Depois que eu falei com Emmett, no dia do incidente com os
repórteres, eu liguei para Jane e pedi que fizesse contato com o escritório de
advocacia que sempre nos atendia. Tanto minha agente quanto minha assessora de
imprensa mostraram um pouco de preocupação com Bella, pois se não o fizessem,
eu ficaria ainda mais chateado. Afinal, ninguém é tão frio que não possa
demonstrar um pouco de solidariedade, mesmo não sendo um sentimento sincero.
Minha agente ainda pensava que dividir meu tempo entre a Alemanha e Los Angeles
era uma coisa difícil e poderia atrapalhar possíveis contratos futuros. Eu por
outro lado, achava que se eu tenho uma agente e é ela quem é responsável por
conseguir contratos, eu não precisaria me preocupar com o lugar onde eu
viveria. Pois Jane é competente e recebe muito bem pelo trabalho que faz.
Nas semanas seguintes, sem conseguir resistir, eu passei a
acompanhar Bella pelas fotografias dos sites de fofoca que insistiam em
persegui-la pelas ruas de Berlim. E eu já estava começando a achar estranho o
fato dos paparazzi não deixavam o assunto morrer, pois Emmett já tinha ido
embora e nem quando eu estava com ela, eles nos perseguiam desse jeito. Porém o
que me chamou a atenção mesmo foi o rapaz que a acompanhava em muitas das fotos
tiradas e em dias diferentes.
Seria esse o tal do Tom? Tom... que raio de nome é esse?
Thomas, talvez? Thomas... lembra o gato da dupla Tom e Jerry. Não me importo
que ele tenha o nome de um gato de desenho animado, desde que o Jerry não seja
a Bella.
Sorri levemente com o rumo dos meus pensamentos. Acho que me
lembro desse cara, ele faz parte da banda onde Bella cantava. Agora me lembro
bem dele, sempre olhando para Bella como se ela fosse sua sobremesa favorita.
Com certeza era mais um na longa lista dos que só estão esperando eu pisar na
bola.
[…]
Na semana seguinte, eu gravava até a exaustão e voltava para
o hotel ansioso pelas ligações de Bella no Skype. Conversávamos até ficarmos
cansados. Mesmo com a grande diferença entre nossos fusos horários, nunca
desanimávamos. Meu amor por minha futura família só crescia e meu remorso
também. Afinal, eu nunca estava presente ao lado de Bella e isso estava me
preocupando muito. Eu teria que tirar férias no segundo semestre do próximo ano
se eu quisesse me dedicar a minha família e tentar me reconciliar com meu pai.
A saudade que eu sentia de visitar meus pais, passar um tempo com eles, ajudar
na mercearia se intensificaram com a proximidade do natal. Seria o primeiro
natal que eu não passaria em Dublim. Eu não poderia ver Kate e celebrar o seu
noivado.
No meio da semana, eu tive uma entrevista no Late Show.
David Letterman fez perguntas sobre as gravações e sobre meus projetos futuros,
também fez perguntas que insinuavam algo entre eu e Rosalie, na certa, tentando
me pegar desprevenido. Depois me perguntou sobre a misteriosa morena grávida
com quem eu e meus amigos costumávamos a ser vistos em fotos. Eu saí pela
tangente e aproveitei o intervalo do programa para lembrar o apresentador e a
produção do programa, que eles precisavam seguir a lista de perguntas que eu
tinha entregado anteriormente. Eu não falaria sobre Bella ou qualquer assunto
relacionado a isso, mesmo que todos soubessem seu nome completo e onde morava.
Voltando do intervalo, Letterman fez algumas perguntas engraçadas
e que fez o público rir, mas eu não consegui entrar no clima e nem fingir. Por
dentro eu estava puto com as perguntas de antes e isso não ia passar tão cedo.
Sorte dele que não me perguntou se o filho de Bella era meu, pois se o tivesse
feito, eu teria levantado e ido embora.
Mais tarde, já no meu quarto de hotel, enquanto eu me
arrumava para ir jantar com Rose na casa de seus pais, recebi uma ligação de
Kate.
— Ei, maninho, como você está? — pela sua voz, pude notar
que ela estava entusiasmada.
— Eu estou bem! Aliás, parabéns pelo noivado. Eu sei que seu
noivo e eu tivemos nossas desavenças, mas pra mim isso é passado. Garrett
sempre foi meu amigo e fico feliz que ele seja meu cunhado muito em breve.
— Eu fico mais feliz ainda de ouvir essas palavras, Edward,
porque você também é importante para mim. — ela suspirou profundamente antes de
continuar. — E quem disse que será muito em breve? Ainda vamos decidir a data.
— Não vá fazer como Bella e eu e encomendar uns netos antes
da hora, hein? Acho que papai vai ter um infarto. — eu ri, porém sem humor.
