sexta-feira, 21 de março de 2014

MVE - Capítulo 16

O silencio a minha volta dificultava entender onde eu estava, meus olhos pesados, demorei mais do que o normal para achar minhas pálpebras, abrindo meus olhos para uma luz fraca.
Um teto reconhecível, assim como os moveis e as lembranças. Por minha visão periférica vi Edward, sentando em silencio ao meu lado.
Ale...
Minhas mãos correram pelo colchão enquanto me esforçava para falar, mas era como ter areia, uma grande quantidade de areia agarrada por minhas cordas vocais.

– Ele esta bem. – disse ao dar a volta na cama e pegar um embrulho verde da cama.

A paz que me invadiu foi inexplicável, finalmente houve sobrevivente as minhas desgraças, sua bochecha tocando a minha, sua pele quente.
Sua mãozinha pastando por meu queixo, eu queria virar e beijá-lo, mas só em inclinar a dor voltava.
As lagrimas deslizavam sem autorização. Eu queria ficar assim, sentindo seu cheirinho de bebê me acalmar.

– Vou colocá-lo na cama, minha temperatura esta infiltrando na roupa. – disse e tentei um aceno – Carlisle avisou que poderá ficar sem falar por alguns dias. Ate que o incomodo passe. – disso ao retornar para meu lado, tomando minha mão entre as suas – quando a vi... daquela forma...

Sua face contorcida em dor, eu não queria fazê-lo sofrer, apertei sua mão, meu polegar batendo duas vezes para chamar sua atenção.
Queria confortá-lo, agradecer por trazer meu Ale de volta, mas a voz faltava. Seus olhos âmbares me estudavam, seu rosto de anjo voltou ao normal. Apenas com uma linha em sua testa.

– Charlie já esteve aqui, voltará de manhã... – o que eu faria com Charlie?  – ele me odeia ainda mais. Tivemos que contar que Victoria era uma golpista que tentou roubar minha herança da família sanguínea usando você e o bebê...

Charlie certamente implicaria com este fato, qualquer coisa seria usada como desculpa, tudo para que ele pudesse manter Edward longe de mim.
Acredito que ver Edward trancafiado na cela da sua delegacia é seu desejo pouco oculto.
Deslizei meus dedos por seu pulso, em uma caricia casta, uma forma de expressar que estou ao seu lado.
Nos livramos de Victoria, mas há os recém criados. Esse fato não poderia ser esquecido por eles. Apertei seu polegar, seus olhos voltaram para os meus e gesticulei lutando para que entendesse o que eu queria, pensei em falar, mas a lembrança fresca da dor anterior me calou no mesmo instante.
Edward permaneceu calado por instantes, como se estivesse ouvindo algo importante, um breve segundo, mas para eu que já conheço sua forma de agir, sei que isso tinha dedo de Alice ou Jasper.

– Enquanto segui você e o Paul, os recém criados decidiram atacar – porque tudo acontece de uma vez? – se acalme, estamos todos bem. Quando puder se mover lhe apresentarei a alguns amigos, amigos vampiros. Eles nos ajudaram. Assim como temos novos integrantes na família... – como assim?

Haviam outros vampiros, assim... tão rápido? Mas meu pai esteve aqui e quanto aos Quileutes?
Mesmo sobre aviso, Sam e os rapazes não devem estar gostando de tantos vampiros em suas terras.

– Ainda não sabemos se Patrick ficará conosco ou conseguirá dobrar Tanya e seguir com os Denali. Ele é persistente e descarado.
           
Mas ele e aquela Denali? Eu não sou louca, eu vi como ela olha pra ele. Quando vão parar de brincar comigo....
A noticia me desestabilizou e me mexi de forma errada, minhas costelas latejaram, facas em brasas invadiam meu peito, a dor me fez desesperar, meu pescoço latejou e o ar sumiu.
Edward se ergue em desespero, certamente concluiu que estou sufocando, droga como isso dói!

Antes que fizesse um estardalhaço, consegui força para segurar sua mão, ergui a outra pedindo um minuto. Mantive o foco em um ponto imaginário no teto, procurando me acalmar.
Após um tempo o ar conseguiu encontrar um caminho seguro ate meu pulmão, sem causar um latejar. Levei minha mão ate minhas costelas.
Foi um estrago e tanto, que ainda latejava, isso me deixará de molho por um bom tempo. Seus lábios gélidos tocaram minha testa e sua mão deslizou por minhas costelas, diminuindo o calor da dor. Uma boa anestesia.
Seu toque intimo trouxe lembranças, as quais nunca me esforcei para negar, esquecer.

