domingo, 18 de outubro de 2015

MVA - Capítulo - 17

Fase 2: Eu sabia
 Assim esta melhor! – Rosalie gracejou após finalizar o coque alto e firme.
Tentei sorrir, mas provavelmente uma careta surgiu, ergui o rosto de encontro ao sol, com um short curto e blusa de alça fina fui arrastada a pequena sacada no alto do sótão. Os raios não eram fortes o suficiente para me queimar, mas fariam bem a minha nova condição.
Minha pele extremamente branca, tornava-se translucida a cada dia, conseguia ver detalhadamente minhas veias, assim como a fraqueza por meu corpo retirava a vontade de andar ou fazer qualquer coisa dentro e fora da casa. Mas a ultima parte prefiro manter pra mim, ao menos até Edward voltar.
Desde a partida de Carlisle, Edward, Alice e Jasper, Rosalie se esforçava para me tranquilizar. Eu não gostei da escolha, vê-los partir, sozinhos novamente, para Volterra me trouxe a velha agonia. Mas ao que parece, todos acreditam que esta era uma forma de mostrar respeito por Marcus em sua nova condição e claro, demonstrar o quanto precisávamos deles. E confiávamos em seu julgamento, o que não era uma verdade.
Marcus é diferente de Caius e Aro, mas entregá-los, porque era isso que me pareceu, não foi uma boa decisão.
 Pare de se preocupar, Bella. – sussurrou e senti o cheiro de esmalte pinicar meu nariz.
Com passadas em sua velocidade vi minhas unhas ganharem tons suaves de vermelho, com um pincel fino, o desenho de um leão tomou forma em meu indicador.
 Vou tentar apreciar seu desempenho de manicure enquanto Carlisle, nossos irmãos e o meu marido vão para uma viagem da qual podem não voltar – sussurro.
 Não seja pessimista, Carlisle já lhe contou como Marcus era e agora que esta com Irina...
Essa era outra parte da qual não acredito, suspirei. Edward mentira durante a lua de mel, viajar para Noronha era apenas uma nova forma de me manter no escuro do que acontecia em seu mundo, que agora é meu, ele conversava com Carlisle e Esme que estavam em Volterra.
Com a queda de Aro, Marcus foi inteligente, transformando o mundo vampiro em uma democracia ou algo mais próximo de uma. Já que tudo continuaria sendo reportado para ele e a guarda Volturi permanecia. A diferença estava em que muitos vampiros seguiam por suas próprias vontades para servir a guarda.
Edward estava por lá á três dias, três dias em que tive apenas duas ligações, deitei sobre o colchonete fino e tentei ignorar minha preocupação, o piso de madeira gemeu algumas vezes.
 Vou buscar sua vitamina verde.
 Tá.
Estranhei o piso voltar a protestar, Rosalie é uma vampira, abri os olhos em direção onde ela estava e apenas encontrei Cindy já sentada. Seus cabelos presos em uma trança de lado, alguns fios caiam soltos por seu rosto corado, os olhos baixos.
 Oi?
 Oi. – suas expressões denunciavam a vergonha. Suas mãos agitadas, girando os dedos entre eles, respirei fundo, sentando de frente – obrigada por avisar ao Edward a tempo.
Cindy fungou se erguendo e jogando seus braços por meus ombros em um abraço apertado. Um abraço que demorou minutos, até ela se acalmar e afastar um pouco, sentando sobre suas pernas, segurando minhas mãos.
 Eu não sei o que fazer, eu queria ter vindo antes... essa situação toda... eu sei que não atende as ligações do jake, ele tem medo de vir...
 Eu não quero falar sobre isso. – Cindy fungou limpando o rosto das lagrimas.
 Ele só esta confuso e assustado, ele não te quer mal, não quer mal ao bebê.
Recusava-me a pensar sobre as atitudes de Jacob, completamente magoada e decepcionado evitei qualquer contato. Esta será uma ferida que mesmo criando casca, estaria ali, uma cicatriz. Eu poderia relevar esse falta daqui há anos, mas sabia de alguma forma que nossa amizade não seria a mesma, nunca mais.
Um amor de dias contatos, e isso doía.
 Eu cuidei de Ale por meses e ingenuamente imagina saber o que uma mãe sente, mas quando descobri que serei mãe, que tenho uma pedaço meu e do Edward crescendo aqui. Vi que apesar de amar incondicionalmente o Ale, jamais chegou perto da dimensão do que sinto pelo meu bebê.
