sábado, 8 de dezembro de 2012

E - Capítulo 20


POV Bella

Capitulo anterior...

Nunca o abandonaria, se for pra morrer, morremos os dois. Meu peito ainda demoraria a arder, mas sei que o dele já estava. Subi puxando todo o ar possível e desci, segurei em seu rosto e passei para sua boca. Continuei forçando a lâmina no cinto, o progresso era pouco, papai segurou minha mão, seu olhar terno pedindo para subir. Seu peito começou a chicotear, era os espasmos por ficar tanto tempo sem respirar. Meu pai estava morrendo.

Agora...

Meu desespero aumentando, eu sou a culpada! Meu azar trouxe meu pai comigo. Continuei tentando arrancá-lo do cinto, os espasmos estavam diminuindo, meu peito começou a queimar, senti algo segurar meu braço e me assustei, engolindo uma boa quantidade da água, meu nariz, peito e garganta arderam e outros braços me evolveram, me arrastando para longe do meu pai. Comecei a me debater, quando chegamos a superfície estava muito engasgada para conseguir respirar e a pessoa batia no vão dos meus seios e apertava meu estomago, vomitei por segundos.

– Está bem? Está conseguindo respirar? – perguntou a pessoa retirando meu cabelo do rosto.

– Meu... PAI? – grito tentando voltar para a água.

– Calma! Meu amigo já está trazendo! – dito isso, vejo o primeiro que me segurou, vinha trazendo papai inerte em seus braços.

Corri cambaleante até eles – Felix?

– Ola bambina! – disse deixando meu pai na beira do rio, aos meus pés – desculpe piccola... – disse triste olhando para meu pai.

– Ele ficará bem? Pai? – chamei tocando em seu rosto – acorda paizinho? Já estamos salvos – comecei a fazer a massagem cardíaca, girei seu rosto para que não se afogasse quando vomitasse a água.

– Bambina – chamou Felix, segurando minhas mãos quando eu fiz a respiração e massagem pela quinta vez, olhei para ele que apenas maneou a cabeça em negativa. Meu corpo vibrou com a dor.

– ELE.NÃO.VAI.MORRER! ELE.NÃO.PODE!

– Acorda! – começo a esmurrar meu pai – vai pai, acorda! Não me deixa! – gritava esmurrando seu peito mais forte, as lágrimas nublando minha visão.

– Shii – Felix me abraça por trás, segurando meus braços – calma, ele está em paz!

– Não! Eu não posso... ele tem que viver Felix! É minha culpa – digo com dificuldade pela dor, pelo choro. Então..

– Madona mia! – gritou o outro cara, ele olhava para meu pai. Ele...

– Pai, paizinho! – corro para segurá-lo, ele vomitava toda a água, o ergui um pouco e ficamos alguns minutos até ele terminar.

– Porque você nunca me obedece?

– Eu tenho azar forte, mas também tenho uma boa intuição! – digo o beijando – Nunca mais faça isso comigo papai! – ouvimos o barulho de sirenes. Era a ambulância.

– Fique aqui bambina, os paramédicos vão preferir assim! – disse subindo, o outro cara já havia sumido.

– Não se movam – disse um dos paramédicos, um imobilizou meu pai na maca e eu fechei a cara quando insistiram para que eu deitasse naquilo.

Nos levaram para a ambulância, o taxista está sendo levando de helicóptero, seu estado era grave. Procurei por Felix e ele estava falando com alguns policiais. Nos levaram para o hospital central, quando chegamos, meus padrinhos e Alice já estavam por lá, segui ao lado da maca do meu pai, ambos estávamos enrolados com aquelas cobertas térmicas, os enfermeiros proibiram que eles se aproximassem. Nos fizeram uma maratona de exames, ficaríamos um dia em observação por causa da quantidade de água que ingerimos.

– Eu quero ver o meu pai! – digo levantando.

– Senhorita, não pode sair.

– Você não entendeu, eu vou ver o meu pai!

– Desculpe, mas não sairá!

– EU VOU! – gritei puta da vida, se eu digo que vou é porque vou. Caminhei para a porta e ela tentou me segurar, antes que eu fizesse algo grave, Carlisle entra.

– Deixe que eu cuido da rebelde! – disse e a enfermeira me fuzilou com os olhos, e eu retribui.

– É bom te ver Carlisle, mas depois conversamos. Vou ver meu pai – digo passando por ele e ele barra minha saída.

– Bem que Samuel me avisou, senta ali mocinha. Estou falando como médico e se não me obedecer eu vou sedá-la! – disse sério – deixe-me ver sua mão, seu pai falou que ela está deslocada – ele disse e instintivamente a movi e porra! Ela esta inchadava e doeu muito – hrm, como imaginei! Forçou demais para fazer a massagem cardíaca – disse e tocou meu queixo – tenho orgulho que seja minha paciente – disse fazendo uma careta – outra pessoa já teria desistido – disse abrindo uma maletinha, e começou a engessar meu braço – seu pai não cansa de repetir o quanto está orgulhoso da filha teimosa que ele tem!

