segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

S - Capítulo 4

Capítulo 4

P.O.V Isabella Swan

Ao subir ao palco naquela sexta-feira, eu esperava que conseguir fazer um bom trabalho pois não só Ben, o guitarrista e marido de Angela, confiava em mim o lugar da esposa grávida quanto a banda, cujo as pessoas eu estava tendo prazer de conhecer durante essa viagem de turnê.


Eu ainda me sentia nervosa, pois não é o meu habitual interagir com tantas pessoas ao mesmo tempo. Sempre que exponho meus trabalhos na galeria, só preciso interagir com o público se algum deles me perguntar alguma coisa sobre minhas pintura ou instalações. Hoje é diferente. Meu estômago parece estar dando uma festa de tão agitado.

Ainda bem que vamos apresentar um cover logo na abertura do show e ao longo dele também. Ainda me sinto insegura com as letras das músicas originais da banda, foram muito poucos ensaios antes de sairmos em turnê. Eu costumava a acompanhar a banda quando tocavam nos bares e casas de shows de Berlim mas eu não conhecia todas as letras.

Enquanto eu falava com o público, eu olho para aqueles rostos, para cada um deles e para nenhum em especial. As pessoas se aproximaram lentamente mas quando comecei a falar, já não se conseguia ver o chão pois a aglomeração era densa. Eu tive a nítida impressão de ter visto o rosto de Edward no meio daquelas pessoas, mas quando tentei averiguar, apagaram a luz que iluminava o público e acenderam uma lâmpada azul fraca direto na banda, o que me cegou um pouco.

[…]

Depois de show, eu ajudei Ben a guardar seu equipamento e senti o baterista, Tom, me olhando, quando me virei para olhá-lo melhor e lançar um olhar de reprovação, ele sorriu. Babaca! Eu pensei, revirando os olhos quando me virei para Ben e sussurrei perto de seu ouvido, evitando assim ouvintes indesejáveis.

— Qual é a do Tom, hein? Os olhares dele me incomodam muito pois o cara não fala comigo, sempre monossilábico ao me responder as coisas, mas fica me olhando com cara de safado o tempo todo. Parece aqueles caras que mexem com mulheres na rua. Sério mesmo, Ben, me sinto mal. Não tem nada de sexy nesses olhares. Estou é assustada! — não sou puritana nem nada disso, mas se um cara não se esforça para falar com você porém fica te lançando olhares de cobiça mal elaborados, uma mulher tem que ficar alerta. — Se ele não me olhasse dessa maneira eu pensaria apenas que ele é tímido e que eu o deixo nervoso. Mas não é isso.

— Eu posso falar com ele mais tarde, mas te garanto que para ele, essa é uma tática de conquista. É uma longa história, mas resumindo, ele meio que desenvolveu essa estratégia de paquera e acha que é infalível. Não se preocupe com ele, é inofensivo. — Bem sorri para mim, me olhando por cima de seus óculos, pois sempre escorregam um pouco do nariz. — Ele é alemão! Me diz, o que eles sabem sobre paquerar? — Ben pisca para mim e caminha em direção ao camarim atrás do palco.

— Então se você decidir falar com ele, por favor diga a ele que essa tática “infalível” dele não está funcionando.

Eu o acompanho para pegar minha carteira e meu telefone que estavam na mochila de Ben no armário trancado no camarim reservado à nossa banda e outras bandas que tocariam aqui durante a noite.

Quando eu estou caminhando para o bar, desesperada por uma bebida gelada e muito alcoólica, um cara alto e com botas de cowboy que eu reconheci como Garrett, um músico talentoso que conheci no segundo show da minha banda aqui em Los Angeles, me parou, tocando levemente em meu ombro. Ele está usando um chapéu bege mais claro do que seus cabelos loiros escuros. Seus olhos castanhos parecem sorrir enquanto ele fala. Tenho que reconhecer que é um tipo muito charmoso, daqueles que chegam como quem não quer nada e um tempo depois você está apaixonada.

— Gostei do show de hoje! O repertório ficou diferente do outro show. Acho tão legal quando a banda não segue um roteiro rígido... — Nossa, que voz é essa? Muito, muito sexy. Tem algo a ver com o sotaque cantado do sul. Deve ser por isso que ele faz tanto sucesso com sua música.

— Obrigada! Fiquei sabendo que essa sua banda de hoje não é a sua banda original, é um projeto paralelo? — exatamente no momento que eles estava pensando em responder, a música ficou mais alta, pois o bar costumava a colocar música no intervalo entre uma banda e outra. E Welcome to the jungle da banda Guns N' Roses soava pelas caixas de som espalhadas por todo o ambiente. Para não ter que gritar, Garrett se aproxima mais de mim, se inclinando sobre mim, seu queixo estava bem próximo de minha orelha.

— Sim e esse projeto é o meu xodó. — aquela voz e o hálito quente soprando em minha orelha daquela maneira fez com um arrepio corresse por todo o meu corpo. Sinto meus mamilos enrijecerem e logo cruzo os braços acima dos seios. Eu não ia deixar que ele visse isso e pensasse mais bobagens.

