quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

MV- Capitulo - 6

                         
           
                                           Se eu tivesse oportunidade eu faria

 Estava delicioso! – digo após terminar com tudo que estava em meu prato – andou assistindo muitos programas culinários! – Edward mantinha um grande sorriso.
Para meu total espanto, Edward não tentou em momento algum saber o que foi conversado na reserva. Não sei se Alice deixou algo escapar por sua mente, mas a mim nada foi perguntado ou insinuado.
Alice me arrastou para o seu quarto, onde eu tomei um banho e enquanto me secava e me vestia ela também se lavou. Algo sobre removermos o fedor de lobo de nossos corpos e já saiu arruma com minha muda de roupa e as suas no cesto, quando desci pude sentir o cheiro de queimado. Alice sempre exagerada e com mania de achar tudo descartável.
 Acredito que se eu somar todas... daria mais de uma década –brincou, tocando meu rosto.
 Vou mantê-lo longe da cozinha e da TV a partir de agora, não quero estar gorda no vestido – brinco beijando-o. – então... qual era a surpresa?
 Vamos ao meu quarto – removeu a louça em sua velocidade de vampiro, quando terminei de me por de pé, ele já estava colocando o prato no secador e voltava ao meu lado, me estendendo a mão.
 Eu preciso escovar os dentes – digo abraçando seu dorso.
Quando abriu a porta notei que não era a mesma, esta era mais grossa e quando fechou em nossas costas, o quarto havia recebido uma camada, uma espécie de revestimento acústico, eu acho.
O quarto também estava ampliado, as duas paredes de vidro desapareceram, dando lugar a de madeira, uma porta larga, com uma parte em vidro, olhei por ela e era mais um cômodo, divido com portas grande de vidro, parecia uma banheira e o outro uma sauna.
Voltei a olhá-lo, Edward estava sentado sobre a grande cama com uma expressão suave, voltei para seu lado, sentando em seu colo, pondo minhas pernas em volta de seu quadril.
 Eles não podem mais nos ouvir?
 Se estiverem prestando atenção... talvez, mas eu testei com o Ale e não pude ouvir seu coração na mesma altura, apesar de ler a mente dele e de Pamela.
 E a sauna e a jacuzzi? – sorri maliciosa.
 Eu preciso me adaptar e pra isso, não posso lhe congelar, optei por enquanto pela sauna e jacuzzi.
 Não precisava destruir seu quarto.
 Não destruí, apenas ampliei, agora temos dois cômodos adicionais e dificilmente os outros nos ouvirão. Queria que não ficasse corada toda vez que sairmos do quarto. – disse brincando com uma mexa do meu cabelo.
 Vamos usar qual agora?
 Agora vamos esperar um pouco, acabou de se alimentar.
 Isso me lembra de escovar os dentes! – digo levantando rápido e correndo para o banheiro.
Quando voltei ao quarto Edward estava deitado descalço e havia removido a blusa de manga longa, seus braços flexionados atrás da cabeça e a TV ligada em umfilme antigo. Pisei na parte de trás do meu tênis, removendo-os com agilidade. Removendo minha blusa junto e ficando com a blusa fina de alça.
Moveu os olhos escondidos superficialmente pela grossa camada de cílios, mas nada falou, subi engatinhando na cama e me aconchegando ao seu dorso malhado. Moveu o braço para me circular e apertou um controle que minutos depois descobri ser o aquecedor.
Edward é um excelente ator, pois manteve seu interesse no filme, mesmo quando infiltrei minha mão por sua camiseta, tocando os fios que corriam por sua barriga, subindo pelo umbigo e arranhando seus cachos no peito, eu queria tocá-lo, beijá-lo e ele mantinha a respiração normal e atenção no filme.
Voltei minha atenção para seu rosto, sorriu e voltou a olhar o filme, suspirei vencida caindo sobre seu braço, o quarto já estava quente e sua temperatura era uma grande ajuda, mas eu realmente sentia calor por meu corpo.
Ameacei resmungar para abaixar o aquecedor, mas sorri tendo uma ideia melhor, fui ao banheiro e com cuidado abri o fecho da minha calça jeans, descendo cuidadosamente por meu corpo, o banheiro também estava aquecido.
Voltei apenas de camiseta e calcinha, não olhei sua reação, apenas deitei, usando seu braço como travesseiro. Ainda me esforcei a acompanhar o filme ou ao menos fingir que sabia o tema, mas essa brincadeira me deixou com sono.
Virei às costas, meus olhos pesando. Ainda pude sentir a mudança de seu peso sobre a cama, ele estava de lado apreciando a visão. Seu riso chegou baixo ao meu ouvido. Contornou seu corpo sobre o meu e cantou minha canção de ninar.