Ainda estava chateado com o fato de nosso pai não falar comigo, sequer fazia
menção de querer uma aproximação.
— Eu tentei te avisar sobre a reação de papai. Eu já
imaginava que não seria das melhores quando ele descobriu que você estava
namorando através de fofocas de jornal. Depois me perguntou sobre essa namorada
que você precisava tanto esconder da imprensa. Eu não pude mentir, mas também
não dei maiores detalhes. E ele ficou ainda mais chateado quando mamãe deixou
escapar que já sabia que você tinha uma namorada nova.
Tive que ponderar sobre o que minha irmã disse por alguns
segundos. Eu não sabia que a decisão de meu pai tinha sido tomada durante tanto
tempo. Achei que tinha sido algo do momento. Pelo visto, ele tinha pensado
bastante antes de decidir conversar comigo.
— Eu estaria mentindo se dissesse que estou bem com tudo
isso. Eu sinto a falta dele. Com mamãe, eu falo de vez em quando, quando ela
liga ou quando eu ligo de manhã. Me dói pensar que nesse natal, nós não vamos
estar reunidos mais uma vez, como em todos os anos.
— Eu sinto muito, Edward! Se você quiser, eu posso falar com
o papai a seu favor.
— Não faça isso! Vai estragar o seu natal e o clima não vai
ficar legal depois disso, vai por mim.
— O clima já está estranho de qualquer maneira, porque você
não vai estar aqui. E dias atrás, mamãe discutiu com papai sobre o fato dele
ter proibido você de visitá-los sendo que a casa não é só dele e então ele não
pode decidir isso sozinho.
— Mais um motivo para que eu não vá. Vai ficar o maior
climão. Papai com cara de poucos amigos e mamãe se esforçando para agradar.
Além do mais, eu preciso ficar com Bella, pois ela não vai ter ninguém para
passar os períodos de festas com ela.
— Como está Bella? Se não me engano, ela deve estar com
quase 5 meses, não é?
— Sim, segundo sua médica, ela completou 5 meses com 22
semanas e 1 dia e agora ela está com 23 semanas e alguma coisa. É um menino,
Kate! Bella escolheu um nome: Noah.
— Nossa! Como o tempo voa, pois na última vez que eu a vi,
eu só desconfiava que ela estivesse grávida. E ela nem está tão longe assim. A
Alemanha é logo aí para quem está na Europa. Tenho que visitá-la.
— Ela vai adorar, Kate, acredite! — eu olhei para meu
relógio de pulso e vi que se eu não corresse, chegaria atrasado ao jantar. —
Kate, desculpe, mas eu tenho que ir. Fui convidado para um jantar na casa dos
pais de Rose e não quero me atrasar.
— Tudo bem, não se preocupe. Eu ligo para você uma outra
hora, então. Beijos e boas festas!
— Pra você também! Beijos e tchau!
[…]
Depois do jantar, Rose e eu estávamos sentados na sala de TV
do apartamento que nos dava certa privacidade. A cozinheira da mãe de Rose era
tão fabulosa quanto eu me lembrava. Mas nada se comparava a comida de Bella. Eu
estava morto de saudades da minha morena, cada vez mais linda na minha memória.
Afundei na poltrona branca confortável de frente para uma
mesinha de centro cheia de revistas de decoração. Rose sentou-se em outra
poltrona de dois lugares que ficava ao lado da minha, mas encostada na parede
de frente para televisão.
— Então, Edward, agora que sabemos que Bella está bem, eu
estou curiosa sobre uma coisa. — Quando Rose não era curiosa?
— Sobre o quê? — agora quem estava curioso era eu.
— Eu soube que você vai emendar outro trabalho depois deste,
como vai fazer para passar um tempo com Bella, já que o próximo projeto será
mais extenso?
— Eu ainda não conversei com Bella sobre isso e eu espero
que ela entenda. É que eu já tinha assinado esses contratos antes de saber que
ia ser pai e que ia praticamente me casar, se é que podemos chamar de casamento
o meu relacionamento.
— Eddie, você sabe que sua namorada está grávida e sozinha
numa casa muito grande pra ela. Sabe o que o Emm me disse? Que ela parecia
abatida e que apesar de não demonstrar, ela parecia solitária. Mesmo você dando
todo o suporte, eu imagino que deve ser difícil cuidar de tudo quase sozinha
numa primeira gravidez. — Rose aproximou-se mais de mim e olhou nos meus olhos.
— Nós somos artistas e celebridades e como tal, aprendemos a ignorar a opinião
de repórteres e afins, mas Bella não é uma celebridade. Apesar de artista, ela
não está preparada para a opinião que o público e mídia fazem a respeito dela.
Toda a perseguição será muito mais assustadora se ela estiver sozinha para
enfrentar isso.
— Rose, eu não quero parecer rude, mas onde você quer
chegar?