– Durma mais, amanhã conversaremos – eu não queria que ele se afastasse. Queria seus toques, sua voz, seu cheiro.

– Fica – forcei minha voz.

vi e senti estrelas em minha garganta, minha voz parecia o rosnar de um tiranossauro em meus ouvidos, mas acho que não foi tão alto assim...
Ao menos teria que ser assim para valer pela dor que estou sentindo.

– Se prometer não falar e se mexer, eu fico. – apertei meus olhos em um sim.

Sentou mais próximo, espalmando sua mão na base dos meus seios, amenizando a ardência em minhas costelas, mas este toque trouxe mais daquela sensação. Seu cheiro já me inebriava.

– Queria te pedir para não tentar nada imprudente pelos próximos dias, Alice ainda não teve visões, mas... Aro não deixará a morte de Alec sem punição.

Eu o queria mais perto, eu não queria fingir que não sinto nada, não agora, não quando tudo era ainda mais definitivo. Minhas mãos tremiam pelo caminho que percorri em seu braço. Enlaçando sua gola, e puxando para mim. Inclinou-se, próximo de meu rosto.
A tristeza e o medo pediam passagem em forma de lagrimas. Eu queria que fosse fácil, que esse medo dele desaparecer novamente não me enfraquecesse a cada dia.
Eu o amo tanto, mas não queria me quebrar novamente, céus...
Não há o que ser quebrado, minha cota acabou. Deitou seu rosto em meu pescoço, seu rosto gélido me fazendo recobrar o juízo, parar de chorar.

Sem medo toquei sua nuca, as pontas dos meus dedos formigavam por isso, sua respiração em minha orelha. Uma coisa era certa, sempre amarei Edward. Não me manterei longe.
Não tenho forças para isso, mas não pedirei nada. Eu o amo, eu o quero. Viveria minha vida por ele, mas ele é quem sempre se afasta, como se um relacionamento o assustasse.
E não quero alguém pela metade, não quando esse alguém é quem amo com tamanha intensidade.

– Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Recitou e voltou a me olhar, nossos narizes tocando.

– Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo alem, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

– É lindo. Seu? – minha garganta latejou e me arrependi de perguntar.

– Não, mas parece ser feito para você. Todo meu amor... – seus dedos percorreram meu rosto. – Soneto do amor total de Vinicius de Morais. Escritor brasileiro.

Esses momentos são aqueles mágicos, que não precisam de palavras, aquele que apenas estar ali, junto da pessoa amada, sem palavras, apenas olhar para ele, para seus olhos âmbares faz todo sentido.
Com a pouca força que me restava, toquei-lhe os lábios. A dor que cortou minha espinha não me fez fraquejar, seu halito cobriu minha boca. Um beijo calma em retribuição.
Um beijo que demonstrava toda nossa dor, todo nosso desejo. Ele me quer tanto quanto o quero. Sua língua gelada por minha boca fazia um tremor passar por meu corpo.
Uma mistura confusa de gelo e fogo, como brasas em minhas veias. Esperando apenas um sopro, um único movimento seu para me incendiar.
Antes que houvesse chances de me acostumar se afastou. Beijou-me a testa, deitou ao meu lado, envolvendo seus braços em torno de mim, mas sem tocar, apenas cobrindo os espaços para que nada chegasse a mim sem tocar nele primeiro.

Durma, meu amor.

Sua voz sussurrada por meu ouvido, cantando minha canção de ninar trouxe o sono de volta. Preferi dormir, com a certeza que ele estaria ao meu lado quando acordasse.

Um gritinho estalou no fundo da minha mente, pisquei para me acostumar com a claridade do quarto. A porta de vidro aberta, com Pamela e Alex sentados no chão enquanto faziam caretas para Ale que libertava chiados.
Completamente interessado no que os pais faziam. Pamela veio ate mim, deitando na cama e dando um beijo na testa.

Eu deveria brigar com você por amar tanto meu filho a ponto de por a vida em risco dessa forma. Nos iríamos resolver isso...

Não iria não, ela me queria... – arrisquei sem pensar e por sorte não estava latejando como antes, apesar de minha voz sair cortada.

Olhei em volta, buscando por Edward.

Ele esta conversando com Jacob e os Quileutes. Alguns garotos estão se transformando muito novos.

Começou a mexer em uma caixa sobre o criado mudo, estendendo um copinho com um liquido âmbar, o gosto azedo escorrendo por minha garganta como água fervente removendo gordura.
 Abriu minha blusa, removendo ataduras e aplicou um spray. Gemi me encolhendo com a temperatura.

