saber o seu nome... espantoso. — Minha avó disse olhando para mim e ela estava tão perplexa quanto eu. — eu nem imaginava que Edward era tão famoso assim, porque ele parece tão a vontade aqui , tão despreocupado.

— Eles não se deram o trabalho de saber agora, porém mais tarde vão publicar um verdadeiro histórico de sua vida, Bella. E ainda bem que está na coluna de fofocas e não na primeira página. Prova que eu não sou tão famoso assim.

— Isso não vai atrapalhar as coisas com os seus contratos? — eu perguntei imaginando que esse marketing em cima de um namoro falso entre ele e Rosalie fosse coisa do estúdio responsável pela saga Heróis.

— Como assim? Vocês namoram escondido, por acaso? — minha avó estava bem atenta a conversa.

— Não é bem assim. Bella e eu combinamos que seríamos discretos pois quero preservar sua privacidade. E tanto eu quanto Rosalie assinamos um termo onde deixaríamos que a equipe de marketing e divulgação da saga usasse nossas imagens e nomes livremente em campanhas futuras para o filme e isso inclui algumas estratégias de marketing também e nós não poderíamos contestar depois. Só não imaginávamos que eles criariam toda essa áurea de romance entre nós dois. Eles não disseram que eramos namorados, propriamente, mas deixaram as pessoas acreditarem nisso, deixando que a imprensa pensasse o que quisesse. E a história se criou praticamente sozinha. Eles sabem que romance e escândalos positivos mantém um projeto em evidência. Só não sei essa história de triângulo amoroso é algo positivo para eles. Se não for, vou levar um puxão de orelha da minha assessora de imprensa.

— Eu pensei que era o importante o filme ter um bom enredo e ser bem feito. — vovó disse perdida em sua perplexidade.

— Pois é, vovó... — eu disse pensando em voz alta.

— Para esses executivos de estúdio, tudo é sobre dinheiro. Quanto eles gastarão e quanto eles terão de retorno. Só isso mesmo. Já para quem trabalha na execução de forma direta, produção, atores, etc, nós enxergamos como arte. — Edward disse dobrando o jornal.

— Não existe conceito mais relativo do que conceito de arte. — eu disse.

— Se nem Jane ou Heide ligaram para mim, então essa notícia não deve abalar minhas relações comerciais. E se perguntarem em entrevistas, vou dar de ombros e dizer o de sempre, que somos todos amigos ou que se eu começar a responder perguntas como essas, onde iremos parar, não é? Só não queria que você se sentisse acuada por causa de repórteres ou paparazzis.

— Não se preocupe com isso, meu amor. Isso é fofoca e como eu disse antes, fofocas vêm e fofocas vão. — eu sorri para ele. Pois eu estava começando a conhecer Edward melhor e vi que se seguíssemos falando desse assunto, ele ia ficar cada vez mais estressado.

— Eu não gostei nada, nada deles terem insinuado que você tem algo com Jasper... — Edward disse me lançando um olhar penetrante e cheio de significados.

[…]

No dia da viagem, Edward me avisou que precisaria voar para Los Angeles antes de poder se juntar a mim na Alemanha, pois sua assessora de imprensa marcou uma reunião de última hora. Eu viajei com Alice e Jasper, pois o resto da banda já tinha voltado para a Alemanha. A maioria desses meninos eram dos Estados Unidos mesmo, com exceção dos dois bateristas das duas bandas. Logo que todos nós terminássemos nossos mestrados e outras especializações, teríamos que voltar pra casa. Já, Alice e eu tínhamos planos diferentes. Alice tinha enviado seu currículo para diversos lugares, mas até o momento somente a Ikea de Berlim respondeu agendando uma entrevista para meados de agosto. E ela já estava ansiosa. E eu estava ansiosa pela vaga de curadora que tinham me oferecido antes de eu viajar na galeria onde eu já era monitora há quase um ano e meio. Eu estava mais ansiosa pela conversa que teria com o dono da galeria, Sr. Kaufmann, do que pelo cargo em si. Sr. Kaufmann sempre me deixava expor meus trabalhos e arranjou para que eu pudesse expor em outras galerias também. Acabei ficando conhecida. Minha pesquisa em história da arte ajudou bastante para que ele me oferecesse o cargo. Por outro lado, eu sou mais criativa do que pesquisadora. A curadoria me tiraria a liberdade de criar e eu me perderia entre catalogar e pesquisar. Acho que vou conversar com o dono para que entremos num acordo bom para ambas as partes.

Mal chegamos, e eu comecei a procurar no jornal e imobiliárias online, casas apesar de achar que apartamento seria melhor pois era mais prático de manter. Porém Edward disse que ter espaço é bom para uma criança. Eu discordo, acho que quanto mais espaço, mais bagunça. Alice e Jasper vieram conversar comigo no dia seguinte dizendo que tinham decidido morar juntos, por tanto, ficariam com o meu atual apartamento, que era muito bom tanto para Roommates quanto para casais. Eu até brinquei com os dois enquanto estávamos sentados na sala de estar.

