sábado, 8 de dezembro de 2012

E - Capítulo 3


Pov René


– Calma tia René! Eu vou cuidar dele direitinho tá! Vou dar banho nele e assim que vovó me chamar eu trago ele arrumadinho para você dar de mama ta? N vai acontecer nada de mal! Eu prometo – dizendo isso sumiu pela porta.


Voltei minha atenção para as contrações, gritei empurrando meu outro bebê e houve um estrondo alta na casa e meu bebê chorou alto – é uma menina, linda – disse me entregando-a – já sabe os nomes?


– Sim! Emmett e Isabella! – minha menina me olhava com tanta atenção que nem parecia um bebê e abriu um sorriso banguela para mim – é tão linda, com os olhos do pai!– digo beijando-a pontinha do nariz o que a fez espirrar sua mãozinha agarrou meu dedo e novamente um estrondo forte e o quarto é invadido por vários homens e ...


– Edward? – este estava com a expressão fechada e sem meias palavras entrou arrancando minha filha de meus braços e arrancando meu colar – O QUE ESTA FAZENDO! DEVOLVA MINHA FILHA? EU QUERO MINHA FILHA!


– Você me agradecerá por isso! – dizendo isso sumiu com meu bebê eu gritava enlouquecida querendo meu bebê.


Algum tempo após sumirem o quarto foi novamente invadido e desta vez eram os capachos do meu avô, reconheci Harry entre eles, ele é guarda costas do meu avó, os homens que o acompanhavam ameaçavam dona Helena querendo saber onde estava a criança. Ela não disse uma palavra e a espancaram.


– Vocês não deveriam ter feito isso René – disse Harry me arrancando da cama e carregando no colo, me debatia tentando me livrar.


– MALDITO, DEVOLVA MINHA FILHA, ME SOLTA DESGRAÇADO! – ele simplesmente me ignorou e me arremessou dentro de um carro e partiu, estava em pânico ao ver a pensão ficar longe, meu filhos! Pelo menos não descobriram Emmett, já que não haviam perguntado nem falado nada sobre ele, tentei me controlar.


Não havia escapatória para mim! E as palavras de vic soavam em minha mente, por Deus que ela cumpra sua promeça!



Pov Charlie


Finalmente consegui resolver minha situação e poderei me mudar com minha René e meus filhos, pois tenho certeza que são dois, a cidade visinha estava em baixo de um dilúvio o que dificultou minha volta me fazendo chegar mais das 23h na posada quando entro tudo estava revirado,meu peito apertou.

– René? – grito seguindo para nosso quarto encontrando tudo revirado a cama ensanguentada e dona Helena caída ferida e Victoria ao seu lado chorando baixinho chamando pela avó com um pequeno embrulho nos baços.


– Vic?


– Ah tio Charlie – disse chorosa me abraçando – toma tio – disse me entregando o embrulho – é seu filho! Vovó pediu pra que eu desce banho nele enquanto tia René tinha o outro - Sua palavras me torturavam, pois já imaginei o que aconteceu, mas permaneci calado enquanto me contava o que aconteceu.


– Eu não sei direito o que aconteceu tio! Um moço entrou aqui e disse pra mim correr pra longe da pensão com o Bebê e que ele cuidaria da tia René ai eu corri e quando estava bem longe pra que me visem eu vi o mesmo moço sair com um embrulho nos braços eu sei que era sua filha quando ia voltar outro montão de homens entraram aqui e levaram tia René eu fiquei com tanto medo e quando voltei tudo estava assim! Minha vovó vai ficar bem?


Meu mundo estava acabado! Levaram minha René, meu outro filho e causaram todo esse mal a essa família! A muito custo me recompus preciso cuidar das crianças e de dona Helena.


– Vic querida segure ele por favor? – digo lhe entregando meu bebê e me virei para sua avó.


Dona Helena estava muito ferida, o rosto cortado, a boca sangrando muito! – O que fizeram? - dona Helena se mexei e sussurrou me chamando – eu estou aqui dona Lena, o que aconteceu?


– Levaram..... elas! – dizia baixinho quase inaudível – cabelo de cobre.... levou Isa..... bella.... levaram..... René.... e me bateram...... ele disse .... que era melhor!


– Dona Lena eu não consigo entender?


– Minha... neta?


– Ela esta bem!


– Cuida dela? De Emmett?


