segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

S - Capítulo 5

Quando dei meu último beijo em Bella antes que ela saísse do carro, ainda estava relutante se a deixaria sair de perto de mim. Eu sinto a mesma coisa que senti quando nos despedimos no aeroporto. Uma sensação de que não devo deixá-la partir, de que preciso mantê-la ao meu lado.


Meus pensamentos se perdem nas lembranças ainda vívidas de seus lábios nos meus, de sua pele macia sob meus toques, suas marcas de biquíni e seus olhos castanhos expressando luxúria com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes em outra mulher.

Fecho meus olhos e sem nenhum aviso, uma lembrança da noite anterior surge em minha mente. De quando ela me levou para o camarim, e mal tivemos tempo de trocar alguma palavra, pois ela praticamente me atacou, me beijando violentamente e eu a apartei contra a porta fechada , bloqueando assim a entrada de alguém e uma possível e inconveniente interrupção. Nos beijamos de maneira frenética e quase febril, minhas mãos passeavam por seu corpo de forma rude, de forma que poderiam deixar marcas.

Droga, fui um bruto! Eu me xinguei mentalmente cobrindo o meu rosto com as mãos.

Eu a suspendi na porta mesmo e o fato dela estar de saia facilitou muito, puxei sua calcinha, uma peça de renda preta e frágil que rasgou em um dos lados. Enfiei no bolso da minha calça jeans antes de desabotoá-la, deixando que fosse ao chão e tivemos o sexo mais selvagem que eu já tinha tido na vida, bem ali, de pé contra uma porta de camarim.

Ahh! Agora eu sei o que aconteceu com a calcinha. E me lembro que eu estou usando o mesmo jeans da noite anterior o que me faz verificar os bolsos imediatamente. Sem nenhum esforço encontro a peça no bolso esquerdo. Olho para peça, esticando-a com minhas mãos e tentando sem sucesso reconstituir o lado arrebentado. E me lembro também que ainda estou no interior de um carro cujo o motorista pode me ver pelo espelho retrovisor. Jane fazia questão de mandar esses SUVs para nos buscar quando tínhamos entrevista onde quer que fosse. O bom desse tipo de veículo era a privacidade de seus vidros fumê bem escuros e o espaço interno do carro.

Imediatamente escondo a peça rendada em meu bolso novamente e sorrio comigo mesmo pensando que seria educado restituir a peça. Comprar uma ou algumas novinhas em folha e ninguém no mundo era melhor nisso do que Rosalie. Fecho os olhos novamente e tento em vão lembrar de mais alguma coisa da noite anterior. Eu ainda não sei como acordamos no hotel essa manhã, ou melhor, como fomos para o hotel se estávamos mais tortos que a Torre de Pisa.¹

Talvez se eu ligar para Garrett, ele possa preencher as lacunas em minha memória cheia de whiskey. Pego meu telefone e disco o número de Garrett.

— Alô! — ele atende, falando de forma lenta e mais preguiçosa do o normal.

— Garrett, aqui é o Edward, tudo beleza? Te acordei? — eu sinceramente espero que não e espero que eu não tenha interrompido nada também.

— Ei, Cullen! Tranquilo, Bro! Não esquenta. Na verdade, eu acabei de tomar banho e estava saindo para comer alguma coisa. — Garrett dá uma suas irritantes pausas e eu consigo ouvi-lo respirar longamente antes de sua voz retornar firme do outro lado da linha. — Poxa Brother, você saiu andando torto abraçado com Isabella ontem a noite. Se eu não tivesse chamado um táxi para vocês, nem sei como teriam chegado em casa. Deu pra acertar algum buraco além da fechadura da porta ontem a noite ou nem isso? — Sinto um traço de divertimento e escuto uma risada baixa, como se ele estivesse rindo para dentro. O safado tá louco pra saber se Bella passou a noite comigo. Muito estranho esse interesse repentino...

— Olha, essa era uma dúvida que eu tive ao acordar hoje de manhã com a cabeça mais pesada que uma bola de boliche. Obrigado por esclarecer como cheguei em casa, ontem porque eu não lembro de nada mesmo. E obrigado pelo táxi.

— Eu tive a impressão de que você já conhecia Isabella há algum tempo... — Lá vem ele com essa pausa perigosa na frase. — De onde vocês se conhecem?