Com olhos tristes, Cindy permaneceu alguns segundos mirando minha barriga, até voltar a fungar, sorrir complacente. – eu sei que vamos dar um jeito nisso. Jacob se sente mal por não conseguir pensar em uma solução, mas teremos tempo...
 Como esta Charlie e Laura? – resolvi mudar de tópico. Realmente não queria discutir sobre isso.
 Puro sorriso, papai tem chegado cedo todos os dias, se limitou a assistir os campeonatos mais importantes para poder conversar mais com a Laura e comigo. Eles pensam que me enganam, mas eu escuto os passos da Laura escapulindo para o quarto dele todas as noites... – sorriu realmente feliz por nosso pai – é engraçado, se eu me esforçar ainda dá pra ouvir resmungar algo como “como eu vou ter moral com minhas filhas desse jeito, mulher”
Rimos, Charlie nunca soube como reagir aos meus ataques “aborrecentes”, seria pior com Cindy. Os galhos das arvores próximas balançaram com brusquidão antes de um vento frio lamber nossos rostos.
 Vamos descer. – pedi olhando para o céu que antes era azul.
Cindy permaneceu por algumas horas antes de voltar para casa. Sentei debruçando meu peso sobre a bancada da cozinha enquanto assistia Esme cozinhar. Desde o almoço do dia anterior nada solido permanecia em meu estomago. Estava surpresa pela vitamina verde ter ultrapassado esse limite e persistir, mas precisava de outro alimento antes que me sentisse enojado pelo liquido milagroso.
Minhas narinas inflaram quando o bife estalou sobre a frigideira, minha boca salivou e meu estomago roncou, Esme virou o bife e gemi. – por favor, Esme. Eu quero esse bife...
 Não esta bom ainda...
 Não tem problema, eu como assim.
De olhos fechado apreciando o aroma de bife cortei o primeiro pedaço e levei a boca, um gosto diferente tomou minha língua, algo metálico. De alguma forma consegui cortar mais um pedaço generoso e levar a boca.
O gosto metálico mais forte e consegui sentir seu percurso por meu corpo, sorri ao sentir que minha alegria chegou ao bebê, seu leve toque em meu ventre pode ser sentido. Abri os olhos sorrindo para Rosalie que me encarava de sobrancelha erguida.
 Desculpe – pedi limpando a gordura que escorreu do bife.
Quando ergui os dedos em busca de um guardanapo o liquido vermelho cobria meus dedos, olhei para o meu prato, o bife com apenas uma fina crosta dourada e completamente cru por dentro, escorria sangue umedecendo todo o prato.
A visão ou o cheiro não me afetaram, afastei o prato absorvendo os resultados, mas meu estomago não pareceu se afetar, me limpei e aguardei que Esme terminasse o jantar.
Um toque suave em meu rosto causou ondas de arrepios por todo meu corpo, seus olhos dourados entraram em foco, ergui a mão com pressa para lhe enlaçar o pescoço, mas a manta grosso atrapalhou e recebi o sorriso que eu precisava.
 Você esta bem? – suas sobrancelhas crisparam e seus braços me confortaram em seu colo.
 Eu que deveria perguntar, esta mais pálida.
 Eu estou bem – ergui meu corpo mole pelo sono até sentar e deitar minha cabeça em seu ombro – esta complicado manter alimentos aqui dentro. Como foi lá?
Em momento algum dissemos em voz alta sobre a viagem aos Volturis, e entendi que a matilha poderia estar espiando.
 Aparentemente bem, teremos noticias em alguns meses. – sussurrou em meu ouvido.
O simples roçar de seu nariz em minha orelha trouxe a saudade de sentir seus toques, seus beijos, inexplicavelmente todos os problemas e mal estar ficaram presos no fundo da minha consciência, enquanto o desejo me explodia.
Sua testa enrugada, sabia que Jasper estaria por perto, enviando descaradamente meu histórico sentimental para ele. E pela primeira vez, eu não me importei. Escondi meu rosto em seu peito, sentindo a pele ferver.
Com um beijo em minha testa caminhou para o nosso quarto, estranhei quando Rosalie não interferiu ou nos seguiu. Estar novamente em nosso quarto, sobre a cama com Edward me trouxe boas lembranças, seus toques e afagos me davam a liberdade de tentar.
Beijei a pele fria de seu pescoço antes de infiltrar minha mão por sua blusa, sentindo os fios sobre seu abdômen.
 Precisa descansar – avisou restringindo minha mão.
