sábado, 8 de dezembro de 2012

E - Capítulo 10


Pov Bella


– E ai Emm? – disse Jasper assim que viu Emmett passar.


– Tudo bem?


– Tudo! E como vão as coisas?


– Vão bem, melhores agora – disse olhando para Rosálie que corou muito.


– Eu não tenho nada pra fazer agora que tal almoçarmos juntos – sugeriu com seu olhar em Alice.


– Parece perfeito – falou Rose baixo.


– Então vamos?


– Se importam se eu chamar o Jack?


– Claro que não Bella! Ele foi pra lá – disse apontando na direção contraria ao estacionamento.


Caminhei até, vê-lo parado conversando com Irina? A altura em que me aproximava pude perceber que o assunto era sério, ele estava rígido, ela havia lhe entregado uma pasta assim que estava a poucos passos.


– Tudo bem? – digo ficando ao seu lado, eles pareceram se assustar – calma pessoal não sou o bicho papão!


– Bella... quanto tempo tá ai?


– Cheguei agora, por quê? Há alguma coisa que eu não poderia saber? – digo olhando para cada um.


– Não, não há nada – disse Irina se distanciando.


– O que há com vocês? O que é isso? – digo apontando para o envelope grande em sua mão.


– Isso não é nada!


– Tá ok Jacob, problema seu se não quer falar. Eu vim lhe chamar pra almoçarmos com o Emmett, Jasper, Alice e Rosálie.


– Eu não vou poder, tenho que ver algumas coisas pra minha mãe.


– Hum, ok então – digo e me viro, sinto ele me puxar.


– Desculpe ok? Eu não queria ser rude – disse me abraçando.


– Tudo bem – Jacob me beija com muita ânsia, sinto meus pés serem erguidos. Seu beijo é muito bom, seus lábios carnudos davam um toque a mais.


Voltei para onde os rapazes estavam. Fomos eu e Alice no carro de Jasper e Rose com Emmett. Almoçamos e eu, claro, fiquei de vela. Emmett sempre descontraído fazendo todos rirem com suas palhaçadas. Tentei entrosar Alice e Jasper de diversas formas, estava ficando tão na cara que parei e me concentrei em minha comida. E de novo aquela sensação me dominou, olhei disfarçadamente para os vidros da cafeteria e não vi nada fora do normal, nada de carro preto ou alguém com o rosto camuflado por um Ray ban. Estava ficando tarde, então fechamos a conta e começou a discussão sobre quem levaria quem, eu disse que não precisavam se preocupar comigo, mas não adiantou. Então como Jasper estava indo para a direção que eu também ia, ficou decidido que ele me levaria e Emmett levaria Rosálie e Alice.


– Vocês são sempre assim? – perguntou Jasper quando já estávamos no carro.


– Assim como?


– Tão distraídas e alegres o tempo todo.


– Não! As vezes é pior, eu estava calma e Alice envergonhada.


– Ela realmente me pareceu calada demais, o que é uma pena.


– Ela também gostou de você.


– Não me pareceu, ela mal falou durante o almoço.


– Acredite ela gosta de você. Ou eu fui a única a reparar o quanto ela corava quando você a olhava? – digo virada no banco – da mesma forma que também vi brilhinhos nos seus olhos.


– Já disseram que você vê coisas demais? – disse me olhando rapidamente.


– Você é o primeiro!


– Tenho certeza que também viu entre minha irmã e Emmett....


– Não é um irmão ciumento, é? Porque se for, esta atrasado, ele certamente....


– Deixará Alice em casa primeiro e não voltara com minha irmã tão cedo.... – terminou minha frase. - Eu imaginei isso! Por isso não insisti para levá-las – Jasper começou a olhar para trás – parece que temos companhia... Não é uma traficante brasileira procurada pela Interpol né?


– Não! Nem sei qual é o cheiro de maconha!


– Menos mal, vamos dar uma volta para ver se eles cansam... – ficamos dando voltas por um tempo, mas parece que não surtia efeito – pegue um papel para anotar a placa do carro Bella, enquanto ligo para a policia.


– Ok! – digo soltando meu cinto e virando para pegar minha bolsa no banco de trás.