Eu não tenho 5 anos.. mamãe. – debochei.

Mas apronta como se tivesse. Fica quieta que tenho que amarrar de novo. Só estou tentando tirar um pouco desse roxo. Quem manda ser tão branca! – apenas lhe dei língua.

Edward entrou quando Pamela terminava de abotoar minha blusa. Sorriu e beijou-me a testa, sentando ao meu lado e segurando minha mão.

Charlie chegará um pouco mais de meia hora. – Alice avisou da porta, sorriu e retribui.

Então vamos lá embaixo meu lindo? – dizia Pamela em uma voz infantil, pegando ale do carrinho, enrolando em uma manta, enquanto Alex pegava o bebê conforto, piscou pra mim antes de seguir Pamela.

Bella, eu conversei com seu pai ontem, um assunto referente a você. Eu queria lhe dizer de uma vez, mas temos algumas coisas pendentes. Quando Charlie pedir pra você ir com ele, poderia pedir que eu a leve depois? Quero conversar com você. A sós.

Sua expressão concentrada, ao mesmo tempo parecia nervoso, seus olhos tremiam, se Edward fosse humano ele certamente estaria suando e gaguejando.
Acenei, eu estava com medo do que seria, toda vez que pedia uma conversa coisas ruins aconteciam ou ele me abandonava.

Alice virá lhe ajudar com sua higiene. – disse e me beijou em um casto tocar de lábios.

Assim foi feito. Alice me ajudou a ir para o banheiro. Aproveitei para medir minhas forças, movimentos bruscos eram proibidos.
Sem esquecer o desconforte de ter Alice ao meu lado enquanto fazia minhas necessidades, principalmente porque ela não se oferece para sair, não saiu quando mandei e entre fazer nas calças e ela me dar banho a fazer com ela me olhando. Não tive duvidas.
 Ajudou-me com a roupa e me pegou no colo o que foi constrangedor o bastante conseguiu piorar. Escovei meus dentes com dificuldade.

Já disse que posso lhe dar banho, já fiz isso antes.

E já foi constrangedor uma vez, não precisa ser duas. – respondo ao ser posta na cama novamente, desta vez sentada.

Minha garganta estava bem melhor, apesar de arranhar sempre.

Bem, de qualquer forma preciso lhe ensinar a esconder os roxos em seu pescoço – disse e desapareceu do quarto, voltando segundos depois com um grande estojo de maquiagem. – essas são as bases, passe essa pomada para hematomas, depois o pó do seu tom de pele.

Obrigada, Alice.

Não me agradeça ainda... – disse de uma forma diferente, havia algo entre sua frase, mas ela apenas sorriu e seguiu para a porta – Charlie já esta na sala e virá conversar com você. Mantenha a calma.

 Não passou muito tempo entre a saída da Alice e a entrada de Charlie. Achei estranho a forma que entrou no quarto. Primeiro põs apenas a cabeça dentro da porta, seu rosto se contraiu com medo.
Por um instante imaginei que ele estava nervoso por eu não estar dormindo.

Entra, pai.

Sorriu fraco, entrando envergonhado no quarto, olhando para todos os lados. Ainda em duvida sentou sobre a cama.  Sua mão correndo pela colcha, acho que poderia ouvir as engrenagens de sua cabeça.

Pai, eu estou bem... Não precisa ficar assim... só a garganta que tá doendo, mas foi por causa... de uma pancada.

Charlie balançou a cabeça, sentou mais perto e segurou minha mão com força. Seus olhos fixos em mim. Sorriu e voltou a ficar quieto.

Bella aconteceu uma coisa, não é bem uma coisa, é uma pessoa. Eu não fazia ideia, não acreditei quando soube... – ele se enrolava com as palavras na tentativa de me explicar sem me alterar, mas dessa forma ele realmente estava me deixando temerosa.

Pai, esta me deixando nervosa, vai direto ao assunto. Não há muitas formas de reagir no estado em que estou – digo acenando para minhas costelas. Charlie puxou o ar com força, olhou firme e acenou.

Você tem uma irmã.

Vocês são rapi... espera “tem” no sentido de já nascida... – a compreensão veio no meio da frase, assim como a surpresa.

Se minha mãe dissesse isso, eu acreditaria no mesmo instante, mas vindo do Charlie é difícil de acreditar.

Tá pai, não precisa de pegadinha, eu torço por vocês e espero mesmo por irmãos, apesar de não me ver como uma boa irmã ou irmã mais velha. – digo rindo, mas a cor de seu rosto sumiu.