Eu sorrio para esconder que sua voz mexe comigo de uma maneira perigosa. E apesar disso, eu não conseguia deixar de lembrar de Edward, pois ele também mexe comigo de uma maneira perigosa. Mas é diferente. Com Edward é tão fácil me sentir a vontade e tão simples conversar. Ele é como uma esponja absorvendo tudo que eu falo, e também minhas ideias. Já Garrett, meu bom senso diz que ele é aquele tipo galanteador, que não se esforça nesse quesito mas sempre consegue o que quer. Me sinto curiosa mas sei que não devo me aproximar muito. E eu nem sei porque penso tanto em Edward se não tenho certeza de que o verei novamente. Talvez nunca mais o veja. Eu não quero me sentir triste mas isso é incontrolável.

Ao subir meu olhar para o rosto de Garrett que tinha, de repente, se afastado, vi que ele olhava sorrindo para alguém que chegava pelas minhas costas, quase na diagonal.

— Hey Bro, eu estava me perguntando onde você estava. — e então a pessoa surge do meu lado e não é ninguém menos que Edward. O cara que esteve meus pensamentos, mesmo contra a minha vontade, por quase 6 meses. Eu fiquei sem reação. Paralisada, petrificada seria a palavra correta. — Eu queria te apresentar....

— Oi Bella! — Edward corta a frase de Garrett pela metade e isso aguça a minha curiosidade fazendo-me sair do torpor, fitando-o. Ele é tão territorial. Aliás não só ele como todos os homens. Instintivos! Será que eles são amigos mesmo?

— Edward! — encontrei minha voz em meio a um turbilhão de sensações. Acho que suspirei. Ele estava mais bonito do que eu me lembrava. Seu sorriso radiante, seus lábios rosados e a curvatura sensual deles ao sorrir. Os cabelos parecem mais curtos e escuros, não perdendo o aspecto arrepiado no topete, costeletas mais longas passando do fim da orelha.

— Serendipity! — ele lembrou da nossa conversa há 6 meses atrás?

— Destino! — eu decido deixá-lo saber que eu também me lembro. Olho direto para seus olhos um tanto fascinada. Sempre me perco em seus lindos olhos verdes acinzentados.

Escuto um pigarrear e vem de Garrett, olhando para mim e para Edward intrigado. Eu tinha me esquecido completamente dele. Que loucura! Ele diz algo em que eu não estava prestando atenção e não ouvi por estar concentrada em Edward. Me espantei quando percebi que Garrett já estava no palco testando os instrumentos.

Edward me chama para o bar e eu o acompanho ainda incrédula de tê-lo encontrando aqui tão casualmente. Ele me pergunta o que estou bebendo, nos sentamos nos bancos mais para o fim do balcão do bar, um pouco mais longe do palco pois estava mais vazio e o som incomodaria menos.

Depois de tomar um gole generoso da minha bebida, Edward me surpreende mais uma vez, ao me fazer uma pergunta que eu nunca imaginaria sair da boca dele.

— E então, eu interrompi alguma coisa entre você e Garrett? É que ele parecia estar jogando todo o seu charme pra cima de você...

Hein? Eu ouvi bem? Edward Cullen com ciúmes? Se for isso mesmo, ele deve estar mesmo interessado em mim, ou pelo menos interessado em um pouco de “aventura”. E não deve ser nada sério pois ele tem namorada e bem famosa. A mulher é uma beldade não devendo em nada para as Top Models de fama mundial. Será que deve eu devo dizer a verdade ou manipular a situação para ver até onde ele quer chegar? Eu baixo minha cabeça e sorrio levemente pensando comigo mesma. Ai, Ai, sou mesmo uma manipuladora...Isabella, você não vale nada...

— Há quanto tempo vocês são amigos? — isso era algo que eu realmente queria saber pois eles não pareciam tão próximos pelo modo como Edward agiu. Eu sorrio para ele e ele desfaz sua expressão solene. Seus olhos são tão lindos e seus lábios tão atraentes quando ele faz essa cara de quem teve um insight.

Deus, como eu queria agarrá-lo agora...

Edward fala sua amizade com Garrett, como o conheceu e ao falar de como o amigo é galanteador, isso confirma o que eu percebi desde o início, homens são territoriais. Eu só não tenho certeza se os dois agem dessa forma sempre, ou se foi só comigo. Isso vai ser um mistério. Afinal, o que um homem lindo desses, com uma namorada igualmente linda vai querer comigo? Sexo, diversão? Longe de mim ser moralista, e também não tenho nada contra me divertir de vez em quando tendo encontros casuais. Mas sinto que com Edward, as coisas não vão ficar só na casualidade, algo nele mexe comigo de tal forma, que eu sei que me envolverei muito fácil, sei que vou me apaixonar de verdade. Essa familiaridade que sinto, como se tudo com ele fosse tão fácil e natural. E o pior é que sei que eu vou me machucar e perder o controle porque se ele já tem alguém, ele não se envolveria tanto quanto eu. Rosalie Hale não é nenhuma “Etevalda Spokiana”, muito pelo contrário, é a própria Vênus. Com certeza não precisariam escolher outra para o papel.

Sabe qual o seu problema, Isabella? Você pensa demais...