— Sabe? Na minha última entrevista, me perguntaram que se eu
sabia da possibilidade de você ser pai do filho de outra mulher. E eu nem
preciso ser vidente para saber que futuramente eles não vão ser tão suaves.
Pode ser que a curiosidade crie extraordinárias estórias ou as piores das
calúnias e ofensas. Agora você está entendendo onde quero chegar?
Não respondi de imediato. Rose é minha amiga, mas ás vezes a
sua sinceridade é objetiva demais. Entretanto ela está certa! Eu não tinha
parado para pensar em como Bella estaria reagindo a tudo isso. E então eu
lembrei da conversa que tive com minha assessoria de imprensa e do conselhos que
eles tentaram me dar, mas eu ignorei. Eles queriam traçar algumas estratégias
para a mídia, e uma delas era justamente ser discreto até eu estar quite com os
estúdios da saga Heróis.
— Pra dizer a verdade, eu não tinha pensado por esse lado.
Eu estou tão cheio de coisas pra fazer que mal tive tempo para reparar em
Bella, ainda mais à distância. E o pior é que ela não pode me acompanhar nos
sets de filmagens porque ela tem uma carreira paralela.
— Bella está mais sensível agora e isso significa ser mais
delicado ao conversar certos assuntos, Edward. Tente dar toda a atenção que
você puder quando for visitá-la. Da minha parte, eu posso passar duas semanas
com ela quando eu terminar uma dublagem que tenho em Janeiro. Eu já tinha
tocado no assunto quando liguei para ela há algumas semanas atrás.
— Isso seria ótimo! Tenho certeza que ela vai adorar isso.
Eu também espero que pelo menos Renné a visite. — foi então que minha postura
controlada cedeu. — Olha, Rose, eu ando muito angustiado desde que comecei a
trabalhar assim direto. Eu estou me sentindo miserável de não poder dar à Bella
nada além de algumas vídeos chamadas e suporte financeiro. Eu não sei o que
fazer. Já pensei até em me casar em segredo.
— Não é uma ideia ruim, mas cheia de poréns...
Eu resolvi não estender o assunto, porque por mais que Rose
fosse minha amiga e tivesse boas intenções, eu não precisava que me lembrasse o
que mais me angustiava em todos os assuntos relacionados a Bella.
— Rose, mudando de pau pra cavaco, você conhece a Victoria
Preston? É que nós temos um projeto em comum e eu conheço quase todos do elenco
principal menos ela.
— Humm... — Rose coçou o queixo numa expressão pensativa. —
Nos esbarramos no camarim de um talk show ano passado e conversamos um pouco,
mas não nos tornamos as melhores amigas. O que se houve falar é que ela sempre
se envolve, ou pelo menos tenta se envolver, com os seus colegas de trabalho.
Você sabe que eu não gosto de fofocas, Eddie, porém não se pode proibir as
pessoas de falar. Eu não posso afirmar e nem negar porque não sei se isso é
verdade.
— Só perguntei porque o importante para mim é que ela seja
uma pessoa legal de trabalhar. Você sabe que um ambiente de trabalho onde os
colegas sejam insuportáveis acaba com saúde emocional de qualquer um e eu já
ando bastante desgastado. Agora, se ele só for do tipo que dá em cima dos
outros, por mim tudo bem, pois isso eu posso resolver com as duas mãos nas
costas.
— Se você diz... — Rose disse com um sorriso malicioso nos
lábios.
— Não da maneira como você está pensando, Senhorita Hale. —
eu sorri sem conseguir resistir à piada não dita.
[…]
Cheguei na Alemanha por volta das 8 da manhã, mas devido ao
mau tempo demorei mais de meia para conseguir sair do aeroporto e mais meia
hora do aeroporto até em casa. Jesus! Berlim era muito mais fria que Dublim. E
definitivamente, eu não sou uma pessoa do inverno. Seria totalmente
compreensível se Bella estivesse deprimida.
Abri o portão de casa e tudo estava bem silencioso. Olhei
para a porta de vidro do nosso quarto e as cortinas estavam bem fechadas. Com
certeza Bella ainda estava dormindo. E se eu pudesse, com esse clima frio e
paisagem cinzenta, faria o mesmo. Eu tinha colocado o mesmo perfume que usei na
primeira noite que passamos juntos. Imaginei que ela não estaria mais se
sentindo enjoada com cheiros, mas não tive certeza até debruçar sobre ela na
cama para acordá-la. Ela tinha me dito que esse perfume ficou grudado nas
roupas dela mesmo depois de limpas e que ela amou. Eu nem sou muito fã de usar
perfumes, mas uso 1 million apenas por causa dela, senão, estaria dentro da
minha parte do guarda roupas esquecido como os outros produtos promocionais que
eu ganho para divulgar.
