domingo, 9 de dezembro de 2012

E - Capítulo 22


POV Bella


Meu telefone apitava freneticamente, era Alice – espero que o motivo seja serio para me acordar?


– Você ainda esta dormindo? Alem de péssima amiga ainda é preguiçosa? Levanta essa bunda seca da cama e me encontre em frente ao seu prédio em 20 minutos! – pelo tom a coisa é seria.


Levantei me arrastando para o banheiro, a água quente terminando de me despertar, peguei uma roupa qualquer e segui para a cozinha e caramba! 13h, eu não acredito que dormir isso tudo! Tomei um café reforçado, voltei para o quarto terminando de me arrumar e quando seguia para a porta o interfone toca, era Alice, ela já estava me esperando. Soube que alguma coisa estava muito errada quando vi o olhar dela e da Rose, engoli em seco ao me dar conta do que ela quis dizer com péssima amiga, Emmett já havia contado para Rose! Quando entrei no carro, me assustei ao encontrar com Kate e Tanya. Será que vou ser massacrada?


– Bom dia? – sorri sem graça.


– Boa tarde dona Isabella Swan! Põe logo esse cinto e vamos pra casa do Rose! – disse seria, me sentei e apertei o cinto. Fiquei muda durante o percurso, Tanya sorria me abraço e agradeci por isso, menos uma pra me fritar.


– Pronto dana Isabella, conta logo – disse Alice, assim que nos esparramamos pelo quarto de Rosálie, esta entrava com uma bandeja com uma jarra enorme com suco e Kate vinha logo atrás com outra contendo chocolates e outras guloseimas, comecei a explicar por alto o que conversei com Renée e depois com Charlie e Emmett.


– Ele foi muito sem graça, eu queria falar com vocês, não podem me culpar, emm que é um bocudo! – digo olhando para Alice.


– Não o culpe Bells! Ele esta delirando com essa noticia, se fosse outro tipo de parentesco entre vocês, eu já teria dado um fim nessa alegria e te mostrado quem manda! – disse rose.


– Viu Alice! Estou desculpada por algo que não tive culpa?


– Esta! Mas conta ai, você acha que correu tudo assim, mesmo? – perguntou muito interessada.


– Alice seu irmão levou ela e não devolveu. O erro dele esta claro feito nascente! – disse Kate.


– Pois tem algo de muito errado nessa historia! Meu irmão não tem culpa! E se ele precisou levá-la?


– Então porque não voltou pra devolver? – Tanya.


– Eu não sei, mas vocês estão o julgando só pelos fatos contados pelos Swans, é muito fácil apontar erros nos outros. Principalmente se for para encobrir os próprios erros! – disse um pouco mais alterada.


– Você não vê porque ele é seu irmão! – rebateu Kate.


– Desculpem meninas, mas Alice esta certa! Tem muitas lacunas nessa historia, só vamos ter a verdade quando descobrirmos como seu bisavô encontrou minha sogrinha, como o Edward chegou até lá, fora que pra alguém que sequestra, não teria motivos pra levar o colar da mãe da criança! – rose estava certa.


– São muitas lacunas mesmo, mas falta outra coisa. Eles não me contaram sobre como Emmett passou sem ser levado por eles! Ou por Edward!


– Essa eu sei, eu me lembro. Victoria que cuidou dele, ela fugiu da casa – disse Tanya.


– E porque ela fugiria se ela nem sabia que tinha que fugir? – disse Alice irritada – é obvio que eles só estão contando o que lhes convém, sabem da nossa ligação. Alimentar seu desprezo por meu irmão e te afastar de mim e assim quebrar a ligação! – Alice dizia se alterando mais, rose se levantou e cochichou algo com ela, Alice esta realmente nervosa, mas não há necessidade. Ela é minha amiga e por nada abriria mão dessa amizade. Resolvi verbalizar para acalmá-la.


– Alie? Fica calma que nem por decreto me afastarei de você! – ela levantou, seus olhos desfocados, parecia olhar algo alem de mim.


– Promete? Frequentará minha casa – ai eu já não sabia... Seus olhos transbordavam angustia, perdidos e resolvi confirmar com um aceno, seus olhos perdidos e assustados se acalmaram e sorriu me abraçando – não imagina o quanto isso me acalma.


– Você esta tão temperamental! Estou achando que será titia em rose! – brinquei


– Nem me fale algo do tipo, Jasper falou que Edward faltou castrá-lo quando ele foi pedir Alice em casamento! Imagina se ela casa com barriga a mostra?! – disse gargalhando.


– Temos que pensar em algo – insistiu Alice.


– Só Edward poderia tirar essas duvidas Alice! – disse rose em um tom que pedia para parar de insistir.