– Eu pensei que isso já teria passado... se não fosse Felix chegar... estaria com um legista examinando nosso cadáver – digo sem olhá-lo.

– Eu conheci o... Felix. Como isso aconteceu?

– Não sei, bateram no taxi, caímos da ponte, cinto prendeu, ele queria que eu subisse e me neguei. Felix e outro cara chegaram e salvaram o dia – batidas na porta nos interromperam.

– Desculpe pai, mas eu não consegui – Alice sussurrou com a cabeça para dentro do quarto.

– Você ainda me fará ser demitido.

– Dificilmente, você é o presidente! – disse entrando – Aqui está uma roupa adequada para nossa heroína! – disse Alice rindo – não se atreva a me dar outro susto desses mocinha! – disse séria me abraçando – já foram dois! - disse sobre meu outro acidente.

– Vou tentar, mas sou um imã para acidentes! Então Carlisle, digo Dr. Carlisle, eu quero ver meu pai!

– Pronto, evite molhar, pode ir se trocar e ver o seu pai, mas volte logo ao quarto. Dentro de uma hora eu voltar e se não estiver aqui, vou buscá-la e sedá-la! – sorri e corri para me trocar, quando voltei Alice estava séria e Carlisle já havia saído.

– O que foi?

– Conversei com Tanya. Como está?

– Está falando do bebê da Irina? Foda-se ela! Minha preocupação se chama Samuel!

– Bella...

– Esquece isso Alice! Vamos

– Espera, você tem visitan...- parou de dizer quando abri a porta e Jacob estava parado com a mão erguida.

– Eu... Queria te ver, fiquei preocupado! – disse.

– Eu estou bem como pode ver! Com licença – digo e tento passar, isso porque ele me segura.

– Por favor Bella? – disse com a voz embargada.

– Não temos o que conversar, quer que eu o trate melhor: assuma a Irina e o filho de vocês! – seu rosto chocado por uma surpresa – o que foi? Achou mesmo que transar sem caminha tantas vezes não traria consequencias?

– Desde quando ela....? – seu rosto confuso.

– Pergunte a ela, certamente não contou antes por você estar fugindo dela. Sempre tomando a decisão mais fácil! – digo e saio de perto, Alice logo ao meu lado.

Quando entrei no quarto do meu pai, meus padrinhos e Jasper estavam lá, Alice me contou que Rosálie esta com Emmett e Renée na sala de espera. Segui para seu lado e me joguei na cama, não sem antes verificá-lo – eu estou inteiro bê! – me aconcheguei em seu peito e fiquei ali enquanto eles conversavam, não reparei que estava cansada ate aquele momento, minhas pálpebras estavam pesando, tentei me manter acordada, mesmo com os olhos fechados e grogue consegui ouvir um pouco da conversa deles. Parece que os outros entraram.

– Como ela esta? – perguntou Renée – fiquei tão preocupada quando Emmett me contou!

– Isabella é forte – riu – o que tem de desastrada tem de força e determinação – ouvi meu pai falar, as vozes ficando baixas ou eles que diminuíam o tom.

– Emm me contou sobre o acidente, muito sorte esses homens estarem passando por lá!

– Para mim foi milagre, se eles não aparecessem... – senti seus lábios em minha testa – estaríamos mortos, eu vi a determinação dela. Se eu morresse, ela ficaria ali, segurando em mim ate morrer! – me apertei mais nele, senti um carinho e me libertei da consciência.

Acordei em meu quarto, com Emmett esparramado no pequeno sofá, todo encolhido. Levantei e toquei de leve em seu braço, ele resmungou e se virou – Emm, acorda?

– Ursinha – disse e me puxou, senti que seria esmagada.

– Em...mett ... ar...- com um anjo da guarda rose entrou – aju..da?

– Ele me chamou né? – perguntou rindo, enfiou a mão pelo blusa, tocando o peito dele e logo seus braços me soltaram, me jogando de bunda no chão e ele puxou rose a chocando com ele.

– Nossa! Isso é que é amor, ursinha – tirei sarro dela pelo apelido.

– Nada mais justo uma ursinha para um ursão! – disse sorrindo maliciosa

– Ecá, que nojo... – digo levantando – eu quero ver meu pai e ir embora!

– Carlisle já vem com seu pai, vá se trocar enquanto eu acordo meu ursão – sorriu maliciosa e preferi não saber o que ela quis dizer com esse sorriso.

...

– Como estão? Eu posso ficar para ajudá-los em algo?

– Não há necessidade – disse meu pai.

– Na verdade... eu preciso conversar com você – digo direta.

– Sobre o que querida?

– sobre um colar – digo e seus olhos ficam marejados e seu sorriso aumenta...


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