Rocei meu nariz em sua bochecha antes de beijá-la. Ela se
mexeu um pouco gemendo baixinho. Então beijei seu pescoço e ela me abraçou de
surpresa me beijando. Apesar dela ter acabado de acordar, ela cheirava tão
bem... era como a própria primavera no meio daquele clima invernal.
Ela costumava a dizer que eu a fazia perder a cabeça, mas
agora quem não conseguia pensar era eu. Só consegui despi-la e ela a mim. Eu
tive que olhar com mais cuidado para o seu corpo, meio que memorizando os
detalhes porque seriam longas semanas sem nos vermos novamente depois do ano
novo.
— Edward! — ela arfou enquanto eu fazia o caminho de seus
seios até seu ventre lentamente. Sua barriga bem redonda a deixava mais linda
ainda, como se isso fosse possível.
— Bella, eu senti tantas saudades de você... — eu disse
enquanto beijava sua virilha agora com alguns poucos pelos. — Eu senti falta
disso. — eu beijei mais abaixo e ela instintivamente abriu as pernas para mim.
— O seu cheiro... hummm... — eu gemi de satisfação por não ser um sonho.
— Eu preciso de você, amor. — ela sussurrou entre os
gemidos.
[…]
Estávamos deitados ainda nus em nossa cama sob um grosso
cobertor. Bella estava em meus braços e eu beijava seus cabelos de vez em
quando, sentindo algo de baunilha e caramelo em seu shampoo. Isso me fez
lembrar que só tomei um chocotino antes de embarcar ainda em Nova York.
— Para mostrar que não sou um mal educado completo, como
você tem passado? — eu perguntei fingindo desagrado em minha voz.
— Humm... será que você merece uma resposta honesta? — Bella
disse com fingida presunção. — Eu tenho ido bem, obrigada, e você?
Eu toquei seu queixo fazendo com que olhasse para mim e para
que eu pudesse ver se ela estava falando a verdade.
— Não sei não...você parece cansada. — eu disse passando meu
dedão levemente sobre suas olheiras. — E eu sinto muito por isso. Você anda
carregando muita coisa sozinha ultimamente.
— Não foram muitas coisas realmente. Foi a conclusão do
trabalho final e a formatura há algumas semanas que me cansaram muito e depois
uma exposição minha e uma exposição histórica, ou seja, trabalho. É
desgastante, mas paga as contas, meu amor. — ela me beijou e sorriu logo em
seguida.
— Bella, você precisa descansar um pouco também. Lembre-se
que você está grávida e nem é preciso trabalhar tanto assim, pois eu posso
bancar as despesas enquanto você estiver grávida, pelo menos.
— Edward, você sabe que não gosto de ser sustentada, prefiro
dividir as coisas. E também, eu não fui às exposições. Eu catalogo e mando para
as galerias. Que é um processo muito mais estressante do que ir pessoalmente,
devo admitir. As transportadoras são difíceis e eu preciso de uma especializada
em objetos de artes. Por isso pareço mais cansada do que o normal já que
preciso passar mais de quatro horas no telefone e outras tantas no computador
organizando tudo à distância. E dessa maneira eu tenho pagado metade do aluguel
e comprado coisas para o bebe.
— Metade do aluguel? — era muito dinheiro. Fiquei atônito. —
E o que aconteceu com a outra metade do dinheiro do aluguel? — não que eu me
importasse, mas fiquei curioso em saber para onde estava indo o dinheiro que eu
depositava todo mês na nossa conta conjunta.
— Ainda está na conta acumulando. Se você parar para pensar,
não é uma ideia tão ruim assim deixar lá.
— Só me promete que não vai se esforçar além do que você
pode aguentar. — eu ergui um pouco meu corpo, setando e recostando na cabeceira
da cama. Trouxe o corpo de Bella para perto do meu fazendo sua cabeça recostar
no meu peito, mas de uma maneira que eu pudesse olhar melhor para seu rosto.
— Tudo bem! Você tem razão, eu não posso me esforçar demais.
— Bella, me fala sobre esse seu novo amigo, Tom. — fiz o meu
melhor para disfarçar o ciúme que eu sentia desse cara.
— Você não tem motivos para sentir ciúmes. — Bella
acariciava meu peito de leve. Ela me conhecia bem. — Tom é um amigo e nós nunca
tivemos nada.
— Mas ele bem que queria ter. — seu rosto olhava para cima
de frente. Eu pisquei rapidamente para ela.
— Tenho certeza que Tom respeita o fato de eu estar
namorando e estar grávida, Edward. Ele me ajudou muito nessas últimas semanas e
ele é o tipo de cara amigos dos amigos dele. Tom é uma boa pessoa e eu tenho
uma dívida com ele.
— Dívida? — olhei para Bella para vê-la morder os lábios
como se ela sentisse que tinha falado demais.