– Eu não vou conseguir arrancar nada dele, tentem arrancar de seus pais meninas – pedia em tom de suplica – e você do Emmett - apontou para rose – Bella pode sair mais com Charlie e Renée. Eu vou tentar arrancar algo de James e dos meus pais.


– Ok! – isso só serviu para me confundir ainda mais.


Antes de almoçarmos Rosálie recebeu uma ligação do Emmett, ele queria nossa presença, um almoço em família e exigia a sua presença, que ela deveria me levar. Conversamos mais um pouco. Deixamos Alice em casa, depois as Denalis e seguimos para a casa Swan. Emmett esperava no portão, nem deixou rose sair direito do carro e já estava agarrando a coitada após me dar uma piscadela.


– Procurem um quarto! – digo rindo e seguindo na frente.


– Logo logo maninha! – disse apertando rose em seus braços.


Almoçamos em um tom ameno e descontraído. Emmett contava muito sobre a infância, me dia para trazer fotos e mostrei algumas que eu tinha no celular, foi uma grande surpresa quando, ele me reconheceu. Já havíamos brincado juntos! Ele era o garoto do parque, rimos com isso.


– Caramba como somos tapados! – disse bagunçando meus cabelos.


– Éramos crianças, nossa vida era brincar, nunca prestávamos atenção no que deveríamos – digo rindo arrumando meu cabelo.

– Finalmente esta família esta reunida! – disso vovó Swan, desde que cheguei ela não desgrudava de mim, é tão gostoso ter uma vovozinha, parecia de porcelana de tão delicada. Todos se revezavam para me paparicar, descobri por ela – que contava coisas da infância de Charlie – que Edward e Charlie se conheciam desde crianças, que ela era amiga da Elizabeth, mãe da Esme.


– Com licença senhor Swan – disse a empregada, mais alto já que Charlie estava no outro lado conversando com Renée, ele havia se afastado quando vovó pronunciou o nome de Elizabeth – é o senhor Uley.


– Vou atender no escritório – disse já caminhando para lá. Continuamos com nossa conversa ate ouvirmos um xingamento abafado, vindo do escritório, Emmett caminhou para lá, pudemos ouvir o estrondo característico de um objeto sendo arremessado a parede. Vovó tentou nos distrair, mas fiquei preocupada. Após minutos, Charlie e Emmett saem do escritório com suas expressões disfarçadas por uma mascara de calma.


– Terei que sair, não sei a que horas voltarei – disse dando um beijo em Renée e depois caminhou ate mim, me deu um beijo na testa e pediu a bença a vovó, cumprimentou rose e seguiu rápido ate a porta.


Vovó e Renée continuaram a me distrair e tentei disfarçar, deixando que elas acreditassem que podem me distrair, conversamos por mais um tempo ate que ela pareceram acreditar que eu havia esquecido o ocorrido anterior, enquanto elas se distraíram ao preparar algo para meu lanche eu fui ate Emmett e rose, eles conversavam distraídos na varando.


– Como podem ter tanta certeza Emmett? Ele tem as empresas deles!


– Rose ele sempre aprontou com nossa família porque seria diferente agora? Não é por acaso que minha mãe estava cismada com esse silencio dele!


– Eu sei que vocês tem motivos pra desconfiar dele, mas...


– Mas os bancos se recusam a nos ajudar, minha mãe não pode mexer no capital da fabrica, pessoas estão interessadas em comprar as nossas ações!


– Fique calmo ursão!


– Calmo como rose, isso foi premeditado. Meus pais estavam distraídos procurando comprovar que a Bells é minha irmã, claro que ele se aproveitou disso! – estavam com problemas! Então inconscientemente eu sou a culpada?! Rose o abraça e se beijam, voltei para a sala no momento exato que vovó voltava com um álbum. Ficamos mais um tempo conversando, mas me senti mal com o que ouvi e preferi ir embora. Afinal eu terei aulas!


...

– Então? Bella?


– Sim, oi? – respondi vendo os olhares astutos de Alice e Tanya sobre mim.


– Estamos lhe chamando a um bom tempo – disse Tanya, estávamos esperando Emmett sair com rose já faz um tempo, não sei dizer ao certo já que estou pensando sobre... tudo!


– Eu estou um pouco cansada e esse gesso incomoda! – digo fingindo preocupação, claro que essa porcaria coça muito, me atrapalha e estou louca pra removê-lo, mas nada disso esta em minha mente agora. Talvez o melhor seja ... – Alice eu preciso de um favor?


– Qual?


– Você pode me buscar hoje as 16h?


– Ok!