— Por que você quer saber, hein? Tá interessado? — Vamos lá “meu chapa” se entregue e mostre o que você quer de verdade. Mostra a sua verdadeira cara, ou pelo menos uma delas. Duas caras dos infernos. Penso com os meu botões tentando controlar a raiva que poderia denunciar meu pequeno teatro.

— Estou só curioso. Afinal, Isabella é uma mulher bonita, canta bem...

— Sei... — e eu não compro essa desculpa esfarrapada. Está na cara que ele está mais do que interessado em Bella. Ele não percebeu que estávamos juntos ontem? Que fomos embora juntos? Garrett sempre foi um galanteador inveterado mas nunca foi de competir e muito menos dar em cima das mulheres de outros caras.

— Escuta, desculpe mas vou ter que desligar. Preciso mesmo sair para comer alguma coisa antes de ir para uma exposição ás oito. — ele parecia ansioso e eu quase ri disso por saber que ele me acha um tonto por não perceber que ele está indo exatamente ver a exposição de Bella, o que não seria nenhuma coincidência já que se conhecem.




— Exposição é? Você? Onde está o meu amigo Garrett e o que você fez com ele? — eu dou uma pequena risada para descontrair porque minha raiva está quase no limite.

— É de uma artista muito talentosa. — ouço alguém chamar por ele com a voz parecendo longe. — Cara, vou ter que ir, os caras estão famintos aqui já. Me liga para marcarmos alguma coisa enquanto eu estiver na cidade.

— Claro! — Não enquanto você estiver tentando roubar a minha garota. — Tchau!

Desligo o telefone puto da vida. Estou puto! Puto pra caramba! Nunca considerei Garrett meu melhor amigo, mas também não imaginava que ele ia mentir e tentar me fazer de idiota por causa de uma garota que ele sabe muito bem que estava comigo ontem a noite e que nos conhecemos há algum tempo. Deve ter alguma coisa aí nessa história que Bella não me contou ontem a noite. Será que ela está com ele? Ou pior, está com ele há algum tempo e não quis me dizer?

Eu conheço Garrett o bastante para saber que suas relações não duram muito e as que duraram não passaram de um ano. Por outro lado, Bella deixou bem claro que anda fugindo por um bom tempo de relações formais ou muito estruturadas. Pode ser que eles não tenham um compromisso. É meio estranho ele agir como se ela fosse dele de alguma forma. Eu não conseguia tirar de minha cabeça a ideia de que deveria existir algo mais do que apenas amizade ali. Eu me lembro perfeitamente agora de como ela fugiu do assunto quando estávamos sentados no bar ontem. O ciúme está me corroendo por dentro e me deixando em um estado lastimável. E eu me recordo o motivo de eu ter ficado tanto tempo sozinho. Eu sou ciumento, possessivo e luto constantemente contra isso. Não há relacionamento que cresça tendo bases como essas.

Pego os fones do meu bolso, plugo ao meu Iphone e deixo rolar a minha coletânea de ColdPlay recém-adquirida. Sou muito eclético entre os gêneros Pop e Rock. As músicas do álbum Parachutes me ajudaram a superar o fim de um relacionamento de 3 anos. Emilly, foi minha primeira namorada séria e estudou comigo. Ela me acompanhou até o início da minha carreira. Então percebo que estou curado disso tudo. Finalmente!

O carro para e eu noto que já estamos em frente ao prédio que Rose mora. Não parei de escutar minhas músicas ao sair do carro e caminhar até a recepção.

Emmett foi quem abriu a porta para mim. Recebo um abraço de urso que quase me deixa sem ar. Pelo menos ele eu sabia que era meu amigo mesmo. O irmão que não tive.

— Cara, você tá usando boné com a logo dos Rolling Stones e está com uma cara de quem bebeu até acordar com o cachorro lambendo a cara. — ele me olha com ares de divertimento em seu rosto. Não sei se alguma dia verei Emmett falar a sério. — Foi boa a noitada?

— Com isso você quer dizer o quê? Que estou horrível? — nós vamos caminhando até a sala de estar e nos sentamos nas poltronas individuais uma de frente para outra mas de lados opostos da mesinha de centro.

— Eu, hein? Não espere ouvir elogios do tipo os que você escuta das fãs quando aparece em público, meu negócio é firme e forte com uma loira de parar o trânsito dona desse apartamento, meu amigo!

— Humm...firme e forte, hein? — eu sorrio para ele e vou até a bomboniere de vidro que fica no meio da mesa de centro, abro, retirando de lá 3 pequenos bombons cujo os recheios eu desconheço mas são bons. — Hummmm... — eu gemo fechando os olhos logo em seguida. — Isso é muito bom...muito, muito, muito bom...hummm.

