sábado, 8 de dezembro de 2012

E - Capítulo 19


POV Bella


– Oh merda! - esqueci minha bolsa, será que eu volto pra buscar? Ainda indecisa voltei para o corredor, assim que ergui a mão para bater na porta ouvi o grito de cachorra no cio da tal Jane.


– Ai Edw..ard! Mete gostoso, mete essa pica monstruosa – me afastei na mesma hora, amanhã eu pediria a Alice. Desci e segui para o jardim dos fundos, Renée e Charlie já não estavam mais lá, então voltei para a festa. Eles estavam saindo, já no portão.


– Onde você se meteu? – perguntou Rose – Alice estava lhe procurando!


– Ah... estava resolvendo algo.


– Ai está você! Vem, só preciso achar o Edward para começarmos o brinde – disse olhando para todos os lados.


– Espere um pouco Alice, seu irmão está ocupado com a Jane – disse me lembrando dos gemidos, seu rosto contorceu e seus olhos pingavam raiva – o que foi?


– Ele não fez isso, você viu eles? – disse com raiva.


– Não! – digo com nojo, ecá! – é uma historia longa, depois conto.


– Hm, tudo bem! Agora me conta, o que esse tal Jackson quer com você? Não sabia que se conheciam!


– Pois é, nem eu! Grudou feito chiclete, ele veio com a Victoria. Cadê ela que não segura ele?


– Serve aquela que esta passando ali, penteado novo?! – disse Rose rindo – Parece que alguém teve uma festinha particular! – disse maliciosa.


– Pelo visto teve mesmo – disse Alice apontado com o queixo para James, ele saia do outro lado da casa, sorrateiro – se eu soubesse que daria nisso, eu já teria pedido o Jasper em casamento! – disse virando uma taça.


...


– Quero pedir um brindo ao casal! É com muita alegria que vejo minha caçula comprometida com um jovem que tenho grande estima, um filho. Como todo pai, não estou de inteiro satisfeito! Afinal é a minha princesinha! Minha menina que mesmo sem tamanho, é uma mulher! – disse Carlisle rindo da careta de Alice – Uma mulher linda – disse com a voz embargada pelo choro preso – ela é minha vida Jasper, cuide bem dela filho. Felicidade aos noivos! – terminou o discurso erguendo uma taça com champanhe.


– E já avisamos Jasper, não aceitamos devolução! – gritou James e Edward em unissono. Jane estava parada ao lado de Edward, o penteado de antes estava desfeito, seus cabelos presos em uma trança mal feita, era a única coisa que indicava que algo foi feito, já que ambos estavam com as vestes impecáveis!


– Será um prazer cuidar dela – disse beijando Alice que parecia explodir a qualquer momento de tanta felicidade!


.....


– Eu adorei, só não peço que fiquem porque vou fugir com o Jasper! – disse Alice um pouco alterada pelo excesso de champanhe. Quase todos beberam muito após os convidados começarem a se retirar!


– Vai sim! Pode deixar! – disse Edward a arrastando – vocês estão sóbrios para ir dirigindo?


– Bella não bebeu! – disse Emmett completamente grogue.


– Não bebi, mas também não tenho carteira! – digo rindo, tirando a chave da mão dele.


– Talvez James possa... – disse olhando para onde James estava a segundos atrás – Er... ok! Eu levo vocês! – disse soltando Alice e segurando na gola de Jasper.


Como iríamos todos juntos, fomos socados no carro, Rose no meu colo, Tanya no de Jasper - ambos já dormiam, não conseguimos fazer o inverso, já que Rosálie queria o colo do Emm e não conseguiu! - e Emmett foi na frente com Edward. A casa dos Halle era a mais próxima e foi difícil tirar Rose do meu colo– Emmett? Dá uma força aqui! – digo e respiro aliviada quando ele leva ela no colo - não me pergunte como ele conseguiu - esperamos ele voltar e seguimos para a casa dos Swan e só lá eu entreguei a chave do carro – lembra de buscar o carro amanhã! – digo após levá-lo até o portão. Fomos para a casa dos meus padrinhos, como não queria ficar alugando e é obvio que a tal Jane estaria esperando por ele, preferi dormir por aqui.


– Obrigada Edward, desculpe pelo incomodo – digo puxando Tanya. Esta que acordou e falava coisas sem sentido – vem logo Tanya! – digo e a vejo olhando maliciosa para Edward.


– Mesmo depois de tudo, você é muito gosssssstojo – dizia embolado – maix é ledo de maix, come logo a minha primaaa! – gritou a última parte, meu sangue fugiu e se instalou no meu rosto, volta a dormir Tanya, por favor volta a dormir! Pedia mentalmente, antes dormindo que falando merda – toldo tezzzzzudo e na pega a Bells de jeto, froooooooouxo!