Laura não esta grávida Bella, acho – disse pensativo.

Ok, vou fingir que não ouvi essa frase, mas porque disse sobre ter uma irmã? Esta bebendo?

Foi por isso que você tem uma – sussurrou tão baixo que fiquei na duvida se era mesmo isso que disse. – acontece que ontem, quando Edward foi atrás de você, ele encontrou uma garota que estava cuidando do Ale...

Garota cuidando do ale.

Ele não te contou?

Na verdade, eu só vi o Ale um pouco e dormi o restante – editei.

Ela é parecida conosco, com você.

Eu ouvi toda sua narrativa sobre como a encontraram, sobre o teste de DNA, sobre ela ter ido pra nossa casa, sobre o encontro marcado com a mãe dela para essa tarde.

Então? – perguntou apreensivo.

Eu estou realmente surpresa, se eu fosse uma galinha teria botado dez ovos seguidos... – tentei brincar.

E o que você acha sobre ter uma irmã, esta... decepcionada comigo?

Não, pai. É só surpresa mesmo. Ela esta aqui?

Esta. Não sei o que Edward ou Alice disseram pra ela, mas ela não parou de falar de você... – sorriu e retribui.

Eu tenho uma irmã... é estranho...

Eu vou buscá-la. – respondeu levantando e apenas acenei.

Charlie já batia na porta voltando, pelo tempo só havia ido ao corredor, vindo atrás de mão dada esta... minha irmã.
Alta, mais alta que eu, corpo bem definido os seios mais fartos, ela em si é mais farto que eu, cabelos longos, loiro. Sua pele em um tom claro, como as surfistas. Aquele bronzeado lindo.
O rosto lembrava o meu de alguns anos atrás, mesmo com corpo de mulher seu rosto continha alguns traços muito juvenis. Mas lá estava os olhos dos Swans.
O sorriso que esta em seu rosto começou a desaparecer e percebi que esta a encarando por muito tempo.  Sorri e sua expressão suavizou.
Olhei para Charlie e ele suspirava em alivio.

Oi?

Oi. Eu sou a Cindy e estou muito feliz por encontrar vocês, é tão legal não ser a única no mundo.

Pelo menos dessa vez eu acertei em alguma coisa...

Cindy abraçou Charlie, ela parecia realmente feliz por ter Charlie na vida dela.

Eu não sei nada sobre ser irmã, então... – eu realmente não sei como agir – eu vou precisar me acostumar.

Não tem problema, aprenderemos! Vou tentar não ser a mais chata das irmãs.

Então podemos ir pra casa, certo? – Charlie pronunciou tentando disfarçar a vergonha.

Eu acho que sim, Carlisle ainda não falou nada.

Então eu vou chamá-lo, vou prometer cuidar de você e rapidinho ele deixa – disse de uma forma que só faltou pular, perigosamente parecida com Alice.

Acho que ela é irmã da Alice, isso sim!

Fico feliz de estar tudo certo por aqui, não sei como será quanto a mãe dela. Ela estava furiosa no telefone, ela esta vindo de Maine.

Maine, do outro lado do país? Nossa!

Pois é, apesar da forma com que aconteceu não ter sido as melhores, ao menos serviu para encontrar a Cindy.

Por isso precisa conhecer outros lugares alem de rios e represas de La Push, pai.

Carlisle subiu com Edward ao lado, tateou minhas costelas e viu minha garganta.

Nada que repouso, movimentos leves e muito liquido não resolva!

Então já vamos, e mais uma vez obrigado, Carlisle.

Eu gostaria de falar com a Bella por um instante, senhor Swan.

Por um momento imaginei que Charlie arrancaria a cabeça de Edward que apenas sorriu fraco, constrangido e veio ao meu lado.
Carlisle deixou uma cadeira de rodas ao lado da cama, Edward enlaçou minha cintura com cuidado, colocando-me na cadeira.

Vamos... vamos, pai. – Cindy arrastou Charlie para fora do quarto.

Eu deveria esperar mais para dizer isso, quando você estive bem, mas Alice viu que será impossível eu conseguir outro momento como este quando você estiver com Charlie.

Edward puxou minha cadeira, colocando-me de frente para a cadeira que havia no canto do quarto, sentando e nos deixando ao mesmo nível.

Bella, eu não sei mais o que dizer. Eu quero acreditar que o que aconteceu ontem foi porque tomou uma decisão, mas tambem estava sob pressão com tudo o que aconteceu. Eu não voltarei a tomar qualquer decisão que lhe envolva ou não sozinho.

Edward...