— Vixe! Acho que você tá precisando de uma boa noite de sexo, cara... — Emmett dá um sorriso zombeteiro para o meu lado. — Só assim você para de atacar os bombons da visitas, você sabe que Rose fica louca quando você faz isso.

Eu somente rio. Uma risada baixa para mim mesmo mas Emmett não deixa escapar.

— Eu acho que eu não preciso não, brodinho! Eu estou muito bem... — meu sorriso se alaga enquanto que a expressão no rosto de Emmett vai se transformando de zombaria para a perplexidade.

— Como é que é? Roseee! — Emmett grita levantando-se do sofá. Pronto, lá vamos nós, penso ainda sorrindo. — O nosso querido, Edward, tirou o atraso.

— Shh!! — Rose surge na sala usando jeans e t-shirt branca e básica, uma coisa incomum para ela que sempre fazia grande produção para as entrevistas. — Emmett, não fale essas coisas pois o turno da Sra. Flanders ainda não acabou e você sabe que ela fica chocada com os seus comentários indiscretos. — ela olha para mim e me cumprimenta. — Oi, Edward! — e então ela percebe que eu estou mastigando alguma coisa. — Ah ruivão, já está atacando os meus bombons? Você sabe que são para as visita.

— E eu sou o que? Sou visita também, oras! — eu finjo que estou indignado mas sorrio para ela que agora está parada atrás da poltrona de Emmett dando-lhe diversos beijos no pescoço. Logo em seguida ela continua sua repreensão.

— Claro que não, você já é de casa e é tão chegado que eu até estava pensando em te chamar pra dividir esse apartamento. — Devo ter uma expressão engraçada de surpresa em meu rosto porque logo Rosalie acrescenta. — Mas podemos conversar sobre isso mais tarde, por agora pare de atacar os bombons porque tem uns 5 muffins de baunilha com gotas de chocolate e 5 de chocolate com recheio de chocolate esperando por você lá na cozinha. — Emmett puxa-a de forma que ela senta-se em seu colo e está de frente para mim. — Edward, eu juro que eu se pudesse comer tanto quanto você come e não engordar, não tinham sobrado nem farelos.

— Eu não entendo essa coisa sua com chocolate, mano. — Emmett diz ainda com Rose em seu colo. — Ainda mais depois de ter tirado a atraso. — ele cutuca Rose que está tentando disfarçar o riso. — Sabia que o nosso monge aqui decidiu fugir do monastério ontem? Ehh, chaca chaca na muchaca, né? — ele faz gestos que sinalizam sexo e Rose dá uma gargalhada alta. Mas depois que se recupera, dá um tapa leve no ombro de Emmett e diz ainda ofegante.

— Meu Deus, eu tenho um namorado que deveria ter escolhido a profissão de palhaço e não de ator.

— Corre que ainda dá tempo, Emmett, ainda tem vaga para palhaços por aí. — eu digo rindo. Somente Rose consegue me ajudar a virar as piadas de Emmett contra ele próprio.

— Eu acho que você é solteiro e tem mais é que se divertir mesmo. — Rose sempre solidária.

— Mas só por enquanto... — minha solteirice foi arrematada por uma morena chamada Bella Swan! Penso enquanto me divirto ao ver a expressão de surpresa tanto de Emmett quanto de Rosalie. — Que tal aqueles muffins, hein?

[…]

Estamos todos, na parte traseira do SUV, sentados e quietos cada um com suas pequenas coisas. Rose está olhando alguma coisa em seu smartphone, Emmett jogando em seu PS Vita e eu estou ouvindo In my place do Coldplay distraidamente. Eu estou com a cabeça recostada no recosto do assento, de olhos fechados e tão distraído pensando em Bella e relembrando a noite mágica e meio esquecida de ontem que nem percebo que estou cantando trechos da música em voz alta:

Sing it please, please, please,

Come back and sing to me,

To me, me.

Come on and sing it out, now, now.

Come on and sing it out, to me, me

Come back and sing.

Cante, por favor,

Volte e cante para mim,

Para mim.

Vamos lá, cante agora,

Vamos lá, cante para mim,

Volte e cante.

Sou trazido de volta de meus pensamentos pela gargalhada estrondosa de Emmett. Tiro os meus fones para sabe qual o motivo da piada dessa vez.