— Foi algo que aconteceu e agora está morto e enterrado. O que
interessa é que Tom evitou um desastre e por isso eu serei eternamente grata. —
ela começou a beijar meu peito, sugou meu mamilo esquerdo e suas mãos
acariciavam minha nuca. — Esqueça isso, amor.
— Não! — eu segurei seus ombros para que ela parasse. — Eu
quero que você me diga. Prometemos um ao outro que nunca mais esconderíamos
segredos. — olhei em seus olhos de forma penetrante.
— Algumas semanas antes da vinda de Emmett e antes da
formatura, eu tive que entregar uma encomenda no alojamento da universidade e
quase fui estuprada por um tarado que morava lá. Tom o impediu de ir mais longe
e aquilo me assustou pra caramba. Fiquei algumas semanas ainda aterrorizada e
cheguei a dormir algumas noites no apartamento de Alice e outras vezes ela e
Jasper vinham dormir aqui. Tom dormiu aqui na noite em que isso aconteceu,
depois de termos dado queixa e ele acompanhou pessoalmente o desenrolar do
caso.
Fiquei sem palavras por causa da raiva crescente dentro de
mim.
Por que ela escondeu um fato tão terrível de mim?
— Por que você não me disse isso antes? — eu ainda não
conseguia entender. — Por que, Isabella?
— Porque você não poderia fazer nada além de se preocupar.
Você estava muito longe para resolver alguma coisa e esse cretino foi preso
porque outras vítimas o denunciaram também. Até onde eu sei, ele continua preso
porque seus crimes foram considerados crimes em série. Um das vítimas
engravidou, o que agravou o caso dele.
— Bella, isso é uma coisa muito grave para você manter para
si mesma.
— Edward, me responda sinceramente agora: o que você poderia
ter feito lá de Manhattan que nós já não fizemos aqui mesmo? Sabe o que
aconteceria? Você ficaria preocupado e desconcentrado e o seu desempenho seria
desastroso. E pior, você não poderia resolver nada de lá. Isso te frustraria.
— Mas o que me incomoda é que você não ia me dizer nunca.
— Eu diria eventualmente.
Eu bufei. Minha raiva não estava cedendo nem um pouco. Nem
mesmo ao olhar naqueles olhos castanhos e amendoados.
— Tem algo mais que você anda me escondendo? — meu olhar era
incisivo.
Ela não respondeu de imediato. Parecia estar ponderando
sobre dizer ou não. E então ela me encarava para em seguida olhar para baixo
novamente.
— Edward, eu... — ela ergueu sua cabeça até seus olhos
encontrarem os meus. — … eu preciso confessar uma coisa... eu não sei se
consigo aguentar toda essa pressão que a mídia faz em cima de mim, de nós e do
nosso filho. Eu tento parecer indiferente e eu sei que você nem percebe o
quanto isso me afeta, mas eu ando bastante cansada disso. Eu evito ler notícias
sobre mim, porém ás vezes isso é inevitável. Algumas pessoas tem terríveis
opiniões sobre mim, sobre nossa relação. Existem até especialistas em celebridades
com teorias mirabolantes sobre nós. Só não é pior porque eu vivo aqui na
Alemanha e as pessoas aqui não são assim tão loucas por celebridades quanto nos
EUA ou até mesmo no Brasil.
— Bella, você está indo muito bem. Até agora, você tem
vivido sua vida da forma mais normal possível e isso é muito chato para a
imprensa, pode acreditar. Eles querem escândalos e celebridades que fazem
barraco, que vão pra balada para aparecer. Eles podem estar tirando fotos de
você agora discretamente, mas isso vai diminuir e parar com o tempo porque
pessoas normais, com vidas normais, não vendem revistas.
— Você tem razão! Eu me sinto agora como uma criança
reclamona. Afinal, eu sabia que poderia ser assim quando aceitei namorar com
você.
— Eu te amo, Isabella Swan! Só tente não esconder mais nada
de mim. — eu a beijei trazendo-a para mais perto.
[…]
Durante a semana, Alice vinha quase todos os dias depois do
trabalho ficar com a gente, pois se sentia sozinha em seu apartamento depois
que Jasper disse não poder voltar para o natal. Agora talvez, ele me entendesse
um pouco mais. Ele trabalharia mais que eu neste fim de ano. Gravação de álbum
em estúdio podia tão extenuante quanto as gravações de um filme.
Na semana seguinte que já era a semana de natal, eu fiz algo
que eu sabia que Bella ia gostar muito e eu também, pois não podia passar com
minha família na Irlanda, mas poderia desfrutar da família de Bella, pelo
menos. Antes de vir para a Alemanha, eu tinha combinado com a vó de Bella que
eu pagaria sua vinda para nos visitar como uma surpresa de natal para Bella.
Expliquei, sem grandes detalhes, que houve um desentendimento entre minha
família e eu, e seria muito importante que ela viesse passar o natal conosco,
pois estávamos sozinhos na Alemanha.