O modo como ele me olha, me deixa totalmente sem graça, não sei como agir quando seus olhos examinam minha boca e sobem para meus olhos lentamente. Resolvo mudar de assunto falando sobre o vídeo de sua apresentação num Pub irlândes que eu vi no Youtube na altura do natal do ano passado. O engraçado, é que nós tínhamos nos encontrado em Amsterdã em menos de 24 horas e ele tinha ido para um Pub tocar. E que voz linda ele tem. Me arrepiou inteira quando ele tocou Gold do Glen Hansard. É claro que ele devia estar pensando na namorada quando tocou, parecia mesmo que ele estava tocando para alguém. Como uma serenata. A mudança de assunto o surpreende um pouco.

Logo falo sobre sua irmã, pois realmente me surpreendeu o fato dela ser tão loira, os olhos azuis marcantes, mesmo o vídeo tendo pouca resolução, deu pra notar. E ele não parece ofendido e muito menos chateada por eu observar que ela não se parece com ele em nada. E ele sorri para mim. Pronto! Estou perdida...

— É, dizem que ela se parece mais com o meu pai e que eu me pareço com minha vó por ser meio ruivo e o tom cinzento nos olhos verdes. — Edward fala e eu automaticamente olho para seus lindos e perfeitos olhos. Tudo em Edward é tão peculiar...

— Você tem olhos lindos... — e hipnóticos, eu completo mentalmente. Meu Deus! Eu tenho que parar de falar sem pensar. E esse é o efeito “Edward”.

— Obrigado, mas você também tem. Um tom tão bonito de castanho...aliás Bella, você é toda linda. — Ok! Isso me pegou de surpresa. Sério? Não faça isso comigo...não me fale essas coisas que eu derreto. Sinto meu rosto esquentar e tenho certeza que estou corando e babando ao olhar para ele.

Acorda, idiota, ele tem namorada! Eu finalmente me liberto do transe de olhar naqueles olhos lindos e dou um gole longo no meu drink. Ué...estranho! Eu podia jurar que meu drink estava do meio para o fim.

— Você diz isso mas você namora com a mulher mais sexy do mundo segundo a revista Peaple. — eu digo ainda perplexa por ele está me cantando assim na maior cara de pau. Apesar do elogio ser meio lugar-comum, dito por ele faz com que qualquer mulher se sinta mais do que lisonjeada.

E recebo dele o olhar mais irônico que já vi alguém lançar e uma postura de indignação. Ops! Acho que passei dos limites...

— Ah, tá bom! — Ele cruza os braços. Isso não parece nada bom. Ele está tão sério... — Se essa mulher existe e namora comigo, então ela esqueceu de me contar. Sou solteiro até onde sei e por muito mais tempo do que seria aceitável, devo admitir. — logo em seguida ele sorri e eu fico mais confusa, primeiro porque achei que ele estava mesmo chateado e segundo porque todo mundo sabe que ele namora Rosalie Hale, ele não precisa se fazer de desentendido.

— Rosalie Hale não é sua namorada? — eu tomo outro gole do meu Screwdriver e percebo que parece mais cheio do que da última vez. Edward deve ter pedido outros copos para nós e eu nem percebi. O álcool já está começando a afetar minha percepção.

— Para uma pessoa crítica, você acredita demais na imprensa. — Ouch! Ele tem razão. Penso, me sentindo meio estúpida. — Rosalie é minha grande amiga porém nada mais que isso. Trabalhar juntos nos aproximou bastante, conhecemos a família um do outro, mas Rosalie tem um namorado e esse não sou eu. — ele me lança um sorriso triunfante e eu sorrio de volta com a sensação de que ele está sendo sincero.

Para minha surpresa, Edward se aproxima de mim e segura minhas mãos entre as suas acariciando-as de leve.

— Eu sou todo seu se você quiser. — ele se aproxima mais ainda de mim e ficamos com nosso rostos quase encostados e lábios roçando levemente. Posso sentir o sabor amadeirado do whiskey em seus lábios. Sinto uma arrepio quando seu hálito sopra contra meus lábios ao falar com seu sotaque irlandês e a voz mais grave e sensual . — E Deus sabe que eu estou louco para ser de alguém, Isabella.

Eu quero arrastar esse homem para a cama mais próxima. Ele me deixa louca...

Naquele momento eu soube que estava perdida. Garrett cantava um cover de I put a spell on you de Screamin' Jay Hawkins numa versão blues e muito sexy. E isso só aumentou o desejo que eu tenho de agarrar Edward e não soltar nunca mais. Não! Nunca mais é exagero, pelo menos não quero soltá-lo mais essa noite. Eu não sei se foi o drink ou o jeito envolvente de Edward ou uma combinação dos dois, mas meu bom senso foi para o espaço no momento em que o ouvi pronunciar meu nome com sua voz fluída.

Meu arqueiro canta para mim o primeiro parágrafo da canção se insinuando mais uma vez. Meu arqueiro? Deve ser o álcool...

Depois de uma tentativa frustrada de levantar descer do banco sem cambalear, vamos para a pista de dança, e escolhemos ficar bem no meio, de frente para o palco e no lugar mais apinhado de gente. E danço, serpenteando o corpo que sei que está logo atrás do meu, colado. Sei que o estou provocando, mas foi ele quem começou esse jogo de sedução, então que aguente até o fim. E ele aceita o desafio porque me vira de frente para ele e dança comigo, com seu corpo colado no meu. Isso me excita ao ponto de eu sentir minha calcinha ficar úmida. E cada vez que descemos até chão e subimos enganchados, sinto que o meu auto-controle está quase no fim.