— Vixi, Rose, o Cullen tá apaixonado. A noite foi boa, hein?

— É sério isso? — Rose levanta os olhos finalmente de seu telefone e me olha de lado com um sorriso debochado nos lábios. — Depois de apenas uma noite, é? — Rose e Emmett fazem o par perfeito porque os dois adoram tirar uma com a minha cara.

— Tem pessoas que são simplesmente marcantes, ué! — eu sorrio sabendo que respostas enigmáticas como essa deixam os dois mais curiosos mas os pegam de surpresa.

— Mas e a misteriosa garota do aeroporto? Já passou? Você passou 6 meses vasculhando a internet atrás dela e só falava nisso. — Rose parece muito surpresa pois ela foi minha confidente durante esse tempo afastado de Isabella.

Eu não digo nada mas encaro os dois levantando uma de minhas sobrancelhas.

— Ah foi ela ontem a noite! — os dois gritam em uníssono. Mas Rose é a primeira a falar depois de alcançar o entendimento. — Eu quero saber tudo! Quero todos os detalhes, seu danado! — ela dá um tapinha leve em mim, rindo.

— Vou fazer melhor, vou levá-la até sua casa para passarmos um tempo juntos nós 4 e aí vocês vão conhecê-la finalmente.

[…]

Durante toda a entrevista, algumas pessoas da plateia gritam todas as vezes que Rose me toca ou eu esbarro nela. E não fazemos de propósito, pois somos muito amigos e não temos problemas com proximidade. Rose está sentada entre Emmett e eu. Eu começo a perceber que vai ser muito difícil desfazer a impressão que Rose e eu somos um casal na vida real. Jane acredita que não devemos nos pronunciar sobre isso. Devemos deixar que as pessoas pensem o que quiserem. E depois de tudo, isso só ajudaria na promoção do filme. As pessoas falariam mais tempo sobre a franquia se as especulações sobre a vida dos atores envolvidos crescessem consideravelmente.

Algumas vezes Jane era sensata e outras apenas ambiciosa. O agente de Rose, Alec Volturi, irmão de Jane, seguia os conselhos da irmã.

Quando acabou a entrevista, no carro a caminho do meu hotel, depois de termos deixado Emmett em seu apartamento, Rose que está sentada ao meu lado toca meu ombro delicadamente e diz finalmente o que queria dizer desde antes da entrevista começar.

— Edward, eu gostaria de te propor algo. — ela usa um tom sério e ao mesmo tempo doce.

— Espero que não seja casamento, você sabe, não quero ter que brigar com um sujeito feito o Emmett. — eu sorrio para ela pois quero desfazer o clima solene que se estabeleceu em poucos minutos entre nós.

— Não, seu bobo! — Rose ri dando um tapa na aba do meu boné. — É que eu acho que viver no meu apartamento sozinha e mal tendo tempo para visitar a família me faz sentir um pouco solitária. Já que você tem vivido em apart-hotéis esse tempo todo, eu pensei em te chamar para dividir comigo, meu apartamento tem 3 quartos e muito espaço.

— Tipo roommates? — Rose assentiu. — Mas e o Emmett? Não pensou nele para dividir com você?

— Nosso namoro está muito recente para que pensemos em morar juntos e Emmett é meio sem noção com essas coisas. Fui eu quem o pediu em namoro para início de conversa. Ele não vai pensar em tornar as coisas mais sérias até que alguém lhe dê uma dica. E eu também não sei se estou preparada para isso. — eu olho para ela me sentindo ainda meio receoso, pois apesar de sermos bons amigos, já vi amizades mais fortes do que a nossa acabarem quando amigos decidem dividir apartamento. Fico pensando se eu não seria uma espécie de “cobaia” para que ela teste como é viver com outra pessoa. Alguma coisa em meu rosto deve ter me denunciado porque ela olha para mim, com seus olhos azuis suplicantes. — Eu juro que isso não é um teste, tá bom? É porque, de todos os meus amigos, você é com quem me sinto mais a vontade. Vai, Ed, não seja tão difícil, vai?

— Tá legal! Vou pensar no seu caso. — eu sorrio e ela abre um sorriso enorme. O carro para em frente a entrada principal do hotel e eu beijo sua testa antes de sair. — Até mais!

O carro vai embora e eu caminho para o elevador pensando no que a imprensa vai fazer se eu decidir dividir o apartamento com Rosalie. Vai ser uma loucura e as pessoas vão criar mais teorias sobre o nosso relacionamento. Vai ficar pior do que já é.