– Cabelo de cobre levou Isabella? Cabelo de cobre era o moço que me pediu pra correr com o menininho! – disse Victoria ninando meu filho, cabelo de cobre! Edward?


– Maldito Edward! Foi ele que a levou? Dona Lena diga – pedi mais já era inútil, ela já não estava mais respirando.


– Vovó se foi não é? – dizia chorosa, abracei vic novamente, tão nova e sem família, tudo por minha culpa.


– Desculpe por tudo isso vic? Eu nunca quis o mal de vocês! Nunca!


– Eu sei que não tio Charlie! Olha eu não quero ficar sozinha! Não me deixa sozinha sem minha vovó?


– Nunca! Isso é o mínimo que posso fazer em respeito a sua vó e a você!


– Cuida dele tio, ele ainda não te viu, eu vou despedir da vovó – disse me entregando meu filho, ele é imenso! Os olhos castanhos assim como os cabelos ate covinhas tinha, ele é todo meu! Minha miniatura!


– Meu filho! – digo passando meu nariz em sua mãozinha e o vejo rir – o que faremos em? – me olhou e bocejou fechando os olhos, mudo minha concentração para a menina em minha frente abraçada a avó, chorando por não poder ir com ela para onde ela foi e que faria tudo pra que tivesse orgulho dela.


Mesmo abalada com o que aconteceu, Victoria mostrou ser uma menina forte, cuidado de Emmett enquanto colocava sua avó na cama, me disse que o medico havia sido chamado para cuidar de René não poderia vir hoje por estar chovendo em sua cidade.


Precisava pensar no que fazer, qual explicação dar ao medico, para onde ir. A única coisa que sabia é que não conseguiria René de volta tão cedo, não poderia aparecer com Emmett e Victoria, terei que sumir por um tempo, me estruturar para voltar e revindicar o que é meu!


Terei minha mulher de volta, encontrarei Edward e o farei pagar, implorar pela morte, terei minha família de volta e que Deus permita que ele não tenha feito mal a minha filha ou o matarei sem piedade e da forma mais dolorosa possível. Maldito!


Esperamos o medico chegar para decidir nosso caminho, chegou e expliquei todo o ocorrido que graças a Deus entendeu e me ajudou, o melhor era que todos acreditassem que dona Helena havia morrido devido sua idade, que deixou vic em meus cuidados e de René, a casa ficaria fechada ate que Victoria alcançasse a maior idade. Quanto a documentação seria fácil forjar ate que eu voltasse ao meu posto em minha família.


Feito isso nos aconselhou a viajarmos de imediato, pois quem fez poderia voltar para exterminar Victoria, já que ela havia presenciado, ele cuidaria do enterro em seguida arrumei minhas coisas, as roupas de vic e Emmett, partimos logo em seguida.


Não sabia para onde,só que teria de ser um lugar bem longe daqui! E assim o fiz, entrei em contato com um amigo em comum com René e pedi sua ajuda, ele era advogado da família dela, mas sempre nos apoiou. Pedi que me ajudasse e que não contasse sobre meu paradeiro que vigiasse René para mim, passando dias encontrei uma casa pequena para ficar com Emmett e Victoria sem problemas, ele sabia onde eu guardava dinheiro o que poupei e que é muito e me mandava uma parcela por mês, assim mantive ambos sem passar necessidade.


Teria que ficar meses parado, pois não poderia confiar em ninguém para cuidar de Emmett, logo me mudei para outro país, para o México com nome falso pois aquele maldito Joseph esta em minha caça, sabe que a menina existe e esta a procura dela e pensa que esta comigo. Ainda há mais esse assunto a ser resolvido, o que aconteceu para que Edward chegasse separado dos outros capanga daquele velho? Porque levou minha filha? Como ele chegou ate nos? Essas duvidas me atormentavam.


E mais dias se passam, finalmente tenho uma casa, Victoria esta estudando, Emmett mais esperto a cada dias, ele é um bebê que raramente chora, essas ocasiões acontece quando ele esta com fome ou sujo, duas coisa que evito! Fazendo horários para ambos, meu amigo mandou uma pessoa de confiança para ajudar com as crianças enquanto trabalho e Victoria ainda me prometeu que não tiraria os olhos dele assim que chegasse do colégio. Sempre reafirmando que prometeu a tia René e não faltaria com a palavra.