Quando vou beijá-lo, ele me impede colando seus lábios entre meu pescoço e ouvidos.

— Ainda não, gostosa! A noite é uma criança e eu quero aproveitar ao máximo essa nossa proximidade.

Ele me puxa me mão, me conduzindo até o bar, mas no caminho somos parados por Ben que ao notar que eu estava acompanhada foi breve.

— Bella, não se esqueça de passar amanhã lá na casa dos meus pais para receber o pagamento, hein? — Coitado do meu amigo, parecia um pouco intimidado pela presença imponente de Edward.

Eu apenas assenti com a cabeça enquanto o via sair acompanhado de Nick, o outro guitarrista da nossa banda. Não sei se estavam indo embora ou se estavam indo tomar um ar. Edward, comprou uma garrafa inteira de whiskey e pegou dois copos de plástico transparente, servindo para nós. Fizemos um brinde, rindo e eu não me importei de misturar bebidas diferentes. Whiskey é muito forte para mim. Minha língua ficou meio dormente depois da segunda dose. Bebemos mais doses depois dessas, fomos para a pista curtir a outra banda, logo Garrett se juntou a nós, tomando algumas doses de whiskey direto do gargalo. Edward o imitou e eu também pois achei mais prático. Durante o show da terceira banda, nos sentamos todos na mesa da banda de Garrett. Minha cabeça já estava leve e eu estava concentrada apenas em Edward. Tenho a impressão de que as coisas ao nossa vota rodam suavemente.

Eu me aproximei novamente de Edward, minha boca quase colada na sua.

— E então, esse é o momento certo?

— Que se dane... — eu o escutei resmungar antes de sentir sua mão na minha nunca me puxando para si de forma possessiva. Estou sendo beijada com ardor, de forma urgente. Eu pude sentir tudo que ele esteve reprimindo a noite toda e tudo que ele provocou em mim se libertando nesse instante. — Bella, precisamos de um lugar mais reservado. — e interrompe o momento sem, contudo, me soltar. Ele olha nos meus olhos, seus lábios acariciando os meus.

— Vem comigo. — eu o puxo em direção ao camarim.

[…]

Acordei com a sensação de boca seca e dor de cabeça de ressaca daquelas em que você sente que sua cabeça está do tamanho da lua. O cheiro de café invade o ambiente. Lentamente abro os olhos e o quarto a minha volta é tão branco e claro. Primeiro reparo nas cortinas brancas e esvoaçantes pelo vento da janela aberta. O carpete bege claro, a poltrona larga e branca, em frente a uma TV Led pendurada na parede branca também. Minha visão vem fazendo o caminho até a cama em que estou, a colcha branca e macia, olho rapidamente embaixo do lençol e para meu espanto, estou completamente nua. Fecho os olhos novamente e tento me lembrar da noite anterior, mas há apenas um branco bloqueando as lembranças. Abro os olhos novamente, olho para o criado mudo ao meu lado procurando um relógio e encontro uma garrafa de whiskey com 3 dedos da bebida somente. Definitivamente não posso com whiskey.

— É, nós quase acabamos com a garrafa ontem. — eu olhei em direção a voz e era Edward para o meu alívio. Eu não ia me perdoar se tivesse sido Garrett ou, Deus me livre, Tom. Como que adivinhando, ele senta-se ao meu lado estendendo um copo de água. — Acredite, Bella, a primeira visão que tive quando acordei hoje foi a da garrafa ao seu lado e depois você dormindo graciosamente. Apesar da dor de cabeça e a amnésia temporária, estou feliz de ter acordado ao seu lado.

Eu bebi toda a água do copo antes de responde.

— Eu também, Edward e o que mais lamento é não lembrar de quase nada sobre ontem a noite.

— Quase nada é melhor que nada, né? — ele dá uma piscada e me entrega uma xícara de café fumegante. — Vai ajudar com a dor de cabeça. Eu quase nunca uso a cozinha do quarto e você me deu um motivo hoje. — ele sorriu mas seus cabelos estavam ainda uma bagunça e parece lindo mesmo assim. Só então reparo a pequena cozinha atrás dele, um pequeno armário/pia, micro-ondas, frigobar e um fogão acoplado ao lado da pia, dois armários suspenso. Nos moldes dos apart-hotéis alemães. — O que você lembra, afinal?

Dou um longo gole no meu café sem açúcar e amargo. Olho para ele, tomando o cuidado de não me demorar em seus olhos para não perder o fio da meada.

— Eu me lembro de dançar com você por um bom tempo, depois você comprou uma garrafa inteira de whiskey, que pelo visto é a mesmo que trouxemos com a gente. Então bebemos, dançamos mais, nos juntamos a Garrett e sua banda na mesa onde sentaram, conversamos bobagens e bebemos mais porque Garrett também tinha comprado uma garrafa de whiskey. Depois disso eu não lembro mais.

— E eu que nem disso eu lembro? Eu sei que é uma coisa horrível de se dizer mas é a verdade. Eu tenho 25 anos e não sei qual foi a última vez que tive amnésia alcoólica. Aliás, quantos anos você tem? — ele se aproxima, com uma toalha enrolada em volta da cintura, e afasta meus cabelos do rosto, ergue de leve meu queixo e me olha com aqueles olhos verdes que pela luz da manhã mudam ocasionalmente de cor. Vão do azul ao cinza e terminam verdes.