Quando meus olhos abriram, não foi Edward que vi e sim Alice, sentada na ponta da cama, sentei buscando por Edward.
 Ele não esta aqui, resolver caçar um pouco, será rápido. Você dormiu por uma hora.
 O que é isso? – perguntei quando me entregou uma bolsa.
 Ai esta o que vai precisar para a jacuzzi e para a sauna, já entreguei tudo o que Edward precisa. Fique quieta das primeiras sessões, digamos assim. Depois faça o que quiser.
 Você viu alguma coisa? – Alice pareceu pensar um pouco, mas acenou.
 Você com uma grande marca roxa e Charlie vindo atrás do Edward.
 Ah, bem... Isso é o mínimo que pode me acontecer, certo?
 Sim, a melhor das hipóteses, mas foi justamente para evitar isso que ele aceitou o treinamento. – disse rindo ao usar a palavra que usei com Edward.
Voltei minha atenção para a bolsa e nela havia embalagens de biquíni, etiquetados por região. Europa: apenas a parte de baixo, uma calcinha estilo suquini curta. America: as duas partes, grandes e Brasil: as duas partes e minúsculas.
 Aconselho a começar com esse – disse erguendo o biquíni brasileiro, seus olhos perderam o foco por instantes – sim, use esse, mas não tome iniciativas. Apenas sinta, diga o que quiser, mas não o ataque.
 Tudo bem, ele esta sendo bonzinho, então vou me comportar.
 Sim, muito bonzinho. – disse rindo e levantando – vá se arrumar. Ele chega em 10 minutos.
 Ok! – digo levantando e lembro que ainda estou pouco vestida e corro para o banheiro.
Abri a embalagem com calma e removi a peça, a parte de cima de curtininha, minúsculo, mas senti vergonha da parte de baixo, como as brasileiras usam isso em publico? Uma lingerie cobre mais do corpo que isso! Suspirei tirando o que sobrou de minhas roupas e vestindo aquilo.
Em meu corpo foi como se ela tivesse diminuído ainda mais, se isso for possível. Borboletas dançavam com varias aves em meu estomago, minhas pernas tremiam subindo por minha barriga e meu coração batia acelerado. Seria outro principio de ataque de pânico?
 Bella? Esta bem? – Edward perguntou batendo na porta.
 Eu estou, já vou sair. – digo respirando fundo e seguindo para a porta.
Edward estava em pé em frente a porta, seus olhos foram se abrindo, mais e mais a cada segundo, completamente em choque, suas mão subiram para os cabelos, umedeceu os lábios, mordendo em seguida.
 Preciso... pegar.... uma bolsa que Alice me deu – disse gaguejando.
 Eu espero aqui – digo caminhando em sua direção, me inclinando e beijando-o com cuidado.
Libertando-o e seguindo para a porta de madeira da sauna. O reflexo do vidro me permitindo ver seus olhos em meu quadril e a baixo. Edward permaneceu por muito tempo dentro do banheiro, sentei na cama tombando meu corpo sobre o colchão e esperei, mas ganhei um premio merecido quando saiu.
Com apenas uma toalha pequena enrolado na cintura, foi exatamente assim que Edward saiu do banheiro, me ergui com calma enquanto meus olhos esquadrinhavam cada mínimo detalhe, o tecido da sunga aparecendo na lateral, em sua mão um vidro pequeno.
Ergui-me com cuidado, não conseguia confiar em minhas pernas que tremiam com as batidas enérgicas do meu coração. Nossos olhos não se desviaram, até que toquei sua barriga, Edward deu um passo à trás, seu peito se erguia com a respiração forte.
 Não tenha medo – digo me aproximando mais, com minhas mãos espalmadas por sua barriga, subindo pelos fios em seu peito, limpou a garganta.
 Vamos?
Sorri acenando, escorrendo meus dedos por sua palma. Abriu a porta após mexer em uma válvula. Por dentro havia outra porta, uma divisória em vidro grosso separando a sauna da jacuzzi. Abriu esta porta, entrei sentando no largo banco de madeira.
Edward segurou a barra de sua toalha e permaneceu pensativo por alguns segundos, para enfim remover e descansá-la na ponta do banco. Pude me deslumbrar com seu corpo, com uma sunga em um tom escuro de verde, deixando as pernas grossas à mostra com poucos fios cobres e dentro da sunga um enorme volume.
Meu rosto queimou com o sangue em excesso e meu coração falhou duas batidas seguidas e acelerou. Seus olhos pousaram em mim e sorri afetada, sentou ao meu lado com o vidro em mãos.
 Eu vou passar esse óleo por seu corpo, uma forma de medir a força que devo usar, preciso que fique quietinha.
 Eu vou me esforçar – suspirei.