Ao entrar no quarto, tiro minha jaqueta e jogo sobre a cadeira junto da pequena mesa de jantar, jogo meu boné sobre a mesa. Vou direto para meu laptop. Plugo meu Iphone para sincronizar novas músicas e abro o Skype só por curiosidade. Será que Bella está online. E ela está. Envio a primeira mensagem de chat.

[22:30:31] Edward.C: Oi ! Como foi a exposição?

[22:31:06] Bella.S: Foi boa! Vendi 4 quadros e uma escultura :-)

[22:31:27] Edward.C: Isso parece bom. Significa que as pessoas estão começando a reconhecer o seu trabalho.

[22:31:45] Bella.S: Na verdade, foi mais por amizade do que qualquer coisa. O comprador dos quadros foi o Garrett e a escultura quem comprou foi a mãe de Ben.

[22:32:08] Edward.C: Mesmo assim é bom, não é? ;-)

[22:32:37] Bella.S: :$ (corando)

[22:33:10] Edward.C: Minha linda, eu quero te perguntar uma coisa mas eu preciso que você seja totalmente sincera comigo.

[22:33:25] Bella.S: Claro! Pode mandar...

[22:34:07] Edward.C: Você tem algo com o Garret, quero dizer, vocês dois estão saindo ou algo assim?

[22:35:10] Bella.S: Eu, hein? Não sei de onde você tirou essa ideia. Por que você acha isso?

[22:35:39] Edward.C: Talvez porque toda vez que eu toco no assunto você se esquiva ou me responde com outra pergunta. Além do mais, Garrett age de maneira estranha com relação a você e eu não sou do tipo que dá em cima das garotas de outros caras.

[22:36:02] Bella.S: Tá bom, eu confesso que fui um pouco evasiva mas é que não entendo esse negócios de vocês, homens, tratando as pessoas com as quais se relacionam como se fossem uma posse ou algo do gênero. Ninguém é de ninguém. As pessoas se apaixonam umas pelas outras, ou seja, elas não “pertencem”, elas apenas sentem.

Ela demora alguns minutos para responder e eu penso que fiz besteira ao soltar tudo que eu estou pensando de uma vez. Tão arredia e tão linda! E eu tão ciumento e tão burro...

[22:40:09] Bella.S: Respondendo a sua pergunta, eu não tenho nada com o Garrett, apesar de achar que ele sim quer algo, mas eu não estou encorajando nenhuma de suas tentativas de conquista. Eu o conheço há menos de uma semana e nem sequer olhei para ele mais do que duas vezes. Eu sou desapegada em questão de relacionamentos mas não sou de me envolver com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Eu sigo os princípios do Tantra e no que diz respeito ao sexo, o Tantra diz que sexo é uma troca de energia intensa entre parceiros e uma comunhão física e espiritual. Você acha que é possível haver uma troca satisfatória quando você dorme ou se relaciona com um desconhecido diferente noite após noite? Imagine quanta energia negativa pode ser acumulada dessa maneira...

[22:40:35] Edward.C: :| (sem palavras)

[22:40:58] Bella.S: E como foi a entrevista? Eu não pude assistir mas eu gostaria de ter visto.

[22:41:17] Edward.C: Foi boa, mas o público ficou gritando a cada olhar ou gesto de Rosalie comigo ou eu com ela. Gestos naturais que as pessoas sempre interpretam como querem. Eu juro que isso me cansa ás vezes. E ainda mais agora, que Rosalie me convidou para dividir seu apartamento com ela.

[22:41:39] Bella.S: Dividir apartamento, hein? :0

[22:42:00] Edward.C: Não me sacaneia, não, porque isso Emmett já vai fazer mais tarde. Emmett é o namorado de Rosalie. Voltando ao assunto do apartamento, vai ser algo como roommates, tipo você e Alice. É Alice o nome da sua colega de quarto, não é isso?

[22:42:20] Bella.S: Sim, isso mesmo! Você é atento, né? Boa memória, olhos lindos, mais quente que o inferno...deixe-me ver...humm, quantas qualidades o senhor Cullen deve ter?

[22:42:49] Edward.C: E você digita rápido! Te garanto uma coisa: minhas qualidades e meus defeitos estão bem equilibrados ultimamente. Mas nas horas vagas, gosto adivinhar coisas.

[22:43:12] Bella.S: Ah, é mesmo?