— 23! — olho para ele e ele parece surpreso. Suas carícias em meu rosto se intensificam.

— Eu imaginei que você fosse jovem por causa da sua linda pele, mas também cheguei a pensar que fosse da mesma idade que eu pelas coisas que diz. — ele acaricia meus lábios se aproximando cada vez mais. — sabe Bella, eu lamento não lembrar do que fizemos. — e me encara alternando entre meus lábios e olhos. — eu sei que estamos os dois acabados e desmemoriados, mas a única coisa que penso desde que acordei é em te beijar, por mais louco que isso possa parecer. — ele sorri para mim, acariciando agora meu rosto. — Mas ambos precisamos de um banho e...

— Cale a boca... — eu o interrompi pegando-o pela nuca e trazendo-o para um beijo ardente mas rápido. Não me importando com o gosto de café ou com se não escovamos os dentes antes. — Você pensa demais e pensar nesse momento dá dor de cabeça. — eu digo ainda ofegante.

Eu me levanto, completamente nua, deixando Edward perplexo. Passo por ele catando cada peça de roupas minhas que encontro.

— Onde está a minha calcinha? — eu não a encontro em lugar nenhum e fico um pouco triste porque ela faz parte de uma extravagância que fiz nos meus primeiros meses na Alemanha. Alice me convenceu a comprar um conjunto de lingeries Victoria's Secret num total 80 euros. No começo eu não entendia o por quê de uma mulher gastar tanto com coisas assim, mas a confiança que eu sinto ao usar peças rendadas e sensuais sem que ninguém além de mim saiba, aumentam minha confiança em 70%. Eu gastaria 80 euros com casacos de inverno porque Berlim é fria de doer nessa época, porém foi o dinheiro mais bem gasto de toda a minha vida. — É uma peça minúscula de renda em formato V.

— Bem...eu gostaria de poder lembrar só pra te ajudar. — ele ainda olhava para mim parecendo meio aturdido. Seu rosto estava ficando vermelho. — Eu posso comprar outra para você. — e agora ele engolia seco. Meu Deus, será que ele nunca tinha vista uma mulher nua antes? Eu coloquei a mão na cintura pensando nisso, mas logo voltei a posição anterior, me abaixando para olhar melhor debaixo da cama.

— Na verdade, é só algo com mais valor sentimental do que qualquer outra coisa. Não se preocupe com isso. — quando levanto, me deparo com Edward bem perto agora, ainda olhando para meu corpo de forma intensa. — O que foi? — eu já estava ficando exasperada.

— Eu sei, você me deu aquele olhar “Será que ele nunca viu uma mulher nua antes?” — e ele afinou a voz imitando uma mulher ao dizer a última parte, me fazendo rir e dissipando a exasperação. — Não é isso que me deixa louco. — ele toma uma pequena distância para me olhar melhor. — São as suas marcas de biquíni que me deixam maluco porque eu não parei de especular se elas existiam ou não desde que te conheci naquele aeroporto e você me disse que estava indo para o Brasil. — ele fala isso tudo num só fôlego. Ele respira fundo e continua. — Você me deixa louco e eu não vou mentir, o seu corpo me deixa ainda mais louco. — ele me prensa na parede, fazendo com que eu sinta sua ereção. Sua boca roçando em minha orelha e dando pequenos beijos ao longo do meu pescoço. Sua voz roupa me arrepia. Suas mãos passeiam levemente pelo o meu corpo. — Eu pensei em você durante esses seis meses que não nos vimos. Eu sonhei em como seria o seu corpo. — suas mãos foram para a minha bunda apertando-a e me fazendo arfar e pular um pouco com a surpresa. — Sua bunda me dá um puta tesão, Bella. Desde a primeira vez que pus meus olhos nela. — ele me lança um sorriso sacana antes de me beijar de uma maneira tão apaixonada que eu quase derreto e aceito tudo que ele me pedir. A maneira como nossas línguas se enroscam me fizeram esquecer da ressaca. — Vem comigo, gostosa!

Edward me puxou para o banheiro em direção ao box, não parando de me beijar, abriu a torneira do chuveiro e uma água deliciosamente morna caiu sobre nós. Suas mãos passeiam com mais facilidade, deslizando sobre o meu corpo. Sua boca suga meus mamilos desesperadamente me fazendo gemer. Edward geme em sincronia com os meus próprios gemidos, pois isso o excita muito, posso sentir. De repente, ele para, sai por um minuto do box e eu o acho completamente louco. Tudo está embaçado através do vidro do box. E volta com um preservativo já posto em seu pênis, que é um pênis grosso e até bonito de se ver de tão imponente. Ele me olha de uma maneira lasciva, como se eu fosse seu prato preferido. Ele me pega pela nuca me puxando para ele e me beijando, batemos levemente contra a parede com a intensidade de seu beijo. Suas mãos deslizam por toda a parte, apertam meus seios, sua boca me deixa louca de tesão ao beijar e deslizar sua língua por toda a extensão do pescoço. Depois ele vai descendo, detendo-se em meus seios e sugando-os suavemente. Ele suga a pele ao lado do mamilo esquerdo, gemendo baixinho.