— E daqui a pouco vocês vão anunciar o casamento, querem apostar quanto? — eu perguntei rindo.

— Você não pode falar nada, quase senhora Cullen! — Alice disse rindo e lutando contra os beijos de Jasper que a tinha em seu colo. — Os jornais dizem que você está tentando roubar Edward de Rosalie Hale. Se eles soubessem... — Alice suspiriou.

— Ainda bem que não sabem. Imaginem a nossa paz sendo perturbada por esse bando de jornalistas aqui na frente de casa.

— Mas não te incomoda ser apontada como amante quando, na verdade você é a verdadeira e única namorada grávida do cara, não é? — Jasper perguntou me lançando um olhar solene.

— Ah Jasper, não te incomoda a imprensa ter insinuado que vocês dois tem um caso? — Alice perguntou num tom de deboche olhando bem para Jasper.

— Desde que falem da minha banda e façam propaganda gratuita, por mim, podem até dizer que sou gay. Nós sabemos a verdade.

— Sabemos, é? — Alice perguntou debochando mais ainda enquanto roçava seu nariz no de seu namorado.

Eu dei uma gargalhada alta e não consegui parar, mesmo quando percebi que Jasper olhava para mim exasperado. Quando consegui me controlar novamente, eu me olhei para Jasper ainda sorrindo um pouco.

— Respondendo a sua pergunta. Não me incomoda porque essas notícias não são verdade de qualquer forma. E eu sei que vocês dois se preocupam comigo, mas o que te incomoda, Jasper, é o fato de eu estar grávida de um cara em quem você não confia. Você se esquece que você será o padrinho e Alice, a madrinha.

Jasper sorriu para mim e disse.

— Me gusta mucho! — E seu sorriso se alargou. Que palhaço! Eu pensei.

E eu comecei a perceber que meu amigo era louco para ser pai. Só não sei se Alice concordaria com essa ideia tão cedo.

[…]

Dia seguinte, Edward finalmente tocou a campainha do apartamento e eu o abracei apertado puxando-o para dentro. Eu devia tê-lo buscado no aeroporto, mas ele insistiu em vir por conta própria pois como vivo em Berlim, ele só precisaria do endereço para pegar um táxi até aqui. Eu abri a porta e o abracei apertado puxando-o para dentro do apartamento. Eu não tinha arrumado muito, pois eu tinha começado a empacotar as coisas do meu quarto e alguns itens na sala de estar.

— Como você está, meu amor? Ainda cansada? — ele me deu beijos curtos por todo o rosto.

— Eu estou bem! Mas eu é quem deveria ter perguntar se está cansado, afinal, foi um voo longo, não?

Caminhamos até meu quarto, pois a cama ainda estava lá e eu só ia desmontar quando finalmente nos mudássemos. Edward largou sua bolsa de viagem perto da cama, e nos sentamos lado a lado. Ele olhava o quarto e seus olhos pararam na ampla janela dupla que meu quarto tinha.

— É até um cômodo grande, mas você entende que precisamos de um espaço só nosso, pois não podemos ter roommates quando termos um bebe a caminho.

— Eu sei disso e sobre isso eu tenho uma notícia muito boa pra te dar, Alice e Jasper vão morar juntos e decidiram ficar com esse apartamento para eles. Alice vai viver na Alemanha por um tempo porque ela quer ter uma experiência de trabalho em outro país antes de voltar para Inglaterra.

— Isso é bom, pois pelo que você me disse, se tivessem que entregar esse apartamento, vocês teriam pintar de branco vocês mesmas. E imagino que isso só daria mais trabalho. Remover papeis de parede, colocar outro e pintar... Acho que devemos começar a procurar alguns imóveis bem no centro de Berlim.

— Sim, eu estive olhando alguns. Mas uma coisa me deixa bem curiosa, como vai ser essa questão de você viver comigo aqui, tão longe do seu trabalho?

— Isso não é tão difícil quanto parece. A verdade é que eu não preciso estar em Hollywood o tempo todo. É bom ainda ter um quarto no apartamento de Rose para eventuais reuniões e filmagem e projetos. É claro que vou precisar viajar pra lá e ficar alguns dias, talvez semanas. Também tem as viagens de divulgação dos filmes, locações em outros países. Eu não vou mentir pra você, Bella, algumas vezes estarei aqui com você por meses e outras vezes passarei meses viajando entre filmagens e divulgações. Mas as férias, ou pausas, sou eu quem decido e elas podem ser longas. Eu tenho contrato para 3 filmes nos próximos meses.

— Eu entendo! — eu realmente entendia. Quando eu aceitei namorar com Edward, eu sabia que não seria como brincar de casinha. E que eu teria também que me virar pois não seríamos um casal que faz tudo juntos, porque temos atividades paralelas. Edward pegou no meu queixo com seus dedos fazendo com que eu olhasse para ele.