Segui para casa em silencio, preferi ir a pé mesmo. Precisava pensar e tentar encaixar os acontecimento,tinha algo errado? Sim, muitas coisas! Alguém mentia? Sim, a questão é que a explicação mais plausível é a de haver mais de um mentiroso ou varias versão que se encaixam! Eu não quero ficar no meio disso, nada melhor do que ir direto a fonte! Tomei um banho em uma água bem gelada, enquanto o almoço assava. Preciso de uma roupa que me deixasse adulta e responsável, de preferência me deixe poderosa, algo difícil de conseguir, terei de ser um anzol para um tubarão!


Eu não sei onde estarei pisando, mas preciso passar confiança e mexer com os nervos dele, preciso mostrar que não serei convencida tão facilmente e de preferência consiga arrancar algo. Após um tempo a procura que quase me custou um assado torrado, consegui a bendita roupa, um blusa azul marinho, estilo social, uma calça jeans com lavagem clara para aumentar o volume das minhas pernas com uma bota preta de salto alto e de cano médio, penteei meus cabelos prendendo-os com uma pequena presilha transparente, só para ter a certeza que eles não se tornariam revoltos ou caíssem sobre meu rosto.


Almocei e voltei para a maquiagem, marquei meus olhos com lápis e delineador preto, sombra em tom pastel e batom em tom da boca, nada extravagante. Encarei meu reflexo e gostei do que vi, parecia perfeito – resta saber se terei a atitude que a roupa pede! - meu celular vibrou, Alice já estava me esperando, chegou antes do combinado. Só então o nervosismo me atacou. Será que estou fazendo certo? Eu preciso me meter? Há 99, 99% de chances que eu seja apenas uma garotinha mexendo em uma casa de marimbondos, certeiramente levarei a pior carreira da minha vida. Com uma lufada, tomei coragem e fui até Alice, ela certamente levará um susto com minha atitude.


– Ual! Esta pensando em seduzir alguém, esta muito gostosa dona Isabella! – disse em deboche!


– Não exatamente, mas espero estar apresentável e que consiga desarmar alguém!


– Quem é o coitado?


– Seu irmão? – ela me olhou espantada e com os olhos brilhantes.


– Ta falando serio? – parecia feliz de mais.


– Estou, vamos direto a fonte. Chega de rodeios! Me leve ate ele por favor? E deixa o resto comigo – disse com uma confiança inexistente.


– Tudo bem – dizia com os lábios trêmulos.


Seguimos em silencio pelo caminho desconhecido por mim, quase uma hora depois estacionamos em frente a um prédio enorme, deveria ter mais de 20 andares, parecia um complexo, havia mais prédios ao lado, perto de mais, indicando que eram continuações. A diferença eram que os outros tinham galpões, e este que adentramos é como um prédio, uma empresa, passamos pelo grande salão do hall. Uma jovem um pouco mais velha que eu, ruiva e de cair o queixo nos recepcionou, extremamente educada com Alice e Cortez comigo.


– Meu irmão já saiu da reunião?


– Acredito que sim senhorita Cullen... - disse com um sorriso simpático, Alice deveria vir muito aqui!


Entramos no elevador enorme, meu quarto no Brasil caberia aqui sem problemas. Não havia aquela musica chata de elevador, este parecia estar sintonizado em uma radio. As grandes portas do elevador se abriram para a bela imagem de um hall, mas elaborado que o do térreo, paredes escuras, com moveis em uma misturas de branco com detalhes em mogno, uma das paredes é de vidro, do chão ao teto, deixando com uma maravilhosa vista do Central Park.


– Obrigado Cullen!


– Espero respostas logo Newton! – Edward se despedia de um cara que deveria ser um pouco mais novo que ele, quando os olhos desse tal Newton pousaram em mim, senti um calafrio. Um aperto no peito que se intensificou à medida que ele caminhava em nossa direção com seus olhos percorrendo meu corpo e me olhando nos olhos, era como olhar um buraco negro, não havia nada. E se houve esta escondido, impossibilitando de saber se era bom ou não, mas para isso não preciso conhecê-lo, confio em meus instintos e nesse momento esta gritando perigo!


– Oi Mick? Tudo bem?


– Sim Alice, como esta? Parabéns pelo noivado!


– Obrigada!


– Senhorita? – disse voltando-se para mim, estendendo a mão. Não queriamostrar minha repulsa, mas não conseguia mover minha mão para ele. Meu corpo se negava a permitir que ele tivesse qualquer contato comigo, um sentimento mais poderoso e desprezível que repulsa me dominava.


– Pare de galantear Newton e vá atrás do que preciso! Fique longe delas! – disse Edward empurrando ele para longe de nos, foi impossível disfarçar o alivio que senti, Alice me olha sem entender e sussurrei um calafrios.