[22:43:19] Edward.C: Sim! Por exemplo, eu tenho certeza que agora, neste exato momento, você está usando uma blusa de alcinhas e calcinha de rendas na cor branca.

[22:43:49] Edward.C: Seŕio, Edward? Sinto muito te informar mas errou feio e eu posso muito bem te mostrar, eu tenho webcam, sabia?

E então, Bella abre sua webcam e eu também abro a minha. Agora podemos conversar sem precisar digitar e isso é um alívio. Não sei porque eu não pensei nisso antes. A voz cristalina e linda de Bella preenche o ambiente através dos auto-falantes do meu laptop.

— Então essa coisa de adivinho era só para me ver pela webcam? — ela está tão linda com seus cabelos presos em um rabo de cavalo e o rosto limpo de maquiagem ou mesmo o batom vermelho que deixaria seus lábios grandes e tentadores. Prefiro a cor rosada natural de seus lábios.

— Pra ser sincero, não. Mas te ver assim é um bônus, eu admito. — ela ri e eu me sinto maravilhado. Não há nada que ela peça e que eu não faça por ela. — E então? Você disse que eu errei.

— Sim, quer ver? — ela se afasta de seu laptop, caminhando graciosamente para longe até perto de sua cama. — O que acha da minha roupa de dormir? — ela rodopia lentamente e eu vou observando seu corpo emoldurado por um vestidinho azul suave parecendo um tecido leve como seda. É um vestidinho curto, na altura da calcinha também azul. Fiquei excitado só de imaginar o corpo dela sem nada. Seus seios estavam soltos e os mamilos projetavam contra o tecido. Tudo isso já me deixou doido.

— Linda como sempre. Com ou sem roupa! — eu ri e ela voltou para sua cadeira em frente a câmera rindo também. — Seu safado! Você só pensa nisso?

— Com uma gostosa como você de frente pra gente assim, quem consegue pensar em outra coisa?

— Então eu deveria te dizer que com esse cabelo todo desgrenhado você fica muito sexy. Levante-se e me mostre como está vestido. — ela está de braços cruzados num claro sinal de desafio. E eu vou fazer exatamente o que ela quer, afinal ela fica linda assim mandona.

— Tá legal “dominatrix”! — eu disse dando uma piscada para ela deste lado da câmera. Levanto-me e caminho lentamente a uma distância pequena entre minha cama e a mesa onde está o laptop. Tiro minha camisa botão por botão fazendo pose para fazê-la rir. Espero as gargalhadas mas elas não vem. — Tudo bem com você aí? — ela está me olhando da tela do computador parecendo tão concentrada em alguma coisa. Volto para a cadeira em frente ao laptop e me sento.

— É que você tem um peitoral tão bonito...não é musculoso mas ainda sim um espetáculo. — mesmo com a luz fraca de seu quarto, pude ver Bella corar levemente.

— Eu não malho muito mesmo, então acho meu corpo não vai mudar no futuro. Porém, é uma injustiça você falar do meu corpo quando é dona de um tão espetacular. — ela olha para mim expressando incredulidade. — Sério Bella, ainda bem que não está aqui, porque se estivesse eu te atacava. Não tenho vergonha de dizer que estou duro só de lembrar do seu corpo nu hoje de manhã e agora que te vi de Babydoll, estou pensando seriamente em ir aí pro seu quarto e passar a noite toda te fazendo gemer meu nome.

Ela está muda e percebo que ela está pensando em algo, e me pergunto se não fui descarado demais. Mas logo a expressão em seu rosto muda e eu posso ver um sorrisinho sacana em seus lábios quando ela diz.

— Então o que está esperando? Vem pra cá! — uma de suas sobrancelhas está levantada como quem duvida das ações alheias.

— Por que essa cara de sacana, hein? O que está armando nessa cabecinha linda? — eu tinha que perguntar.

— Eu vou colocar em prática tudo que minha imaginação criou quando eu vi o seu peitoral e lembrei de você dentro de mim essa manhã.

Senti o volume entre minhas pernas apertar meu jeans ao nível máximo quando lembrei da sensação de fazer amor com Bella mais cedo. Seu corpo macio colado no meu. Ela toda molhada me apertando e me fazendo esquecer até de quem sou.

— Não precisa me provocar, vou correndo pra aí.

Literalmente eu corri mesmo.