— Eu quero que você seja só minha. — ele rosnou me deixando mais excitada. — Nem que eu tenha que te marcar para isso. — ele desce deslizando sua boca pela minha barriga e para na virilha, suga um pouco e depois desce até minhas coxa, sugando o vão entre elas. — Em lugares que ninguém pode ver além de mim. — eu tenho certeza que ele está dando um sorrisinho sacana enquanto suga a minha pele para deixar uma marca mais tarde.

— Pervertido! — eu consigo dizer entre gemidos.

— Mas eu sei que você gosta! — Safado! Eu penso mordendo os lábios para não gritar de prazer.

E sem nenhum aviso ele abocanha meu clitóris passando sua língua de forma voraz. Eu dou um grito e pura excitação e ele só intensifica os movimentos me fazendo explodir no orgasmo mais rápido que eu já tive. Não sei se foi a excitação latente desde o momento em que acordei e o vi de toalha, ou a maneira como sua voz me diz coisas atrevidas, sussurradas em meu ouvido. Essa foi a primeira vez que alguém me chupou dessa maneira e esse pode ter sido o motivo de ter sido tão intenso. E esse é primeiro cara que faz com que eu me sinta selvagem. Ele mexe comigo de uma maneira ímpar.

Ele sobe beijando todo o caminho até minha boca, levanta uma de minhas pernas, apoiando em um de suas mãos pelo joelho e a outra esticada para me dar suporte. E se me penetra com força e de uma vez, gememos juntos. Enquanto ele investe contra mim, sua mão livre aperta uma de minhas nádegas, e ele geme meu nome. Me chama de gostosa com sua boca entre minha orelha e meu pescoço. Gememos os dois cada vez mais alto. Eu ainda estou sensível pelo orgasmo rápido mas poderoso que tive minutos antes. Me sentindo ainda mais selvagem, eu agarro com uma de suas nádegas também, e a sensação da pele macia sob minhas unhas é tão boa. Ele geme mais alto quando sente minhas mãos arranhando sua pele. Edward intensifica seus movimentos, e eu o sinto agora crescer dentro de mim, isso me faz vibrar e me aproxima do meu próprio clímax. E eu gozo primeiro, meu corpo tremendo inteiro, isso incita Edward de alguma forma porque ele atinge seu orgasmo logo em seguida. Nós dois estamos trêmulos e ofegantes. Edward deixa minha perna cair devagar até o chão, saindo de dentro de mim. E me olhando dentro dos meus olhos me diz me abraçando pela cintura.

— Isso foi incrível, Bella! Eu... — ele hesita e eu sinto que ele está pensando, escolhendo as palavras. — Eu adoraria repetir isso,.eu adoraria passar o dia inteiro com você, mas eu tenho que estar em um talk-show ás 19:00. Quanto tempo você vai ficar na cidade? — A água apenas cai sobre nós, relaxando meus músculos e os dele.

— 3 semanas aqui em Los Angeles, 1 semana em São Francisco, 2 semanas em Nova York e o resto não me lembro, teria que olhar a programação da banda. Eu também tenho uma exposição de fotografias minhas e de Alice aqui e outra em Nova York.

— Humm...estamos ambos um pouco ocupados nesse verão. — ele ficou pensativos por alguns minutos. Então eu fui saindo do box, peguei uma toalha branca que estava dobrada sobre a pia. Ele me acompanhou.

— ocupados? — eu enfatizo o plural.

— É que com o lançamento do segundo filme da saga, o elenco principal tem que viajar divulgando o filme pelo mundo. Na segunda viajo para o México, depois Canadá e estarei de volta na semana que vem. Você vai viajar daqui a 3 semanas então, acho que nos veremos em 1 semana, se você não tentar fugir de mim de novo. Vai me dar seu telefone dessa vez?

Eu evito olhar para ele saindo do banheiro em direção a cama, me secando e colocando meu sutiã, meu top, minha saia.

— Servem usuário Skype e o site da banda em que estou? É que quando estou viajando eu uso muito mais a internet para me comunicar do que o telefone. — secando os meus cabelos, eu ainda estou inconformada com o sumiço da minha calcinha. — Será que você pode me emprestar uma de suas cuecas? Eu estou de saia e não estou nem um pouco a fim de sair sem calcinha por aí...

— Claro. — ele vai até o guarda roupas, abre uma das portas, depois uma gaveta e abre um pacote com cuecas novas, e me joga uma azul e pequena, desses tecidos segunda pele. — Geralmente eu guardo para viagens por isso tenho sempre novas.

— Já ouviu falar em lavanderia? — eu coloco rapidamente a cueca e me sento na cama para pôr minhas botas. Ele ri.

— Já ouviu falar em telefone celular? — Touché! Eu penso sorrindo. — Sério, Bella, eu gostaria de passar um tempo com você e não estou entendendo essa sua aversão ter as coisas marcadas. Eu não tenho namorada como eu te disse, e pelo o que eu vi, você também não. A não ser, é claro, que você queira apenas se aproveitar de mim, um pobre e ingênuo rapaz de Dublin, — ele se ajoelha perto de mim na cama e dramatizando suas palavras com a mão sobre a testa. — Será que eu poderia saber o motivo de você estar fugindo de ter um encontro normal comigo? Por favor... — ele faz pose de súplica ainda de forma teatral.