E assim passaram os anos, mais precisamente 5 anos, sempre tirei fotos e vídeos das crianças, de mês em mês queria gravar cada etapa de Emmett, não poderia manda-las para René por causa de seu avó, já havia uma mala media com recordações deles. E Victoria já estava chamando atenção dos rapazes, mesmo com seus treze anos ela já estava bem desenvolvida com curvas, uma linda menina mulher e com isso me preocupei, era como se fosse minha filha e ter a conversa com ela não estava nos meus planos, eu pensei que quando o momento chegasse René já estaria comigo.


Eis que escuto um grito vindo do seu quarto, subo disparado com dona Chelsea ao meu lado segurando Emmett, entrei no quarto varrendo meus olhos a sua procura e a encontro no banheiro agacha na ducha chorando baixinho.


– Princesa? Ta tudo bem?


– Pai? Eu me machuquei! – foi ai que olhei o chão e esta com um pouco de sangue.


– No se preocupe, señor! Yo cuido de ella! – diz chelsea entregando Emmett!


Como isso chelsea me salvou de uma conversa que seria um tanto constrangedora! E desde esse dia vic não voltou a tocar em seus brinquedos, disse que doaria todos, que já era uma moça e moças não brincam de boneca e quando perguntei o que moças fazem ela me disse com toda a naturalidade que moçam estudam, cuidam de si mesma e futuramente namoram. Perguntei se ela pensava nisso e disse ainda não, que os únicos homens que ela quer em sua vida por agora são seu irmãozinho que precisa dela e de mim! Não preciso dizer a felicidade que senti com isso e o alivio por não precisar me preocupar com isso tão cedo.


Mais alguns meses se passaram e meu amigo entrou em contato dizendo que o maldito Joseph estava morto, quando disse que poderia ser um truque me disse que ele realmente estava mal esses dois últimos anos, já havia parado de procurar por minha filha, que René já estava no comando da empresa,que o firam morrer e o velório foi de caixão aberto a pedido dela para ter a certeza que ele estava morto.


Finalmente poderia voltar para meu país, minha família, meu amor! Já estava tudo acertado com nossa viagem, ele já havia contado o ocorrido para René e meus pais, arrumei tudo e viajamos dois dias após a ligação, assim que chegamos embarcamos para New York, desembarcamos, peguei as malas com Victoria ao meu lado segurando Emmett no colo, assim que adentramos o portão de desembarque vejo minha René, tão linda, perfeita a minha espera e quando dei por mim já estava sugando seu cheiro, beijando seu pescoço, apertando-a em mim.


– Eu te amo minha vida! – digo antes de beija-la com toda minha ânsia, meu desejo, minha saudade e só paramos por ouvirmos a voz de Victoria.


– Não! Eu já disse que ninguém toca nele, tia René? – ainda abraçado a minha vida, viramos e olhamos para vic, ela estava proibindo que meus pais se aproximassem de Emmett.


– Esse é o nosso menino – digo em seu ouvido, a sinto tremer em meus braços e correr ate eles.


– Eu disse que cuidaria dele lembra? – disse sorrindo e chorando ao mesmo tempo, enquanto entregava Emmett para René, me agacho ao lado deles.


– Emm, lembra que a gente ia encontrar com a mamãe? – ele apenas olhava René sem se mover, como se analisasse cada parte dela.


– Tão lindo e imenso! Meu bebê já é um garotão! – disse chorando, Emm se aproxima devagar, seca as lagrimas da mãe.


– Não chora mamã, estamo aqui e nada separa – dito isso se joga nos braços da mãe a apertando, Victoria vem para o meu lado sorrindo tamanha felicidade que compartilhávamos.


Depois do encontro me voltei para minha família, minha mãe chorava pedindo perdão, para que eu não a odiasse, deixamos para conversa em nossa casa, René explicou que transformação de seus pais em um orfanato e comprou outra casa, por não aguentar as lembranças dos últimos anos. Não queria que Emmett e nossas meninas crescessem naquela casa.


Sim nossas meninas pois nunca desistiríamos de encontrar Isabella, René disse que estava lutando para descobrir seu paradeiro, me contou tudo que ocorreu naquela noite, como Edward apareceu e levou Isabella, contei sobre ele ter visto Victoria e não conseguimos entender o motivo para ele estar envolvido, disse ainda que não sabia dele, soube por um investigador que ele viajou mas não conseguiu rastros de seu paradeiro, a família Cullen tentou diversas vezes entrar em contato com ela, mas ela negou e declarou guerra a eles.