– Tanya pelo amor de Deus, cala a boca! - digo a puxando para a casa – obrigada pela carona e desculpe por ela, bêbados! – digo sacudindo a cabeça.


– Tudo bem! Boa noite – desejou rindo.


– Boa noite!


Demorei uns 25 minutos até conseguirmos entrar na casa, Tanya continuou falando coisas esquisitas– Bells? Você deixou a puta lora trepar com el..le? frouuuuxa – gritou – na grita carai, to do seu lado! – gritou mais forte pra mim, como se eu tive gritado com ela!


Ignorei ela e a arrastei para o quarto, removi o que poderia estragar e a soltei no box, a bebida estava subindo e Kate apareceu no quarto para saber o que ocorreu. Me ajudou a dar banho nela e a colocamos na cama – o que ela bebeu? – perguntou


– Qualquer coisa que passava na bandeja, pelo menos demorou a fazer efeito nela e ela não deu escândalos!


– Ela não é de fazer escândalos Bells!


– Diz isso porque não foi você que ela matou de vergonha!


– Você acabou de dizer que ela não fez escândalos!


– Não na festa, mas o Edward nos trouxe e ela soltou de que ele é "tezzudo" – digo imitando a voz de bêbada dela – a “come logo minha prima, froooouxo!”


– Com Edward Cullen? – perguntou com os olhos assustados.


– Pois é! – digo buscando uma roupa qualquer – eu queria sumir quando ela gritou isso!


– Só a Tanya mesmo e olha que ela sempre teve uma queda por ele, isso parou depois daquele dia no shopingg – disse pensativa.


– O pior que não posso nem discutir com ela! Não se lembrará de nada mesmo!


– Ok! Boa noite!


– Ei? Onde você se meteu?


– Ah... Eu saí com o Garret, ele me ligou!


– Fico feliz por vocês, ele gosta muito de você! – ela riu concordando com um aceno e saiu do quarto. Dormi ao lado de Tanya que dormia feito pedra. Acordei com um estrondo, levantei assustada e vi Tanya no chão – tudo bem ai?


– Para de rir e me ajuda, porra, que dor na cabeça!


– Quem mandou beber feito uma esponja!


– Sem zoeira Bells! – disse quando eu já tinha a colocado sentada na cama.


– Vou buscar uma aspirina!


– Tenho ali na gaveta – apontou. Após fazermos nossa higiene matinal seguimos para a mesa do café.


– Bom dia a todos, bênça padrinho? Madrinha? Bom dia - digo já caminhando para a porta.


– Ei Bella? Volta aqui querida, tome café conosco – disse e meu olhar foi automático para Irina.


– Não madrinha, outro dia!


– Com licença – disse Irina saindo rápido da mesa.


– Veja o que há com sua irmã Kate? Eu me sinto tão mal com tudo isso... – não gosto de deixar minha madrinha mal.


– Tudo bem – digo me sentando o mais longe de onde Irina estava.


– Ela não vem, disse que está com dor no estomago – disse Kate dando de ombros e pegando ovos mexidos.


– Essa dor que não passa! Leve-a ao médico amanhã sem falta – disse padrinho.


– Claro querido - Tomamos café sem pressa, conversamos um pouco e depois seguimos para a sala, quando me despedi Irina apareceu.


– Espere Bella, precisamos conversar – disse passando e parando em minha frente.


– Eu não tenho nada pra falar com você! – digo tentando segurar minha raiva.


– Só um pouco.


– Conversasse comigo antes! Agora eu quero distância de você!



– Por favor meninas! – ouvi minha madrinha falar baixinho – Vocês cresceram juntas...


– Por isso mesmo! – não consegui conter o ódio – Sai da minha frente Irina.


– Não até conversarmos, me ouça...


– Não! - dei a volta na sala rezando pra que ela não entrasse em minha frente. O que foi em vão. Ela deu a volta – eu estou perdendo a paciência! – falei um pouco alterada.


– Por favor! Precisamos conversar, só um pouco? – eu já estava vendo nublado, não conseguiria me segurar e não queria desrespeitar meus padrinhos, mas ergui a mão para arrancá-la do meu caminho a base do tapa.


– NÃO! EU ESTOU GRÁVIDA! – minha mão congelou a centímetros de seu rosto, a frase martelando em minha cabeça.


– O que disse? – sibilei a pergunta enquanto ela se encolia mais, chorando compulsivamente.


– Eu queria conversar com você, está melhor pelo menos. Assim você não teria tanta raiva de mim por causa da criança – dizia com a mão na barriga, meus olhos seguiram seu movimento.