Eu começo a rir e não aguento, caio na gargalhada. Ele também está rindo.

— É que eu tive um relacionamento intenso com um namorado no passado. Eu estava tão apaixonada por ele que para agradá-lo eu concordava com tudo que ele propusesse mesmo que fosse o contrário do que eu queria. Eu perdi o controle da minha vida e ele se aproveitou disso me controlando possessivamente. Eu não quero isso de novo, eu não quero perder o controle. Eu não quero mais ser uma posse, um troféu. Eu não sei se quero entrar em um relacionamento novamente porque finalmente agora eu estou fazendo algo que gosto e vivendo livre de qualquer controle.

— Mas Bella, eu não estou te pedindo em namoro. — Ouch! Essa doeu... — Eu só quero um meio de entrar em contato com você para podermos nos conhecermos melhor, sair quando nossas agendas permitirem. Eu não quero encontros ao acaso novamente, da última vez levamos 6 meses para nos encontrar por causa de seu “Serendipity”.

Eu olho para ele e sinto que ele tem razão. Eu estava com medo de me envolver, mas sair de vez em quando e ir levando as coisas devagar não ia matar ninguém. Não era um compromisso propriamente dito.

— Eu te dou meu Skype e meu e-mail. E mais tarde, se eu sentir que posso confiar em você lhe darei o telefone lá do meu apartamento na Alemanha. Eu te disse que meu celular nem sempre funciona em viagens. Malditas operadoras! — eu me levanto e vou até a mesa e pego o Iphone de Edward. — Você quer que eu digite aqui ou você prefere fazer você mesmo?

— Pode fazer. Esse é um telefone pessoal, o profissional está desligado e eu nem quero ligar por agora. Minha agente deve ter ligado N vezes.

Eu clico no ícone do Skype para iniciar o aplicativo e ele entra no automático, eu peço para adicionar o meu username. Depois vou para a agenda do telefone e coloco lá meu nome e e-mail.

— Pronto! — eu jogo o telefone para ele que o pega no ar. — Agora você não me perde mais. — Meu Skype está sempre ligado por causa da internet no meu celular e o serviço de e-mail dele atualiza toda hora, por isso, acho mais prático que meu número de telefone.

Ele se levanta e vem até mim, me agarrando pela cintura e me beijando até me deixar sem fôlego.

— O carro que vai me levar a entrevista pode te deixar no seu hotel. Mas te aviso que vai precisar usar um boné e um óculos escuro, no caso de haver paparazzis espreitando.

Eu, hein? Eu tinha esquecido desse pequeno detalhe...

— Meu hotel é desses baratinhos e simples e longe de Hollywood e eu não quero te atrasar. Acho melhor me deixar em um ponto de ônibus. De qualquer forma tenho que passar na casa de Ben para ele me ajudar a levar duas esculturas e receber o pagamento pelos 3 shows que fizemos até agora.

— Num ponto de ônibus? Com essas botas e essa saia soa tão “Uma linda mulher”, não? — ele pisca pra mim rindo. E eu mostro a língua. Seu palhaço!

— Eu quero dizer que eu me viro, engraçadinho... mas vou aceitar o boné, desde que não seja ridículo, e os óculos. — eu o puxo e beijo mordendo de leve seu lábio inferior. Ele geme reclamando.

— Nossa mulher, você tá com fome? — e eu dou um tapinha de leve em seu ombro. — Você tá precisando comer mesmo porque essa tapinha fez somente cosquinha. Desculpe por isso. Eu quero dizer, não te ofereci nada pra comer e agora são quase 4 da tarde. Eu tenho uns sanduíches prontos, desses de supermercado, mas eu ia passar no apartamento da Rosie comer algo lá, porque ela tem uma cozinheira ótima que faz os melhores muffins depois da minha mãe. Além disso, ela e seu namorado virão comigo porque falaremos basicamente sobre o filme, sabe?

— Não se preocupe comigo. Meu estomago só vai funcionar as 7 da noite em ponto. Por isso vou comer algo na casa dos pais de Ben. Quem sabe um dia você não possa cozinhar para mim alguma coisa que valha a pena? — eu dou uma piscadela.

— Eu? Eu não sei nem ferver uma água quanto mais cozinhar. Não, minha mãe e irmã são as cozinheiras, eu sou bom somente em comer tudo que elas fazem.

— Deixa eu consertar essa frase. Quem sabe da próxima vez eu não cozinhe alguma coisa que valha a pena pra você? — Dou um beijo nele e depois o abraço. — Gosto do seu bom humor, sabia?

— Eu também gosto do seu e à propósito, eu não tenho bonés feios. Tenho 6 com nomes das minhas bandas preferidas. E vou querer de volta. — ele se aproxima e me beija de novo e foge para o banheiro, fechando a porta.

[…]

Depois que Edward me deixou no ponto de Táxi e fez questão de me pagar um até o meu hotel. Tinham alguns paparazzis na esquina do hotel, mas no apart-hotel de Edward não tinha somente ele de celebridade então eles logo nos deixaram em paz. Assim que cheguei, tomei outro banho. Escolhi um vestido florido e longo para a recepção na exposição. Liguei meu laptop e coloquei meu celular para carregar. Eu sempre me surpreendia com Edward, pois ele é sensual, atraente e tão espirituoso que eu fico pensando em tudo que ele me disse sobre não ser namorado de Rosalie, como a imprensa diz, ou ser um cara tão simples e diferente do que é mostrado pelos jornais.