— Para mim, vai ser uma grande alegria dividir a minha vida com você e com o nosso bebe. Eu juro que vou fazer o possível para que isso seja bem menos difícil do que parece. Quero estar com você em todas as futuras consultas que eu puder. — meus olhos marejaram e ele sorriu para mim. — Nós temos outros detalhes para nos preocuparmos também. Em 1 mês e meio começam as gravações do filme musical em Dublin, e eu gostaria que você fosse me visitar lá e assim eu poderia te apresentar aos meus pais. Eu já contei que estou namorando com você por telefone mas não acho que dar a notícia de sua gravidez e que estamos vivendo juntos por telefone seja uma coisa legal.

— Você está certo! Não seria nada legal. Eu já tinha pensado nisso também, sobre quando poderíamos ir ao Rio de Janeiro visitar os meus pais. E você não precisa se preocupar muito porque meus pais são despreocupados quando é sobre mim. Eles sempre apoiam minhas decisões mesmo que isso me leve pra longe deles. Como são os seus pais? Você acha que eles vão gostar de mim?

— É claro. Minha mãe vai te adorar e meu pai também, ambos são bem religiosos e meu pai é ainda mais devoto do que minha mãe. Ele é tradicionalista em questões de casamento e relações pessoais. Apesar disso, acho que não vai ter problema nenhum. Tenho certeza que eles vão adorar saber que serão avós. — ele me beijou rapidamente nos lábios. — Vai dar tudo certo! — suas mãos acariciavam meus cabelos como que para me acalmar.

Durante a semana o resto da semana, fomos a minha primeira consulta. Fiz uma ultrassonografia interna para olhar o bebe que agora tinha 7 semanas. Eu notei quando os olhos de Edward arregalaram quando ele viu como seria feito o exame. A minha médica, a doutora Anja(se diz Ania) Hart, colocou o próprio monitor virado para onde Edward estava sentado e havia um segundo monitor virado para mim. Nós dois vimos o coração do meu bebe e eu vi que meu namorado se segurava para não chorar. Ele seria um pai babão. Dra. Hart me prescreveu muitas vitaminas que seriam importante para o crescimento do bebe e algumas delas ajudariam quanto ao cansaço e as cólicas. Também me deu kit mãe e bebe que geralmente alguns consultórios dão para as futuras mães no primeiro trimestre de gravidez.

Naquele mesmo dia, visitamos um bangalô, ou bungalow em alemão e inglês, em formato de L, onde as portas e janelas da casa dava para um jardim arborizado e com grama verde bem grande. Tinha quatro quartos, dois banheiros, uma cozinha num tamanho que cabia muito bem uma mesa de jantar. Um dos quartos poderiam ser o meu estúdio. Nós adoramos e ficava em Prenzlauer Berg, um bairro próximo do centro de Berlim. Edward estava pensando nas distâncias que eu teria que percorrer alguns dias e calculamos junto com o corretor que de carro seriam onze minutos, de bicicleta dezenove minutos e de bonde ou trem, vinte e três minutos. Acabamos alugando essa casa mesmo, pois a rua era tranquila e teríamos mais privacidade do que vivendo em apartamento. Quase discutimos porque eu queria ajudar a pagar mas no fim, Edward me convenceu a deixá-lo cuidar disso. Mas os móveis nós dividiríamos. E eu fiz questão de comprar na Ikea, pois seria melhor comprar tudo no mesmo lugar.

No fim de semana, Edward teve que voltar para Los Angeles para resolver alguns assuntos relacionados ao filme em que trabalhariam ele e Rosalie. Jasper e Alice me ajudaram a alugar um carro e nós alugamos uma caçamba que o próprio Ikea oferece. Compramos a cozinha inteira de acordo com as medidas que tínhamos. Compramos dois sofás, mesa de centro, quarto do bebe, e todos os cômodos restantes. Eu mesma pintaria e colocaria os papéis de parede, pois na Alemanha, as pessoas preferem fazer elas mesmas tendo que em vista que terceirizar o serviço fica bem caro. Mas Edward contratou uma firma para preparar as paredes e instalar tudo que fosse necessário. Ele queria contratar alguém para montar os móveis mas eu o convenci de que poderíamos montá-los nós dois. Afinal, a vantagem de se comprar em lojas como Ikea era justamente a sensação de independência, pois a instrução de montagem vinham nas caixas e eram bem fáceis de montar.

2 meses depois...

Eu estava nervosa quando cheguei ao aeroporto de Dublin. Eu tinha certeza que Edward me apoiaria em tudo enquanto eu estivesse em sua cidade natal. E eu olhava a minha volta no portão de desembarque e não conseguia avistá-lo em lugar nenhum. De repente, senti alguém se aproximar por trás, sua respiração bem perto do topo da minha cabeça. Me virei e deparei com Edward sorrindo para mim com entusiasmo.

— Vem, meu amor, vamos conhecer seus sogros.

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