Uma mistura de sentimentos me apossando e me afastei dela como se fugisse de uma víbora. Eu precisava descontar, me virei e soquei a primeira coisa que estava na minha frente, era uma janela. O vidro estalou e trincou, fazendo as bordas balançarem. Uma dor aguda tomando conta do meu punho, certamente deslocado.


– Cuidado Bells! – gritou meu padrinho que retirou a vidrasse que tombava em minha direção, mas isso fez com que o vidro batesse na estante e um porta retrado batesse em meu ombro. Segurei por reflexo antes que caísse no chão e... Eram duas jovens, uma parecia com a madrinha Carmem e a outra... a outra usava o meu colar.

(n/a: Ouçam! )

– Você está bem? – perguntou Tanya – Ainda bem que segurou isso! Mamãe daria um treco se isso quebrasse!


– Quem é a mulher? – pergunto com dificuldade.


– É a tia Renée, mãe do Emmett! – meus olhos voltaram para a foto, todas as informações varrendo minha mente, tudo mesmo. Cada segundo com meus pais, tudo sobre o que já ouvi sobre os Swan, os cuidados de Renée – Bells? Pai ajuda aqui – conseguia com certa dificuldade ouvir a voz dos outros – ela está entrando em choque.


– Bella me perdoa, eu não queria e não imaginei que reagiria assim! – disse e me tocou, fugi de suas mãos e me preparava para sumir, abri a porta e bati de frente com...


– Pai? – me joguei em seus braços – me leva daqui, por favor?


– Tudo bem filha! – disse me arrastando – depois conversamos sobre isso Eleazar! Vem filha – disse me abraçando e entramos em um taxi, eu acho – me explique querida?


– Eu vi pai! A Renée... É ela!


– Ela o que querida?


– Ela é minha mãe biológica, eu vi a foto, o colar....


– Calma querida! Talvez você tenha se enganado, eu entrei e tudo estava um caos, o que aconteceu, por que sua mão está sangrando? – disse e me lembrei do pulso deslocado, estava começando a inchar e me lembrei do que Felix disse para fazer.


– Pai? puxe com força e deixa que eu faço o resto! – ele me olhou assustado.


– Isso vai doer muito Bells...


– Não tem problema, puxe – ele fez o que pedi e trinquei os dentes, após sentir que tudo foi esticado, girei um pouco o pulso e encaixei ao sentir cada osso.


– Então querida me conte o que houve?


– Tudo bem – respirei fundo – eu queria vir embora sem cruzar com Irina, ela ficou insistindo, eu perdi a paciência, quando dei a volta para sair ela fechou meu caminho, eu não queria desrespeitar meus padrinhos pai, mas eu não consigo ficar perto dela.


– E você a bateu.


– Não, ela gritou que esta grávida – digo com os olhos ardendo pelas lágrimas.


– Você não amava o garoto, certo? – apenas confirmei com um aceno – então?


– É que, uma coisa é você ser traída, outra é ter, você ver a prova. Traição com carimbo não dá!


– A criança não tem culpa Bells!


– Eu sei que não, é que... está tudo vindo de uma vez, agora tem mais essa da Renée –digo e sentimos uma pancada no carro – o qu...? – outra pancada, olhamos para todos os lados em busca de entendimento, um carro preto batia na traseira do taxi, na lateral e...


– Merda, estão nos empurrando na ponte! – gritou o taxista, uma pancada mais forte o jogou para fora,gritei apavorada ao ver ele bater no vidro e ser arremessado para longe do carro. Meu pai estava tão apavorado que quando vimos o carro bater na mureta e virar, a única coisa que pensei foi em tirar meu pai.


Rapidamente a água invadiu o carro, ainda afundávamos, não conseguia retirar o cinto do meu pai, eu precisava de algo para rasgar, ele não aguentaria por muito tempo. Por algum milagre o meu soltou e nadei até o porta luvas do carro, procurei algo com lâmina, havia apenas um cortador de unha. Tentei rasgar o cinto, meu pai segurou minha mão fazendo sinal para que eu subisse, em seus olhos o conhecimento de que não escaparia.


Neguei veemente, nunca o abandonaria, se for pra morrer morremos os dois. Meu peito ainda demoraria a arder, mas sei que o dele já estava. Subi puxando todo o ar possível e desci, segurei em seu rosto e passei para sua boca. Continuei forçando a lâmina no cinto, o progresso era pouco, meu pai segurou minha mão, seu olhar terno pedindo para que eu subisse. Seu peito começou a chicotear, era os espasmos por ficar tanto tempo sem respirar. Meu pai estava morrendo.


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