[…]

Quando Bella abre a porta de seu quarto, eu entro pegando em sua nuca, trazendo-a para beijá-la de forma urgente. Fecho a porta atrás de mim com um dos meus pés. Enquanto a beijo, desesperado, caminho até a parede mais próxima e a prenso contra ela. Minhas mãos passam por cada parte de seu corpo e desço uma das alças de seu frágil vestido. Bella também não perde tempo e suas mãos passam estão agora debaixo da minha camisa acariciando meu peito. Ela desabotoa minha camisa de forma quase desajeitada porque eu não estou lhe dando espaço para se mover. Quando liberto um de seus seios e sugo seus mamilos de forma lenta, ela geme, agarrando meus cabelos com força. Eu não sinto dor. Eu estou cada vez mais excitado com seus gemidos. É um som rouco que mexe diretamente com a minha libido me deixando insano. Eu quero mais, eu quero ouvi-la gritar.

Não sei como, mas Bella desafivelou meu cinto, e minha calça está agora no chão. Eu deixo cair a outra alça de seu vestido e seu vestido vai caindo como pluma no chão perto de minha calça e minha camisa. Há um mar de roupas ao nosso redor enquanto nos beijamos loucamente. Eu me afasto arfante, e Bella também arfante me olha confusa. Eu quero apenas olhar para seu corpo. Seus seios medianos e empinados com os mamilos marrom claro porém com marcas de biquíni. Fico hipnotizado.

— Bella, você é muito gostosa! Muito gostosa mesmo...Oh, Deus!

— Você também! — seu olhar ardente direto em meus olhos.

Eu não aguento e ataco novamente seus seios, alternando entre eles. Ela geme meu nome, e eu caminho, empurrando-a em direção a cama, fazendo com que caia sobre ela e eu logo em seguida, engatinho na cama para ficar ao seu lado de forma que ainda possa sugar-lhe o seio. Enquanto estou perdido no êxtase de ouvi-la gemer cada vez mais alto. Tenho o impulso de tocar-lhe a intimidade que eu sei que deve estar molhada e quente. Mas Bella me interrompe.

— Não dessa vez, garanhão! — ela se desvencilha delicadamente de meus braços e de joelhes se encaminha se posicionando entre minhas pernas. — Eu te disse que eu queria tentar algo hoje.

— E o que seria? — ainda estou ofegante.

— Quero sentir seu pênis entre minhas mãos. Algo tão grande assim com certeza atiça qualquer mulher. — ela leva suas mãos até minha cueca boxer e a retira lentamente, beijando minha coxa e seus beijos acompanham o caminho percorrido pelo tecido. Suas mãos macias voltam a acariciar meu pênis delicadamente em toda a sua extensão. Ela olha para mim enquanto me acaricia. Isso me surpreende e me excita ao mesmo tempo. Eu nunca imaginei que uma mulher tão delicada e feminina como ela seria tão sensual e fogosa nessas circunstâncias.

Bella acaricia devagar, movimentando com cuidado meu membro que agora pulsa ansiando por mais. Logo em seguida, ela o coloca em sua boca e por dois segundos eu fecho meus olhos sentindo que essa mulher vai ser a minha morte. Eu faria tudo que ela quisesse.

Ela suga com vigor mas lentamente passando a língua pela glande, rodeando e sugando-a. Eu sinto crescer mais e mais dentro de sua boca. Eu gemo e vejo ela olhando para mim enquanto sua boca me acaricia sem trégua. Meu orgasmo está próximo e com ela me olhando dessa maneira, eu sinto que não poderei resistir por muito tempo.

Então a impeço de prosseguir.

— Pare! Vem aqui, meu amor! — eu sinalizo dando dois tapas sobre o colchão.

Bella vem em minha direção e eu a posiciono a minha frente para que fiquemos de lado. Ela na minha frente, minha virilha contra seus quadris. Ergo sua perna dobrando-a e deixando a outra estendida. E sussurro em sua orelha.

— Eu quero estar dentro de você. — me estico até o criado mudo e pego uma embalagem de preservativo que Bella deve ter colocado estrategicamente ali.

Quando volto até seu corpo, retomo a posição em que estava, segurando uma de suas pernas dobradas com o joelhos quase em sua cintura. Minha boca lambendo e sugando seu pescoço e depois seus seios. Estoco, colocando todo o meu membro de uma vez provocando um sobressalto em Bella que quica um pouco gemendo em surpresa. Sussurro novamente.

— Deixe sua perna assim.