Após conversamos com minha família e esclarecer tudo fomos para nossa casa, Emmett em momento algum desgrudou da mãe. Sempre agarrado a ela, com as mãos em seu cabelo agora curto e o rosto enfiado no vão entre seu seio, confesso que fiquei com ciúmes por isso, nossos olhos se encontrando a todo instante, mas preciso ter calma, logo Emmett dormiria e poderei provar da minha amada novamente.


Emmett parecia não querer dormir, sossegando apenas após á meia noite, verifiquei Victoria e ela já estava dormindo, partimos para nosso quarto e assim que René abriu a porta a apertei em meus braços colando-a a porta e trancando. Minha boca já a procura da sua, louco por sentir seu gosto novamente.


– Como eu senti sua falta Charlie! Pensei que não sobreviveria meu amor


– Estou aqui minha vida! Não nos separará, nunca mais! – digo rasgando suas roupas tamanha a pressa.


Ranquei minhas roupas e tomei-a em meus braços deitando-a na cama, admirando seu corpo agora com mais curvas, gravando cada parte de seu corpo, meu membro pulsando com o desejo de tê-la novamente, não consegui ser gentil, rasguei suas peças caindo de boca em seus seios, ouvindo seus gemidos contidos. Abrindo-se para mim, não me fiz de rogado e me posicionei em sua entrada. Trinquei os dentes para não gritar ao sentir suas carnes se abrirem para mim, assim como da primeira vez, gozando logo na primeira estocada.


– Que saudade! Como eu estava louco pra tê-la em meus braços – dizendo isso, comecei a mover meu quadril, sentindo meu membro pulsar novamente.


Extasiava-me cada gemido de René que se contorcia embaixo de mim, chamando meu nome. Seu corpo se convulsionando em cada estocada, minhas mãos enterradas em sua nádega e seio, minha boca devorando a sua, nos amamos por boa parte da madruga, então a deixei dormir.


Demorei a pegar no sono, não conseguia acreditar que estávamos juntos novamente, parecia um sonho, olhava minha vida dormindo tão colada a mim, parecia ter medo que eu desaparecesse assim que me soltasse. Olhando seu corpo vi marcas leves em seu braço, parecia cicatrizes, o medo me invadindo ao imaginar o que ela passou nas mãos daquele velho maldito, a girei com cuidado para não acorda-la e verifiquei seu corpo, mais marcas dessas estavam espalhadas por todo o corpo, as mais visíveis estavam no meio das costas e na bunda.


Foi difícil me manter calmo após essa imagem, como aquele canalha teve coragem?

Com muito esforço me acalmei e apertei-a em meus braços, tentando dormir, assim que amanhecesse conversaríamos sobre isso.



Pov René



– MALDITO, DEVOLVA MINHA FILHA, ME SOLTA DESGRAÇADO! – ele simplesmente me ignorou e me arremessou dentro de um carro e partiu, estava em pânico ao ver a pensão ficar longe, meu filhos! Pelo menos não descobriram Emmett, já que não haviam perguntado nem falado nada sobre ele, tentei me controlar.


Não havia escapatória para mim! E as palavras de vic soavam em minha mente, por Deus que ela cumpra sua promeça!


Fui levada naquele carro por vários dias, me mantiveram amarrada e amordaçada, tentei diversas vezes escapar mais sempre me impediam, eu me sentia mal, meu corpo doía, minha mente estava pesada, estava com muito frio, minha mente apagando aos poucos.


Quando acordei estava entrando no que parecia ser minha antiga casa, eu não conseguia ver nada direito, minha cabeça girava e pareciam ter me entregado aos cuidados de uma mulher, eu apagava e por alguns segundos ou seriam horas, ouvia flashes de conversas.


– Ela ficar bem quando?


– Não sei senhor, a febre se dá por causa do leite, vocês não a limparam após o parto, deve haver resíduos da placenta em seu organismo! – não conhecia a voz, mas apaguei novamente.


Quando voltei a mim, estava com mais frio e sentia mãos geladas me tocando, forçando para que bebesse uma espécie de chá, tentei evitar movendo a cabeça, mas estava fraca e não evitei, voltei a apagar e quando acordei ouvi outro trecho de conversa.


– Isso tem que resolver o quanto antes, eu preciso saber quem levou a criança, eu quero a cabeça dessa tal Isabella.