 Eu preciso de você – sussurrei o mais baixo que poderia.
 Temos que cuidar do seu estado.
 Eu estou bem.
 A casa esta com 8 vampiros com super audição.
Este era um caso a pensar, mas o meu desejo falava mais alto, sentei sobre seu corpo, tocando seu pescoço, a maceis de seu cabelo, seu cheiro. Eu não me importaria se um exercito de vampiros estivesse na sala.
Eu nunca saberia se todo o cuidado ao nos tornar um, a me guiar, a pressão exercida entre nossos corpos era apenas mais um de seus cuidados exagerados comigo ou medo sobre o bebê me machucar, eu não buscarei essa resposta. Apenas o sorriso e o brilho em seus olhos eram o bastante. Por enquanto.
Acordar novamente em seus braços livres de qualquer vestimenta trouxe a lembrança doce dos primeiros dias. A esperança revigorada. Toquei meu ventre sentindo uma minúscula ondulação.
 Esta doendo?
 Ele não me machuca...
 Ainda.
De frente, atenta aos seus movimentos e suas expressões pude ver que escondia algo, algo que lhe trazia dor – o que descobriu?
 Nada.
 O que descobriu sobre a gestação, Edward?
 Eles crescem sugando a força das mães, rasgando-as. É isso que o feto fará. Supondo que vá sobreviver tanto. – não me olhou ao dizer a ultima parte.
 Nos vamos dar um jeito. Você não tem fé alguma em mim. Não consegue ver que mesmo humana, eu posso ser forte. – toquei meu ventre suspirando cansada, eu sempre tinha que provar tudo para que ele acreditasse – nos vamos mostrar a você.
E eu tive que me provar, aquela semana foi o inicio do meu inferno. Segundo Carlisle eu estava prestes á completar 14 semanas, minha barriga misteriosamente começou a apontar, Alice exigiu sessões fotográficas e não me importei.
Quando Cindy voltou a nos visitar, fora apenas para nos trazer uma noticia preocupante. Charlie exigia minha presença e sem escolhas usamos as primeiras fotos tiradas por Alice e manipuladas para convencê-lo que eu estava em alto mar com Edward.
Esse foi apenas o inicio de uma mentira. Não me assustei quando Alice me arrastou até a garagem e vi uma das paredes coberta com Chroma Key. Apenas respirei fundo, sentando sobre o banco confortável e deixei que me maquiasse.
Quando essa decisão foi tomada, houve outra que eu não esqueci. Caminhei devagar, minha cabeça leve e pupilas ardendo pelos flashes disparados por Alice. O som da gargalhada infantil me guiou até a cozinha.
Admirar minha amiga com seu filho tornou-se um espetáculo. Todos davam uma pausa para assistir a interação. Ale estava sentado sobre a mesa de vidro, atento a canção infantil que Cindy fez questão de memorizar. Às vezes batia as mãozinhas nos braços que o firmavam.
 O que faremos? – murmurei sentando ao seu lado e tocando os fios arrepiados do meu afilhado.
 Nos conversamos muito, durante muito tempo. Não sabemos se poderá dar certo, se a decisão trará traumas ao Ale...
 Se o deixarmos com Charlie e Laura, tenho a certeza que será bem cuidado, mas...
 Eu quero cuidar do meu filho enquanto posso. Talvez até os cinco anos... será o máximo que poderemos.
 Teremos que cortar todo o vínculo... – por em palavras o que vinha imaginando doeu.
Eu não me via sem Charlie, sem Ale, mas com meu bebê eu teria que cortar vínculos. E só teríamos Charles Alexander por no máximo 5 anos.
 Emmett e Alex tiveram uma ideia, mas Carlisle e eu não sabemos o que ela pode causar no emocional dele.
Seus olhos já estavam vermelhos pelo choro contido – e qual seria?
 Somos uma família enorme, agora. Quando nos mudarmos novamente, chamaríamos muita atenção se morarmos juntos. Com novos documentos poderíamos ter uma casa nossa para cuidarmos de Ale o máximo possível. Quando ele começar a perguntar e a notar nossa temperatura teríamos que cortar a ligação. E é nesse momento que entra a ideia deles, como eu sou biologicamente parente do Emmett, ele passaria a usar o sobrenome de batismo, Ale seria entregue para ele e Rosalie cuidarem quando nós não sobrevivermos a um acidente.
 Ele continuaria com as perguntas...
 Sim, mas não seria tão dependente de cuidados com contato direto.