E minha mão vai até seu clitóris, acariciando-o levemente enquanto invisto vigorosamente contra seu sexo apertado e febril. Nessa posição eu posso lhe dar prazer de duas formas diferentes. Seus gemidos me excitam de tal forma que eu não consigo retardar meu orgasmo por mais tempo e sinto explodir dentre dela. Mesmo assim continuo a movimentar meus dedos em seu clitóris até a ouço gritar e sinto seu corpo estremecer contra o meu. Ambos estamos ofegantes e trêmulos. Assim que nossas respirações normalizam, eu beijo seu ombro e viro de frente para mim. Acaricio seu rosto e não consigo fugir de seus olhos castanhos calorosos e grandes. Ela é tão especial para mim. Eu a beijo, algo terno, não tão ardente como antes.

— Bella, eu não quero que pense que eu só quero sexo. Você é especial para mim e eu quero te conhecer, saber tudo sobre você. — eu a beijo mais uma vez e logo em seguida meus dedos acariciam seus lábios.

— Eu preciso ser sincera e dizer que cheguei a pensar que você só queria isso de mim. Porém, acredito que nem sempre estou certa em minhas conclusões. O romance caminha do lado contrário a razão. Sentimentos não fazem sentido, eles são o que são.

— Por que você fala assim de forma tão enigmática? Parece um poema. — ela é sempre tão formal quando mostra um ponto de vista...

— Com a quantidade de texto acadêmico que eu leio, seria um milagre se eu ainda lembrasse de falar alguma gíria. — ela me beija roçando seus dedos nos cabelos da minha barba que estão fazendo sombra em meu rosto. — Eu também quero te conhecer, estou muito curiosa a seu respeito.

— Por hora, vou te contar uma coisa: fui aceito na UCLA², no campus Los Angeles, graduação em artes com ênfase em teatro. Uma certa Isabella Swan me incentivou a me especializar. Por acaso a conhece? — eu sorrio.

— Eu ouvi falar dela. — ela ri.

Eu agarro, trazendo seu corpo para mais perto.

— Agora, amor, eu quero sentir você a noite inteira e deixar você dolorida para que se lembre de mim durante a semana toda.

— Nem que eu quisesse eu conseguiria te esquecer. — ela pega meu queixo com as pontas dos dedos e me beija com paixão.

[…]

No domingo de manhã, deixei o quarto de Bella, que ainda estava sonolenta quando beijei sua testa antes de me vestir e sair. Me doeu deixá-la assim mas prometi a ela que nos falaríamos pelo Skype durante a semana separados. Em seguida, eu tive um encontro com minha agente, Jane Volturi, para discutirmos algumas campanhas publicitárias e alguns paralelos a saga. Havia uma proposta para uma comédia romântica e mais futuramente uma proposta para um filme artístico, mais sério e mais crítico. O primeiro personagem seria fácil pois é o protagonista que não é engraçado, mas seu coadjuvante é quem tem o tempo de comédia. Já o segundo personagem era mais difícil porque é um personagem de composição e seria um desafio. Seria um suspense psicológico falando sobre a paranoia da vida nos grandes centros urbanos e altamente desenvolvidos tecnologicamente.

Logo depois do almoço, fomos a uma reunião com o estúdio responsável pela saga Heróis. Foi uma reunião longa e eu sai de lá com tempo apenas de correr para arrumar minhas malas, tomar um banho, comer um sanduíche, pois meu voo seria ás 11:30 da noite.

Durante a semana, Bella e eu nos falamos pelo Skype sempre a noite na Califórnia, pois ela tinha shows de quinta a sábado, mas até quarta nos falamos sempre ás 8 da noite. Tocamos violão juntos, conversamos sobre os mais variados assuntos. Eu descobri que tínhamos lidos muitos livros em comum. E que assim como eu, ela aderiu a um tablet e nele conservava uma vasta biblioteca de livros eletrônicos. Ela me enviou todos os livros que ela tinha sobre Tantra e Sexo Tântrico. Me interessei pelo assunto e agora tinha com quem praticar.

Conversar com Bella era sempre revigorante porque ela sempre tinha um novo conceito para apresentar, e ou ela me chocava ou ela me intrigava. No domingo eu disse que estaria chegando e que tinha uma surpresa para ela. Ela ficou curiosa e quase me implorou para contar.

[…]

Segunda ás nove em ponto, eu bato a porta do quarto de Isabella. Estou ansioso para levá-la a um lugar que eu tenho certeza que seria uma surpresa e a deixaria maravilhada. Vai ser um dia mágico!

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