 Deite, eu vou começar por suas pernas – meneei confirmando e deitei, deixando minhas pernas sobre seu colo.
Com lentidão Edward abriu o vidrinho e despejou um pouco do conteúdo em sua palma, esfregando para em seguida passar por meus pés, a pressão era pouco, mas o suficiente para gerar uma onde de calma sobre meus nervos, respirei fundo sorrindo e fechando os olhos.
Seus dedos gélidos subiram por minha panturrilha, sua forma de me tocar, a pressão exercida era mínima, de uma forma natural, que me deixava confusa sobre seu medo em me tocar, Edward sabia o que estava fazendo.
Ao terminar a massagem ate a dobra do meu joelho ele fez o mesmo processo com a outra perna, abri meus olhos e seu olhar estava em meu rosto, sorri piscando, ele sorriu movendo a cabeça em negativa.
Se ergue arrumando minhas pernas sobre o banco e ajoelhou ao meu lado, derramou um pouco do liquido novamente e começou a passar por meu joelho, subindo por minha coxa, ergui a perna lhe dando liberdade para tocar a parte interna.
Quando terminou com minhas pernas a sauna já estava carregada de vapor, meu cabelo molhado, grudado em minha nuca enquanto suor descia por minha testa. Suas mãos gelados por minha barriga e cintura aliviavam, mas também cresciam ondas de calor, meus seios arrepiados, os mamilos rígidos.
Em poucos instantes meu corpo estava novamente tenso, mas deste vez foi pior, eu estava tensa e excitada. Minha respiração acelerada acompanhando meu coração, tudo em minha exigia retribuir, tocá-lo, senti-lo. O aviso de Alice era a única coisa que me mantinha firma, fechei os olhos e minhas mãos em punho.
 Bella? – chamou com carinho e um gemido escapou, suas mãos pararam – eu te machuquei? – perguntou preocupado, apenas acenei por medo de perder o controle – diz o que aconteceu?
 Você. Eu estou tentando não tocá-lo, quando é tudo o que eu mais quero. – sussurro.
O inicio de sorriso surge em seus lábios, com o polegar faz carinho em minha cintura e com a outra mão toca minha testa removendo um pouco do suor e clareando meus pensamentos. Com movimentos metódicos e extremamente lentos ele se aproxima beijando minha testa e tomando meus lábios em seguida.
Sua língua ainda mais gélida por causa do calor que corre por meu corpo. Minhas mãos já corriam por seu braço, enredavam por sua nuca. Meus hormônios gritaram e já me erguia, simplesmente jogando-me sobre ele, sentando em seu colo e aprofundando o beijo recebendo muito em troca.
 Bella? – chamou tentando quebrar o beijo, mas só fiz descer por seu pescoço. O vento forte e então estava sobre o chão, sua mão prendia meus pulsos sobre a cabeça – no meu ritmo, lembra?
 Eu não vou pedir desculpas por isso. Eu estou em chamas e não é culpa da sauna.
 Já estamos tempo suficiente aqui, você esta muito corada. Não quero que passe mal – mudou o assunto.
 Por favor?
Seus olhos dourados sobre os meus, pensativo. Analisando se eu sou confiável ou não. Mais alguns segundos e surgiu a certeza em seus olhos. Suas mãos seguraram as minhas sobre minha cabeça, cobrindo meu corpo com o seu.
Meu coração galopou e gemi sentindo sua temperatura, seu corpo sobre o meu, nossas peles tocando de uma forma quente, combinando o beijo. Movi meu corpo de encontro ao seu, nossas pélvis vibrando com o contato.
Afundei meus dedos entre os seus, apertando com toda minha força, sons fracos e gemidos escapavam todas as vezes em que tentei respirar. Eu não me importaria se todos ouvissem, desde que eu tivesse mais de tudo isso.
Se estou assim com simples caricias, talvez eu desfaleça quando finalmente me entregar a ele. Sua mão desceu por meu quadril, meu ventre pulsava doloroso e já me encontrava rebolando, um ponto em meu centro exigia alivio.
Um rosnado escapou de Edward enquanto moveu sua ereção em mim e algo aconteceu, uma tensão cobriu meu corpo, principalmente da cintura pra baixo até uma dor aguda se tornar prazer e não tive mais ar.
Meus olhos abriram para um quarto pouco iluminado, eu estava na cama de Edward. Girei encontrando Alice sentada na cabeceira ao meu lado, seus dedos corriam sobre um tablet.
 O que aconteceu? – perguntei recebendo de Alice um sorriso.
 Você desmaiou. – disse e sorriu diabólica – o calor da sauna e o seu... orgasmo causaram uma pane no seu organismo. Você dormiu por mais longas duas horas o que nos deixa com meia hora para cuidar do seu vestido de noiva, antes que Charlie exija sua presença em casa.