– Eu entendo, também sinto, mas Edward é amigo. Finjo amizade – disse com uma careta.


– Então a que devo a honra? – disse olhando para Alice.


– Na verdade eu quero falar com você!


– Sobre?


– Os Swans! – sua expressão fechou na hora.


– Não tenho nada pra falar. Não tenho vínculos.


– Tem e sabe disso, podemos conversar em sua sala ou aqui mesmo, com ouvidos! – digo e ele olha para os lados.


– Apesar de estar louca pra saber vou ficar aqui, conversando com as garotas, vendo um filme! – disse pegando um controle com as garotas e logo uma janela é aberta dando lugar a uma TV de plasma enorme. Como isso ficou escondido? Um Edward carrancudo abriu a porta da sala e fez sinal para que eu entrasse.

– Não sei o que poderíamos conversa Isabella! – disse carrancudo seguindo para sua mesa após apontar para a cadeira em frente, me sentei sentindo a confiança pular pela imensa janela de sua sala.


– Eu já descobri que sou filha dos Swans – seu rosto se contorceu suavemente – sei tudo pelo ponto de vista deles, mas tem pontos que não se ligam. Só quem tem as respostas é você.


– Acredito que eles já disseram o bastante para você. Não existe vínculos.



– Porque me levou? – seu rosto se contorceu e ficou com os olhos vagos.


– O melhor que faz é dar meia volta e esquecer essa história – sibilou.


– Não! Eu quero saber por que me arrancou da minha mãe e me entregou a sorte? Ou devo dizer a morte?


– Poderia ser grata por estar viva e encontrar sua família e parar de mexer onde não deve – disse rude, seus olhos raivosos.


– Eu só quero saber o motivo! – digo suavemente – não é possível que possa fazer isso por diversão ou vingança.


– E se for, tenho certeza que eles já lhe contaram e não quero perder meu tempo com vocês! Eu não estou pra brincadeiras criança, então volte ao seu mundinho feliz e não se intrometa em coisas que não sabe – como é que é? Eu não sou criança.


– Não me trate como uma lunática ou criança – digo fula, batendo minhas mão por sua mesa – é sobre minha vida, como eu fui para naquela mata, porque me deixou lá a mercê da morte? – minha voz se alterando a cada palavra.


– Eu não deixei! Você é uma pirralha, uma pirralha acostuma a ter suas perguntas respondidas, não me interessa o que pensa ou deixe de pensar – disse raivoso se aproximando de mim, me puxou com violência – agradeça por estar viva, se tivesse ficado com sua mãe estaria morta – cuspiu as palavras e ofeguei, como assim? Seu rosto transtornado. Eu estava confusa, como assim eu estaria morta? Ele me salvou? Mas porque me deixou na mata? Eu tentava entender suas palavras, seus olhos estavam verdes escuros, intensos, me senti sendo hipnotizada – não se meta nessa historia Isabella, volte pra sua vidinha feliz – dizia com a voz estrangulada. Só percebi que estávamos próximos de mais ao sentir seu hálito em meu rosto. Gosto de Menta, estranhamente me senti muito consciente de nossa proximidade, sua mão estava segurando firme meu quadril, enquanto a outra estava atada ao meu ante braço, ele estava inclinado sobre mim.


– Eu... – não sabia o que dizer, isso estava fora do que eu esperava, sua respiração forte em meu rosto e não conseguia me distanciar de seu olhar, era como uma mariposa seguindo para a luz, na morte certa.


– Não... devia.... – ele parecia perturbado. Tremi com o choque em minha espinha ao sentir sua mão tocar sob minha blusa, todo meu corpo pulsou, Edward estava me... afetando sexualmente? Ele soltou um resmungo diferente, parecia um rosnado, algo animalesco. Seu halito veio forte e me senti tentada a provar, eu queria muito provar e sem perceber me inclinei, antes que pudesse tocá-lo o que não sei se seria um erro o telefone toca e com um estalo ele me solta e cambaleei para trás e consigo me apoiar na cadeira.


Por sorte ele não repara, já que estava de costas, era a secretaria avisando sobre a próxima reunião, vira me olhando serio, sua boca em linha reta, os olhos semi serrados me estudando por completa – essa é sua deixa Isabella, não temos nada para conversar.


Edward? – tento reiniciar a conversa, mas ele simplesmente me ignora e vai ate a porta. Irritada por sua teimosia passo por ele, mas minha coordenação me abandona e tropeça, antes que eu caia feito fruto podre, seus braços me seguram firme e estremeci ao sentir suas mãos espalmadas por minha barriga e a corrente elétrica passa de novo.

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