Então numa atípica manhã ensolarada, eu saí de casa dizendo
que iria até uma padaria comprar alguns berliners¹ e donuts, mas na verdade eu
estava indo buscar Marie no aeroporto. Eu não era tão bom em alemão quanto
Bella, mas o básico como comprar coisas, chamar um táxi e explicar endereço, eu
sabia. Não demorou muito para encontrar Marie no desembarque e ajudá-la com as
malas. E claro, eu não podia me esquecer de passar mesmo em uma padaria antes
de ir para casa, pois ai de mim se Bella não tivesse seus berliners de
framboesa.
O tempo parecia voar desde que Marie e Bella se
reencontraram. As duas viviam tendo longas conversas entre o preparo das
refeições para a Ceia de Natal e a arrumação da casa para receber os
convidados. Não seriam muitos, já que Jasper não estaria aqui conosco e nem
mesmo Emmett ou Rose, mas o que me surpreendeu foi que Tom tinha ligado mais
cedo e perguntado se poderia incluir um convidado de última hora, que na
realidade era uma mulher. Não sei se ele fez isso para não se sentir sozinho,
ou para confirmar o que Bella sempre dizia, que eles eram apenas amigos. Porém
o que mais intrigava era o fato dele preferir passar o feriado com seus amigos
do que com sua família. Será que ele, assim como eu, também estava brigado com
meus familiares?
Tomei meu banho e tentei não exagerar enquanto beliscava os
triângulos do toblerone que Bella havia me dado quando cheguei aqui há alguns
dias. Eu estava sentado na cama, meus pés descalços e a minha camisa ainda
desabotoada, apenas saboreando um bom chocolate e me acalmando para a noite que
ainda estava por vir. Bella já tinha se arrumado e estava na cozinha terminando
um assado do qual eu senti somente o cheiro o dia inteiro. Olhei pela janela
que dava para o uma parte do quintal e estava nevando bem devagar, logo o
gramado desbotado ficaria totalmente coberto de branco.
Como eu percebi que ninguém ia entrar no quarto e que os
demais tinha se esquecido de mim, guardei meu toblerone no criado mudo do meu
lado da cama e comecei a abotoar minha camisa que decidi deixar para fora da
calça. O jeans seria o mais batido possível porque eu não ia me arrumar todo só
para ficar em casa entre entes queridos e nos pês, sandálias fechadas de couro
que aceitavam bem minhas meias pretas.
Quando eu estava saindo do quarto, escutei vozes no corredor
e abri só uma fresta para saber quem e onde conversavam, e vi que estavam ainda
sob o arco que saia na sala, Tom e Marie, que pareciam alheios ao fato de que
mais alguém poderia estar presenciando a conversa. Eles não estavam falando
alto, mas mesmo assim eu decidi apenas apagar a luz do quarto e espiar pela
pequena fresta.
— Bella é uma pessoa incrível! É uma das pessoas mais
corajosas que eu conheci. — Tom dizia de costas para mim e era uma pena que eu
não pudesse ver para onde ele olhava.
— Ela é sim! Os membros da nossa família parecem sempre
serem desafiados pelo destino a serem corajosos. — Marie disse num usando um
tom de camaradagem que ela não tinha nem comigo. E de repente, depois de alguns
segundos de silêncio, Marie faz uma pergunta que se não matou o pobre rapaz de
vergonha, com certeza mataria a mim de raiva. — Você gosta dela, não é? Eu
digo, de verdade, pra valer!
Tom ficou em silêncio por mais alguns segundos que pareciam
intermináveis. Porém quando voltou a abrir a boca não foi para responder o que
eu queria ouvir.
— Ela parece feliz, então isso é que me importa pra mim. — o
silêncio dele confirmava o que Marie queria saber e sua resposta dizia tudo. O
cara amava mesmo Bella e era o tipo de amor que eu nunca entenderia. Amor
platônico.
— Apesar de não ser correspondido, meu jovem, seus
sentimentos são os certos. Querer que alguém seja feliz mesmo que não seja ao
seu lado é o verdadeiro amor. O resto é fogo de palha. — Marie disse e eu
concluí que ela não gostava muito de mim. Ou melhor, que ela achava que eu não
amava sua neta o suficiente, que eu não era bom o bastante. Ela não está errada
em querer o melhor para a Bella, mas eu também quero o que é melhor para ela.
Depois que Marie e Tom resolveram ir para sala, eu saí
finalmente do quarto e ao passar pelo arco, Alice se aproximou entrelaçando
nossos braços, toda sorridente.
— Nossa, que perfume delicioso esse? Eu tenho que dar ao
Jasper algo assim já que ele só usa loção pós barba. Se importa de me dizer o
nome? — ela tinha perguntado tudo isso em menos de dez segundos.