– É da policia? Aqui é Jasper Hally, estou na 51 com .... estou sendo seguido a algum tempo por um carro de placa – então tudo aconteceu, em um momento estava voltando para o meu banco com o número da placa e no outro o carro estava capotando, minha cabeça bateu no teto, minha bolsa bateu em minha barriga, cai por cima de Jasper e senti uma pancada forte e o cheiro de grama em meu rosto.


De alguma forma eu fui arremessada para fora do carro, meu corpo todo doía, sentia vertigem e sangue gotejava em minha testa, tentei me levantar e senti uma fisgada terrivelmente dolorosa na barriga, desci meu olhar e estava com pedaços de vidro na barriga e na perna. Com força sabe-se lá de onde os retirei precisando trincar os dentes. Fui me arrastando com muito custo até Jasper.


Sentia o cheiro de gasolina cada vez mais forte, Jasper estava desacordado, um lado do carro estava pegando fogo, tentei abrir a porta para removê-lo, mas não consegui. Peguei uma pedra e comecei a quebrar as lascas do vidro para entrar no carro, minhas dores só aumentavam, da mesma forma que o cheiro de gasolina. Graças a Deus ele estava vivo, sua pulsação estava fraca, mas estava pulsando.


– Jasper? Jasper acorda? – ele não se movia. Tentei soltar seu cinto, mas estava enterrado pelo impacto do acidente – eu não vou deixá-lo aqui – estava aos prantos vendo a gasolina escorrer para onde o fogo estava. Senti uma brisa passar por mim, empurrando minha mão para a parte de trás em baixo da cadeira do motorista. Era como se segurassem minha mão, havia uma alavanca onde afasta a cadeira ou puxa para perto do volante.


Com forças sabe-se Deus de onde, consegui puxar a alavanca e afastar a cadeira, Jasper logo escorregou caindo no capô do carro que estava virado, com muito esforço consegui puxá-lo para fora, mas minhas forças acabaram, meu peito doía, minha cabeça pesava cada vez mais, fora minha barriga. Pude ver que a morte nos esperava, faltava menos de meio metro para a gasolina alcançar o fogo e tudo ir pelos ares. Foi quando agradeci pela inconsciência me levar....


Pov narrador


Alice sentia seu peito arder a cada minuto que o carro de Jasper se distanciava com Bella,seu pesadelo voltando, não conseguiu contar sobre ele a ninguém, mas aquilo a perturbou roubando-lhe o sono durante toda a noite. Estava aflita e isso não passou despercebido por Rosálie que estranhou as atitudes da amiga desde que chegaram a faculdade.


– Alice você está bem?


– Mais ou menos!


– Você esta estranha desde que chegou a faculdade!


– Eu não dormi direito! – dizia massageando a cabeça, sua testa doendo, seus olhos latejando cada vez mais forte.


– Pesadelos nos deixam assim! – disse Emmett – sei bem como é isso! Minha noite foi bem turbulenta.


– Foram pesadelos Alice? – disse Rosálie, escondendo a aflição que a tomou. Sabia que quando Alice se comportava desta forma era por causa dos “sonhos turbulentos”. Alice já havia lhe contado diversos desse tipo, que aconteciam com frequência quando era pequena. Até hoje ela sentia pavor do último que Alice lhe contou, sobre um casal que foi devorado por pumas e que macacos pegavam um bebê segundos antes dele ser devorado. Lembrava de ter passado uma semana com Alice, que só conseguia dormir após exaustão com Rose ao seu lado.


– Sim! Eu vou ligar para a Bella ok?


– Ela já deve estar em casa, já que pegamos esse trânsito irritante!


– Tomara – sussurrou. Seu peito latejava a cada toque, aflição estampada em seu rosto quando após 3 tentativas Bella não atendia – Rose, liga pro seu irmão?


– O que realmente foi esse pesadelo Alice? – dizia Rose contendo o pavor.


– Eu só lembro deles ensanguentados e uma luz em cima deles, como um manto.


– Jas não está atendendo!


– Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – disse Emmett freando bruscamente.


– Emmett você está bem?