 E então tudo aconteceria novamente... entendo o que quer dizer. Eu me sentira mal se toda a família que cuidasse de mim morresse...
 Exatamente. Isso me preocupa, mas talvez Rosalie possa usar outra desculpa e ele só passe a viver com Carlisle e Esme...
 Eu sempre vou apoiá-la, minha amiga – toquei a bochecha corada de Ale que enlaça meu dedo e tenta levá-lo a boca para morder – não pode, meu amor. Mas esta esquecendo de algo, Pamela. Ele tem avós que o amam e que certamente planejam vê-lo.
 Podemos usar as mesmas desculpas que usamos com Charlie, enviando fotos, cartões postais. E quando ele tiver idade para viajar sozinho ele decidirá sobre passar férias com os avós. Eu só quero adiar essa separação o máximo possível.
 Claro. Desculpe-me. Fico mais tranquila em saber que todos pensamos sobre o futuro do Ale.
Esse realmente era um assunto que me preocupava. E saber que a felicidade de estar com o filho não impedia Pamela de pensar no futuro do bebê ajudou-me a tirar um grande peso dos meus ombros.
Beijei o rosto gelado de minha amiga, antes de me curvar e beijar a bochecha vermelha e quentinha de Ale, recebendo um forte puxão no cabelo enquanto resmungava em sua linguagem de bebê.
Toquei meu ventre e senti pela primeira vez o chute forte de meu bebê contra minha pele, levantei a blusa e pude ver claramente a pele sobressaltar. – você também ficará seguro, minha vida.
Esse momento de alegria me cegou para o que viria, quando chegou Novembro e com 4 meses completos, eu estava fraca. Alimentos não paravam em meu estomago. E os chutes? Esses eram violentos. A pele da minha barriga estava roxa. Em alguns pontos era visto com clareza a marquinho dos pés, do minúsculo punho.
Mas o pior vinha a noite. O momento em que ele escolhia para se abrigar entre minhas costelas e meus pulmões. Apesar da dor gritante, mantive os lábios selados, nenhum grito escapava. Nenhuma queixa principalmente na presença constante de Edward.
Eu via sua dor com clareza, sua raiva e magoa por minha decisão e houve o primeiro osso quebrado, estava deitada no sofá da sala de TV, senti toda a ondulação do nosso filho em meu ventre. O chute foi certeiro e rápido, não foi possível segurar o grito não só de dor, como surpresa.
 Eu estou te implorando, Isabella?
 Não – sibilei.
Rosnou – Edward – Esme segurou seu ombro.
 Isso esta te matando ao poucos e já começou a quebrá-la por dentro! – gritou me assustando.
 Você precisa extravasar, Edward. Vamos lá pra fora! Vem Emmett, Alex.
Jasper com ajuda dos dois conseguiram arrastar Edward para fora, meus olhos vagavam pelas arvores, vendo em algumas das vezes, galhos e troncos voando pela paisagem.
 Não perfurou nenhum órgão. – Carlisle analisava a placa do Raio X com cuidado. Deixou sobre a mesa e sentou sobre a maca em que me encontrava, tomou minha mão sobre as suas – quero que me ouça, sem julgamentos. Pode fazer isso? – apenas acenei. – ama Edward?
 Claro que eu amo.
 Você entende sua situação, entende Isabella? – as lagrimas escapavam sem que eu conseguisse contê-las. – seu corpo esta rejeitando alimento, seu quadro de anemia esta se agravando, a partir de hoje passara a permanecer nesta maca, no soro e o próximo passo será uma sonda...
 Quanto tempo você acha que ainda falta para uma cesariana? – eu preciso mantê-lo protegido.
 Querida, seu corpo não suportará até...
 Eu não posso abrir mão dele Carlisle – murmurei abraçando meu ventre dilatado – me entenda... me ajude? – supliquei.
 Filha, você precisa decidir. – a resignação em seus olhos fez meu desespero crescer.
 Por favor, se não esta dando certo comigo, vamos tentar achar para o bebê. Tem que ter alguma forma.
Um forte e agudo grito ecoou pela biblioteca/consultório. Carlisle virou o rosto para a porta e suas sobrancelhas crisparam, parecia confuso.
 No mini freezer – respondeu ainda confuso.
Edward surgiu ao meu lado, seu rosto sujo, algumas folhas emaranhadas por seu cabelo, sua blusa branca manchada de verde e terra.
 Isso foi demais! De novo cara! – Emmett gritou da varanda.