– Isso não esta surgindo efeito! – dizia meu avó nervoso.


.......

– Escute bem, eu a quero acordada e me dando o nome de quem levou a criança entendeu?


– Sim senhor!


Senti meu corpo ser carregado, estavam subindo uma escada, tentei abrir os olhos e me deparo com Harry, entro em pânico tentando me mover parecia surgir efeito, senti meu corpo ser jogado contra algo macio, mas mesmo assim foi doloroso. Mas alguns dias nessa situação e senti meu corpo melhorando, já não estava com tanto frio, meu corpo doía um pouco, mas me sentia melhor e o vazio aumentado a cada segundo.


– Vejo que já esta acordando, querida neta! – senti meu corpo enrijecer – sente-se pois temos muito o que conversar! – disse se aproximando e eu me afastando ate estar colada a cabeceira da cama.


– Vocês me enganaram por muito tempo, mas esqueceram de permanecer como nômades, talvez eu demorasse mais a encontra-los, infelizmente não consegui por a mão naquele infeliz, mas eu não tenho pressa! Logo descubro onde ele se enfiou.


– Não! Não toque nele! Já me tirou tudo o que eu tinha – implorei.


– Ai é que esta minha netinha, eu deveria lhe dar uma coça por isso! Não se preocupe eu logo resolvo isso! Mas então vamos logo ao assunto, onde esta a criança?


– O que?


– Você sabe do que estou falando! ONDE ESTA A CRIANÇA? – gritou bofeteando-me.


– Eu não sei!


– VOCÊ SABE E VAI ME CONTAR – disse retirando a cinta, puxando meu braço e batendo em minhas costas e bunda – CONTA LOGO! EU VOU BATER ATE QUE ME CONTE! – e foi o que fez, não conseguia mais aguentar a dor, senti minhas roupas rasgarem, a correia cortar minha pele e desmaiei após um tempo de tortura. Acordei quando senti mãos tocando em minhas costas.


– Fique quieta menina! Seu avó fez um estrago feio aqui, seja o que for diga logo o que ele quer!


– Você entregaria um filho para a morte?


– Então é isso!


– Você já deveria saber!


– Como? É meu primeiro dia!


– Não foi você que cuidou de mim?


– Não foi minha mãe! Ela já esta com idade, preferi mantê-la longe disso!


– Chega de conversa infeliz! Saia. E quanto a você minha netinha, terá descanso por hoje – diz se aproximando e segurando meu queixo – você me conta amanhã ou serei obrigado a mostrar minha cinta novamente – dito isso me da um tapa forte que me faz bater a cabeça na cama.



Dormi com a cabeça latejando, e me preparando para a próxima surra, se ele não sabe de Isabella é porque Edward não esta junto dele, não posso deixa-lo descobrir que foi ele que levou a menina. Precisava me manter forte para no futuro o derrubar.


No dia seguinte escutei uma conversa, meu avó parecia alterado com um dos capagas, pedindo para me vigiarem e proibirem o acesso a área da mansão aonde eu estava. As torturas eram quase que diárias, a comida ia diminuindo e as pancadas aumentando, já não permitia que a senhora que cuidou de mim voltasse e com isso as feridas infeccionaram.


Sem conhecimento tentava limpar, senti que teria febre por isso e tomava banhos frequentes, aquele monstro vendo isso me amarrou a cama. Caso precisasse de algo teria que chamar um dos capangas para me soltar. Não conseguia andar devido aos músculos que endureceram pelo tempo que fiquei parada. Os meses foram se arrastando ate que houve uma discussão. Gritos e tiros puderam ser ouvidos de onde estava, portas, vidros sendo quebrados ate que a porta do quarto que estava foi despedaçada e Eleazar entrou.


– Graças a Deus que esta viva! O que ele fez com você!


– Não a toque ainda Eleazar, preciso das fotos de como a encontramos – disse um outro rapaz, ele andava de um lado para o outro tirando fotos, pedindo que eu virasse para fotografar minhas feridas, assim que disse que já era suficiente Eleazar me leva desajeitado em seu colo. Ao sair da mansão cobrem meus olhos com um tecido grosso. E só destapam quando já estávamos no hospital.


Fiquei apavorada ao saber que não foram meses e sim anos que passei nas mãos daquele maldito. Fiquei quase três semanas internada e nesse meio tempo fui informada que como maior poderei cuidar de meus bens, que meu avô foi condenado a prisão domiciliar por me manter em cárcere privado e tortura. Que assim que saísse poderia comandar a empresa.