– Não! Minha cabeça está latejando, meu corpo está pesado e quente – Rose passa as mão pela testa de Emmett que estava muito quente. Emmett não entendia o que estava acontecendo, preferiu não comentar que teve a impressão de ouvir um grito nítido de Bella. Foi então que o celular de Rosálie toca.


– Rosálie? – dizia sua mãe aflita.


– O que houve mãe?


– Graças a Deus! Estava enlouquecendo quando não consegui completar a ligação! Onde está minha filha? – dizia com a voz embargada - venha para o hospital... Seu irmão esta hospitalizado, ele capotou com o carro – Rose ainda processava o que sua mãe dizia.


– Eu estou indo mãe!


– O que houve Rose?


– Emmett vá para o banco de trás, eu dirijo daqui!


– O que houve Rose?


– O carro em que Jasper e Bella estavam capotou, eles foram levados para o hospital do centro.


– Precisamos avisar ao pai da Bella – disse uma Alice chorosa.


Seguiram em silêncio até o hospital, quando entraram na recepção encontraram os pais de Rosálie e de Bella. Carmem confortava Samuel.


– O que houve?


– Os médicos não disseram nada, eles estão na sala de cirurgia.


– Os responsáveis por Isabella Guimarães e Jasper Hally?


– Somos nós!


– Como está minha filha doutor?


– Ainda não temos um quadro, o Dr Cullen ficara responsável pela paciente Guimarães e Dr. Alec pelo senhor Hally, mas ambos perderam muito sangue e precisamos de doadores, nosso estoque está em baixa para o tipo sanguíneo da jovem.


– E qual seria? – perguntou Alice.


– O negativo!


– Merda! Meu tipo é esse, mas tive hepatite na infância – dizia Emmett transtornado e socando a parede.


– O tipo do rapaz ainda temos uma quantidade, mas precisamos de mais uma bolsa


– Alice você tem o tipo dele, AB+– disse Rose para uma Alice chorosa que abriu o sorriso.


– Onde eu devo ir? – perguntou sorrindo


– Uma enfermeira irá lhe acompanhar. Não conhecem alguém para doar para a jovem?


– E você Samuel?


– Meu tipo é diferente – disse com a voz embargada.


– Meus pais! – gritou Emmett – meu pai tem esse tipo de sangue – dizia buscando pelo telefone, em pouco minutos Charlie Swan e Renée entravam aflitos pela recepção.


– Onde ela está?


– Oi mãe!


– Você está bem meu amor? O que aconteceu com ela? Jully? O minha amiga! – dizia abraçando a senhora Hally. Alguns policiais se aproximavam com um Edward Cullen inexpressivo, obvio que Renée e Charlie ficaram furiosos por encontrá-lo no hospital.


– Rose? – disse seguindo até Rosálie que mantinha-se agarrada ao pai – Joshua – cumprimentou-os ignorando o casal Swan a sua frente – alguma novidade? Alice estava fora do controle para explicar algo.


– Senhores? – chamou um dos policias – Estamos aqui para fazer algumas perguntas. Segundos antes do acidente recebemos uma ligação do jovem... Jasper Hally, sobre estar sendo seguido – foi notado por Renée o trincar do maxilar de Edward ao ouvir o policiar dizer sobre perseguição.


– Algum inimigo ou pessoas suspeitas para tal ato? – perguntou o segundo policial.


– Não! Jasper é um rapaz doce, jamais desrespeitou alguém ou foi grosseiro... – dizia a senhora Hally.


– E quanto a jovem? – perguntou


– Bella é um amor de pessoa e não é daqui.


– Não há ninguém que possa querer o mal de minha filha, ela não tem inimigos, nem pessoas que não gostem dela, muito menos ao ponto de fazerem tudo isso! – dizia Samuel tentando conter o choro. Alice volta acompanhada do Dr Cullen.


– Pai?


– Oi Edward – disse passando Alice para seu braço, Alice havia doado quantidade a mais do que o pedido, já que o estoque do hospital para AB+ ficaria vazio – responsáveis por Isabella Guimarães?


– Sou eu! Sou o pai dela – dizia Samuel caminhando de encontro a Carlisle – por favor doutor como está minha filha? – perguntava aflito, deixando somente Edward perceber, Charlie segurar com uma força a mais uma Renée chorosa. Renée faltava explodir de tanta raiva por não poder dizer que ela é a mãe de Isabella.