Sacudiu a cabeça e a roupa removendo a terra e toda a sujeira, a blusa rasgada e um largo sorriso no rosto. Piscou dando de ombros e entrando. Rosalie entrou, seu rosto alegre, combinando com Emmett.
 Essa eu quero ver! – Emmett se agitou, respirando fundo e chegando perto da maca.
 Não custa tentar, Edward! Estávamos focados apenas em Bella, mas como o bebê se alimenta do que ela come... – disse me estendendo um copo refil de milk-shake.
Aceitei o copo branco e gelado – o que tem aqui?
 Sangue, apenas tome um grande gole sem respirar.
 Bella não precisa... – Edward avisou tocando em meu ombro.
 Pelo bebê, Bella. – Rosalie incentivou novamente.
 Manda vê, branquinha! – Emmett bateu palma animado e me lembrou Alice.
Fechei os olhos e suguei com força o canudo, foram três goles antes de voltar a respirar e sentir o gosto metálico agridoce na língua. Coloquei meu indicador sobre o orifício impedindo que o cheiro alcançasse minhas narinas.
O liquido pastoso banhava minha boca e tive a mesma sensação de quando me alimentei do bife cru, sorri para Rosalie.
 Quente é bem melhor! – brincou sentando ao pé da maca e apenas acenei tomando novos goles.
Quando o copo começou a ficar leve em minha mão, Carlisle se aproximou, medindo a minha pressão.
 Ela já esta corada, Carlisle! – Emmett abraçou Rosalie que envolveu seus braços pelo dorso musculoso.
 Sim, seu pulso esta normalizando.
 Ele só estava com sede – murmurei feliz olhando para Edward e sentindo meu bebê girar. – não receberíamos essa benção se eu não fosse capaz, Edward!
Ele não parecia confiante, mas não retrucou ou fez qualquer queixa, beijou minha testa removendo o copo vazio de minha mão. – Vou me limpar e já volto.
Havíamos esquecido de um pequeno detalhe, eu voltei a me alimentar, o enjoou passou. Eu estava ficando forte e o bebê acompanhava minhas melhoras. Minha barriga parecia um balão prestes a explodir, inchando mais a cada semana.
Meu organismo trocava o dia pela noite, onde eu sentasse ou parasse por mais de 30 segundos tornava-se uma excelente local para dormir. As noites em claro era presenteada por Edward com massagens, auxilio para trocar de posição e para me levar ao banheiro antes que minha urina escapasse.
Não ter controle sobre minha bexiga foi o ato mais vergonhoso. Dias após descobrirmos sobre me alimentar de sangue, Gabriel chegou a casa Cullen. Restaurando minhas costelas. Isso me deixou mais disposta e voltei a interagir com todos. Mas isso trouxe os olhos Quileutes para nos antes da hora.
Alice surgiu na sala agitada, deixando sacolas no chão e trocando um breve olhar com Edward antes de seguir até Emmett e pedir ajuda com as compras de natal.
 Já vou começar a preparar os alimentos, do que mais gosta Bella? – Esme sorriu chamando minha atenção.
– Será o seu primeiro natal como uma Cullen oficial. Precisa ser comemorado – Pamela rebateu antes que eu pudesse negar a ceia.
Eu sei que tudo era uma questão de distração, algo estava acontecendo. Mas ver a face descontraída de Pamela, que não permitia que me escondessem algo importante me fez relaxar. Eles me confundiam e não sabia o que pensar e preferi esperar até que me contassem.
 Nada sofisticado.
Com sono e com meu bebê calmo resolvi voltar ao quarto após mais um copo de sangue. Já estava preparada para deitar quando ouvi as batidas suaves na porta. Para minha surpresa Tanya entrou logo em seguida.
 Olá, podemos conversar?
 Sim, entre. Aconteceu algo? – aceno para o divã, enquanto sento na confortável poltrona.
 Estive em Volterra, na verdade acabo de voltar de lá após um longa, – fez aspas em longa – viagem pelo mundoEstávamos juntos com alguns guardas pesquisando e procurando a existência de crianças como a sua.
O sorriso no final de sua frase trouxe esperanças e foi impossível não sorrir – e o que encontraram?
 Encontramos uma meia imortal, saudável com mais de dois séculos.
Eu não pude compreender o que todas as palavras causaram em mim, mas me encontrava abrindo minha bata, expondo minha barriga e tocando meu ventre entro choro e risos.
– Eu sabia.

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