Me deixe falar, por favor. Eu sou um vampiro, mas isso não apaga o humano que fui ou faz com que eu não cometa erros, a prova é que venho cometendo muitos nos ultimos anos. Eu sempre pensei que se acontecesse de me envolver, de ter uma parceira que ela fosse uma vampira, eu não me via transformando alguém, tirando dessa mulher o que eu quero pra mim. Se eu soubesse de alguma possibilidade de me tornar humano pra você, eu faria no mesmo instantes, mas isso não é possível. Chegamos a um nível que amar machuca, não amar mata.

Suas palavras me desestabilizaram, ele dizia justamente o que eu queria ouvir.

Você sempre buscou ser o mais perfeito e correto comigo e vê-lo cometer tantos erros... parecia não ser você, como se esperasse que eu desistisse de estar ao seu lado.

Muitas vezes eu esperei que me pedisse pra esquecê-la, para não me aproximar, talvez assim eu aceitasse a distancia. Só quero que, após tudo o que passamos possamos continuar juntos, nos corrigir juntos. Eu quero uma vida ao seu lado. Eu quero fazê-la minha esposa. Isabella Swan, você me aceita? Aceita se casar comigo?

Edward, casamento é coisa seria. Uma vez casados não poderá me abandonar no primeiro perigo que tivermos, principalmente com a luta contra os Volturi.

Eu não tenho medo de viver a eternidade com você, eu te amo.

Eu não conseguia acreditar, talvez eu estivesse arrumando desculpas, mas ele não esta falando serio, só esta com medo, preocupado com o que acontecerá com os Volturi.
Eu nunca pensei em me casar e bem, apesar disso. Acredito que casamento seja pra uma vez. Me vejo tendo uma vida ao lado dele, mas não cederia assim tão fácil, poderia ser só o desespero.
Quando ele passasse eu seria abandonada no altar e todos pensariam coisas terríveis de nos, de mim.

Acho que esta se antecedendo...

Não, eu te amo e deveria ter feito isso antes.

Quando todo o transtorno, toda a pressão pela luta contra os Volturi passar se você ainda pensar em casamento, nos conversaremos.

Compreendo que não acredite na veracidade do meu pedido, mas eu vou esperar. Não precisa me responder agora. Estarei esperando sua resposta, demore o tempo que durar! – sussurrou com seu rosto próximo ao meu, beijou minha bochecha.

Sua caricia foi lenta, um caminho suave ate minha boca, uma beijo lento. Um limpar de garganta nos fez afastar.

Acabou o tempo, garoto. Vamos, Bella. – disse segurando minha cadeira e manobrando.

Nas escadas os dois ajudaram a me descer, na sala apenas os Cullen e Laura que segurava um Ale sonolento.

Tomem café? Bella ainda não comeu nada. – pediu Esme.

Já deixamos tudo pronto. – respondeu Laura.

E eu prometi que vou cuidar dela.

O caminho de volta pra casa foi em silencio, como se soubessem que algo importante foi a pauta da minha conversa com Edward.
Cindy sorria e por seu comportamento esperava uma permissão para me fazer perguntas das quais senti que não gostaria de ouvir.
Quando Charlie estacionou o carro de Laura, vi jake sentado na varanda, Cindy ajudou a remover o Ale da cadeirinha, enquanto jake me retirava do carro.

Oi, gata.

Oi, vocês pegaram leve com o Paul?

Ele teve um tratamento vip, sabe como é, nos curamos rápido – disse debochado.

Jake...

Se você deixar ela cair eu te mato, Jacob.

Com esses braços fortes, duvido. – disse Cindy e jake olhou para ela e foi como se ele não estivesse mais ali.

Seus braços tremiam, seus olhos fixos em Cindy. Ela corou e afastou o olhar, mas jake continuou. Suas pernas fraquejaram.

Jake?

Eu... – sua voz saiu baixa, seu olhos voltaram aos meus. Eles estava diferente. Com dor. – eu tenho que sair daqui agora, eu prometo que volto.

Você...

Não permitiu que eu terminasse de falar, seguindo ate Charlie que abria a cadeira e me pôs nela, beijou minha bochecha e se afastou. Correndo ate seu chevet.

Ei, garoto? – Charlie tentou chamar, mas não adiantou. – o que deu nesse garoto?

Também não entendi, ele olhou para a Cindy como se estivesse vendo um fantasma, sei lá. – Laura respondeu.

Eu falei algo errado? – Cindy me perguntou.

Não, acho que eu sei o que é. Você não fez nada de errado.

Ate porque é a certa.
Cindy é a imprinted do jake.

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