 E Edward?
 Esta destruindo alguns hectares com Emmett. Ele quase enlouqueceu quando desmaiou, pensou que tinha te matado. Sempre exagerado. Como se eu não fosse ter essa visão a tempo!
 Ele esta bem?
 Sim, Bella. Eu mostrei como acordaria. Agora lave seu rosto, vou buscar o vestido.
Quando levantei notei que vestia uma blusa de Edward, mas não estava com o biquíni. Completamente nua sob a blusa, será que ele removeu o biquíni úmido? Sacudi-me mentalmente e segui para o banheiro, minha roupa dobrada na pia, com preguiça removi sua blusa e entrei na ducha morna.
Quando sai do banheiro Alice estava com um saco plástico enorme em mãos, abriu o zíper com cuidado e tirou um tecido branco. O meu vestido de noiva, aproximei olhando os detalhes em perola e renda, tão delicado e lindo.
 E então?
 Ele é lindo.
 E não morde, pode tocar – disse pondo o vestido em minha frente.
Olhei o reflexo, deslizando a ponta dos dedos sobre o tecido, sentido a suavidade, a renda e os detalhes em perolas. Um pequeno pedaço do inicio do paraíso, como se a batalha daqui a alguns dias não fosse existir ou que todos voltariam inteiros, em um clima de felicidade selado por meu casamento com Edward.
 Eu só tenho medo de estragar, da renda agarrar na minha unha e destruir sua obra.
 Não vai, alem de que terei tempo para arrumar qualquer detalhe. Ele esta do jeito que você queria?
 Sim, Alice. Esta lindo, perfeito para o noivo da década de 20 que eu tenho. – digo virando e a abraçando com cuidado para não amassar o meu vestido.
 Sim, para o Edward eu sei. Quero saber se ele é perfeito para você?
 Sim Alice. Ele é perfeito.
 Já pensei em cada detalhe, mas falta sua aprovação. Disse que queria escolher – disse dando de ombros, guardando o vestido – aqui, tudo o que pensei para a festa – disse me entregando o tablet. – eu precisei me manter ocupada por esses dias e como não pude manter distancia com Jasper.
A primeira foto era de arranjos de flores, a arrumação e distribuição das mesas, dois modelos de bancos feito em madeira, um pequeno altar com madeira entalhada com o brasão Cullen. Decorações que remetiam ao século passado. Alice pensou em cada detalhe e eu me apaixonei por cada um deles.
Conversamos sobre mais alguns detalhes após ela esconder o vestido em seu quarto, deitada na cama disputando um espaço para ver algo em seu tablet, foi desta forma que Edward nos encontrou, seus passos lentos. Os olhos corriam estudando cada parte minha.
Sorri sentindo meu coração galopar, esquecendo Alice e preparativos, me ergui rápido e corri para seus braços, tomando impulso e pulando em seu colo.
– Você demorou – digo sorrindo me apertando em seu colo.
– Fui ameaçado, você esta bem?
– Você me faz bem!
– Já que estou cruelmente sendo ignorada, vou me retirar. Charlie vai ligar em 15 minutos. – disse Alice teatralmente.
Olhei seus passos, esperando até que ela passasse pela porta. Voltei minha atenção para Edward, tomando seu rosto entre minhas mãos. Um sorriso que poderia rasgar meu rosto tomou conta de minha face.
– Você é ainda melhor do que imaginei, eu não sinto dor alguma. Só acordei desorientada por não ter você ao meu lado. Então não começa com lastimas por achar que me fez algum mal – disparo para evitar suas negativas.
– Quando vi você desmaiada, seu coração em um ritmo estranho...
– Foi tudo intenso para que eu entendesse o que aconteceu, mas Alice me explicou... – seus dedos tocaram meu rosto em uma caricia suave –alguém viu meu estado, alem da Alice?
– Eu pedi pra Carlisle examinar seus batimentos.
– Ele me viu daquele jeito? – pergunto sentindo meu sangue se agrupar em minha bochecha, Edward crispou as sobrancelhas e seus lábios enrugaram em um biquinho.
– Jamais permitiria que outro lhe visse nesses trajes. Nunca. – sua voz soando grave, possessiva.
– Então... como eu fui parar nua só com sua blusa?
– Eu coloquei em você e depois tirei o biquíni, com cuidado para não...
– Eu sou sua futura esposa, poderia ter olhado, se eu tivesse oportunidade eu faria... – digo rindo e ele sorri envergonhado.
– O que houve com você? Vou te levar pra casa, antes que Charlie ligue. – mudou a conversa me pondo no chão e me levando para fora do quarto.

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