Eu estava abrindo o Skype, quando recebi duas mensagens de chat de Alice e outra para aceitar o C.C que era Edward, que eu aceitei mas ele não estava online porém Alice estava online naquele momento. Liguei para ela, mãos não liguei a câmera porque sei que ela está no smartphone.

— Alice? Ai Alice que saudades...poxa isso de estarmos ambas nos Estados Unidos mas separadas pela distância chega a ser irônico.

— O que aconteceu contigo para estar com tão bom humor assim? Ontem mesmo você tava meio cansada e agora...ahh foi sexo, não foi?

Senti meu rosto queimar. A Alice sem papas na língua estava na área.

— Sim! — Eu cobri meu rosto como se ela pudesse me ver mas depois me dei conta de que estávamos apenas no viva-voz.

— Eu te disse que de vez em quando é bom... e com quem foi? Com o baterista estranho, qual o nome dele mesmo, Thomas? Tom?

— Não. — eu sabia que ela não ia acreditar, aliás, nem eu estava acreditando. — Edward Cullen. — escutei um barulho do outro lado, era o grito de Alice que parecia ter saído de perto do bocal e depois voltado.

— Como isso aconteceu? Me conta tudo...

— Ele simplesmente apareceu no bar onde a nossa banda estava tocando ontem a noite. Na verdade, ele é amigo de Garrett, um cara que tocou numa das bandas nesse mesmo bar e …

— Continua...

— Então não me interrompa. — Eu contei a ela tudo que aconteceu desde o começo, da nossa sedução mútua ao dia seguinte com amnésia alcoólica e o revival debaixo do chuveiro.

— Não me diga que dessa vez você também não deu o seu número de telefone, não é?

— Não, mas...

— Ai Bella...santo cristo, como isso é possível?

— Eu não sei se quero alimentar falsas expectativas então pra quê dar o número de telefone? Ele só queria me comer Alice então ele já conseguiu o que queria.

— Ai que horror, Bella, acho que você deveria confiar mais no seu taco. Além do mais, pelo o que você disse, ele insistiu para você lhe dar um meio pelo qual vocês mantivessem contato. Se ele quisesse mesmo só te comer, ele nem tinha tocado no assunto de te ligar ou algo assim. Acredite em mim quando digo que o sonho masculino de encontros casuais é quando uma mulher dorme com eles mas some no dia seguinte.

— Vamos ver se você tem razão. E por favor Alice, seja discreta, não espalhe essa história, pois você vai estar me preservando. Não quero ser arrastada pra essa falta de privacidade que é a vida de celebridades.

— Nem pro Jasper?

— Só se for inevitável e além disso vamos todos nos encontrar em Nova York mesmo então...Agora me conta tudo sobre o Texas.

Alice me contou qual foram as impressões dela sobre o Texas, a terra do namorado dela e meu amigo Jasper. Ela tinha saído em turnê com a banda dele e ele estava mostrando todos seus lugares favoritos em sua terra natal já que Alice é a típica londrina e nem um pouco acostumada com a clima do Texas. Ficamos tanto tempo conversando que eu até me esqueci da entrevista de Edward.

[…]

Ben ainda estava me ajudando a acomodar as esculturas no canto mais afastados dos quadros e fotografias arrumadas ao longo da sala quadra da galeria.

As pessoas já estavam começando a chegar e os coquetéis já estavam começando a serem servidos e eu bem nervosa sobre como seria a recepção de nossos trabalhos pelo público americano. Afinal os gostos dos Europeus é um pouco diferente. Culturas diferentes mesmo que correlacionadas. Ainda por cima, eu teria que gerenciar a mesma exposição em Nova York em uma pequena galeria iniciante.

Eu observo Ben bebendo feliz e conversando com Nick, o outro integrante da banda que por usa vez conversa com uma moça de cabelos curtos e loiros, tão alta que passava os dois.

Na entrada da galeria vejo ninguém menos que Garrett chegando. Ele sorri para a hostess da galeria e quando me vê me lança um sorriso de derreter até o polo norte. E mesmo assim, mesmo seu sorriso sendo como o sol, não consegue apagar a impressão que Edward deixou em meu corpo. É como uma tatuagem. Eu caminho, apressadamente em direção a Ben e Nick, confusa sobre a presença de Garrett aqui.

— Meninos, alguns de vocês convidou Garrett para vir hoje? — Ben me olhou por cima de seus óculos mas foi Nick quem respondeu.

— Fui eu! Ele é um cara legal e eu pensei que quanto mais gente vier prestigiar seus trabalhos melhor. Vai que ele compra alguma coisa? — e ele pisca pra mim.

É, Nick está certo. Que bobagem a minha ficar procurando pelos em ovo. Garrett tira o chapéu ao se aproximar de nós.

— Boa noite, pessoal! — ele cumprimenta os rapazes com apertos de mãos e a moça com um beijo em sua mão como os cavalheiros de antigamente. — Isabella, eu não sabia que você era uma artista tão versátil. — ele sorri para mim de forma radiante e eu fico totalmente desconcertada.

— É, se você diz...

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