E foi exatamente o que eu fiz. Assim que saí contratei um detetive para descobrir o paradeiro de Edward. Eleazar havia me contado que manteve contato com Charlie durante esse tempo, que o ajudou a fugir com nosso filho, que mandou uma conhecida ajuda-lo. E que foi por Charlie que descobriu o que meu avó havia nos causado. Que precisávamos romper todos os contatos dele pois mesmo na prisão domiciliar ele ainda buscava os rastros de Charlie. Que não poderíamos manter nenhum tipo de contato.


Demoramos mais do que o esperado para cegarmos os “olhos” de meu avó, na verdade mais um ano, já estava sendo respeitada dentro e fora da minha empresa, ninguém me via mais como a preciosa dos Higginbotham e sim René Higginbotham a imperatriz do minério.


Transformei a casa que foi meu martírio em um orfanato, transferi o Joseph para uma casa menor, vigiada pelos policias e por pessoas de minha confiança, treinadas para isso. Assim que tivemos certeza que ele não poderia fazer absolutamente nada Eleazar entrou em contato com Charlie e hoje finalmente teria minhas razões de viver ao meu lado.


Quando vi Charlie foi... inexplicável e quando deu por mim já estava em seus braços sugando seu cheiro, sentido sua pele saboreando o gosto de seus lábios que devoravam os meus e quando me mostrou nosso menino..... quando vi victoria trazer Emmett e entrega-lo em minhas mãos foi como ter de volta um pedaço que me foi arrancado naquela noite.


Meu menininho estava imenso, forte e os olhos de Charlie refletido nos dele, e seu olhar intenso o transformava em hipnotizantes. Quando suguei seu cheirinho, foi maravilhoso, após explicações com seus familiares e todos babarem por nosso menino.fomos para nossa casa, mostrei o quarto de Victoria e fiquei paparicando meu bebê enquanto Charlie me contava pelo que passou.




Pov Charlie


Não continha minha raiva ao ouvir todo o sofrimento que minha René passou nas garras daquele velho maldito. Dedicaria cada minuto de minha vida a fazê-la esquecer ou pelo menos amenizar as dores. Os próximos dias foram de matar a saudade, mostrei cada foto e vídeo que fiz sobre as crianças par que René soubesse de cada detalhe de Emmett, assim como eu René também trata Victoria como filha e se deram muito bem.


A dor por nosso menina roubada também latejava, tinhamos esperanças e lutaríamos para encontra-la, só precisávamos de tempo, o Cullen sumiu do mapa, nossos investigadores não conseguiam acha-lo, sempre que estávamos perto de encontrar uma pista o investigador desapareciam ou abandonavam o caso e as pistas desapareciam antes de serem entregues para o próximo investigador.


René achou por hora darmos uma pausa, pois se o Cullen não queria ser encontrado ele não seria. Optamos pela trégua para curtimos Emmett e Victoria, talvez se ele percebesse que não estamos ansiosos para descobrir seu paradeiro ele voltasse logo para a America.


Assim como me mantive informado sobre as empresas Swan, tomando o comando como presidente assim que me pai se ausentou por motivos de saúde, fazendo questão de cuidarem de Emmett e Victoria enquanto nos trabalhávamos, como não queria mo deixa-los com empregados e babá aceitamos o pedido.


Alguns meses passaram e nos casamos em uma cerimônia pequena, apenas minha família, Eleazar sua esposa Carmem e suas filhas estiveram presentes, a caçula com a idade de Emmett o ajudava a aprontar. Brincava com Eleazar que Kate seria minha nora.


E como o esperado após um ano de nosso casamento Edward voltou ao país para comandar as empresas da família Cullen, o bombardeamos tentando descobrir o motivo por ter levado nossa menina e onde a deixou, nunca conseguíamos nada, ate que em um determinado momento perdi minha cabeça e invadi seu apartamento.


Brigamos de rolar no chão, de ter ossos e nariz quebrado, mas consegui que me falasse que entregou a um casal que passava na cidade vizinha, que perdeu o destino deles, sabia que tinha algo a mais e tentaria tirar dele, mas a policia chegou antes.


E continuamos com essa busca ate hoje, mas nenhuma informação de seu paradeiro, nossa esperança é que Edward tenha entregue o colar junto de Isabella e que ela use ele, sempre.


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