– O quadro de Isabella é grave, ela foi arremessada do carro, estilhaços e partes maiores de vidro foram removidos de seu corpo, ela chegou com duas perfurações, uma na barriga perto do fígado e a outra na perna, das quais acreditamos que ela tenha removido os vidros, ela sofreu um traumatismo leve, fraturou a perna e duas costelas. Com esforço conseguimos conter a hemorragia, mas precisamos de sangue O-.


– O senhor como pai seria o mais adequado – alfinetou René, queria ter a certeza para suas suspeitas.


– Eu não tenho esse tipo!


– Bom! Precisamos de doadores.


– Por isso chamei meus pais! Meu pai tem o sangue compatível!


– Me acompanhe então– disse Carlisle apontando o caminho para Charlie.


– Como isso aconteceu ali? – perguntou Edward.


– Estávamos almoçando e então na saída ficou decido que Jasper levaria Bella para casa, já que era caminho pra ele.


– Poderia ter sido você Alice! – disse Rose.


– Como?


– Estavam estampadas as tentativas de cupido da Bella pra cima de você e do meu irmão!


– Não acredito, se fosse mesmo o caso, o acidente teria acontecido com vocês!


– Porque diz isso com tanta certeza? – perguntou Renée tentando camuflar a raiva que sentia diante de tais palavras e por Edward ainda estar com eles.


– Só sinto! – Alice sentia em seu interior que aquele bebê era Bella, senti que de alguma forma precisava estar ao lado dela e que sua segurança era Edward. Samuel voltou depois de um tempo com outro médico.


– Boa noite! Sou Dr. Alec, senhores pais de Jasper Hally?


– Somos nós!


– O quadro de Jasper é estável, preferimos mantê-lo em um coma induzido devido ao traumatismo que teve, conseguimos conter a hemorragia, mas...


– Detesto quando fazem isso! – disse Rose raivosa.


– Não sabemos se haverá sequelas, precisamos mantê-lo por um tempo até termos as leituras de suas atividades mentais!


– Doutor? Meu irmão sofreu fraturas na perna?


– Não! Nada grave em suas pernas ou coluna, apesar de ter sido removido!


– Apenas hematomas uma perfuração na barriga e a marca do cinto!


Com o passar das horas, Bella foi levada ao quarto onde só seu pai teve autorização para entrar. A senhora Hally permaneceu com o filho na UTI e os demais se dividiram e voltaram para suas casas. Assim que Edward deixou sua irmã no quarto voltou para seu carro e partiu, precisava ver com seu próprios olhos o “acidente”.


– Como você demorou tanto?


– Desculpe-me senhor, mas não imaginei que tentariam algo com o primogênito dos Hally no carro!


– Seu imbecil! O alvo é a garota! Já disse que não importa quem estiver ao lado. Seja quem for e espero que não seja quem eu imagino, irá querer ela morta assim como o garoto Swan! E possivelmente eu... – dizia pensativo.


– Foi difícil segui-los sem ser percebido, não estamos lidando com iniciantes! Eles permaneceram na pista até a primeira explosão, quase não tive tempo de removê-los a tempo!


– Preciso saber sobre esse perseguidor o quanto antes, ela convive cada vez mais com minha irmã! – dizia Edward pensativo – você tem que descobrir, seu treinos servem pra isso, mostre-me que estou gastando dinheiro com quem merece! – dizia revoltado


– Eu sou um dos melhores detetives! E agora é uma questão de honra descobrir quem está por trás disso!


– É bom descobrir mesmo, pois se isso respingar em minha irmã... Você será o primeiro a sentir o peso da minha mão!


Edward pensou que teria que ser mais eficiente e seu detetive não estava qualificado para o cargo. Sem pestanejar discou os números tão bem conhecidos.


– Pois não?


– Preciso de seus serviços!


– Cullen?


– Eu mesmo, preciso de seus serviços o quanto antes!


– Depois daquele ano... Pensei que não voltaria a me procurar meu amigo!


– As coisas estão complicadas e não há uma equipe melhor qualificada do que a sua!


– Isso é um pedido ou uma ordem?


– Um trabalho bem remunerado, Volture!


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