— Eu acho que 1 million do Paco Rabane, mas para ser
sincero, eu ganhei quando divulguei o perfume. Também não sou muito ligado
nessas coisas. — nós continuávamos andando em direção aos sofás.
— Ah, vai, corta essa! Se você não fosse ligado nessas
coisas não estaria usando o perfume tantas vezes, pois eu já senti esse cheiro
antes em você. — Alice tinha um ponto.
— Tá, eu confesso que comecei a usar porque Bella gosta
muito, mas depois eu mesmo passei a gostar. — eu acabei de falar e Alice sorriu
para mim como um gato de Cheshire². Não, seu sorriso conseguia ser ainda maior
e mais presunçoso do que a do gato de Cheshire.
— Viu? Não doeu nada ser sincero. — ela piscou para mim e eu
tive rir com ela.
Sentamos no sofá e logo fui apresentado a uma moça loira que
eu nunca tinha visto antes, então presumi ser a acompanhante de Tom. Era
bonita, mas um tipo mion, de cabelos não muito cheios e olhos azuis desbotados.
Um tipo comum. Eu tentava ignorar o olhar insistente dessa moça em cima de mim
conversando com Alice e Marie, entretanto confesso que isso já estava começando
a me incomodar.
Quando Alice e Marie saíram para ajudar a arrumar os pratos
na mesa, essa menina veio sentar-se ao meu lado sem ser convidada, na maior
cara de pau. Ela disse que se chamava Irina e eu me perdi por um momento
pensando sobre a origem de seu nome. Irina tagarelava sobre coisas fúteis e ás
vezes me perguntava curiosidades sobre minha carreira enquanto eu me perdia
ainda mais nos meus pensamentos, direcionando a ela sorrisos educados de vez em
quando para não parecer totalmente indiferente. Porém, fui tirado de minhas
conjecturas com uma pergunta que me surpreendeu.
— Então, Edward, você é casado? — Será que ela era cega ou o
quê? Será que eu não estava claro que eu estava com Bella? Eu pensei espantado
com a inteligência exótica da moça ao meu lado. Como eu responderia essa
pergunta?
— Não, mas pretendo um dia me casar. — Pronto! Enigmático o
suficiente.
— Que bom! Eu pensei que você estivesse com Bella, mas estou
feliz que não esteja já que ela e Tom preferem passar o máximo de tempo juntos.
— Ela estava com ciúmes do amigo ou namorado, não sei bem o que eles eram.
— Mas quem disse que Bella e eu não estamos juntos? Essa
casa é nossa. — Que mulher mais venenosa...
— Juntos? Juntos como? Como roommates? — Irina se aproximou
mais de mim fazendo beicinho para parecer sexy. Jesus! Meu reservatório de
paciência estava quase no fim.
— Por que você quer saber? Por acaso você me viu perguntando
que tipo de relação você e Tom tem ou algo mais pessoal? — Eu, hein! Que falta
de educação ficar perguntando coisas pessoais quando não se tem intimidade...
— Desculpe, eu só estava curiosa, afinal sua amiga está
grávida e eu começo a me perguntar se Tom seria o pai dessa criança, aliás, é
uma pergunta que a família dele faz o tempo todo.
— Olha, Irina, se você fosse alguém mais próximo eu diria
para você e para a família do seu namorado que perguntassem a Bella, mas como
você não é, eu vou te dizer uma coisa que você não notou: você só foi convidada
porque Tom que é amigo de Bella pediu como um favor. Lembre-se de que deve
respeitar o fato de ser apenas uma convidada aqui.
Levantei- me e fui até a mesa encher mais uma vez o meu copo
de vinho. Pelo jeito, a noite ia ser longa. Eu olhei ao redor da sala
procurando por Bella e ela estava na cozinha conversando com o Tom. Eu não era
tão paranoico, afinal. Todos podiam ver o quanto o rapaz era interessado nela.
E isso matava a tal de Irina de ciúmes. Ciúmes e um pouco de inveja de Bella.
Esses são dois sentimentos que se combinados fazem um belo estrago. Calúnia e
difamação fazem parte desses estragos.
[…]
— Bella, eu preciso te pedir uma coisa. — Eu estava sentado
na cama desabotoando minha camisa.
— Pode falar. — Bella estava se despindo de costas para mim.
De costas, ela parecia não estar grávida. Suas curvas ainda estavam no mesmo
lugar.
— Você já formou em seu mestrado e eu presumo que você não
tem grandes planos para o futuro. Que tal se você vier ficar comigo durante as
filmagens do próximo filme? Só ficar não, eu quero dizer viver para sempre
comigo.
Bella se virou para mim com os seios nus e uma cara
engraçada de espanto.
— Edward...eu adoraria, mas acho que você não percebeu que
eu estou trabalhando aqui. Não foi nada planejado, pois as coisas foram meio
que acontecendo e agora eu tenho 4 exposições para cuidar. Um delas é coletiva
o que vai me manter ocupada por algumas semanas. — ela caminhou e parou bem na
minha frente, pegou meu queixo e fez com que eu a olhasse de baixo. Me esforcei
para desviar meus olhos de seus enormes seios. — Edward, essa proposta não tem
a ver com a minha amizade com Tom, ou tem?
— Pra ser sincero, eu já vinha pensando nisso há muito
tempo. — Droga, ela me conhece tão bem... — Bella, eu fico muito preocupado com
você aqui sozinha. Eu sei que você tem seus amigos, mas eles não vão ficar aqui
pra sempre. Mesmo que você pense que não é responsabilidade minha cuidar de
você, eu discordo totalmente, ainda mais quando há um filho nessa equação. Pelo
menos ele é nossa responsabilidade. — eu fiz com que ela sentasse ao meu lado.
— Veja bem, nós já somos uma família, Bella, mesmo que não seja da forma
tradicional e ao meu ver, uma família deve ficar junta.
Bella ficou me fitando com aqueles olhos castanhos mais
escuros do que o normal. Ela estava pensando finalmente.
— Eu sei disso Edward. Mas de qualquer maneira, eu só vou
poder viajar depois que o Noah nascer. Nenhuma companhia aérea vai me aceitar
com quase 7 meses de gravidez. Mas eu juro que vou pensar nisso e até preparar
meu marchand para uma possível mudança. Pode ser que ele me ajude a encontrar
outro em algum lugar dos Estados Unidos. Não se preocupe, eu vou pensar nisso.
— Que bom que eu consegui ultrapassar a sua teimosia. — eu
ri e ela riu e eu soube que ficaria tudo bem. — eu não resisti e toquei seus
seios com as pontas dos meus dedos. — Dói se eu fizer isso? — eu tocava
suavemente fazendo círculos ao redor dos mamilos. Bella fechou os olhos.
— Não. Está ótimo, continua... — ela disse entre gemidos.
[…]
Depois que voltei para Manhattan, as semanas passaram
voando. Eu ainda conversava com Bella pelo Skype, Whatsapp e telefone, mas a
saudade era uma coisa estranha porque mesmo que eu tivesse todos os recursos do
mundo, eu ainda sentia muita falta dela. As semanas de festa de fim de ano
foram tão boas para mim, tão reconfortantes. Poder dormir sentindo o corpo de
Bella perto do meu, me aquecendo e me fazendo sentir amado, assim como sentir
os chutes de Noah me fizeram perceber que eu não podia ficar longe deles por
muito tempo mais. Eu não posso mais assinar contratos esse ano até resolver
minha vida com Bella.
Quando eu estava de volta a Los Angeles, tive uma reunião de
elenco com o diretor do próximo filme que eu gravaria. Eu estava triste e feliz
ao mesmo tempo porque eu estava emendando um trabalho mas esse seria o último
por esse ano. Era um projeto complexo porque teria várias locações ao redor do
mundo, inclusive na Alemanha, o que me agradou um pouco. O filme seria um
suspense psicológico onde eu interpretaria um agente da CIA que precisa
rastrear e interceptar uma ladra de informações governamentais confidenciais,
papel que Victória interpretaria. Pelo o que eu entendi, tinham me dito que a
escolheram para esse papel porque o personagem é a personificação da Femme
Fatale. Eu teria que ver por mim mesmo, pois estava sentado há um bom tempo na
mesa de reuniões do estúdio e tinha cumprimentado quase todos do elenco de coadjuvantes,
do elenco de apoio, roteiristas e nada de Victória aparecer.
Será que era a típica “Diva”?
De repente, entra pela porta de madeira escura uma ruiva
cheia de curvas com um rebolado que fez com que toda a parte masculina do local
parar e olhar boquiabertos. Parecia até propaganda de shampoo pelo modo como
seus cabelos cacheados e longos balançavam de um lado para o outro suavemente.
Só pode ser brincadeira...Não é à toa que a escolheram como
símbolo de Femme Fatale.
Ela parou para cumprimentar, Robin, a atriz que viveria uma
colega de trabalho no filme, e virou-se para mim me dando a visão de sua bunda
em um jeans completamente colado no corpo, como uma segunda pele. Tinha o
formato perfeito de coração ao contrário. Engoli em seco. Não, eu tinha que pensar
na minha mulher que era muito gostosa também. Eu não acredito que eu estou de
boca aberta babando por uma colega de elenco. E o pior é que o pequeno Edward
se animou. Deve ser a abstinência, só pode! Eu peguei a pasta de script na mesa
e coloquei na frente do meu rosto para me esconder e para que esquecessem de
mim ali sentado. Mas eu não tinha tanta sorte assim. Victória parou bem atrás
da minha cadeira para me cumprimentar antes de sentar. E eu não poderia
levantar para apertar sua mão.
Merda!! Pensei já suando.
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